Voltando às rapidinhas, o jogo que cá trago agora é mais um jogo de acção para a Mega Drive, o Ex-Mutants. É um jogo baseado numa comic que sinceramente não conhecia, mas que é uma espécie de antítese dos X-Men, pois também está relacionada com mutantes, mas não da mesma forma. O meu exemplar foi-me oferecido por um particular algures em Junho passado. É um cartucho apenas, mas dá para jogar e assim que possível tento trocar por uma versão mais completa. Edit: Recentemente fiz uma troca com um amigo meu que consegui ficar com o jogo completo.
Jogo com caixa e manual
Ora tal como referi acima, este jogo é uma espécie de X-Men mas ao contrário. O mesmo decorre num futuro pós apocalíptico, onde após tanta exposição nuclear da guerra, todos os humanos sobreviventes acabaram por se transformar em mutantes. O Professor Xavier lá do sítio (aqui com o nome de Kildare) é um cyborg programado para devolver a humanidade aos mutantes, onde recruta 6 mutantes para a sua equipa de super heróis e retorna-os a humanos perfeitamente normais, daí o nome Ex-Mutants. Confesso que é um conceito um pouco estranho, mas original. O maior vilão lá do sítio é uma lesma gigante chamada Sluggo que rapta quase todos os Ex-Mutants. Quase todos, execpto Shannon e Ackroyd, que são os heróis que podemos escolher para começar a aventura. Ao longo do jogo vamos atravessando várias áreas urbanas em ruínas, repletas de mutantes e outras armadilhas, salvar os nossos amigos e ir derrotando os minions de Sluggo pelo caminho.
Cada personagem possui as suas vantagens e desvantagens
A jogabilidade é simples, com um botão para saltar e outros dois para atacar. Cada personagem possui a sua própria arma, Ackroyd tem um machado com curto alcance, ataques lentos, porém começa com mais vida. Já Shannon possui uma nunchaku como arma principal, que por sua vez tem um alcance maior que o machado, é mais ágil mas mais fraca. Depois ao longo do jogo vamos poder apanhar vários power ups, desde as tais armas secundárias que geralmente são vários tipos diferentes de explosivos, a outras armas brancas que são lançadas como projécteis automaticamente, de cada vez que ataquemos com o botão normal de ataque. Tanto os power ups de um género como do outro possuem munições limitadas, mas felizmente não faltam power ups para apanhar. Mas o que também não faltam são inimigos, obstáculos e armadilhas, pelo que devemos jogar com alguma cautela e planear os nossos movimentos com algum cuidado.
Ao longo do jogo temos muitos obstáculos pela frente, desde plataformas que desaparecem, lâminas por tudo quanto é lado e até bolas de fogo pelo ar.
No que diz respeito aos audiovisuais, sinceramente até gosto dos cenários, todos eles partes da cidade em ruínas, mas também todos com algumas diferenças entre si, desde os esgotos, o sistema de metro, ou zonas mais urbanas. Também gostei dos pequenos diálogos entre cada nível. Por outro lado acho que as sprites poderiam ser um pouco maiores e melhor detalhadas e a música sinceramente não achei nada de especial. Temos também algumas vozes digitalizadas mas a qualidade das mesmas não é a mais nítida, ainda assim dá para entreter.
Portanto este é um jogo de acção/plataformas até que bastante interessante, principalmente para quem for fã de X-Men e quiser jogar algo numa realidade alternativa onde mutantes são normais, já humanos são uma raridade e ostracizados.
Foi durante a quinta geração de consolas em que houve uma maior transição dos videojogos 2D para o 3D, pois o hardware já o permitia sem um grande número de restrições. E se por um lado jogos de corrida eram perfeitos candidatos para jogos em 3D, noutros géneros de jogos muitas das suas mecânicas tiveram de ser repensadas. Creio que é seguro dizer que, de todas as empresas, a Nintendo foi a mais cuidadosa em transpor as suas franchises clássicas do 2D para o 3D. O Lylat Wars era uma evolução natural do Starwing, Super Mario 64 apresentava uns controlos que por si já são a base dos controlos de jogos de plataformas que usamos hoje em dia, Metroid esteve muito tempo ausente até ao fantástico Metroid Prime lançado na geração seguinte. The Legend of Zelda teve como sucessor este fantástico Ocarina of Time que teve cerca de 3 anos em desenvolvimento. O meu exemplar da Nintendo 64 foi comprado algures em 2015 numa das minhas idas à Feira da Ladra em Lisboa. Na altura custou-me cerca de 2.5€. Também o tenho na compilação para a Gamecube Zelda Collector’s Edition, versão essa que foi a usada para o terminar.
Jogo completo com caixa, manuais e papelada
Na altura em que o jogo foi lançado, este era considerado uma prequela de todos os outros The Legend of Zelda que tinham saído até então. É aqui que temos alguma informação de como o mundo de Hyrule foi criado por três Deusas e que existe uma outra dimensão, o Sacred Realm, que alberga a TriForce, um artefacto mágico incrivelmente poderoso que dará super poderes a quem o conseguir alcançar. Invariavelmente controlamos Link, onde começamos a jogar na sua infância, quando Link vivia na comunidade Kokiri, crianças que habitam a floresta de Hyrule. Mas Link é um rapaz diferente dos Kokiri (que nunca envelhecem), Link nunca teve uma fada companheira, como todos os seus amigos. Até ao dia em que começamos a nossa aventura, claro, é aí que entra a Navi em acção, uma pequena fada que nos irá acompanhar ao longo de todo o jogo. Navi junta-se a Link a pedido da Deku Tree, uma idosa e sábia árvore que controla a floresta dos Kokiri que foi envenenada e cabe-nos a nós tentar salvá-la, entrando assim na primeira dungeon do jogo.
As canções que aprendemos a tocar são uma parte importante no jogo, principalmente em algumas sidequests mais obscuras
No final dessa dungeon, a Deku Tree pressente mesmo que algo de muito mau está para a acontecer e é aí que vamos explorando o resto de Hyrule, onde acabamos também por conhecer uma pequena princesa Zelda, que está também com muito receio do que poderá vir a acontecer. Isto porque Ganondorf, príncipe da raça Gerudo, está de visita a Hyrule e aparentemente não com muito boas razões. Entretanto coisas acontecem, Ganondorf acaba mesmo por invadir Hyrule e quando descobrimos a Master Sword, somos transportados 7 anos para o futuro, onde Link, já um jovem adulto, terá de libertar Hyrule da opressão do seu tirano.
No fundo, na sua essência, este jogo mantém a jogabilidade básica dos The Legend of Zelda que lhe precederam. Ou seja, não deixa de ser um jogo com mundo aberto que teremos de explorar, com várias dungeons para cobrir, onde teremos vários puzzles para resolver e bosses para defrontar. Vamos descobrindo vários novos itens que podemos assigná-los a botões faciais do comando da N64 e usá-los quando bem nos apetecer, a diferença é que agora temos mais botões disponíveis e podemos ter mais coisas equipadas ao mesmo tempo. Objectos como uma fisga (ou arco e flecha na fase adulta), um gancho que nos permite apanhar objectos que estejam fora do nosso alcance ou mesmo propulsionar-nos até lá, garrafas que podem ter poções mágicas, fadas ou outras coisas, entre muitos outros objectos que vamos encontrando. Mas claro, a maior diferença está mesmo na passagem do 2D para o 3D.
O Z-Targetting é muito importante para deixar o combate mais fluído e técnico
Ao contrário de Mario 64, onde temos um controlo total da câmara, aqui ainda não é totalmente assim, mas por outro lado temos o Z-Targetting, que se revela muito útil. Com recurso ao botão Z, podemos “trancar” a câmara sempre no mesmo inimigo, o que nos facilita imenso o combate, pois conseguimo-nos mover sempre em relação ao inimigo que estamos “trancados”, permitindo assim um melhor combate onde nos possamos esquivar ou flanquear os inimigos e atacá-los nos seus pontos fracos. Isto sim, foi uma mecânica de jogo muito interessante para jogos de acção em 3D e que aliás, ainda se usa bastante em jogos de acção na terceira pessoa na actualidade. Depois temos a imensidão de sidequests em que podemos participar, onde poderemos ser recompensados com mais heart containers que nos aumentam a barra de vida, upgrades à nossa carteira, ou ao número de bombas, flechas, sementes entre outros objectos que podemos carregar. Há mesmo muita coisa para descobrir para quem quiser completar o jogo a 100%.
Lutar contra bosses nunca mais foi o mesmo, eles agora são épicos!
No que diz respeito aos audiovisuais, é um bom jogo para a Nintendo 64. Por um lado temos personagens com um número considerável de polígonos, por outro lado, tal como infelizmente é habitual na Nintendo 64 devido à pouca capacidade de armazenamento de um cartucho, as texturas não tão boas quanto o resto, o que é pena. O facto de jogar na Gamecube, cuja versão possui uma resolução que é o dobro da original, melhora um pouco as coisas nesse aspecto. Depois algumas zonas, como é o caso da cidade de Hyrule ou o interior de algumas casas, possuem cenários completamente pré-renderizados e de câmara fixa, mas uma vez mais com uma qualidade muito pobre quando comparado como o que víamos em cenários pré-renderizados noutras consolas da época. Mas tirando esses temas, frutos das limitações técnicas da consola, a Nintendo até que fez um óptimo papel, ao apresentar um mundo de Hyrule bastante diversificado e com dungeons que transitaram muito bem para o 3D, com puzzles inteligentes e um bom design. Claro que o Water Temple é uma dor de cabeça, mas faz parte do desafio!
Por vezes deparamo-nos com alguns cenários pré-renderizados e estáticos
No que diz respeito ao audio, naturalmente este jogo não possui voice acting a não ser pequenas vozes como o “Hey! Listen!” da Navi sempre que nos quiser dizer alguma coisa. Mas na verdade a música é uma parte muito importante no jogo, pois desde cedo que ganhamos uma Ocarina e vamos aprender várias melodias, que teremos de as usar várias vezes ao longo do jogo. As músicas acabam por ser uma extensão das melodias que vamos aprendendo, embora de uma forma muito mais contida, pois o jogo tenta sempre ter um ambiente mais cinemático e a música acaba por ficar muitas vezes em plano de fundo, a criar a atmosfera certa.
Temos imensas sidequests pela frente, até pescar no lago Hylia!
É escusado dizer que o jogo foi um enorme sucesso na crítica, sendo considerado por muitos como uma obra prima e um dos videojogos mais influentes do seu tempo. No Japão não demorou muito a receber um update, para o sistema Nintendo 64 DD que infelizmente nunca saiu de terras nipónicas. Conhecido por cá como The Legend of Zelda Master Quest, é uma espécie de remix do jogo original, com dificuldade acrescida e dungeons alteradas. Essa versão foi depois disponibilizada na Gamecube em todo o mundo, como um bónus nas primeiras versões do Wind Waker. A versão normal foi depois também relançada para a Gamecube, na já falada Collectors Edition com a vantagem de estar numa maior resolução. Com o lançamento da Nintendo 3DS, foi feito um novo remake, desta vez adaptando o jogo para a tecnologia 3D da portátil da Nintendo. Sinceramente essa versão ainda não a joguei, mas pelo pouco que vi, pareceu-me visualmente um pouco mais apelativa. Mas o que interessa é: seja em que versão for, este é mesmo um jogo a não perder!
Continuando pelas rapidinhas, hoje mostro-vos um jogo que me desapontou um pouco por um lado, mas por outro até foi uma agradável surpresa. Passo a explicar: se virem a capa do jogo, dá mesmo a entender que é um jogo sério, algo retirado de um filme do Conan dos anos 80, com violência e monstros à mistura. Mas é um jogo mais “simpático”, por assim dizer. Por outro lado, no que diz respeito à jogabilidade, estava à espera do pior, por ver o nome da Acclaim no cartucho, mas quando soube que o mesmo foi desenvolvido pela Rare, lá fiquei mais descansado. O meu exemplar foi comprado algures em Juho deste ano, numa das minhas idas à feira. Custou-me 5€.
Apenas cartucho
Ora bem, no primeiro Wizards and Warriors, que eu não joguei, supostamente derrotamos o feiticeiro Malkil. Mas pelos vistos o perigo está de volta, agora na forma de 4 formas elementais (Água, Ar, Fogo e Terra) dispersas pela terra de Sindarain e que teremos de derrotar. Para isso lá teremos de visitar quatro regiões, procurar alguns objectos de ouro para entregar aos Animal Kings lá do sítio, para que depois lá consigamos explorar a segunda área e arranjar um poderoso feitiço mágico capaz de derrotar o boss seguinte.
Sim, aqui vamos dar muitos saltos e saltinhos
Na sua essência este é um jogo de plataformas e exploração, onde vamos ter de procurar por todas as cavernas escondidas em busca de tesouros. Mas para além disso herda também alguns conceitos de RPGs, pois podemos amealhar dinheiro que pode posteriormente ser usado para comprar itens como novos feitiços e equipamento como escudos, capacetes ou outras armas. Os feitiços que podemos usar podem ser coisas como ataques mágicos, invencibilidade temporária, a capacidade de saltar mais alto, abrandar os inimigos, entre outros. As lojas que descobrimos, para além de nos permitir comprar muitos destes itens, também podemos jogar um minijogo onde podemos apostar algum dinheiro e, se tivermos sorte ganhar algum dinheiro de volta para gastar lá na loja.
A qualquer momento podemos visitar o ecrã de inventário e escolher os feitiços que queremos usar
A jogabilidade é estranha pois nem sempre precisamos de atacar para derrotar os inimigos. Tal como em jogos como os primeiros Ys, aqui podemos derrotá-los ao chocar contra eles com a nossa arma. Mas nem sempre corre lá muito bem pois as mecânicas de detecção de colisões não são as melhores. Mas ao menos lá vamos tendo uma barra de vida que pode ser restabelecida ao coleccionar comida. Também gosto do humor que por vezes vemos. Se entrarmos numa loja sem dinheiro, o dono da loja agarra-nos pelos “colarinhos” e expulsa-nos! O herói, mesmo não tendo nenhum capacete equipado, tem uma cara metalizada e com uns olhos estranhos, que sempre me fizeram lembrar de Jon, o dono do Garfield.
No que diz respeito aos audiovisuais, sinceramente não acho que este seja um jogo assim tão bom quanto isso. É verdade que os cenários até que são variados, mas não são lá muito coloridos. Mas o que me impressionou pela positiva foi mesmo o facto de todas as armas ou equipamento como capacetes ou escudos que podemos equipar, traduz-se na sprite do cavaleiro, o que não era muito comum para jogos da época. No que diz respeito aos efeitos sonoros e música, bom não são maus de todo, mas sinceramente também não achei nada de muito especial. Dizem que o primeiro jogo, também desenvolvido pela Rare, possui músicas muito melhores!
Bom hoje vai ser mesmo uma rapidinha a não um mas dois jogos de uma só vez. Mas como são duas visual novels bastante simples e curtas, acaba por compensar escrever um artigo único para ambos. Estas 2 visual novels, publicadas pela Denpasoft, foram compradas num indie bundle qualquer há cerca de um ano atrás por uma bagatela.
Bom, como já estão a adivinhar estas são visual novels com conteúdo eroge, embora as cenas explícitas tenham de ser compradas à parte através de patches no site da Denpasoft, pois o Steam não permite essas poucas vergonhas. Yeah right… Mas, parvoíces à parte, até que gostei de alguns conceitos da narrativa do jogo, pois o mesmo é passado num mundo árido e pós-apocalíptico, onde por algum motivo não há muitos machos no planeta e a maioria da população desenvolveu orelhas e rabos de animais. Yeah right, mais japonesices. Ainda assim, até que de certa forma gostei da escrita do jogo, pois tem algumas cenas com bom humor e outras um pouco mais introspectivas mas que até não estão mal conseguidas de todo. Depois claro, tem a parte de todas as raparigas com que a personagem principal se cruza se apaixonarem por ele…
Podemos activar legendas em 2 línguas em simultâneo!
O que me desagradou é que estes 2 jogos são completamente lineares, não há qualquer escolha que tenhamos de fazer, é mesmo só ler. Por outro lado a apresetação do jogo está boa e o seu “motor” apresenta muitas das funcionalidades habituais como a possibilidade de fazer skip a texto já lido, ou reler texto que já tenha passado. No que diz respeito aos audiovisuais, tal como os Neko-Nin que já cá trouxe, estes são jogos bem trabalhados: os desenhos estão muito bons, tanto das personagens em si, como dos cenários que nos são apresentados. Até uma abertura como se fosse um anime isto tem! O voice acting (todo em japonês) também me agradou bastante e as músicas, bom, essas vão sendo bastante variadas.
Portanto, para quem gostar deste tipo de Visual Novels, estão aqui duas boas apostas, embora o facto de serem completamente lineares não me agrade muito. Mas recomendo que as comprem em conjunto e nalguma sale, pois o segundo terminou de uma forma abrupta, mesmo a convidar para um terceiro jogo, que acredito que eventualmente veja a luz do dia.
A série Guilty Gear é uma série de jogos de luta em 2D desenvolvida pela Arc System Works, cujo primeiro jogo saiu originalmente nas arcades em 1998. Eventualmente lá foi lançada uma conversão para a Sony Playstation, versão essa que cá trago hoje para um breve artigo. O meu exemplar foi comprado algures no início de Junho numa loja no Porto, creio que me custou 5€. Infelizmente é a versão Play It, que tem uma capa muito feia, mas eventualmente lá o trocarei pela versão black label quando surgir uma boa oportunidade.
Jogo com caixa e manual.
O conceito do mundo de Guilty Gear é interessante, pois o mesmo supostamente decorre num mundo pós apocalíptico, após uma guerra entre humanos e ciborgues (aqui chamados de Gears). Há um torneio a decorrer por razões misteriosas, onde vários lutadores (incluindo humanos e gears) participam por diversas razões. Depois o mundo é bastante variado, com cenários a lembrar cenas pós apocalípticas, outros futuristas, outros até com algum caracter paranormal, ou outros que não parecem ter nada a ver com aquele mundo, como um castelo medieval no meio de uma floresta.
O ecrã de loading antes de cada combate mostra-nos alguns dos golpes que podemos executar com as respectivas personagens
Dispomos de 6 botões faciais para usar, dois deles para socos ou pontapés, outros 2 para usar armas brancas, e outros 2 usados para desencadear alguns ataques especiais. O jogo possui um bom sistema de combos, que resultam numa jogabilidade muito frenética e exige mesmo reflexos rápidos para usar counters no momento certo e quebrar o ímpeto do inimigo. Tal como em muitos outros jogos de luta da época temos também uma barra de “tensão” que vai aumentando consoante a nossa performance no jogo, e que, uma vez cheia, nos pode fortalecer e desbloquear alguns golpes mais poderosos. Se formos habilidosos (o que certamente não é o meu caso), podemos também desencadear alguns golpes que derrotam o inimigo instantaneamente, uma espécie de fatality que pode acontecer a meio do combate. De resto os modos de jogo são simples: o arcade que contém também a história para cada um dos lutadores, o versus para 2 jogadores e um modo de treino que podemos usar para practicar os movimentos de cada personagem.
Visualmente este é um jogo muito agradável, tanto no design dos lutadores como no detalhe dos inimigos
No que diz respeito aos audiovisuais, este jogo está muito bem conseguido, mesmo para a Playstation. Os lutadores têm todos um design muito característico, fazendo lembrar alguns bons animes dos anos 90, como Evangelion. As arenas estão também muito bem representadas, com cenários bastante diversos entre si, conforme já mencionado nuns parágrafos acima. Mas o que gosto mesmo é da banda sonora que é practicamente toda hard rock e heavy metal, o que me agrada muito mesmo. Para além disso, existem imensas referências à cultura rock e metal, como o nome de alguns golpes ou mesmo de algumas personagens. A personagem Axl Low é uma óbvia homenagem a Axl Rose, enquanto Ky Kiske é uma homenagem à banda Helloween, nomeadamente pelos nomes de Kai Hansen e Michael Kiske, dois músicos muito importantes na cena do power metal alemão.
Portanto, se gostam de jogos de luta 2D e também de ouvir umas belas guitarradas, a série Guilty Gear mostra-se como uma excelente aposta, com um primeiro jogo muito sólido. Depois deste continuaram a saga com os Guilty Gear X e Guilty Gear X2, do quais existem imensas versões e updates. A ver como se safaram no Guilty Gear X em breve!