Continuando pelas rapidinhas, até porque já fiz uma boa descrição do primeiro Art of Fighting na compilação da série que foi lançada para a Playstation 2. Esta versão da Mega Drive, como seria de esperar, fica uns bons furos abaixo da original de Neo Geo, e é sobre esses pontos que me vou incidir neste artigo. O meu exemplar foi comprado algures durante o mês passado, onde comprei um grande bundle de jogos de Mega Drive, ficando-me cada um a cerca de 5€.
Tal como no primeiro Fatal Fury, se quisermos jogar sozinhos, estamos limitados na escolha de personagens, podendo optar por entre Ryo Sakazaki e Robert Garcia, enquanto distribuimos pancada a uma série de bandidos, em busca de Yuri, irmã de Ryo, que tinha sido raptada. Mas independentemente da personagem escolhida, a história mantém-se, com os monólogos e diálogos a alterarem ligeiramente. Ocasionalmente também teremos acesso a alguns níveis de bónus que, se os passarmos com sucesso, conseguimos melhorar a performance dos lutadores, seja através da sua força física, de espírito, ou desbloquear um poderoso ataque de energia.
O original da MVS possuia uma funcionalidade muito interessante que consistia na sua câmara dinâmica, que ia ampliando/encolhendo mediante a distância entre ambos os lutadores, com as respectivas sprites a escalarem de forma suave. Infelizmente a versão Mega Drive não tem isto, com a câmara a permanecer estática em todos os combates. Por outro lado, as arenas e lutadores estão bem detalhados, pelo que não me posso queixar muito do ponto de vista dos gráficos. Já no som é que infelizmente as coisas não ficaram tão boas assim. As músicas estão uns bons furos abaixo de todas as outras versões e a Mega Drive tem capacidade para fazer melhor. As vozes estão também muito arranhadas nesta versão Mega Drive, infelizmente.

A versão Mega Drive pode não ter a câmara dinânica do original, mas ao menos tudo está bem detalhado.
Este Art of Fighting sempre foi um jogo de luta que gostei, seja pela sua jogabilidade, seja pela forma story driven, que implementaram a vertente single player. Nos anos 90, mesmo esta conversão da Mega Drive não sendo tecnicamente tão boa, acabava por divertir bastante. Hoje em dia acho que ficamos melhor servidos com as versões mais fieis à original que vemos em compilações ou em lançamentos digitais nas consolas mais modernas.
Gostei mais dessa versão do que a do Super Nes.
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