Dracula 2: The Last Sanctuary (PC / Sony Playstation)

Dracula 2Hoje teremos direito a um artigo sobre um jogo que possuo em dois sistemas diferentes. Dracula 2: The Last Sanctuary é uma aventura gráfica na primeira pessoa que, tal como o primeiro jogo também aqui analisado tanto para PC como Playstation, continua a saga do romance de Bram Stoker sobre o príncipe das trevas mais famoso do mundo do entretenimento. Tal como o primeiro jogo, este também teve um lançamento inteiramente em português, onde se traduziu tudo, incluindo o voice acting. Felizmente que desta vez arranjei a versão inglesa. A versão PC deu entrada na minha conta steam há coisa de um ou 2 anos, através de algum bundle. A versão PS1 veio de umas trocas e vendas que fiz com um particular há coisa de um mês atrás.

Dracula 2 The Last Sanctuary - Sony Playstation
Jogo com dois discos, caixa e manual

E tal como o seu predecessor, este é também uma jogo de aventura gráfica point and click, jogado na primeira pessoa. A acção decorre logo após recordarmos os acontecimentos finais do último jogo, onde Jonathan regressa a Londres para defrontar Dracula de uma vez por todas. E após passarmos algum tempo em Londres em busca de Drácula, ao visitar a sua propriedade em Carfax Abbey, ou o asilo do Dr. Seward, coisas acontecem e teremos de voltar uma vez mais à transsilvânia para resgatar a nossa noiva/esposa Mina uma vez mais.

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Mais uma vez acaba por ser Mina a ficar no centro das atenções

A nível de mecânicas de jogo há muita coisa que se mantém idêntica à prequela e a muitos outros jogos do mesmo género em que a Cryo Interactive tenha acabado por lhes deitar as mãos. Jogamos numa perspectiva de primeira pessoa em que o movimento é dado com cliques do rato, transitando numa série de ecrãs estáticos, mas que os podemos explorar livremente em practicamente 360º. O resto é o típico de jogos point and click onde a exploração dos cenários, interacção com objectos, pessoas e resolução de alguns puzzles são o prato do dia. Ao explorar os cenários, o nosso cursor do rato vai mudando de figura. Se for uma seta, quer dizer que podemos avançar nessa direcção. Se for uma mão, podemos apanhar esse objecto, se for uma roda dentada, então teremos de procurar no nosso inventário por um objecto para colocar nesse local. Se escolhermos o objecto certo, o cursor ganha contornos verdes, caso contrário fica vermelho. Comandos simples e só pelo facto de termos uma pista visual se certo item serve para aquela posição ou não, já é uma ajuda. Mas há aqui algumas novidades também, sendo que a maior a meu ver são aqueles momentos onde de facto temos a vida em risco ao ser atacados por criaturas ou armadilhas e vemos no ecrã uma barra a esvaziar-se com o tempo. Pois, esse é o tempo que temos para nos safar, seja a interagir com alguns objectos para criar armadilhas a quem nos persegue, ou até sacar um revólver do nosso inventário e dispará-lo quase como se fosse um first person shooter.

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Parece um first person shooter mas não é!

Em relação a pormenores técnicos, felizmente nem a versão PS1 nem a PC que eu possuo foram integralmente traduzidas para português. Digo isto pois já na altura quando comprei o primeiro Dracula, sabia perfeitamente que os diálogos seriam completamente falados em português, mas tinha uma certa curiosidade mórbida em ver como foi feito esse trabalho de tradução, que naquela época ainda não era nada habitual. Mas felizmente desta vez veio tudo com o voice acting em inglês que, apesar de não ser nada por aí além, sempre é tolerável. Graficamente é um jogo com gráficos pré-renderizados, onde é a versão PC que leva a melhor pois apresenta-os com uma resolução maior. Mas é a arte e design das personagens, aliados a uns diálogos não lá muito convincentes que me retiram alguma da piada ao jogo, pois apesar de o mesmo até ter uns gráficos bonitinhos para a altura, não achei que fizessem justiça à malvadez de Drácula e suas concubinas.

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O inventário é semelhante ao do jogo anterior e permite interagir com objectos entre si

Resumindo, para mim Dracula 2: The Last Sanctuary não deixa de ser um jogo de aventura minimamente competente, capaz de entreter qualquer fã do género, ainda para mais se gostam destes com uma temática mais para o Oculto. No entanto, é também um jogo que me deixou um pouco a desejar, principalmente pelos seus diálogos pobres e design/caracterização de personagens que de assustadores não têm muito, tal como referi no parágrafo acima. Os restantes jogos desta série parece que já iniciam um novo arco de história, pelo que me deixaram bastante curioso para os experimentar. Em breve!!

Teenage Mutant Hero Turtles (Nintendo Entertainment System)

TMNTApesar dos jogos clássicos das “Tartarugas Ninja” da Konami serem beat ‘em ups como Final Fight ou Double Dragon e terem as suas nas arcades, o primeiro jogo desta franchise acaba por ser bastante diferente, sendo em parte um jogo de plataformas, noutra um jogo de acção com vista de cima. Pessoalmente eu prefiro os beat ‘em ups, mas ainda assim este primeiro jogo é também bastante interessante. O meu exemplar veio através de umas trocas e vendas que fiz com um particular algures no mês passado. Update: recentemente ofereceram-me uma caixa novinha em folha e o manual!

Jogo com caixa
Jogo com caixa. Gosto bastante da arte da capa, embora sejam todos o Raphael…

Inicialmente a nossa missão é salvar a jornalista April que tinha acabado de ser raptada pelos ninjas do Foot Clan, mas as coisas acabam por escalar de tal forma que teremos de também de desactivar bombas numa barragem, salvar o Mestre Splinter e claro, derrotar também o Shredder de forma a devolver o Mestre Splinter à sua forma humana… ah, os anos 80 e as séries de animação da nossa infância!

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Nos segmentos em overview, por vezes temos vários caminhos para optar

Tal como referi acima, o jogo vai-se dividindo em 2 perspectivas diferentes. Em cada nível vamos tendo acesso a um mapa da área, começando o jogo numa perspectiva aérea nos subúrbios da cidade, onde poderemos ir combatendo alguns inimigos e tal. Ocasionalmente lá veremos umas tampas de esgoto ou portas de edifícios abertas. Para conseguirmos avançar nos níveis, teremos mesmo de ir entrando por essas aberturas de forma a ir dar a outras zonas… se bem que por vezes temos várias alternativas de caminhos a tomar e nem sempre nos levam onde gostaríamos, pelo que também há uma forte componente de exploração neste jogo. Quando entramos num esgoto ou edifício, a perspectiva muda para a de um sidescroller, tornando o jogo em algo muito semelhante a um jogo de plataformas tradicional.

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O status screen mostra-nos um mapa do nível, o objectivo a atingir e a saúde das nossas tartarugas

Há algo que eu gosto bastante neste jogo. Podemos jogar com qualquer uma das quatro tartarugas ninja e alternar entre elas a qualquer momento no jogo. Cada tartaruga tem a sua própria barra de energia que se vai mantendo idêntica ao mudar de nível, ou seja, se chegarmos ao fim do nível com o Raphael quase a morrer, começaremos o seguinte da mesma forma, pelo que devemos ir fazendo a gestão das tartarugas de forma inteligente, e sim, itens como pizzas servem para regenerar a vida da tartaruga que esteja activa. Caso uma tartaruga “morra”, acaba por desmaiar e é raptada pelos Foot Clan, podendo ser resgatada mais tarde, a partir do terceiro nível. Para além das pizzas temos outros power-ups como armas secundárias de munição limitada (bumerangues ou shurikens) ou vidas extra. Cada tartaruga tem também as suas vantagens e desvantagens, embora nos segmentos de plataforma eu acabe por preferir o Donatello pelo seu bastão ser uma arma de maior alcance.

Este jogo é também famoso por ser bastante difícil, em especial nos segmentos subaquáticos do nível da barragem. E de facto esse é provavelmente o momento mais frustrante do jogo, pois temos de nadar por túneis estreitos e repletos de armadinhas, com “paredes” electrificadas, raios a serem lançados periodicamente e que só nos atrapalham, os controlos para nadar são super sensíveis e como se não chegasse, temos um tempo limite para bater que geralmente acaba por ser bastante curto para quem quiser fazer as coisas cuidadosamente. Sim, dá trabalho e requer muita prática, mas também precisam de ver as coisas do lado positivo: esses segmentos são ainda na primeira metade do jogo, se conseguirem sobreviver provavelmente chegam ao fim. Até porque os bosses depois de se perceber os seus padrões de movimento e ataque acabam por ser bem fáceis e nos outros níveis em que estamos sempre rodeados de inimigos… bom, por vezes o segredo é avançar sempre e evitar o combate a menos que tenha de ser.

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Nem todos os bosses são compicados…

A nível técnico é um jogo que eu até acho que é bem conseguido. Sim, os beat’em ups têm cenários e sprites mais bem detalhados, mas não acho que este seja um jogo mau no aspecto gráfico. Apenas reparei num ou noutro momento de slowdowns em alturas em que apareciam muitos inimigos no ecrã. Já as músicas… essas são excelentes, facilmente a melhor parte técnica deste jogo! Adoro o chiptune da NES e este jogo em particular tem uma percussão fantástica.

Concluindo esta rapidinha, o primeiro videojogo das tartarugas ninja para a NES é bastante diferente dos que lhe seguiram, e apesar de eu preferir os beat ‘em ups pois esses da Konami são clássicos absolutos, também não desgostei nada deste primeiro jogo. Apenas trocaria os segmentos de jogo com perspectiva aérea pelos segmentos meramente de plataformas.

MadWorld (Nintendo Wii)

MadWorldJá há bastante tempo que não fazia nenhum artigo sobre algum jogo da Nintendo Wii. Não é pela consola ter poucos jogos interessantes, o que na minha opinião nem é verdade, mas sim pela sua maioria usar e abusar dos controlos de movimento, algo que eu abomino, ainda por cima com comandos tão desconfortáveis de usar como os da Wii. Infelizmente este MadWorld é um dos que pertence a essa categoria, pelo que levei imenso tempo até finalmente ter conseguido chegar ao fim, já que a vontade de lhe pegar não era muita precisamente por essa razão. No entanto não deixa de ser um jogo bastante original, como irei referir mais à frente. Este meu exemplar custou-me 5€ na CEX do Porto, já há uns bons meses atrás.

MadWorld - Nintendo Wii
Jogo completo com caixa, manual e papelada

Bom, Madworld é um jogo extremamente violento – mas de uma maneira que até acaba por ridicularizar a coisa e com uns gráficos bem estilosos que nos remetem de imediato para o Sin City de Frank Miller, pois é tudo em tons de preto, branco e vermelho de todo o sangue que vamos acabar por espalhar. Mas na realidade, de que se trata então este jogo? Qual o propósito de tanto caos e violência desenfreada? Bom, tudo começou com um aparente atentado terrorista de larga escala que isolou uma cidade de todos os contactos com o mundo exterior. Logo depois foi largado um vírus mortífero que infectou toda a população e os terroristas disseram que dariam o antídoto a todas as pessoas que assassinassem outras. Ficou assim lançado o mote para todo o caos e violência que mais tarde acabou por se tornar no DeathWatch, um “desporto” televisivo de combates até à morte, uma espécie de gladiadores dos tempos modernos e com o financiamento de grandes tubarões financeiros. O nosso herói é o Jack Cayman, que se infiltra na tal cidade de Varrigan para participar nos jogos, mas com outras intenções por detrás, que acabam por ser reveladas à medida que vamos progredindo.

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A motosserra é a nossa melhor amiga!

Ora Jack possui uma motosserra embutida na armadura do seu braço direito, logo só por aí já dá para perceber que poderíamos vir a passar um bom bocado. E de facto MadWorld é bastante violento pois os cenários estão repletos de armadilhas como paredes com espinhos gigantes, prensas, comboios a passar, sanitas (sim, leram bem) bem como imensos objectos que podemos utilizar para ajudar à festa como pneus, caixotes do lixo ou sinais de trânsito. Porque uma coisa é matar um oponente à pancada ou coma  motoserra, mas outra é prendê-lo com um pneu, atravessar-lhe um sinal de trânsito pelo pescoço, pegar nele e atirá-lo para um caixote do lixo em chamas. Este tipo de combinações são precisamente as coisas mais encorajadas neste jogo, pois tão mais pontos e os inimigos não páram de surgir enquanto não estabelecermos um certo número de pontos para desbloquear a luta contra o boss daquele nível. Outra das coisas que é desbloqueada por pontos em cada nível são os Bloodbath Challenge. Esses são desafios onde dispomos de um curto intervalo de tempo para matar o máximo número possível de oponentes de uma certa forma: tanto temos de atirar inimigos para debaixo de uma enorme prensa, ou abanar uma enorme garrafa de champanhe, enfiá-la num olho de algum bandido e atirá-lo para um alvo longínquo… como podem ver, as possibilidades são imensas!

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Os bloodbath Challenges são desafios bem originais… acompanhados por comentadores bem sarcásticos

Agora os problemas… infelizmente e na minha modesta opinião, o maior problema deste MadWorld são precisamente os seus controlos. É que como referi no primeiro parágrafo, este é daqueles jogos que apenas suportam o Wiimote e o Nunchuck, sendo que eu acho o Wiimote o comando mais desconfortável de todo o sempre. Nem preciso de fazer grande espalhafato em movimentos, basta segurá-lo por algum tempo que a mão começa logo a dar de si. De resto, temos botões para tudo e mais alguma coisa, sendo que teremos de abanar o Nunchuck para fazer Jack desviar-se de ataques dos oponentes e o Wiimote, em conjunto com o botão B que activa a motoserra para desferir os golpes na direcção pretendida. Por vezes temos também alguns quick time events, em especial nos combates contra os bosses, que realmente exigem que repliquemos alguns movimentos indicados no ecrã. Isso é tudo muito bonito, mas eu trocava toda essa inovação pelo suporte ao comando da Gamecube ou do Classic Controller.

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Quanto mais violentos formos, maior é a pontuação e mais rápido podemos acabar o nível

Graficamente é um jogo bastante estiloso, ao apresentar gráficos quase monocromáticos onde as únicas cores que vemos para além do preto e branco é o vermelho de todo o sangue derramado e uma ou outra indicação em amarelo. Na minha opinião foi algo que resultou muito bem, como aliás já tinha resultado em Killer 7, embora aí essas experiências não tenham sido exactamente idênticas. Claro que este grafismo permitiu disfarçar algumas imperfeições gráficas, mas no geral acho que ficou um jogo com uns visuais muito bem conseguidos. As músicas é que já não são muito do meu agrado pois há um grande foco no hip-hop. Por outro lado o voice acting parece-me bem competente, em especial o dos comentadores televisivos que nos vão acompanhando o nosso progresso no concurso do DeathWatch, sempre com grandes tiradas de humor negro. Se chegarem a ver os créditos finais do jogo… então é um fartote!

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Os níveis são de exploração livre, temos é um tempo limite para atingir os pontos necessários para enfrentar o boss e derrotá-lo.

Para além do mais, o jogo ainda nos recompensa um pouco para o jogar várias vezes ao desbloquear outras armas como uma katana ou uma motosserra dupla, bem como ao adicionar novos Bloodbatch Challenges ao modo história. Para além disso possui uma vertente multiplayer que sinceramente não cheguei a experimentar.

Em alguns sítios foi bastante criticado pela sua violência extrema, tendo até sido banido em alguns locais. No entanto, apesar de violento, todas essas mortes acabavam por ser bastante cómicas, até porque a certa altura apareceram zombies e ETs lá à mistura… De resto é um bom jogo da Platinum Games, esse excelente estúdio nipónico que quando esteve juntamente com a Sega nunca conseguiu obter o sucesso que deveria. Só é pena mesmo não haver um modo “normal” onde o possamos jogar com os controlos normais, no conforto do nosso sofá.

Virtua Cop 2 (Sega Saturn)

Virtua Cop 2Se tudo correr bem, o artigo de amanhã já será algo mais detalhado, mas enquanto isso não acontece, cá vos deixo com mais uma rapidinha a um outro clássico das arcades, o lightgun shooter da Sega, Virtua Cop 2. Bom, de momento tenho 2 caixas para um único disco. A caixa normal dos jogos da Saturn foi comprada na feira da ladra em Lisboa, já há por aí 2 anos, vinha com um manual e vários discos de Saturn lá dentro e custou-me 2€. Com a gula levei o jogo mas depois percebi que nenhum dos 3 discos de Saturn que lá estava era o Virtua Cop 2 (para os curiosos os outros discos eram jogos comuns como o Tomb Raider ou International Victory Goal). Isso fez-me procurar um outro exemplar, que acabei por encontrar alguns meses depois. Foi um negócio do OLX onde por 15€ trouxe o Virtua Cop 2 em edição jewel case, uma Virtua Gun (não na foto, mas apenas a pistola sem caixa) e ainda um cartucho de um jogo de NES.

Virtua Cop 2 - Sega Saturn
Jogo com caixa (uma de cada versão) e manual europeu.

E em que consiste este Virtua Cop 2? Na verdade é mais um bom exemplo de como uma sequela deve ser. É um on-rails lightgun shooter como o seu predecessor, também repleto de acção, mas que acaba por fazer tudo um bocadinho melhor. A jogabilidade mantém a mesma fórmula: somos nós contra um exército de mafiosos que andamos aos tiroteios em vários locais, sempre com reféns e outros civis a atrapalharem. As melhorias, para além dos gráficos que já os irei referir mais à frente, estão precisamente na câmara que está mais cinematográfica, uma maior interactividade com os cenários, pois para além de podermos partir vidros de carros e estourar com barris de combustível estrategicamente colocados, podemos também disparar para uma série de outras coisas, desde monitores, placas de trânsito, candeeiros, caixotes, entre outros. Qual o objectivo? Encontrar itens secretos como vidas extra, outras armas como metralhadoras, revólveres automáticos, uma caçadeira, entre outros. As mecânicas de tiro são iguais. Por defeito cada bandido tem um “lock on sight” que vai mudando de cor de verde para vermelho consoante vão-se preparando para disparar. Ocasionalmente também podemos escolher qual o caminho queremos seguir, o que lhe dá alguma margem de manobra para voltarmos a jogá-lo e explorar outros caminhos.

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Tal como no anterior, temos 3 níveis à escolha que podemos completar em qualquer ordem

De resto, tal como no jogo anterior, para além dos 3 níveis que podemos escolher onde teremos um boss no final do mesmo, ainda temos um outro boss para enfrentar quando conseguirmos finalizar os 3 níveis… sinceramente gostaria que fosse um nível mais comprido como os outros três, mas paciência. De resto esses mesmo níveis são variados, apresentando diferentes cenários urbanos e desses alguns em movimento, como uma perseguição automóvel ou um “assalto” a um comboio carregado de bandidos. Graficamente é um jogo que se apresenta com um 3D bem competente e bem detalhado para a sua época. Obviamente que a versão arcade é ainda mais bonitinha, mas para uma Saturn não está nada mal! A AM2 sabia o que fazia! As músicas são variadas e agradáveis, mas prefiro aqueles temas mais rock que a Sega por vezes incutia nos seus jogos arcade desta época.

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Acção é coisa que não falta neste jogo!

No fim de contas, Virtua Cop 2 é um grande clássico dos light gun shooters, e um bom exemplo de como uma sequela deve ser, ao melhorar todos os pontos do original e ainda trazer uma ou outra coisa nova. Fico à espera de ver o Virtua Cop 3 um dia destes nalguma consola, nem que seja lançamento digital.

Bio-Hazard Battle (Sega Mega Drive)

Bio-Hazard BattlePara não fugir muito ao artigo anterior, hoje teremos mais uma rapidinha a um shmup. E dentro desse género, o Bio-Hazard Battle é um dos exemplos mais competentes na biblioteca da Sega Mega Drive, com toda a sua temática biológica por detrás. Este meu exemplar foi comprado há uns meses atrás na cash converters de Alfragide por cerca de 5 a 6€.

Bio Hazard Battle - Sega Mega Drive
Jogo em caixa

Este jogo coloca-nos a explorar um planeta em ruínas e repleto de enormes criaturas. Parece que a civilização desse mesmo planeta viveu muitos anos em guerras biológicas até que as coisas foram para o torto de vez, tornando o planeta inabitável e cheio de criaturas agressivas. Os sobreviventes decidiram então lançar uma grande estação espacial em órbita e viverem por lá até que as coisas se acalmassem. Pois bem, parece que chegou o momento de voltar alguém à superfície e começar o trabalho de exterminador de pragas.

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Cada uma destas “naves” tem armas próprias

Inicialmente dispomos de uma de 4 naves biológicas para jogar, cada qual a assemelhar-se a um insecto diferente e também com armas especiais distintas. De resto, o Bio-Hazard Battle segue as mecânicas convencionais dos shmups. Um botão para os ataques normais, outro para os especiais, que são nada mais nada menos que ataques onde devemos deixar o botão pressionado até carregar o ataque completamente para depois o largar. Mas tal como R-Type podemos também apanhar uma nave “satélite”, que vai andando à nossa volta e dispara os seus próprios projécteis em simultâneo com os da nave principal, bem como consegue absorver dano. A maneira como esse satélite anda à nossa volta depende da forma como manejamos a nossa nave. Depois claro, temos os powerups habituais, com outros modos de disparo que poderemos usar.

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Os nossos inimigos tanto podem ser pequenos insectos ou girinos com caras humanas, como outros mais portentosos

Graficamente é um jogo muito bem competente. O primeiro nível consiste em descer desde o espaço até à superfície, onde transitamos para o nível seguinte e vemos cidades em ruínas, passando depois por florestas, cavernas, debaixo de água e até o local onde aparentemente estes armas biológicas que produziram todas estas criaturas foram concebidas. Os níveis, efeitos especiais, backgrounds e todas as criaturas em jogo pareceram-me bem conseguidas, em especial aquelas maiores que estão bem detalhadas. A música foi também uma surpresa bastante agradável, pois para além de ter um som com bastante qualidade, as próprias melodias são bastante incomuns e sonantes, embora existam também alguns momentos mais tensos, em especial os temas de quando enfrentamos bosses, pois ficaram sinistros quanto baste.

Para mim, Bio-Hazard Battle é um dos shmups mais interessantes da Mega Drive, recomendo vivamente a todos os que apreciam este subgénero de videojogos.