Home Alone 2 (Nintendo Gameboy)

Continuando pelas rapidinhas, o jogo de hoje leva-nos a uma das adaptações para os videojogos de um dos filmes mais vistos em todos os Natais desde o final da década de 80, o Home Alone 2, cujo o mesmo poderia ser dito também para o primeiro filme. Este meu exemplar foi-me oferecido por um particular algures durante o mês de Agosto, após ter feito uma outra compra a essa mesma pessoa.

Apenas cartucho

Bom, acho que todos sabemos a história deste filme, pela segunda vez consecutiva o pobre miúdo consegue passar o Natal sem a sua família, desta vez na cidade de Nova Iorque. E o jogo começa logo com o miúdo a fazer asneiras no hotel. Na verdade o jogo começa após os funcionários do hotel descobrirem que o miúdo estaria a usar um cartão de crédito que não o dele, pelo que inicialmente vamos andar a percorrer os vários andares do hotel a fugir dos seus funcionários, velhinhas, e objectos mortíferos como malas ou aspiradores. Eventualmente lá acabamos numa luta contra o cozinheiro local, até que conseguimos finalmente escapar para o Central Park. Ali somos atacados por uma série de bandidos que se escondem no meio da vegetação (não me lembro de ter visto isso no filme) e depois de uma curta passagem pelos esgotos lá chegamos a uma casa em ruínas (ou obras, sinceramente não consegui perceber), onde iremos passar aquele nível que tem uma maior vertente de exploração, pois teremos de encontrar diferentes chaves para abrir novas salas e conseguir avançar no jogo. O último nível é então jogado na árvore de natal gigante, onde finalmente combatemos a dupla de ladrões que nos persegue desde o primeiro filme.

Uma das “armas” que podemos usar é um colar de pérolas, cujas são espalhadas no chão para servir de armadilha

A jogabilidade também não é a mais interessante, infelizmente. Isto porque os controlos são um pouco maus, com algum delay, o que nos irá atrapalhar um pouco nalguns saltos ou ataques. Os movimentos em si são simples, com um botão para saltar, outro para atacar e uma combinação de 2 botões que faz com que o Kevin deslize, sendo um ataque bem mais eficaz do que as outras armas que vamos encontrando, como pistolas tranquilizantes ou bazookas com luvas de boxe.

Por vezes temos direito a pequenas cutscenes que nos vão enquadrando na história

Graficamente é um jogo simples, os níveis vão possuindo algum detalhe e geralmente até há muita acção a decorrer no ecrã (o que também causa algum slowdown), mas sinceramente sempre achei que os visuais poderiam ser um pouco melhores. As músicas e efeitos sonoros também não são nada de especial.

Space Channel 5 Part 2 (Sony Playstation 2)

Continuando pelas rapidinhas, a segunda parte desde Space Channel 5 foi um dos últimos grandes jogos da Sega a sair para a Dreamcast, embora essa versão se tenha ficado apenas pelo Japão. Felizmente pouco depois esse jogo foi também convertido para a Playstation 2 e prontamente lançado cá em solo europeu! A minha cópia já a tenho há alguns anos, após ter sido comprada numa das minhas idas à feira da Ladra em Lisboa, quando vivia na capital. Lembro-me que não foi caro, acho que me ficou em torno dos 3€.

Jogo com caixa, manual e papelada

Nesta segunda parte do Space Channel 5, a jovem repórter Ulala tem uma vez mais de salvar a galáxia, desta vez contra o Purge e eu seu exército robótico dos Rythm Rogues, que uma vez mais teimam em raptar pessoas e fazê-las dançar contra a sua vontade.

As mecânicas de jogo do original estão novamente aqui todas. Tal como o primeiro, iremos participar em inúmeras batalhas rítmicas e salvar o máximo de pessoas que pudermos. Existem no entanto algumas diferenças, mas já lá vamos. A maior parte das vezes vamos participar em batalhas de dança, onde teremos de imitar com precisão as coreografias dos adversários, o mesmo nas cenas de combate onde usamos os botões X e O para atacar aliens ou salvar pessoas. Aqui a diferença em relação ao primeiro jogo está no facto desta vez termos sons diferentes para cada botão: Chu para disparar e Hey para salvar humanos. Antes era Chu para tudo!

Ulala enfrenta uma nova ameaça, mas o objectivo é o mesmo: por toda a gente a dançar!

Também tal como no primeiro jogo não temos qualquer indicação visual da combinação de botões que temos de pressionar, pelo que devemos estar especialmente atentos ao ritmo e à coreografia. Assim que é a nossa vez de começar, o ícone no canto inferior esquerdo altera-se para o de Ulala e depois só temos de replicar a mesma sequência de botões na mesma ordem e tempo. De novo temos o facto de tocar em alguns instrumentos como guitarra ou bateria, ou por vezes sermos obrigados a prolongar uma nota ou movimento, tendo de deixar o botão pressionado mais tempo.

De resto, o jogo é maior e possui muito mais conteúdo. Para além do modo história que possui mais níveis, temos também um outro modo de jogo, o 100 Dance Trial, onde teremos de enfrentar desafios coreográficos cada vez maiores. Tanto um como o outro podem também ser jogados com 2 jogadores, ficando o primeiro jogador encarregue dos botões direccionais, e o segundo com os Hey e Chus. Para além disso, temos ainda muito conteúdo desbloqueável, desde imensas personagens e sua backstory no modo galeria, ou outros uniformes e acessórios para a própria Ulala, que poderão ser posteriormente trocados na Changing Room.

Uma vez mais não há muito espaço para falhas e convém manter as audiências televisivas no alto

No que diz respeito ao audiovisuais, este jogo é uma boa evolução do primeiro. Por um lado repete-se todo aquele visual retro-futurista típico de filmes de espiões dos anos 60, desta vez com gráficos mais bem detalhados, desde as personagens, passando pelos próprios cenários, que são incrivelmente coloridos e cheios de jogos de luzes, como se discotecas se tratassem. As músicas são mais variadas, não é só o swing e música de big bands que vamos ouvindo, mas sim também alguns laivos de música electrónica, rock, ou mesmo música clássica!

Para os interessados, ao contrário do primeiro jogo, este segundo acabou mesmo por ter sido lançado em diversas plataformas digitais, incluindo o Steam. Possui uns grafismos ligeiramente melhorados e achievements, mas infelizmente não traz qualquer outro extra.

Road Rash II (Sega Mega Drive)

A rapidinha de hoje leva-nos de volta à Mega Drive, para a segunda iteração do Road Rash, uma série da Electronic Arts que eu sempre gostei, pelo menos na era 16bit. Era uma série de corridas ilegais de motos em estradas públicas, com alguma violência à mistura pois poderíamos atacar os outros competidores ou mesmo a polícia com os nossos socos e pontapés, bem como com armas como bastões ou correntes. O meu exemplar veio algures no mês passado numa das minhas idas à feira da Vandoma no Porto, tendo-me ficado por algo em volta dos 3€.

Jogo com caixa, manual e um catálogo da EA

Ao contrário do primeiro jogo que nos leva em viagens ao longo do estado da California, aqui vamos correndo em 5 estados diferentes: o Alaska, Hawai, Tenessee, Arizona e Vermont. As mecânicas de jogo permanecem idênticas. Iremos correr em estradas de cada um desses estados, com o comprimento do circuito, a dificuldade dos obstáculos e a agressividade dos oponentes a aumentar progressivamente à medida que vamos avançando no jogo. Ao contrário do primeiro jogo, onde teríamos de chegar ao fim de cada corrida pelo menos no quarto lugar, aqui temos de chegar pelo menos em terceiro. E claro que quanto mais acima na posição classificativa da tabela chegarmos, mais dinheiro amealhamos que pode posteriormente ser usado para comprar novas e melhores motos, inclusivamente algumas que tenham nitros que nos irão dar muito jeito.

O jogo possui o motor gráfico do primeiro Road Rash, mas com gráficos um pouco mais refinados

Claro que temos também de ter em atenção que para além de tentar derrubar os oponentes, é importante não ser derrubado, pois ao cair da moto perdemos segundos muito importantes ao caminhar de volta para a apanhar. Ness altura que estamos “caídos” estamos completamente vulneráveis à polícia que não hesita em nos apanhar e passar uma multa. Ao sofrer demasiado dano com a nossa moto também é race over, e menos dinheiro na nossa conta. De resto temos também duas vertentes multiplayer que sinceramente não cheguei a experimentar. Podemos jogar este modo “história” com 2 jogadores também, seja ao jogar à vez, ou em split screen. Por outro lado temos também o modo de jogo Mano-a-Mano, onde jogamos 1 contra 1 numa corrida.

Se formos apanhados pela polícia, a nossa corrida termina ali e somos multados

No que diz respeito aos audiovisuais, sinceramente sempre gostei deste Road Rash II. Usa o mesmo motor gráfico do primeiro jogo, que permite elevações e depressões nas pistas, algo que sempre gostei. A diferença é que aqui as sprites parecem-me ter mais algum detalhe, e aquelas pequenas cutscenes no final de cada corrida são sempre pormenores interessantes e com bom humor. As músicas também me agradam, pois possuem sempre uma tonalidade rock, mas com apontamentos típicos de onde as corridas decorrem, sejam com os instrumentos nativos do Hawai, ou aquele southern rock do Tenesse ou Arizona.

 

Super R-Type (Super Nintendo)

Este Super R-Type é na verdade uma adaptação do R-Type II, que saiu originalmente nas arcades, para a Super Nintendo. Mas não é uma conversão directa, pois apenas possui 4 dos 6 níveis do original, mais 3 desenvolvidos de raiz para esta versão. Mas já lá vamos. Este meu exemplar foi comprado algures no verão passado a um particular, num conjunto de vários cartuchos de SNES que me ficaram a cerca de 12€ cada.

Apenas cartucho

Aqui a aventura leva-nos de novo a enfrentar o império de Bydo de forma a travar mais uma invasão intergaláctica. As mecânicas de jogo base do R-Type original mantêm-se aqui nesta sequela, incluindo a mais carismática do Force Pod, um add-on que nos aumenta o poder de fogo, é invencível ao dano inimigo, pode ser acoplado na parte frontal ou traseira da nave, servindo assim de escudo, ou usado de forma independente no ecrã. Os power-ups como os vários tipos de mísseis e lasers, incluindo aqueles oblíquos que sempre achei piada, mantém-se aqui, com a inclusão de um ou outro power-up novo. Mas a grande novidade aqui está na inclusão dos “charged up shots”, sendo então possível manter um botão de fogo pressionado até uma certa barra de energia se encher, e libertá-lo no máximo, para um disparo capaz de causar bastante dano.

Um dos novos power ups são estas shells explosivas

Tal como a versão original, este é também um jogo muito difícil, pelos inimigos que surgem de todos os lados e pelo facto de bastar um disparo certeiro para nos fazer perder uma vida. É verdade que com o Force Pod podemos usá-lo como escudo, mas em muitos níveis isso só não vai chegar, devido à quantidade de coisas pelo ar que nos podem atingir. Na verdade, esta versão até poderá ser mais difícil do que a arcade, pois ao contrário dessa, onde vão existindo checkpoints nos níveis, aqui somos obrigados a rejogar o nível do início caso percamos uma vida. E tendo em conta que para ver o final verdadeiro do jogo teremos de o jogar em Hard e depois em Pro, vai ser uma tarefa muito dura.

Os visuais apesar de não serem tão bem detalhados quanto os da versão arcade, continuam interessantes. Pena é todo o slowdown!

No entanto, toda essa dificuldade é atenuada pela falta de “blast processing” na Super Nintendo, pois o jogo está repleto de slowdowns precisamente nos momentos em que há muita coisa a acontecer no ecrã, facilitando-nos um pouco a vida ao conseguir manobrar melhor por entre os inimigos e os projécteis que naveguem pelo ecrã. De resto, de um ponto de vista técnico, este Super R-Type possui uns visuais que, tal como no primeiro jogo, misturam o high-tech com criaturas sinistras muito “H.R. Gigerianas“, o que me agrada bastante. As músicas também são muito interessantes e agradáveis, algumas até com um feeling muito jazz, embora a meu ver não se adequem propriamente a toda a acção e tensão que vamos percorrer.

 

Bust-A-Move 2 (Sony Playstation)

Bust-A-Move, também conhecido como Puzzle Bobble noutros lados, é daqueles casos onde uma série secundária, acaba por ser mais bem conhecida e sucedida que a série principal. A sua origem começa com o Bubble Bobble, o clássico arcade da Taito, onde controlávamos uns pequenos dragões que cuspiam bolas de sabão e assim aprisionavam os inimigos. Mas quando, algures nos anos 90, sai o Puzzle Bobble / Bust-A-Move, um puzzle game de blocos, com mecânicas de jogo tão viciantes, a série original ficou definitivamente no passado. É sobre a primeira sequela desse Puzzle Bobble que esta rapidinha se vai incidir. O meu exemplar veio da Feira da Ladra em Lisboa, tendo-me custado 2€, algures em Agosto deste ano.

Jogo com caixa e manual

As mecânicas de jogo são simples e muito intuitivas. Temos uma série de esferas coloridas presas no tecto, e no chão podemos manipular um mecanismo que dispara uma nova esfera colorida na direcção que bem desejarmos, com as mesmas a fazer ricochete nas paredes se para lá apontarmos. A ideia é juntar pelo menos 3 esferas da mesma cor para as fazer desaparecer, sendo que a gravidade também conta, ou seja, se conseguirmos destruir um segmento de 3 ou mais esferas que teriam abaixo de si esferas de outras cores, essas também se destroem. Quantas mais esferas conseguirmos destruir dessa forma, mais pontos obtemos. Com o tempo vão surgindo mais filas de esferas a partir do tecto, empurrando as restantes para baixo. Se alguma tocar no chão, já sabemos, é game over. É quase um tetris invertido! Simples e tremendamente viciante.

Basta ver a demo do jogo que uma pessoa percebe logo qual é o objectivo. Simples e muito eficaz!

O jogo possui então 3 diferentes modos de jogo. A versão arcade para um jogador leva-nos a defrontar uma série de oponentes e navegar pelo mundo de Bubble Bobble, podendo por vezes escolher caminhos que se bifurcam, levando ultimamente a finais diferentes. O multiplayer coloca-nos frente a frente a um oponente humano e por fim temos também o Puzzle Mode, onde o objectivo é completar uma série de níveis com uma prédefinição inicial de esferas já distribuídas. A ideia é ser o mais rápido possível a limpar o ecrã!

Se acumularmos muitas esferas e ultrapassarmos aquele limite definido, perdemos a partida.

A nível audiovisual, apesar de ser um jogo 2D, acho que sinceramente os cenários e as animações das personagens poderiam e deveriam ser melhor trabalhados. De resto nada a apontar, pois as músicas também são agradáveis e o que nos prende aqui nem são os audiovisuais, é mesmo as excelentes mecânicas de jogo.