Sherlock Holmes and the Hound of the Baskervilles (PC)

Mais uma rapidinha no PC, continuando pelos jogos da saga Sherlock Holmes da Frogwares. Este é baseado no romance de mesmo nome de Sir Arthur Conan Doyle e, tal como o Sherlock Holmes: The Mystery of the Persian Carpet, este é também um jogo do mesmo género, ou seja, com um grande foco na exploração de cenários para procurar objectos e resolver uma série de puzzles de forma a progredir na história. E tal como a maior parte dos outros jogos desta série que possuo na minha conta steam, este jogo foi comprado num indie bundle por uma bagatela.

Portanto este Hound of the Baskervilles é um jogo de hidden object. Começamos por ver Henry Baskervilles a visitar Sherlock e o Dr. Watson, e solicitar os seus serviços para resolver um mistério que assola a família Baskervilles há várias gerações: muitos dos seus membros morreram prematuramente, em circunstâncias misteriosas, supostamente após terem sido atacados por um grande cão demoníaco que assombra aquela família. E enquanto no livro toda esta vertente paranormal é desmistificada de certa forma, no jogo mantém-se bem presente.

Ao menos os cenários estão muito bem desenhados

De resto, a jogabilidade obriga-nos a explorar muito bem cada cenário e procurar uma série de itens, que podem posteriormente ser combinados entre si, usados noutros objectos, ou para desbloquear diversos puzzles que teremos também de resolver, tanto para ir desbloqueando novas divisões da mansão dos Baskervilles, como para avançar na história propriamente dita. Não temos que interagir com outras pessoas, nem fazer aquele trabalho de detective como nos restantes Sherlock Holmes clássicos ou mesmo no Mystery of the Persian Carpet. Aqui o foco está mesmo em ir coleccionando objectos das várias salas e usá-los de forma a progredir na história. Os puzzles são interessantes, mas confesso que sinto a falta do deduction board e da análise forense de alguns jogos anteriores. À medida que vamos progredindo vamos também desbloquear novas habilidades que podem ser usadas na exploração, como a habilidade de partir certos objectos, iluminar locais escuros ou avançar o tempo, entre outros. Naturalmente que estas habilidades serão usadas para apanhar mais objectos.

Teremos imensos puzzles para resolver mas, sendo este um jogo mais casual e dependendo do grau de dificuldade escolhido, podemos sempre avançar uns quantos.

Do ponto de vista audiovisual, é um jogo algo simples, mas desta vez está uns furos acima do Mystery of the Persian Carpet, pois apesar das cutscenes ainda serem algo estáticas, ao menos já têm o voice acting competente de jogos anteriores, pelo menos nos papéis de Sherlock e Watson. As músicas também vão sendo algo tensas, o que até cai bem no estilo de jogo e tendo em conta que estamos a explorar uma mansão supostamente amaldiçoada. Graficamente as coisas são todas muito estáticas, mas ao menos os cenários estão muito bem conseguidos na minha opinião, com bonitos cenários desenhados e pintados à mão.

Portanto este The Hound of the Baskervilles não é uma adaptação fiel do romance original, mantendo só a história  de base. É também um jogo mais casual, até porque também foi lançado para smartphones, com um foco muito maior em exploração dos cenários em busca de objectos escondidos e com imensos puzzles (alguns bem chatinhos). Não me desagradou de todo, mas prefiro de longe a série principal.

Sherlock Holmes versus Jack the Ripper (PC)

Quase passado um ano depois de ter jogado o último Sherlock Holmes da Frogwares, lá decidi pegar em mais um título. Como os estou a jogar pela ordem cronológica de lançamento agora foi a vez do duelo entre o mais famoso detective da literatura e um dos mais famosos serial killers da história, o londrino Jack, o Estripador. Tal como os seus predecessores mais recentes, este jogo é mistura os conceitos de um point and click clássico na terceira pessoa, mas também nos permite, a qualquer momento, jogá-lo numa perspectiva de primeira pessoa. O meu exemplar, tal como todos os outros que trouxe até agora, foi adquirido num bundle qualquer a um preço bastante convidativo.

A acção decorre na recta final do século XIX com a cidade de Londres a ficar alarmada por uma série de assassinatos bastante violentos, onde as vítimas, todas prostitutas de baixa classe na zona de Whitechapel, eram esventradas. Sherlock Holmes fica intrigado com o caso e decide investigar de forma não oficial, em paralelo com a investigação policial em curso. Tal como os restantes jogos da série até então, teremos de não só falar com várias pessoas, recolher pistas e objectos para ultrapassar alguns puzzles como um jogo de aventura point and click tradicional. Mas também, tal como os restantes jogos desta saga, há um grande foco em trabalho de detective, onde teremos de analisar cuidadosamente todas as pistas, ler atentamente todos os documentos e depoimentos que vamos obtendo de testemunhas para depois poder deduzir teorias com base nas provas e relatos de testemunhas para avançar na investigação.

Graficamente o jogo replica fielmente o que seria Whitechapel em 1988

O “deduction board” é algo então de relevante importância, onde iremos correlacionar todas as pistas, documentos e depoimentos (que podemos consultar a qualquer momento no jogo) e daí deduzir e retirar algumas conclusões, como as condições em que os assassinatos decorreram, quando ocorreram e eventualmente calcular a localização provável do assassino bem como a sua identidade. É precisamente este trabalho de detective que demarca os jogos Sherlock Holmes dos restantes jogos de aventura clássicos e, uma vez mais, me pareceram muito bem conseguidos.

Tal como noutros jogos da série, teremos de fazer alguma análise forense às vítimas

A nível audiovisual temos de analisar isto em duas frentes. O voice acting, que mantém os mesmos actores tanto para Sherlock Holmes como Watson, continua muito bem conseguido na minha opinião. Os das restantes personagens já não tem a mesma qualidade mas também não está mau. As músicas são muitas vezes pequenas peças clássicas com violinos, o que acaba por assentar bem no estilo de jogo e na época que retrata. Já passando para os gráficos, estes representam bem uma cidade de Londres em finais do século XIX, em especial o distrito de Whitechapel, que era na altura populado por classes sociais mais pobres. Temos então ruas escuras, sujas e cheias de podridão. Mas por outro lado, a qualidade gráfica em si ainda não é nada de especial, com as casas a possuirem poucos polígonos e serem assim muito “quadradas”, bem como as texturas nem sempre possuem a qualidade desejada.

O deduction board é onde correlacionamos todos os factos para deduzir uma teoria

Mas, tirando o detalhe gráfico, que viria a ser melhorado bastante nos títulos mais recentes desta série, devo dizer que gostei bastante desta aventura do Sherlock Holmes. A maneira como a investigação é conduzida, ainda para mais à revelia da própria polícia londrina, foi a meu ver bem conseguida. Estava à espera de ver mais algum gore como no Awakened, mas a Frogwares acabou por ser mais comedida nesse aspecto.

Turok 2: Seeds of Evil (Nintendo 64)

Depois do sucesso do primeiro Turok, a Iguana Entertainment não perdeu muito tempo em preparar uma sequela que acabou por ser lançada em 1998. É, na minha opinião, uma excelente sequela, onde melhoraram e muito na parte gráfica e variedade de armas. É também no entanto, tal como o seu predecessor, um jogo com níveis bastante vastos e labirínticos. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu algures em Março deste ano, por cerca de 15€ se bem me recordo.

Jogo com caixa e manual

Desta vez controlamos um novo protagonista, que é chamado ao serviço por uma alienígena chamada Adon. Esta explica-nos que há uma outra civilização extraterrestre prestes a preparar das suas e ameaçar toda a vida no Universo. Para os deter, teremos de visitar 5 mundos separados de outras civilizações que estão a cooperar com os Primagen, cumprir uma série de objectivos e por fim assaltar a gigante nave espacial dos Primagen e por um cobro à sua ameaça.

O design dos inimigos está muito bem conseguido e bastante variado

Tal como já referi acima, este Turok 2 é um jogo não tão diferente do seu antecessor, ao introduzir poucos níveis, mas os mesmos são gigantes, repletos de passagens secretas, objectivos para cumprir e segredos para descobrir. Começamos também a aventura num hub repleto de portais para os diferentes níveis, onde apenas o primeiro nível se encontra desbloqueado. Para além dos objectivos que teremos de cumprir em cada nível (resgatar reféns, destruir objectos ou estruturas, proteger um totem, entre outros), teremos também de explorar os níveis de forma a encontrar chaves que nos desbloqueiem as passagens para os níveis seguintes. Para além disso, para defrontar o boss final, teremos também de procurar também as Primagen Keys, uma por nível. O problema é que estas chaves estão em locais de difícil acesso, que requerem habilidades especiais, como a possibilidade de caminhar sobre a lava, saltar longas distâncias ou observar caminhos invisíveis. Para essas habilidades teremos de coleccionar uma série de talismãs, que estarão também tipicamente espalhados em níveis diferentes. Portanto teremos de revisitar o mesmo nível mais que uma vez para coleccionar tudo. Tendo em conta que os níveis são muito largos e labirínticos, isto pode ser um problema.

Ocasionalmente lá teremos algum boss para enfrentar

No que diz respeito à jogabilidade, esperem por controlos algo customizáveis, mas bastante próximos do Turok original. Os controlos por defeito são até algo próximos do que temos hoje em dia, mas revertidos, com o analógico a servir para controlar a câmara e o C-Stick a servir para mover. O gatilho Z serve para disparar, os botões A e B para alternar entre armas, o botão R para saltar, L para activar o mapa e o d-pad com uma série de funções secundárias, como seleccionar diferentes tipos de munição para a mesma arma, ou activar a scope. O arsenal à nossa disposição é mesmo variado, desde o habitual arco e flecha, pistola e shotgun (esta última com diferentes tipos de munições), passando por armas cada vez mais imponentes como uma plasma rifle, metralhadora pesada, mísseis teleguiados ou o cerebral bore, uma arma que lança projécteis que perfuram o crânio dos oponentes e fazem-lhes explodir a cabeça! De resto, para além do modo história, temos também um multiplayer com capacidade até 4 jogadores em split screen que eu acabei por nem sequer experimentar.

Os níveis são super longos e com imensos objectivos a cumprir

Já sobre a sua apresentação audiovisual, este é um jogo a meu ver muito bem conseguido face ao original. É verdade que os níveis continuam bastante grandes e complexos, mas agora há muita mais variedade nos seus cenários, mesmo dentro do mesmo nível. A qualidade dos gráficos em si também está muito boa, com várias texturas de melhor qualidade face ao original. Os inimigos e restantes personagens estão também muito bem detalhados e animados e uma vez mais este é um jogo cheio de gore, com cada inimigo a possuir várias animações distintas quando morrem. Os níveis e inimigos são variados entre si, tal como referido acima, apresentando civilizações distintas, com diferentes paisagens, desde cavernas, selvas, estruturas em pedra ou outras mais sci-fi. Temos também algum nevoeiro, mas está bem mais longe que no primeiro Turok. Por outro lado, as músicas não são assim tantas quanto isso e, apesar de não serem nada de especial, até que resultam bem, pois possuem bastante ritmo que casa bem com toda a acção que vamos vivendo. Nada a apontar aos efeitos sonoros, mas fiquei agradavelmente surpreendido pela quantidade de samples de voz.

Sim, este é um jogo com imenso gore

A melhor prestação audiovisual deste Turok 2 face ao original deve-se ao facto de a Iguana/Acclaim terem optado por produzir o jogo num cartucho de 32MB que, embora muito longe dos 650/700MB de um CD, já lhes permitiu armazenar mais e melhores texturas, mais vozes e por aí fora. O que nos leva mesmo a questionar o quão bom seriam os restantes jogos na Nintendo 64 caso a Nintendo tivesse optado por adoptar o formato CD ao invés do cartucho.

Portanto, este Turok 2, apesar de ser um jogo bastante longo pelos seus extensos níveis e backtracking necessário para concluir todos os objectivos, acabou por me surpreender pela positiva, não só pelos seus melhores gráficos e som, mas também pela variedade de novos níveis e armas. A ver como se safaram no Turok 3, que ainda não me apareceu nenhum exemplar. Para além disso, este jogo tinha também sido lançado no PC e recentemente saiu uma versão remasterizada, tal como o primeiro jogo, para plataformas modernas.

Wayne Gretzky and the NHLPA All-Stars (Sega Mega Drive)

Voltando à Mega Drive e às rapidinhas, vamos agora ficar com um jogo de desporto, nomeadamente este Wayne Gretzky and the NHLPLA All-Stars que, como o nome indica, é um jogo de hóquei no gelo. Foi desenvolvido pela Time Warner Interactive e lançado para a Mega Drive e Super Nintendo. O meu exemplar foi comprado num lote de uma Mega Drive II em caixa com vários jogos em caixa, que me custou apenas 30€ numa feira de velharias algures durante o mês passado. Já há muito tempo que não apanhava um lote tão bom numa feirinha!

Jogo com caixa e manual pt

Aqui dispomos de diversos modos de jogo, desde partidas amigáveis, passando por diversos tipos de torneios ou um campeonato completo. Sendo este um jogo licenciado pela NHLPA, suponho que todos os jogadores sejam reais e representativos das suas equipas numa determinada temporada NHL. Teremos imensas equipas do continente norte-americano para escolher, bem como algumas equipas all-stars que representem selecções nacionais. Para além disso temos também alguns modos de treino que nos permitirão testar alguns aspectos do jogo, como o passe, remate ou os “pontapés de saída”, que sinceramente não sei qual a expressão para o hóquei no gelo.

Sempre que há um golo ou uma falta temos um pequeno vídeo ilustrativo

De resto, a nível de jogabilidade parece-me ser um jogo competente, com um botão para correr, outro para passar e um outro para rematar, caso estejamos a jogar ofensivamente. Se estivermos na defensiva, temos um botão para tentar roubar a patela, outro para correr e um outro para seleccionar o jogador mais próximo da patela. Teremos várias opções para customizar as partidas, tornando-as mais arcade ou mais próximo de simulações. Tal como alguns jogos NHL, é também possível activar as lutas, mas sinceramente nunca percebi muito bem como é que as desencadeamos.

Também podemos andar à porrada, mas não esperem por um motor de luta de qualidade

A nível audiovisual acho que até é um jogo bem interessante. Os ecrãs de escolha de equipas são engraçados e bem detalhados, a acção durante as partidas é rápida quanto baste, os jogadores possuem boas animações e há também um outro detalhe muito interessante que devemos mencionar. Sempre que há alguma falta ou golo, surge uma janela no meio do ecrã que mostra um pequeno vídeo em FMV que ilustra diferentes golos ou faltas. Um detalhe muito interessante na apresentação do jogo! A nível de som, nada de especial a apontar, vamos ouvindo alguns comentários básicos ocasionalmente e as partidas estão repletas daqueles sons característicos do desporto, como as buzinas a tocarem sempre que há um golo. Tudo isto acompanhado do ruído do público, claro.

Portanto este Wayne Gretzky até que me pareceu um jogo de hóquei no gelo bem competente, embora a crítica, pelo pouco que vi, não parece ter gostado muito do jogo. Mas também é verdade que não faltam alternativas na Mega Drive, a começar pela própria série da Electronic Arts.

Gauntlet IV (Sega Mega Drive)

A história por detrás deste Gauntlet IV é no mínimo curiosa. O que começou por um projecto entre amigos (que mais tarde viriam a ser conhecidos por M2 e responsáveis por algumas das melhores conversões de jogos clássicos da Sega) do Gauntlet original para o computador japonês X68000 da Sharp, acabou por ser reconhecido pela Tengen, que contratou a equipa para produzir esta versão para a Mega Drive. O meu exemplar foi comprado no mês passado numa feira de velharias por 10€.

Jogo com manual português. Não sei o que faziam ao manual multi cá, mas nunca apanhei nenhum com esse.

E apesar deste jogo ter Gauntlet IV no nome, é mais do que uma sequela, pois também inclui uma adaptação do original arcade, que já aqui tinha trazido a sua versão Master System no passado, e agora com suporte a 4 jogadores em simultâneo, tal como o original. Aqui teremos uma enorme dungeon para atravessar, com níveis gerados aleatoriamente e dezenas de inimigos para enfrentar. Sobreviver e amealhar tesouros para aumentar a nossa pontuação é o objectivo, pois supostamente é um jogo sem fim. Como referi acima, teremos dezenas de inimigos para enfrentar em cada nível, cujos vão vazendo respawn constante enquanto não destruirmos os seus respawn points. Para além disso, a nossa barra de vida vai decrescendo continuamente à medida em que caminhamos, sofrendo ainda rombos maiores quando formos atacados, pelo que teremos de ter algum cuidado redobrado ao explorar os níveis. Teremos também vários power ups para apanhar e usar, mas temos de ter cuidado para não os destruir, o que não é fácil visto que temos mesmo muitos inimigos para enfrentar.

Para além do novo quest mode, temos aqui também uma conversão do clássico original

Mas vamo-nos focar no Quest Mode, este que é sem dúvida a razão pela qual o jogo se chama de Gauntlet IV. Aqui podemos escolher uma vez mais o nosso guerreiro de entre 4 classes disponíveis, cada qual com as suas características, e é-nos contada a história por detrás do jogo. Basicamente representamos um aventureiro genérico que vai tentar a sua sorte ao explorar um enorme castelo, repleto de inimigos e armadilhas, em busca de uma misteriosa recompensa se conseguir chegar ao final. Para além de ter uma história, em que mais se diferencia este Quest Mode do original? Basicamente incluiram mais conceitos de RPG, como pontos de experiência, lojas que nos vendem equipamento e mais itens especiais para descobrir e usar. Aqui teremos de explorar 4 torres distintas, dedicadas aos 4 elementos de Terra, Ar, Fogo e Água, cada qual com 10 andares, para desbloquear a dungeon final, também com 10 andares. Tal como na versão arcade as mesmas mecânicas de jogo se aplicam, com a adição dos tais pontos de experiência que nos irá permitir evoluir os nossos stats e o facto de podermos comprar/equipar diferentes armas e equipamento. Creio que é um modo de jogo com níveis ainda mais labirínticos e que nos obrigará a mais backtracking para descobrir todos os seus segredos. Isto com multidões de monstros a quererem-nos limpar o sebo, claro.

No quest mode, ao pressionar o botão Start leva-nos para o Camp Menu, onde podemos evoluir a nossa personagem e verificar o equipamento

Para além destes dois modos de jogo, a M2 presenteou-nos com mais conteúdo ainda. Temos também o Battle Mode que é basicamente o multiplayer competitivo de 2 a 4 jogadores e que nos colocará à pancada entre todos, bem como o Record Mode, que confesso que não perdi grande tempo. Parece ser ainda mais focado na pontuação que a versão arcade.

A nível audiovisual confesso que o jogo foi uma boa surpresa. O Gauntlet original não é propriamente um jogo que seja lindíssimo, mas o seu grande número de sprites no ecrã em simultâneo sempre foi algo que impressionou. E esta versão Mega Drive, para além de ser uma óptima conversão do original, inclui também o Quest Mode que possui gráficos um nadinha superiores. Mas o que mais gostei foi sem dúvida das músicas que ficaram excelentes. Nada a apontar aos efeitos sonoros também, que incluem algumas vozes digitalizadas de boa qualidade.

O dinheiro que vamos amealhando pode ser usado para comprar itens e equipamento em lojas específicas

Portanto devo dizer que este Gauntlet IV acabou por se revelar uma óptima surpresa, quanto mais não seja pelo Quest Mode que o aproxima mais de um verdadeiro RPG de acção. Mas mesmo aí é bastante desafiante e temos mesmo de jogar com uma mentalidade de sobrevivência e apenas procurar o conflito quando estritamente necessário.