The Lion King (Sega Mega Drive)

Vamos para mais uma rapidinha, não porque o jogo não mereça uma análise mais em detalhe, mas sim porque já aqui trouxe a versão da Super Nintendo, que é muito idêntica e que recomendo a sua leitura para mais detalhe. O meu exemplar da Mega Drive foi comprado no mês passado de Janeiro, num bundle de dezenas de jogos Mega Drive que comprei a um particular e este, como ainda não o tinha na colecção, apesar de nunca ter sido prioridade por já ter a versão SNES, acabou por cá ficar.

Jogo com caixa e manual

A nível de jogabilidade, gráficos e som, esta versão é muito semelhante à SNES. Na jogabilidade esperem na mesma pelas mesmas frustrações em alguns níveis, embora controlar o Simba, especialmente nos saltos, me pareça um pouco melhor nesta versão. A nível gráfico, a versão Mega Drive está ligeiramente inferior à versão SNES, seja por ter menos variedade de cores nos níveis, ou na falta de um ou outro efeito gráfico. As músicas, apesar de serem na mesma bastante agradáveis, não há como negar que a versão Super Nintendo é muito superior. Logo na música título na versão SNES ouvimos instrumentos nítidos e alguns coros vocais, algo que não acontece aqui. Mas a música não deixa de ser agradável, no entanto. Aqui também temos algumas pequenas cutscenes com voice samples de qualidade, mas mais uma vez a versão SNES acaba por ser um pouco melhor nesse aspecto.

Embora a versão SNES seja ligeiramente superior nos gráficos, esta versão Mega Drive não é nada má

De resto este Lion King não deixa de ser um sólido jogo de plataformas, mesmo que não tenham a versão SNES ou PC, não deixam de ficar bem servidos aqui.

Prince of Persia (Sega Master System)

Por incrível que pareça, ainda não tinha na minha colecção nenhuma versão do Prince of Persia, esse grande clássico de Jordan Mechner e que tantas horas me fez perder ao jogar a sua versão de DOS quando era criança. Bom, se não contarmos com o desbloqueável que vem junto do Prince of Persia Sands of Time, claro. As conversões para as consolas da Sega (excepto a da Mega CD) ficaram a cargo da Domark que a meu ver até fizeram um bom trabalho, até porque eles já tinham lançado a conversão deste jogo para o Commodore Amiga. O meu exemplar foi comprado a um colega no passado mês de Janeiro por 5€.

Jogo com caixa e manual

Prince of Persia é um jogo inspirado nos contos das 1001 noites, onde algures num reino das Arábias, o sultão lá do sítio foi comandar uma guerra e deixou o seu reino ao cuidado do seu Vizir, Jaffar. Ora como aprendemos no Aladdin, um Vizir com o nome de Jaffar não pode ser boa pessoa e claro, coisas aconteceram. Jaffar toma então poder e confronta a princesa, obrigando-a a casar-se com ele. Como a jovem recusa, Jaffar lança-lhe então um feitiço, dando-lhe 60 minutos para mudar de ideias, caso contrário morre. As esperanças da princesa estão no seu amado que a vá salvar, mas Jaffar antecipa-se, prende o protagonista e atira-o para o fundo dos calabouços do Palácio.

Morrer empalado por espinhos é só uma das coisas que nos pode acontecer se não tivermos cuidado

Cabe-nos a nós então atravessar uma série de níveis labirînticos, repletos de armadilhas, guardas e outros puzzles. Tudo isto com 60 minutos de tempo limite para terminar a aventura. Ao longo do jogo encontramos imensas armadilhas como plataformas que caem, espinhos que saem disparados do chão, ou mesmo lâminas que nos cortam em dois se não tivermos cuidado. Temos também montes de precipícios que temos de ter em conta para não cair. É que a partir de uma certa altura é morte certa. Para além disso também vamos vendo algumas portas que temos de destrancar, ao pressionar algumas plataformas específicas que servem de interruptor. Por outro lado, também temos de evitar tocar noutros interruptores que nos podem dificultar mais a vida. Tudo isto junto, para além dos combates que referirei em seguida, obriga-nos a explorar bastante cada nível, até que consigamos finalmente resolver estes puzzles. Certamente 60 minutos não são suficientes para as primeiras tentativas, mas eventualmente lá chegamos. O jogo está dividido em 12 níveis, sendo que entre cada nível nos fornecem uma password, onde para além de nos permitir começar no novo nível em questão, também são guardadas outras informações, como a vida que temos disponível e o tempo restante.

Graficamente é uma conversão impressionante pois as sprites continuam muito bem animadas

Os controlos são simples, depois de nos habituarmos. Já o original de PC nos obrigava a esse treino, pelo que aqui, com um comando ainda com menos botões, as coisas não poderiam ser tão simples assim. O botão direccional faz com que Prince se agache, suba ou desça plataformas, ou corra para a esquerda ou direita. O botão 2 serve para saltar, já o botão 1 possui outros usos. Se o pressionarmos enquanto nos movimentamos de um lado para o outro faz com que andemos devagar, passo a passo, em vez de começar a correr. Por outro lado, também nos deixa agarrar em plataformas quando as estamos a descer, ou simplesmente a cair em queda livre, pressionar o botão 1 na altura certa pode-nos salvar a vida! Quando encontramos um guarda, se não tivermos nenhum botão pressionado faz com que o Prince saque da sua espada e se ponha numa posição de guarda (mas antes disso temos de a encontrar!!). O botão 1 serve para atacar, o botão 2 serve para defender, embora não seja muito fácil acertar com os tempos para nos defendermos com sucesso. O botão direccional para a esquerda ou direita faz com que nos afastemos ou aproximemos do nosso oponente, enquanto que ao pressionar para baixo faz com que guardemos a espada, algo que só recomendo fazer caso queiramos fugir do confronto, pois se somos atingidos sem estar numa posição de guarda, é morte instantânea.

Se acharmos que 60 minutos não é desafio suficiente, podemos sempre reduzir o tempo limite nas opções

Do ponto de vista audiovisual devo dizer que fiquei bastante impressionado com o resultado obtido pela Domark/The Kremlin. A versão original era bastante impressionante pela qualidade das animações do Prince, que foram gravadas através de actores reais, neste caso o irmão do criador do jogo, Jordan Mechner. Não sei como, mas conseguiram fazer sprites também muito bem animadas aqui, todas as animações estão bastante fluídas e credíveis. Os cenários também possuem mais cor e detalhe, quando comparados com o original ou mesmo a versão DOS, embora eu prefira o detalhe das partes mais luxuosas do palácio na versão DOS, se bem que a Master System possui cores mais vivas nessa parte. As músicas são poucas, todas elas com melodias árabes que estão muito bem implementadas aqui também. A parte principal do jogo é jogada sem qualquer banda sonora, com alguns pequenos arranjos a serem ouvido ocasionalmente quando algo de importante acontece. Sinceramente é algo que contribui bastante para a óptima atmosfera introduzida pelo jogo.

Portanto esta adaptação do Prince of Persia para a Master System surpreendeu-me bastante pela positiva. É certo que os controlos não são tão bons na parte do combate, e mesmo a maneira como o Prince acelera antes de começar a correr pode-nos causar algumas dificuldades no início. Ainda assim é uma conversão muito sólida, principalmente pela parte audiovisual. A meu ver é dos jogos da Master System mais bonitos que joguei até hoje. A versão Game Gear é idêntica, já a da Mega Drive está uns furos acima no audiovisual mas tenho de a jogar melhor. Outra versão que vale bastante a pena é também a da Super Nintendo, que practicamente duplicou o conteúdo do jogo face ao original. Mas isso é tema para outro artigo no futuro.

Art of Fighting (Sega Mega Drive)

Continuando pelas rapidinhas, até porque já fiz uma boa descrição do primeiro Art of Fighting na compilação da série que foi lançada para a Playstation 2. Esta versão da Mega Drive, como seria de esperar, fica uns bons furos abaixo da original de Neo Geo, e é sobre esses pontos que me vou incidir neste artigo. O meu exemplar foi comprado algures durante o mês passado, onde comprei um grande bundle de jogos de Mega Drive, ficando-me cada um a cerca de 5€.

Jogo com caixa

Tal como no primeiro Fatal Fury, se quisermos jogar sozinhos, estamos limitados na escolha de personagens, podendo optar por entre Ryo Sakazaki e Robert Garcia, enquanto distribuimos pancada a uma série de bandidos, em busca de Yuri, irmã de Ryo, que tinha sido raptada. Mas independentemente da personagem escolhida, a história mantém-se, com os monólogos e diálogos a alterarem ligeiramente. Ocasionalmente também teremos acesso a alguns níveis de bónus que, se os passarmos com sucesso, conseguimos melhorar a performance dos lutadores, seja através da sua força física, de espírito, ou desbloquear um poderoso ataque de energia.

Entre cada combate vamos tendo pequenas cutscenes que vão contando a história.

O original da MVS possuia uma funcionalidade muito interessante que consistia na sua câmara dinâmica, que ia ampliando/encolhendo mediante a distância entre ambos os lutadores, com as respectivas sprites a escalarem de forma suave. Infelizmente a versão Mega Drive não tem isto, com a câmara a permanecer estática em todos os combates. Por outro lado, as arenas e lutadores estão bem detalhados, pelo que não me posso queixar muito do ponto de vista dos gráficos. Já no som é que infelizmente as coisas não ficaram tão boas assim. As músicas estão uns bons furos abaixo de todas as outras versões e a Mega Drive tem capacidade para fazer melhor. As vozes estão também muito arranhadas nesta versão Mega Drive, infelizmente.

A versão Mega Drive pode não ter a câmara dinânica do original, mas ao menos tudo está bem detalhado.

Este Art of Fighting sempre foi um jogo de luta que gostei, seja pela sua jogabilidade, seja pela forma story driven, que implementaram a vertente single player. Nos anos 90, mesmo esta conversão da Mega Drive não sendo tecnicamente tão boa, acabava por divertir bastante. Hoje em dia acho que ficamos melhor servidos com as versões mais fieis à original que vemos em compilações ou em lançamentos digitais nas consolas mais modernas.

Aladdin (Sega Master System)

Vamos para mais uma super rapidinha a um jogo para a Master System, isto porque já cá trouxe a versão da Game Gear que é essencialmente o mesmo jogo. O Aladdin da Mega Drive é um dos melhores exemplos onde na era das 8 e 16 bits poderiamos ter jogos sobre a mesma franchise completamente diferentes entre si para diferentes plataformas. A Capcom desenvolveu um jogo muito interessante para a Super Nintendo, já a Virgin fez outro excelente jogo para a Mega Drive e PC. Surpreendentemente a Virgin lançou também conversões baseadas no jogo da Mega Drive para a NES e Gameboy, algo que sempre achei curioso pois supostamente a Capcom detinha direitos exclusivos para consolas da Nintendo. Por outro lado também é curioso que a Virgin não tenha desenvolvido nenhuma adaptação para a Game Gear ou Master System, que acabou por ser publicada pela própria Sega, após terem subcontratado a Sims para a desenvolver – um pequeno estúdio responsável por muitos dos jogos da Sega nas suas consolas 8bit. Confusos? É normal, eu também fico às vezes. O meu exemplar da Master System foi comprado a um colega meu no mês de Janeiro por 5€.

Jogo com caixa e manual

Portanto este é essencialmente o mesmo jogo que na Game Gear, embora com uma resolução maior. É um jogo de plataformas mas mais lento que o da Mega Drive, onde o foco está mais na exploração dos níveis, sendo que também temos uns quantos níveis de perseguições, onde o ecrã está em scrolling constante e temos de nos desviar de uma série de obstáculos.

Pode não ser o melhor jogo de plataformas, mas a nível de apresentação está excelente

Graficamente é um jogo excelente, sem dúvida um dos jogos mais bonitos da Master System. As sprites estão muitíssimo bem detalhadas, assim como os níveis. Aqueles que decorrem nas ruas de Agrabah têm também uns belos efeitos de parallax. As músicas são também muito agradáveis, mesmo usando o primitivo chip de som da Master System, o PSG. Para além disso, de todas as adaptações do filme do Aladino, esta (e a da Game Gear, claro) é sem dúvida a mais fiel ao filme pois entre cada nível vamos tendo várias cutscenes que nos vão contando a história. Se por acaso nunca viram o filme, mas vão jogar este jogo, ficam a saber todas as partes importantes da história.

Capcom’s Soccer Shootout (Super Nintendo)

Sim, mais uma rapidinha a um jogo desportivo, desta vez mais um jogo de futebol da Super Nintendo. Este Capcom’s Soccer Shootout, apesar de ter o nome da Capcom, tem na verdade diferentes origens, pois foi lançado originalmente no Japão como J.League Excite Stage ’94, sendo um jogo desenvolvido pelo estúdio A-Max e focado exclusivamente na primeira divisão japonesa de futebol. A versão que cá trago hoje é a Norte-Americana, pois foi comprada num pequeno bundle de jogos de Super Nintendo, tendo-me custado 5€. A versão europeia chama-se apenas Soccer Shootout e foi publicada cá pela própria Nintendo.

Apenas cartucho, versão norte-americana. Ainda bem que tenho um adaptador!

Este é então um simples jogo de futebol de onde dispomos de vários modos de jogo distintos. O Exhibition, conforme o nome indica é um modo de jogo onde podemos jogar partidas amigáveis. Main Game é um campeonato a duas voltas onde no fim ganha quem tiver mais pontos (se bem que aqui as vitórias dão apenas um ponto e os jogos não podem terminar empatados, partindo logo de seguida para decisões por penáltis). Temos o modo All-stars que nos permite jogar partidas com equipas misturam os melhores jogadores de cada equipa “normal”. Temos também um modo Penalty Kick, onde apenas practicamos penaltis, se bem que numa perspectiva diferente de quando temos um penálti a meio de uma partida. Temos o Indoor Soccer, que é futebol de salão onde podemos fazer tabelas nas paredes e por fim um modo de treino que nos permite treinar dribbles, remates, pontapés de canto, livres, etc.

A nível de modos de jogo até que temos bastantes opções

Bom, a nível de modos de jogo tudo bem, até que temos bastante variedade. No entanto temos apenas 12 selecções disponíveis, o que por esta altura confesso que já era um número algo reduzido. A jogabilidade em si é bastante rápida e com um feeling arcade, o que me agrada. Infelizmente não temos é qualquer indicador visual de qual o jogador que estamos a controlar quando não temos posse de bola (tipicamente o controlo fica sempre com quem está mais próximo da mesma), mas mesmo assim ainda me atrapalha um bocado. Depois é um jogo em que é difícil acertar passes, mais vale correr desde o meio campo até à grande área e tentar um remate, pois se tivermos alguma sorte lá nos desviamos dos tackles que os oponentes nos tentam fazer.

Graficamente o jogo até que é bastante competente

A nível audiovisual sinceramente acho este jogo muito bem conseguido. A acção dentro de campo é bastante nítida e detalhada, sem que a performance sofra com isso. Depois sempre que há um golo, temos sempre cutscenes dos jogadores a festejar, ou da equipa adversária em desespero. Outros pequenos detalhes interessantes, como as animações do árbitro quando fica algo indeciso se há-de mostrar cartão a algum jogador, está muito engraçado. No que diz respeito ao som, devo salientar duas coisas: a maioria dos jogos de futebol apenas possuem música nos menus e pouco mais, mas este não. Aqui temos várias músicas diferentes, mediante a equipa que estamos a defrontar, e são todas elas bastante enérgicas, algumas que até ficam no ouvido. Por outro lado, os ruídos do público e afins são maus. Parece que voltamos ao mundial de 2010 com todas as vuvuzelas! Não havia necessidade…

Estas são as selecções disponíveis. Já ouviram falar na selecção nacional da Grã Bretanha? Eu também não.

Portanto este Soccer Shootout apesar de não ser um jogo perfeito, está longe disso, até que acaba por divertir bastante para algumas partidas com amigos, até porque este permite jogos multiplayer com até 4 pessoas, se tivermos o multitap.