John Madden Football ’93 (Sega Mega Drive)

Bom, apesar de não perceber nada de futebol americano, gostaria de ter inaugurado os artigos da série Madden logo com o primeiro jogo lançado na Mega Drive, o John Madden Football de 1990. Mas como esta não é uma série que planeio coleccionar a sério de todo, vai ter de ficar asssim. O meu exemplar custou-me 5€, tendo sido comprado numa feira de velharias algures em Agosto e foi certamente new old stock pois está mesmo novo.

Jogo com caixa, manual e papelada

A minha experiência com jogos de futebol americano em sistemas retro, para além de ter testado uma boa parte deles em emulador anos atrás e não ter sequer conseguido fazer uma jogada do início ao fim, consiste no Great Football da Master System que possui uma versão bem simplificada do desporto e do primeiro Joe Montana Football para a Mega Drive. Este último já implementou uma versão mais realista do desporto, embora a sua qualidade tivesse ficado aquém do primeiro John Madden Football, que revolucionou completamente os videojogos de desporto nas consolas, pelo menos para o mercado norte-americano.

Antes de iniciar uma jogada, devemos escolher qual a formação e estratégia a usar, tanto a defender como a atacar

Este jogo ainda não possui a licença da NFL, pelo que presumo que as equipas não sejam 100% fieis às da temporada 1992/1993, mas teremos 28 equipas por onde escolher, mais algumas equipas clássicas ou all-stars. Os modos de jogo resumem-se a temporadas inteiras, avançar logo para os playoffs ou outros torneios mais curtos. E uma vez escolhido o modo de jogo, a equipa a representar e acertado uma ou outra opção que queiramos mudar, chegamos à acção propriamente dita. Depois de atirar a moeda ao ar, que nos permite escolher para que lado do campo queremos atacar teremos de escolher a nossa jogada ofensiva ou defensiva. Se jogarmos ao ataque, a ideia do jogo é ir conquistando jardas à equipa adversária até conseguirmos fazer finalmente um touchdown, ou tentar rematar à baliza se já for possível. Se a bola (ou ovo?) cair ao chão temos de repetir a jogada, mas se for interceptada pela equipa adversária com sucesso, os papéis invertem-se e passamos a jogar à defesa.

no momento do passe temos também estas câmaras adicionais que provavelmente ajudam qualquer coisa

Tanto ao ataque como defesa teremos inicialmente de seleccionar a formação e a táctica a usar, pelo que teremos umas quantas dezenas de diagramas de jogadas para escolher, durante alguns segundos. Bom, isto para mim é como um burro a olhar para o palácio, mas a ideia com que fico é que o objectivo é passar a bola para trás, para o Quarterback, que por sua vez tem de descobrir um buraco na defesa adversária, passar a bola para alguém, esperar que o passe seja eficaz e que o nosso atacante consiga ganhar o máximo de jardas possível. Não é de todo a minha cena. De resto, pelo que li por aí, parece-me que esta versão do Madden, para além de alguns melhoramenots visuais que detalharei mais à frente, trás pouca coisa de novo, a não ser a implementação de algumas regras que não faço ideia para o que servem.

As reacções do público são outro dos detalhes visuais muito interessantes que incutiram aqui

Agora passando para os audiovisuais, é fácil perceber o porquê da série ter tido tanta aclamação pelo público norte americano. No campo da jogabilidade mais uma vez afirmo que não sou a melhor pessoa para comentar pois tenho zero skills no desporto, mas pelo menos a nível de apresentação, este Madden dá 10-0 a qualquer FIFA que a Electronic Arts publicou para a Mega Drive. A nível de apresentação o jogo está repleto de imensos detalhes interessantes, as sprites estão bem animadas e vamos tendo vários clipes de voz com comentários a cada jogada, aparentemente do próprio John Madden. Pelo que investiguei a Sega foi ainda mais longe neste aspecto com a sua tecnologia Sports Talk, aplicada numa série de jogos de baseball e futebol americano também em 1992, mas isso seria tema para outro artigo.

Portanto o que eu tenho a dizer deste John Madden Football ’93 é isto, e fico surpreendido por já ter sido bem mais do que esperava inicialmente. Na mesma altura em que comprei este jogo também veio o Madden NFL 94, pelo que esperem por uma rapidinha em breve.

Time Soldiers (Sega Master System)

Time Soldiers para a Master System é uma conversão de um jogo arcade da Alpha Denshi do mesmo nome. Lançado numa era onde jogos como Commando, Ikari Warriors ou Mercs eram bastante comuns, este Time Soldiers é também um desses shooters onde controlamos um ou dois soldados que, a pé e sozinhos, teriam de enfrentar autênticos exércitos. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Agosto por 5€.

Jogo com caixa

A história é ridícula, mas simples. Há um vilão chamado Gylend que espalhou uns quantos outros Time Soldiers, nossos colegas, por diversos pontos no tempo, tanto no passado como no futuro, pelo que teremos de viajar pelo tempo para os salvar e no final derrotar Gylend. Vamos  então visitar a pré-história, o Império Romano, o Japão Feudal repleto de ninjas e samurais, algures na segunda guerra mundial ou mesmo o futuro, claro.

O boss final e os cinco Time Soldiers que teremos de salvar

Os controlos são simples, com o D-pad a servir para movimentar a personagem, o botão 1 para disparar a nossa arma principal que possui munição infinita e o botão 2 para disparar as armas especiais que, com munição limitada, teriam de ser procuradas ao longo dos níveis como power ups. Outros power ups que podemos apanhar podem-nos tornar mais rápidos, autofire para a nossa arma principal, bem como melhorar o seu dano e alcance. De resto é o que esperam de jogos deste género, com inimigos a surgirem de todos os lados e a dispararem projécteis com bem mais alcance que os nossos, pelo que teremos de estar em constante movimento. No fim de cada nível somos presenteados com um ou dois bosses para derrotar. E sim, isto pode ser jogado com 2 jogadores o que seria bem aconselhável para atenuar um pouco a dificuldade.

Enfrentar a Medusa na Roma antiga? Porque não?

Até aqui tudo bem, mas o jogo possui uma particularidade muito interessante, que é a sua não linearidade. Antes de começar cada nível, é nos dito que o próximo colega que temos de salvar está numa determinada época, seja a pré-história, seja a Roma antiga, ou outra qualquer. Mas o nível onde nos encontramos pode não corresponder ao período no tempo que é suposto estarmos. Então o que fazer? Bom, jogamos o nível como normal, derrotamos o boss no final e, uma vez derrotado, o mesmo é substituído por uma máquina do tempo que nos levará para outro qualquer período. Se por acaso já estivermos no período temporal correcto podemos ignorar a máquina do tempo e jogaremos o próximo nível dentro do mesmo período. Eventualmente, no terceiro nível de cada período temporal defrontamos o boss do nível e um segundo boss, mais poderoso, que uma vez derrotado nos liberta um dos Time Soldiers que tínhamos para resgatar. Ora eu não sabia disto e estava constantemente a entrar nas máquinas do tempo, mesmo quando já estava no período temporal certo, pelo que acabei por ter de rejogar um ou outro nível mais que uma vez.

Visualmente é um jogo bastante diversificado

No que diz respeito aos audiovisuais, bom, o facto do jogo se passar em diferentes alturas na nossa história, temos bastante variedade de cenários. Mas não esperem por representações realistas de cada era, pois isto é um videojogo. Na pré-história, para além de defrontarmos homens das cavernas que nos atiram com machados feitos de pedra, temos também dinossauros e outras criaturas que nos atacam. Na Roma antiga, para além dos legionários temos também outras criaturas bizarras para defrontar e por aí fora. As músicas não são nada de especial, mas também não as achei nada irritantes como às vezes acontece na Master System.

Estas são as máquinas do tempo que podemos entrar, se quisermos, no final de um confronto contra um boss.

Portanto este Time Soldiers acaba por ser uma conversão bem sólida, tendo em conta as limitações de hardware impostas pela Master System, até porque vamos tendo alguns slowdowns ocasionalmente quando há muitos inimigos no ecrã em simultâneo. A sua não linearidade que nos oferece é sem dúvida um ponto interessante nas suas mecânicas de jogo, mas não é um clássico como Commando, Ikari Warriors ou Mercs.

The Silver Case (Sony Playstation 4)

The Silver Case é uma visual novel muito peculiar que foi lançada originalmente em 1999, apenas no Japão e para a primeira Playstation. É o primeiro jogo lançado de forma independente pela Grasshopper Manufacture, o estúdio liderado por Suda 51, que por sua vez possui muitos outros jogos bizarros na sua carteira como o Killer 7 que já cá trouxe no passado. Eventualmente fizeram um remaster que acabou por ter um lançamento físico para a PS4, cujo meu exemplar veio do eBay algures no mês passado de Agosto por cerca de 13€.

Jogo com caixa

O jogo leva-nos para uma versão distópica de Tóquio no presente, onde começamos por nomear a personagem que vamos encarnar nesta aventura. No prólogo, fazemos parte de uma equipa de intervenção de forças especiais da polícia onde acompanhamos uma operação de perseguição de um antigo serial killer que se escapou do seu hospital psiquátrico mas as coisas acabam por não correr lá muito bem. A partir do capítulo seguinte, a nossa personagem é transferida para uma unidade policial diferente, a Heinous Crime Unit, onde irá colaborar com outros detectives na investigação de vários crimes, muitos relacionados com o tal serial killer do prólogo. À medida que vamos avançando no jogo, e logo mal terminemos o primeiro capítulo, vamos também desbloquear uma aventura paralela sobre o nome de Placebo. Estes capítulos expandem a história principal, pois iremos explorar os mesmos eventos e acontecimentos de cada capítulo, mas através de Tokio Morishima, um ex-jornalista que está também a investigar o tal serial killer. Já os capítulos onde jogamos com o herói que nomeamos estão agrupados sobre o nome de Transmitter.

É inegável, The Silver Case possui uma apresentação muito incomum

No que diz respeito às mecânicas de jogo, este é um jogo algo bizarro nesse aspecto também, pois mistura conceitos de aventura gráfica com visual novels. Portanto, para além de ler diálogos, ocasionalmente também nos vamos poder movimentar livremente pelos cenários, mas numa perspectiva de primeira pessoa. As mecânicas de jogo aqui também não são tão intuitivas quanto isso, pois temos de optar primeiro por activar qual a acção que queremos desempenhar, seja movimentar, interagir com algum objecto ou pessoa à nossa volta, explorar o inventário ou chamar o menu que nos permite gravar o progresso no jogo, alterar opções, entre outros. E uma vez activada a opção de nos movimentarmos, é aí que podemos finalmente explorar os cenários. Aqui apenas nos podemos virar em ângulos de 90º, sendo que o jogo nos informa através de pistas visuais se podemos posteriormente avançar na direcção pretendida ou não. Isto porque a pairar no ar em cada cenário que podemos explorar estão uma série de triângulos coloridos ou estrelas douradas. Os triângulos indicam zonas onde nos podemos movimentar, já as estrelas indicam zonas que possuem alguma coisa com que interagir, seja uma porta, objecto ou pessoa para falar. Ocasionalmente vamos tendo alguns puzzles e nos primeiros capítulos é interessante que nos darão alguns puzzles onde temos de decifrar passwords como se estivéssemos numa aula de ciber segurança.

Quando finalmente podemos fazer alguma coisa, a interface também não é a mais intuitiva de sempre

Transmitter e Placebo, apesar de possuirem as mesmas mecânicas de jogo base, são bem diferentes entre si. A narrativa de Transmitter é bem mais obtusa e muito provavelmente não iremos apanhar metade da história, enquanto que no Placebo, os acontecimentos sendo investigados por um jornalista acabam por ser melhor explicados, pelo que recomendo vivamente que joguem o capítulo Placebo logo após terminarem o episódio do Transmitter respectivo. Na história Transmitter é também onde vamos acabar por interagir com mais personagens e explorar mais cenários, já nos Placebo, apesar de Tokio ir explorando um ou outro cenário, tudo onde interagimos está no seu quarto: o PC onde consultamos/enviamos e-mails ou as suas notas pessoais, o telefone e a sua tartaruga de estimação.

Apesar de termos muitas imagens minimalistas e estáticas, ocasionalmente temos alguns clipes de video

Portanto temos mecânicas e narrativa bizarras, só falta mesmo os visuais serem bizarros para podermos realmente afirmar que isto é uma obra do Suda 51, o que acaba mesmo por acontecer. Tipicamente as visual novels possuem ecrãs com backgrounds bem detalhados, imagens das personagens com as quais vamos interagindo e ocasionalmente algumas imagens bem mais detalhadas de momentos chave na história. Aqui tudo é apresentado numa pequena janela no centro do ecrã, onde ocasionalmente também poderemos ver alguns clipes de vídeo em live action ou outras animações. Não existe qualquer voice acting e os textos são sempre acompanhados de uns ruídos como se tivessem saído de uma máquina de escrever. Em ecrã de fundo, atrás da janela de acção e dos diálogos, vamos tendo algumas animações em loop constante, que vão sendo distintas consoante o capitúlo na história onde vamos. São visuais muito estranhos e o texto não lhes faz justiça. As músicas essas sinceramente gostei bastante, sendo na sua maioria composições electrónicas mas sempre com aquele feeling noir que se encaixa bem na narrativa.

Portanto este The Silver Case foi de facto uma surpresa interessante. É sem dúvida um jogo que não irá agradar a toda a gente, quer fãs de visual novels, quer fãs de jogos de aventura, pelas sua apresentação, narrativa e mesmo jogabilidade muito fora do convencional. Mas é também precisamente pela conjugação de todos esses factores que este Silver Case me despertou o interesse. Vou estar atento a ver se encontro a um bom preço a sua sequela 25th Ward, bem como o Flower, Sun and Rain da Nintendo DS.

The Legend of Zelda: Oracle of Seasons (Nintendo Gameboy Color)

Vamos ficar agora com mais uma rapidinha, desta vez ao The Legend of Zelda: Oracle of Seasons para a Gameboy Color. O jogo até que merece um artigo bem mais profundo, mas eu já cá trouxe o Oracle of Ages anteriormente e, tendo em conta que este é o seu jogo “gémeo”, irei-me focar mais nas suas diferenças. O meu exemplar foi comprado na feira da Ladra em Lisboa por 5€, algures em Outubro de 2015.

Cartucho solto

Tal como referi noutro artigo, a saga “Oracles” foi desenvolvida pela Capcom que inicialmente até tinha planeado lançar 3 jogos distintos, mas todos interligados entre si. Como o projecto acabou por ser ambicioso demais, descartaram um deles. Neste Oracle of Seasons o jovem Link acaba por receber o chamamento para viajar a mais uma terra distante, desta vez Holodrum. Ao chegar lá, é recebido pela Din, a Oracle of Seasons que acaba por ser raptada pelo general Onox, um dos vilões deste jogo, que pretende usar os seus poderes de controlar as estações do ano.

No Oracle of Seasons, a donzela em perigo é Din

Pois sim, enquanto o Oracle of Ages tinha como mecânica de jogo principal as viagens no tempo, tendo um mundo inteiro para explorar no presente e passado, aqui, à medida que vamos progredindo no jogo, poderemos controlar as diferentes estações do ano, fazendo com que certas áreas se tornem acessíveis durante determinadas estações. Por exemplo, no inverno a água dos lagos está gelada e podemos atravessá-la normalmente, enquanto no verão a vegetação está no seu apogeu, pelo que poderemos escalar algumas lianas. Entre mais outras particularidades para todas as estações. Para além disso também teremos o mundo subterrâneo de Subrosia para explorar e várias dungeons para competar.

Aqui cada estação do ano possui diferentes características que moldam o mundo de Holodrum

Lê-se por aí que o Oracle of Ages é mais focado em puzzles e o Oracle of Seasons mais focado em acção. Realmente fiquei com a impressão que este jogo possui secções de platforming bem mais exigente, assim como mais inimigos, tanto em número como em agressividade. Mas os itens que vamos amealhando também nos compensam para este esforço extra, como uma capa que nos permite saltar a muito maiores distâncias ou armas que causam mais dano. Temos também a possibilidade de interligar os dois jogos. Por exemplo, se terminarmos o Oracle of Ages é nos dado uma password no final. Ao iniciar uma nova aventura no Oracle of Seasons poderemos incluir essa password e a história não só vai mudar ligeiramente (ao introduzir referências do jogo anterior), bem como teremos acesso ao final verdadeiro. O mesmo acontece se jogarmos o Seasons primeiro e usar a password no Ages. É um conceito bem mais interessante que os Pokémon Red/Blue, Gold/Silver e por aí fora. Aqui temos 2 jogos muito diferentes entre si (embora naturalmente tenham semelhanças de itens e mecânicas de jogo) que se podem interligar para uma aventura muito maior.

Como não poderia deixar de ser, teremos de enfrentar uma série de bosses também

A nível gráfico e som, esperem pela mesma qualidade que o Oracle of Ages. Mesmo motor gráfico, mesmo nível de detalhe, até nas músicas temos muitas idênticas. Nada mau para uma consola portátil de 8bit, mas confesso que por vezes, algumas das músicas, poderiam ser melhores.

Mario Party (Nintendo 64)

Depois de cá ter trazido o Mario Party 4 para a Nintendo Gamecube, é um bocado ingrato ter de escrever para os primeiros jogos da série, mas vamos lá. Desenvolvido pela Hudson, os mesmos por detrás da série Bomberman, Mario Party não só simula a experiência de participar numa série de jogos de tabuleiro, bem como inclui vários minijogos bastante divertidos. Tudo junto, e principalmente se jogado com mais pessoas, temos todos os ingredientes para uma tarde bem passada em família ou amigos. O meu exemplar foi comprado algures em Abril de 2016 a um particular e creio que me custou menos de 20€.

Jogo com caixa e manual

Neste primeiro jogo dispomos de seis personagens jogáveis: Mario, Luigi, Wario, Peach, Donkey Kong e Yoshi, cada uma com tabuleiros de temáticas distintas. O modo de jogo principal consiste em jogar precisamente nesses tabuleiros onde, mediante o valor obtido após lançar os dados, poderemos avançar esse mesmo número de casas. As casas azuis, mais comuns, dão-nos 3 moedas extra, enquanto as vermelhas retiram-nos o mesmo montante de moedas. Temos outras casas especiais que podem activar alguns eventos no tabuleiro, mini jogos a solo onde poderemos amealhar mais moedas ou, no caso da casa do Bowser, os resultados que tiramos dali são geralmente negativos, às vezes afectando todos os jogadores. O objectivo é o de coleccionar o máximo número de estrelas que estão espalhadas pelos tabuleiros, por vezes por detrás de alguns obstáculos que teremos também de ultrapassar, tendo em conta que teremos também um número pré-definido de turnos para completar. No final de cada turno somos também levados a participar num mini-jogo aleatório que pode ser de todos contra todos, dois contra dois ou três contra um. Ocasionalmente também poderemos cair nas casas de “reversal of fortune” onde através de um sorteio 2 personagens aleatórias podem ter de trocar moedas ou estrelas. Estas podem mesmo ser as blue shells do jogo pois podem mudar a maré muito rapidamente! Ou as casas com os boos que podemos pagar para roubar estrelas a adversários… Sim, isto jogado com amigos pode mesmo desfazer amizades.

Os mini jogos em que vamos participando podem ser jogados a solo, todos contra todos, em equipas de 2 ou 3 contra 1

À medida que vamos jogando vamos também amealhando as moedas e estrelas que juntamos no final de cada partida. As moedas podem ser usadas para comprar itens ou mesmo um novo tabuleiro de jogo, alusivo ao Bowser. Quando conseguirmos amealhar 100 estrelas (acreditem que dá trabalho), desbloqueamos também um último tabuleiro no espaço – pensem na Star Road, mas no Mario Party. De resto, uma boa maneira de treinar os mais de 50 mini-jogos que teremos disponíveis é explorar a Mini-Game Island. Aqui temos um mapa à lá Super Mario World para explorar, onde cada nível é um mini jogo diferente e sempre que o completarmos ganhamos uma vida extra. Pelo contrário se perdermos o mini-jogo em questão, perdemos uma vida também. Outra maneira de treinar os minijogos, mas agora com amigos, é através da Mini-Game House. Os mini jogos por si só são bastante variados e todos eles possuem instruções nos seus controlos, que são tipicamente simples. Embora aqueles mini jogos que nos obrigam a rodar o analógico o mais rápido possível foram sem dúvida responsáveis pela morte de muitos comandos.

O objectivo é chegar ao fim de cada partida com mais estrelas que os oponentes, mas como podem ver as moedas também fazem falta

A nível audiovisual, bom, estamos perante um jogo da Nintendo 64 visualmente muito simples. Os tabuleiros em si são imagens estáticas pré-renderizadas e as personagens estão minimamente bem trabalhadas, embora se nota que é um jogo que não foi produzido pela Nintendo. Isto porque personagens como Bowser, Donkey Kong, Wario ou mesmo o Luigi possuem modelos poligonais que ficaram um pouco diferentes do que estava à espera. No caso do Bowser, prefiro o modelo usado no Mario 64! Nada de especial a apontar aos efeitos sonoros, a não ser que as vozes de algumas destas personagens são também diferentes do que estaríamos à espera. As músicas são agradáveis, embora não propriamente memoráveis.

Alguns mini jogos exigem também a colaboração de todos!

Portanto, estamos perante um jogo interessante, sem dúvida muito mais agradável de ser jogado com amigos do que sozinhos contra o CPU. No caso do single player, que é necessário para desbloquear todo o seu conteúdo, teremos mesmo muitas horas de jogo à espera para coleccionar as 100 estrelas ou as 1000 moedas necessárias para desbloquear os tabuleiros finais.