Ghostbusters (Sega Master System)

GhostbustersO artigo de hoje vai-se incidir num outro jogo algo polémico para uma das minhas plataformas predilectas, a Sega Master System. É inegável o sucesso que Ghostbusters teve no cinema, pelo que mais tarde ou mais cedo acabariam por sair adaptações para os videojogos. A versão NES é infame, a versão Master System também não é muito melhor, pois a meu ver complicaram demasiado o que poderia ser bem simples. Mas já lá vamos! O meu exemplar foi comprado no início do mês de Novembro na Cash da Amadora por 5€.

Ghostbusters - Sega Master System
Jogo em caixa

Acho que todos conhecemos os Ghostbusters e o que fazem, pelo que não me vou alongar muito na história do jogo. Basicamente temos uma série de fantasmas para caçar e evitar que Manhattan seja invadida por forças do sobrenatural. Inicialmente somos levados a gastar um plafond de 10000 dólares na escolha de um carro e outros itens que úteis para o resto da aventura. Os carros diferem na velocidade, manobralidade e capacidade de alojarem itens adicionais, mas sinceramente nunca escolhi outro carro senão o verdadeiro dos Ghostbusters. Os outros itens podem ser coisas como um aspirador de fantasmas para colocar no carro, detectores de actividade paranormal para termos uma ideia de onde os fantasmas irão atacar depois, as armadilhas para os armazenar, entre vários outros.

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Alguns dos itens que podemos comprar

Depois lá somos largados num mapa de uma cidade, podendo apenas controlar o logo dos Ghostbusters de um lado para o outro. Quando um edifício fica vermelho, quer dizer que está a ser atacado por fantasmas e temos de conduzir até lá. Mas não basta arrastar o logo dos Ghostbusters até ao edifício, pois depois de fazer isso somos mesmo levados a um segmento de jogo onde estamos literalmente a conduzir o carro, tendo de ter cuidado com os outros carros ou obstáculos na estrada. Se tivermos um dos tais aspiradores no carro, podemos aspirar alguns fantasmas que eventualmente apareçam na estrada, ganhando um pouco de dinheiro com isso. Depois se chegarmos a tempo ao tal edifício que está a ser atacado por fantasmas, ainda os conseguimos capturar. E aqui é um segmento diferente do jogo e também um pouco confuso na sua jogabilidade. Controlamos 2 caça-fantasmas, o primeiro passo é pousar a armadilha no chão, mover os caça-fantasmas para a esquerda e direita, ligar as armas e tentar “ensanduichar” os fantasmas entre os 2 raios, para que consigam ser todos sugados na mesma armadilha. Nem sempre as coisas correm bem e acabamos por ficar com feridos, tendo depois de conduzir até ao quartel dos Ghostbusters para recuperar. Também temos de conduzir para o quartel cada vez que usemos todas as nossas armadilhas, para as “descarregar”.

Quando os edifícios piscam a vermelho, estão a ser atacados por fantasmas. Convém chegar lá a tempo
Quando os edifícios piscam a vermelho, estão a ser atacados por fantasmas. Convém chegar lá a tempo

E grande parte do jogo é passada assim, a correr de casa em casa para apanhar fantasmas, voltar ao quartel para abastecer, amealhando dinheiro, eventualmente voltar à loja para comprar mais ou melhores coisas e por aí fora. Uma das coisas que temos de ter cuidado é evitar que se forme o boneco gigante do Stay-Puft, pois ele acaba por destruir edifícios, fazendo-nos perder dinheiro com isso. Um outro indicador importante é o nível de “PK” da cidade. Quanto mais alto for, mais ataques de fantasmas acontecem, até um ponto em que conseguimos entrar no edifício “Zuul”, no centro do mapa (embora também tenhamos de ter juntado pelo menos 10000$ – o bilhete de entrada é caro!). Se conseguirmos chegar a esse ponto, começa então a recta final do jogo e mais uma grande dor de cabeça. A primeira coisa que temos de fazer é precisamente tentar entrar pela porta principal do edifício, que está a ser protegida pelo gigante do Stay Puft aos saltos de um lado para o outro. Temos de esgueirar pelo menos 2 dos 3 caça-fantasmas que controlamos (o que é feito do Winston sempre foi um mistério neste jogo) para proceder à fase seguinte, que é nada mais nada menos do que subir até ao terraço do prédio.

Apanhar fantasmas é desnecessariamente chato e complicado
Apanhar fantasmas é desnecessariamente chato e complicado

Aqui, a versão NES deste jogo é bastante exigente, pois deixa-nos completamente indefesos e à mercê do ataque dos fantasmas, onde basta um toque apenas para termos de recomeçar o jogo todo. Aqui ao menos podemos usar as armas para atacar os fantasmas, o que já não é mau. E com alguma paciência lá conseguimos chegar ao topo onde nos espera a batalha final, que acaba por ser o segmento mais “jogável” de todo o jogo, onde temos de nos esquivar dos projécteis atirados pelos cães e pela própria Gozer também.

Se não formos bons o suficiente, corremos o risco de ter a cidade toda destruída pelo Marshmallow Man
Se não formos bons o suficiente, corremos o risco de ter a cidade toda destruída pelo Marshmallow Man

Graficamente é um jogo simples, embora seja muito mais colorido e detalhado que as outras versões deste mesmo jogo lançadas anteriormente. A melhor parte a nível técnico está mesmo no ecrã inicial do jogo, onde temos um pequeno momento karaoke, com a letra da música a surgir no ecrã de forma sincronizada com a melodia da música em si.

Quando era miúdo, este foi o screenshot que sempre me fez querer jogar este jogo
Quando era miúdo, este foi o screenshot que sempre me fez querer jogar este jogo

Agora, a grande questão que se coloca é: era mesmo necessário que se fizesse um jogo tão complicado e repartido, de um filme com tanto potencial para ter um videojogo em condições? A meu ver o grande problema disto está nas versões originais, originalmente lançadas para os computadores Commodore 64 e Atari 800 que foram feitos um pouco às pressas. Todas as outras versões que lhe seguiram foram conversões dessas obras originais, com uma ou outra diferença. As diferenças na versão Master System parecem-me ter sido para o melhor, mas ainda assim era preferível que tivessem feito algo inédito, como a Sega o fez para a versão Mega Drive do Ghost Busters, um jogo de plataformas bastante competente.

Assassin’s Creed (Sony Playstation 3)

untitledSim, eu ando sempre uns bons anos atrás no que diz respeito aos ultimos lançamentos de videojogos. A franchise Assassin’s Creed já está num patamar tal que lança em média mais que um jogo por ano e só agora eu dei-me ao trabalho de pegar e finalizar um jogo desta série. Como habitual, gosto sempre de começar pelo início. E foi o que eu fiz, tendo terminado este primeiro Assassin’s Creed há meros dias atrás. Este meu exemplar foi comprado na velhinha TV Games no Porto, tendo sido um dos primeiros jogos que comprei para a minha PS3 algures em 2013 se a memória não me falha. A versão platinum que eu tinha foi substituída por uma black label, custando-me mais ou menos a mesma coisa (7€), na CeX de Lisboa, onde dei para troca alguns jogos repetidos.

Assassin's Creed - Sony Playstation 3
Jogo completo com caixa e manual

A coisa que mais achei piada nesta série é o seu conceito histórico e a forma como interligaram o passado com o “presente”. Isto porque a personagem principal é o jovem bartender Desmond Miles, que acaba por ser raptado por uma corporação multinacional chamada Aspergo Industries. Parece que Desmond é um dos últimos descendentes de uma antiga linhagem de guerreiros de elite, os Assassinos, cujas acções de assassínios políticos cirurgicamente planeados ficaram na História. E a malta da Aspergo quer utilizar essa descendência para descobrir algo que ocorreu no passado, algures no Médio Oriente durante a época das terceiras Cruzadas, numa altura de grande conflito entre Templários e Assassinos. E como pretendem fazer isso? Através da memória genética de Desmond, que lhe conseguem retraçar o passado até ao seu ascendente Altair, utilizando para isso a tecnologia de Animus, que nos permite jogar como Altair, tudo dentro da mente de Desmond. Isto permite-nos seguir 2 tramas em simultâneo: por um lado descobrir o que anda a Aspergo à procura, por outro lado, ver onde nos levam as aventuras de Altair, que se vê incumbido da tarefa de assassinar 9 pessoas chave, ao longo de todo o jogo.

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As paisagens vistas destes pontos altos eram realmente impressionantes

A jogabilidade mistura conceitos de exploração, acções furtivas e o parkour. A acção no presente serve apenas de transição entre capítulos e para desvendar um pouco do manto que cobre a trama principal, pelo que toda a jogabilidade é mesmo tida com o assassino Altair. Com este teremos de explorar várias cidades desde a cidade base dos assassinos de Masyaf, passando por Acre, e as mais conhecidas Damascus e Jerusalem, todas elas cidades chave nos conflitos das cruzadas, para além das terras situadas entre estas cidades. Isto porque antes de procedermos ao assassinato de alguma das pessoas-chave que nos é encomendado, teremos de obter o máximo de informação possível sobre as mesmas. O que fazem, quais os seus motivos e quais as suas rotinas. Isto é alcançado ao completar uma série de missões secundárias, sejam simplesmente bisbilhotar conversas, roubar informações cruciais do bolso de alguém, ou partir para a pancadaria seja a resgatar cidadãos que estejam a ser molestados pelas guardas locais, espancar certas pessoas que sabem coisas, ou mesmo assassinar pequenos alvos a troco de informação por parte de colegas nossos assassinos.

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O combate de Assassin’s Creed requer muita paciência, em especial no contra-ataque

O jogo está dividido em vários capítulos e em cada teremos de explorar uma, duas ou mais cidades, cada qual com o seu alvo a abater, e isto significa que teremos sempre de fazer missões secundárias como estas. No entanto, não é necessário que completemos todas estas missões para prosseguir, apenas uma certa percentagem é necessária, sendo essa percentagem definida no início de cada capítulo. Apesar de eu ter feito todas as missões secundárias, acredito perfeitamente que nem toda a gente o faça, pois acabam por ser bastante repetitivas. Para além disso temos ainda uma série de outros objectivos secundários, como assassinar 60 templários que estão distribuídos ao longo de todo o jogo, seja nas cidades ou no interior, assim como apanhar dezenas, senão centenas de bandeirinhas de diferentes facções, também escondidas ao longo de todo o jogo. Isto eu não cheguei a fazer pois iria dar um trabalhão e sinceramente não há recompensa sequer para todo esse trabalho.

Acre é a cidade que nitidamente tem mais influências medievais europeias. Tenho pena que a série não tenha voltado a este período
Acre é a cidade que nitidamente tem mais influências medievais europeias. Tenho pena que a série não tenha voltado a este período

De resto a jogabilidade em si até que é interessante, embora acho que deveria haver uma melhor maneira de alternar entre alvos, para quando estivermos completamente rodeados de soldados inimigos e a ser atacado de todos os lados. Para além da espada normal, Altair possui também uma espada escondida que nos permite realizar assassinatos furtivos no meio da rua, podendo passar algo despercebidos. Depois desbloqueamos também facas que podem ser atiradas a alvos, ideais para despachar os guardas que patrulham os telhados. Sim, telhados. É aí que entra a parte do parkour, porque somos sempre encorajados em andar discretos (existem mesmo botões para isso), mas nem sempre as coisas correm bem e depois convém fugir, especialmente no início do jogo em que a nossa barra de vida não é lá muito grande, nem temos ao dispor grandes técnicas de combate que acabam por ser preciosas mais tarde. E sendo assim não há outra solução senão fugir, recorrendo muitas vezes a escalar edifícios e saltitar de telhado em telhado, para fugir à confusão das ruas, até encontrar um esconderijo. Esta noção de ser o mais discreto possível também me irritou um pouco, pois por vezes basta não andar cabisbaixo ou acelerar um pouco o passo para sermos descobertos.

Graficamente é um jogo bastante interessante, pois permite-nos explorar grandes áreas em open world, com cidades incrivelmente detalhadas e populadas, ou grandes áreas de paisagem natural sem muitos loadings entre si. E as cidades acabam por ser bastante distintas entre si, com Damascus e Jerusalem a deterem as suas identidades próprias a nível arquitectónico e Acre já com uma arquitectura mais medieval europeia, com os seus grandes castelos e muralhas. E sim, escalar aquelas grandes torres para ter uma perspectiva panorâmica da cidade dava um certo gosto! Na parte audio é que acho que as coisas poderiam ser um pouco melhores. Isto porque a natureza open world acabava por interferir um pouco com a história principal. É normal em cutscenes importantes o diálogo ser abafado por coisas sem interesse nenhum que certos NPCs habitualmente dizem, como as irritantes pedintes e os seus “it’s just a few coins!!“. Seria preferível a inclusão de legendas para todas as cutscenes.

Gostei bastante da ideia por detrás deste jogo e das suas "viagens no tempo" através de memórias genéticas
Gostei bastante da ideia por detrás deste jogo e das suas “viagens no tempo” através de memórias genéticas

Concluindo, até que achei um jogo bem interessante, embora tenha algumas coisas opcionais que ache um pouco maçantes, ou mesmo alguns problemas técnicos que já mencionei nos parágrafos acima. Ainda assim, no fim de contas, o balanço para mim é bem positivo, e quando me dizem que o primeiro Assassin’s Creed é o mais fraco de toda a série, fico bem entusiasmado para jogar os seguintes!

Battle Arena Toshinden (Sony Playstation)

Battle Arena ToshindenSe tudo correr bem, amanhã, dia de Natal, conseguirei publicar aqui um artigo mais trabalhado. Hoje é tempo de mais uma rapidinha, antes da ceia de Natal que se prepara na sala ao lado. E o jogo que cá vos trago é o Battle Arena Toshinden da Playstation, um dos primeiros jogos de luta em 3D, a par de outras séries como Virtua Fighter ou Tekken. Esta é a conversão original das arcades e um dos primeiros lançamentos da máquina de 32bit rival da Sega, que mais tarde viria a receber uma conversão/remake na Sega Saturn, intitulada de Battle Arena Toshinden Remix. Este meu exemplar foi comprado na cash converters de Alfragide por 2.5€ se a memória não me falha. É a versão Platinum.

Jogo em caixa, na sua versão platinum. Gosto bastante desta artwork!
Jogo em caixa, na sua versão platinum. Gosto bastante desta artwork!

A série Battle Arena Toshinden desde cedo se demarcou de Virtua Fighter ou Tekken pelo facto de ser baseada em lutas com armas brancas, à semelhança de Last Bronx ou do que viria a ser a série Soul Blade/Calibur. Para além disso, de forma a tirar algum partido do facto de ser um jogo tridimensional, para além dos habituais golpes e especiais que é habitual ver em jogos de luta, temos também a possibilidade de dar alguns passos laterais de forma a que nos consigamos esquivar dos ataques do adversário. Isso é feito através dos botões de cabeceira L/R.

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A versão PS1 é graficamente superior ao “remake” da Saturn. Olhem estas transparências!

Agora, entre esta e a versão Saturn, ambas têm as suas vantagens e desvantagens. A vantagem da versão Saturn é o facto de ter uma personagem extra e um modo história mais completo, com direito a algumas cutscenes entre batalhas, que nos vão dando mais informações das relações que cada lutador tem entre si, algo que nestes jogos acaba sempre por ser deixado um pouco de lado durante o jogo em si, apesar se espreitarmos o manual de instruções e ler a biografia de cada lutador se veja que cada um tem os seus motivos para estar ali e geralmente têm relações fortes com mais um ou outro oponente, por vários motivos. A vantagem da versão Playstation é mesmo a componente gráfica que acaba por ser mais fiel à versão arcade. Todos sabemos que a Saturn é um sistema polémico no que diz respeito à sua arquitectura de hardware e às suas capacidades para o 3D, mas a verdade é que em muitos jogos se notam realmente diferenças entre ambas as versões. Aqui a versão Playstation possui os backgrounds em 3D real, ao contrário da versão Saturn que como background tem uma imagem estática. Os efeitos especiais de transparências e luzes são também muito melhores na versão Playstation. Isso é facilmente denotado ao observar o vestido transparente da Ellis.

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Como habitual, temos também uma série de golpes especiais para aprender, incluindo os Desperation Moves que apenas se podem executar quando estamos mesmo “a soro”

No fim de contas, esta é uma série que para mim não tem o mesmo charme de Virtua Fighter. Também não sou o maior fã das personagens do Tekken, mas ainda assim acabo também por preferir essa série da Namco. De qualquer das formas, mesmo não tendo o mesmo carisma que as 2 séries acima mencionadas, não deixa de ser um bom jogo, capaz de entreter qualquer fã de jogos de luta em 3D. E foi uma série que gerou 3 sequelas na mesma plataforma, pelo que impõe também algum respeito.

Excitebike 64 (Nintendo 64)

Excitebike 64A rapidinha que trago cá hoje é a de mais um jogo de Nintendo 64 que acabei por comprar pela nostalgia de jogar o Excitebike original da NES. Mas o Excitebike 64, sendo um jogo da linha Nintendo Sports e produzido pela Left Field Productions, na altura em que eram uma second-party da Nintendo, acabou por ser um jogo mais “sério” que o Excitebike original alguma vez o foi. Este meu exemplar foi comprado na Cash Converters de Alfragide algures no final de Setembro, tendo-me custado cerca de 7€.

Jogo completo com caixa e manuais
Jogo completo com caixa e manuais

Existem vários modos de jogo que podemos experimentar. O mais completo é o Season que se aproxima de certa forma do Grand Prix da série Mario Kart. Isto porque começamos por escolher a dificuldade e depois participaremos numa série de pequenos torneios que vão desde a categoria Bronze até à Platina, onde iremos participar em várias corridas de localizações distintas, desde arenas de motocross, outras em locais mais naturais, como florestas, desertos ou outros descampados, mas até um local de construção civil é contemplado! Para além disso temos claro as corridas de Exhibition e Time Trial onde podemos correr em qualquer circuito que já tenhamos desbloqueado no Season mode. Existem ainda outros modos de jogo mais especiais, mas já lá iremos.

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Felizmente os circuitos vão tendo variedade de ambientes

A jogabilidade felizmente mantém-se algo simples e certas coisas como o botão de turbo (e respectiva temperatura associada), ou o simples facto de podermos controlar o nariz da nossa moto durante os saltos de forma a mantermo-nos mais tempo no ar, ou aterrar de maneira segura. E como já era moda em outros jogos de desportos radicais, é possível também realizar alguns truques e habilidades enquanto estivermos pelo ar. Para quem gosta disso, existe um modo de jogo especial que pode ser desbloqueado justamente para se obter a melhor pontuação possível em acrobacias durante um intervalo de tempo pré-determinado. Este modo de jogo especial é o Stunt Mode, vindo já desbloqueado desde o início, tal como o Desert Mode, onde somos largados num deserto gerado aleatoriamente e temos de apagar uma série de fogueiras dentro de um tempo limite. Como? Passando por cima delas! Felizmente temos umas setinhas que nos vão guiando pelo deserto indicando a posição da fogueira seguinte, caso contrário poderia ser mais complicado.

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O que não faltam é diferentes formas de as coisas correrem mal!

À medida em que vamos terminando o tutorial e o season mode nas suas diferentes dificuldades, são também desbloqueados outros modos de jogo adicionais, como o original Excitebike da NES, o Soccer que é uma espécie de futebol motorizado e pode ser jogado com até 4 pessoas, o Hill Climb onde temos de subir uma colina com uma elevada inclinação dentro de um curto intervalo de tempo e por fim podemos também desbloquear o Excite 3D, que é nada mais nada menos que uma reimaginação do primeiro circuito do Excitebike original, mas agora em 3D. É uma pena que não existam mais circuitos neste modo de jogo, mas não deixa de ser um bónus bem interessante.

Graficamente é um jogo bem competente, apresentando alguma variedade nos circuitos que tanto podem ser de estádios de cross, outras localizações naturais ou urbanas. As motos e seus pilotos estão bem detalhadas e mesmo com as texturas simples que a Nintendo 64 apresenta, não deixa de ser um jogo bonitinho tendo em conta a sua concorrência directa da época. As músicas vão variando entre um rock ligeiro e a electrónica e também acabam por se adequar ao estilo de jogo. Existe ainda um “hi res mode”, que apresenta o jogo em alta resolução com recurso ao Expansion Pack. Fica mais bonito realmente, mas a um custo de menor framerate que poderá não compensar.

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É verdade que o Hi-Res mode apresenta gráficos mais bonitinhos, mas a custo de performance

No fim de contas, este Excitebike 64 saiu-me um misto de emoções. Comprei-o porque adorei a simplicidade do Excitebike original e estava à espera de um jogo completamente descompromissado desse género. E se este Excitebike 64 tem um pouco desse espírito original, surpreendeu-me também pela positiva em apresentar-se como um jogo de corridas bem mais completo, capaz de agradar a todos os fãs deste desporto motorizado.

Sunset Riders (Sega Mega Drive)

Sunset RidersAlgures no início da década de 90, alguém na Konami deve ter pensado: como seria se fizéssemos um Contra passado no Velho Oeste? Bom, e na verdade foi mais ou menos isso que acabaram por fazer quando lançaram Sunset Riders nas arcades. Mas ainda foram mais longe ao incluir o suporte a 4 jogadores em simultâneo, à semelhança do que fizeram nos beat ‘em ups das Tartarugas Ninja. Depois desse lançamento inicial, foram lançadas duas conversões distintas: uma para a SNES e uma outra para a Mega Drive que é a que aqui trago. Este meu exemplar foi comprado há uns meses atrás na Cash Converters de Alfragide, tendo-me custado sensivelmente 6€.

Jogo completo com caixa, manuais e papelada
Jogo completo com caixa, manuais e papelada

Neste jogo encarnamos em Billy ou Cormano, dois pistoleiros caçadores de prémios em busca do próximo bandido procurado pela justiça. Cada nível é antecedido pelo cartaz do bandido que teremos de defrontar e a sua recompensa, sendo claro que o mesmo aparecerá como boss no final do nível. De resto considerem este como um Contra, com a mesma jogabilidade frenética e disparos para todo o lado. Infelizmente, e apesar de ser um excelente jogo, esta versão Mega Drive acaba por ser justamente aquela que pior convertida foi. Isto porque para além do suporte a 4 jogadores em simultâneo ter sido removido (o que não é nada surpreendente), apenas 2 das 4 personagens são seleccionáveis e cerca de metade dos níveis presentes na versão arcade e SNES foram cortados. Para tentar compensar de alguma forma, os níveis que ficaram acabaram por ser remodelados e expandidos.

Estas "senhoras da vida" provavelmente foram censuradas na versão SNES
Estas “senhoras da vida” provavelmente foram censuradas na versão SNES

É mesmo pena, mas ainda assim não deixa de ser um excelente jogo, este Sunset Riders da Mega Drive, para quem não conhecer as outras versões irá-se divertir de igual forma. Aqui somos levados de uma pequena vila repleta de saloons e moças que nos dão muitos “beijinhos”, até um comboio em movimento, um deserto no meio de territórios índios ou uma mansão final onde se esconde o mafioso do vilão final. Tudo isto repleto de acção, tiroteios, e uma grande variedade de inimigos que defrontamos. As músicas são também bastante agradáveis.

Antes e depois dos combates contra os bosses são sempre trocadas algumas linhas de diálogo
Antes e depois dos combates contra os bosses são sempre trocadas algumas linhas de diálogo

E assim fica mais um clássico da Konami da velha guarda cuja sua passagem pela Mega Drive não deixa de ser super divertida, mas no fim de contas deixa um travo amargo quando soubermos o que mais ficou por mostrar. Não se entende o porquê desta decisão da Konami, talvez pouco tempo disponível. Infelizmente a versão SNES anda a preços proibitivos pelo que se alguma vez encontrarem esta da Mega Drive baratinha não se acanhem!