Tiny Toon Adventures (Nintendo Entertainment System)

Já cá trouxe vários jogos da série televisiva Tiny Toon Adventures, todos eles desenvolvidos pela Konami, mas o primeiro de todos foi mesmo este lançamento para a NES. Tal como muitas das suas sequelas, este é também um competente jogo de plataformas. O cartucho foi comprado a um particular algures durante o passado mês de Maio e custou-me 10€. A caixa já me tinham oferecido algures perto do Natal de 2016.

Jogo com caixa

Neste jogo o objectivo é o de resgatar a coelha Babs Bunny que foi raptada pelo ricalhaço Montana Max, ou seja, o cliché do costume. Por outro lado não o fazemos sozinhos. A personagem principal é o coelho Buster Bunny, mas poderemos também ter a ajuda do Plucky Duck, o Dizzy Devil ou o gato Furball, que possuem diferentes habilidades. Mas já lá vamos.

Apesar do Buster ser a personagem principal, podemos alternar com personagens secundárias que possuem diferentes habilidades

O jogo está dividido em diferentes “mundos”, onde cada mundo possui 3 níveis. Os dois primeiros são típicos níveis de plataformas, onde o objectivo é o de encontrar a saída, destruindo inimigos pelo caminho e apanhando também alguns power ups. O terceiro nível de cada mundo é onde defrontamos o tradicional boss. De resto, antes de iniciar cada mundo podemos escolher qual a personagem secundária que queremos levar connosco. Ao longo do jogo iremos apanhar cenouras (que podem dar acesso a um nível de bónus ou serem trocadas posteriormente por vidas extra), ou rebentar balões que podem ter um de dois power ups diferentes: um coração que nos permite sofrer dano 1 vez sem perder uma vida, ou uma estrela que faz com que troquemos de lugar com a personagem secundária.

As cenouras que apanhamos podem ser trocadas por vidas extra

Sinceramente preferia que o jogo nos desse a possibilidade de alternar entre personagens de forma livre, não através de power ups específicos. Cada uma destas personagens secundárias possui diferentes habilidades: Plucky Duck é o que navega melhor pela água e também pode voar (muito) temporariamente. Dizzy Devil pode rodopiar por si mesmo, servindo assim de uma maneira alternativa de atacar os inimigos ou mesmo de destruir certas partes dos cenários. Por fim o gato Furball, para além de ser quem salta mais alto, consegue também escalar paredes!

A nível audiovisual este é um jogo competente tendo em conta as limitações da NES. Os cenários são detalhados e coloridos quanto baste, e vão sendo também bastante variados entre si. As animações são boas e a jogabilidade é bastante fluída, o que é bom. As músicas são também agradáveis e contem ouvir muitas vezes a música temática da série Tiny Toons!

Battle Construction Vehicles (Sony Playstation 2)

Já alguma vez imaginaram estarem dentro de uma grande obra e de repente a maquinaria pesada como caterpillars e gruas móveis andarem à pancada entre si? Pois bem, o estúdio japonês pensou nisso mesmo e o resultado foi este jogo. Na verdade, o BCV já tinha saído bem cedo no ciclo de vida da PS2, tendo saído em 2000 no Japão, mas só 3 anos depois é que chegou ao solo europeu, por intermédio da Midas, distribuidora especializada em jogos baratos e de qualidade questionável. O meu exemplar veio da Cash Converters de Alfragide, algures durante o verão de 2016, tendo-me custado 50 cêntimos.

Jogo com caixa e manual

O jogo leva-nos à empresa de construção civil Kongo, cuja está a atravessar dificuldades financeiras, devido aos abusos de uma outra empresa rival. Então inicialmente começamos por angariar uma equipa de trabalhadores, cujos convencemos a fazerem parte da nossa equipa através de duelos de máquinas de construção civil. Depois lá vamos confrontar a empresa rival e a história vai prosseguindo a partir daí, sempre com algumas revelações surpreendentes!

O objectivo em cada combate é que o oponente chegue aos 100% de dano sofrido

Infelizmente a jogabilidade é muito má: os veículos são lentos, os controlos confusos e respondem mal. No fundo, em cada batalha vamos acabar por andar a mandar os veículos uns contra os outros e tentar causar mais dano no oponente que o contrário. Existem vários botões para ataque mas sinceramente não vejo grande diferença. Depois os tank controls não ajudam. Por fim, cada veículo tem um golpe especial que tipicamente são bastante cómicos e ridículos, mas há um problema: não sei como os desencadear, parece-me algo completamente aleatório. Lá andamos nós a “lutar” quando de repente surge uma circunferência a piscar à volta do nosso veículo. Se conseguirmos colocar o oponente dentro dessa circunferência lá activamos o ataque especial!

A nível de modos de jogo, para além do modo história onde vivemos literalmente uma história e não temos liberdade para escolher com que personagens jogar, temos também um versus para 2 jogadores que dispensa apresentações. Para além disso, depois de terminar o modo história desbloqueamos também um modo time attack onde o objectivo é completar cada round o mais rápido possível. Desbloqueamos também uma galeria com alguma artwork do jogo.

Apesar de practicamente aleatórios, os ataques especiais são hilariantes

A nível audiovisual este BCV também não é grande coisa. Os cenários são bastante simples, zonas com terra batida e alguns objectos ligados à construção civil. Entre os níveis vamos tendo algumas cutscenes, algumas animadas e com voice acting, outras completamente estáticas e sem qualquer tipo de narração. A música tende para o rock, mas acaba por passar muito despercebida.

Entre cada combate vamos tendo algumas cutscenes que nos vão avançando numa história cada vez mais bizarra

Se por um lado a jogabilidade e gráficos são maus, por outro a Artdink recompensou completamente com a história e o seu sentido de humor bastante bizarro. Os protagonistas são bastante excêntricos: a personagem principal possui um ego do tamanho do mundo, temos samurais das retro-escavadoras, um casal homossexual, um romance com uma meia-irmã e até um cão acaba por ser personagem jogável! Creio que a Artdink sabia que o jogo que estava a produzir não era grande coisa, mas pelo menos carregaram (e bem!) no sentido de humor. E só por aí, já compensa este Battle Construction Vehicles. Se o virem baratinho e gostarem de bizarrices, dêm-lhe uma oportunidade!

Onimusha 2: Samurai’s Destiny (Sony Playstation 2)

O primeiro Onimusha foi um jogo que me surpreendeu bastante. A sua temática que mistura o sobrenatural com o Japão feudal já por si só me agradava bastante, mas a história jogabilidade e audiovisuais ainda me cativaram mais, mesmo sendo um jogo de um período ainda algo prematuro no ciclo de vida da consola da Sony. Felizmente o jogo teve sucesso suficiente para que no ano seguinte tivéssemos direito a nova sequela. O meu exemplar foi comprado há uns bons anos atrás, se bem me recordo foi um negócio que fiz com um particular, onde comprei os 3 primeiros Onimushas de uma só vez.

Jogo com manual e papelada

Nesta sequela temos um novo protagonista, mas o vilão é o mesmo: O general Nobunaga sobreviveu ao confronto anterior e continua a invadir o Japão com forças demoníacas, tomando a vila de Yagyu de assalto. O nosso herói é o samurai Jubei, último descendente do clã de Yagyu que, quando regressa à sua aldeia a vê destruída e decide ir atrás do culpado, Nobunaga. Pelo meio descobre que, tal como Samanosuke, possui poderes especiais que lhe permitem coleccionar as almas dos demónios que vai derrotando.

Apesar dos tank controls e ângulos de câmara fixos à Resident Evil, o combate é mais dinâmico

Tal como Samanosuke, vamos também tendo diferentes armas mágicas que podem ser posteriormente evoluídas com recurso às almas que vamos armazenando no final dos combates. Tal como o primeiro Onimusha, os combates são dinâmicos, dignos de um hack and slash, aliados à exploração e movimentação dos Resident Evil clássicos. Por exemplo, por um lado herdamos os cenários pré-renderizados e ângulos de câmara fixos, por outro lado temos também os tank controls, onde os analógicos não são usados, o que é pena. O restante da jogabilidade é também semelhante aos Resident Evil clássicos na medida em que vamos tendo alguns puzzles para resolver e muitos itens para encontrar, incluindo chaves ou outros objectos que nos vão abrindo novos caminhos.

Tal como Resident Evil, o menu do inventário é muito familiar

Para além disso, este Onimusha 2 possui também alguns conceitos novos como os dos companheiros que ocasionalmente nos ajudam. Ao longo do jogo vamos conhecendo outras personagems que nos vão ajudando ao longo do jogo. De forma a melhorar os nossos laços de amizade, poderemos trocar presentes com estas personagens, principalmente na primeira metade do jogo, onde os encontramos sempre na cidade mercantil de Imasho. Até aqui os inimigos vão-nos também deixando moedas de ouro que podem ser utilizadas no mercado, onde poderemos comprar vários itens que podem ser oferecidos a estas personagens. Mas depois de Imasho, deixamos de interagir com comerciantes e estas personagens vão aparecer apenas mais ocasionalmente, pelo que já não teremos grandes hipóteses de aprofundar amizades. De resto, no fim da aventura vamos desbloqueando vário conteúdo extra, como novos minijogos (Man in black e Team Oni), diferentes graus de dificuldade, novo artwork ou até vestimentas alternativas.

As cutscenes continuam a ter imensa qualidade!

A nível audiovisual este é mais um título excelente. Por um lado os cenários e as personagens estão muitíssimo bem caracterizadas, o que me agrada bastante. Uma vez mais as cutscenes possuem uma qualidade incrível, e nada tenho a apontar à banda sonora efeitos sonoros e voice acting. Bom, aqui talvez preferisse que a Capcom tivesse mantido o voice acting original em Japonês, com recurso a legendas. Sendo este um jogo que aborda vários temas tradicionais japoneses, creio que ficava bem mais fiel ao original.

Ocasionalmente poderemos jogar com outras personagens.

Por esta altura a série Onimusha já dava bastante que falar, tanto que antes do terceiro jogo da trilogia oficial (aquele que é o preferido de muita gente) a Capcom ainda teve tempo de lançar dois spin-offs. Um para a Gameboy Advance que eu infelizmente ainda não tenho, o outro também para a Playstation 2, um jogo de porrada em 3D com protagonistas dos 2 primeiros jogos. Esse está na minha colecção, pelo que aguardem por um artigo em breve.

 

Cool Spot (Sega Master System)

Mais uma super rapidinha, pois já abordei o jogo que cá vou trazer hoje, que é nada mais nada menos que a adaptação para a Master System do Cool Spot, um interessante jogo de plataformas da Virgin sobre uma pinta vermelha que, nos Estados Unidos, era conhecida por ser a mascote da 7up. Aqui na Europa esse papel era desempenhado pelo Fido Dido, que curiosamente quase que veio a ter um videojogo também. O meu exemplar foi comprado algures durante o mês de Maio a um particular, tendo-me custado uns 5€.

Jogo com caixa

Bom, apesar de eu preferir de longe a versão Mega Drive, esta versão 8bit é mais modesta comparando com o original e quase idêntica à versão Game Gear que também a tenho na colecção. Na verdade, fica a ganhar pela maior resolução face ao ecrã da portátil. De resto, mantém-se uma boa conversão de um jogo de 16bit, com uma boa jogabilidade e gráficos coloridos e bem animados.

Neko-nin exHeart (PC)

Voltando às rapidinhas de visual novels o artigo que vos trago hoje refere-se ao jogo Neko-nin exHeart e às suas duas expansões +Saiha e +Naichi. Estas visual novels foram compradas uma vez mais através de um indie bundle por uma bagatela, algures durante o ano passado.

Esta visual novel segue a história de mais um jovem adolescente que de repente vê-se envolvido com duas raparigas-gato, que provêm de uma antiga aldeia ninja, cujo único propósito é treinarem as suas habilidades ninja para depois servirem um mestre, tipicamente alguém com muito poder. Acontece que o nosso protagonista é o último descendente de uma família que já foi bastante poderosa e agora, sem contar com nada, lá terá de conviver com as duas raparigas. E como todas as visual novels há aqui algum romance e erotismo à mistura também.

De resto é uma visual novel normal, embora esta seja mais sofisticada do ponto de vista técnico. Por um lado já temos aqui uma série de funcionalidades que tipicamente existem neste jogos, seja a possibilidade do texto fluir de forma automática, evitando que tenhamos de carregar no rato para fazer avançar o texto à medida que o vamos lendo, ou então a funcionalidade de skip, que nos permite avançar texto já lido previamente. De novidades está mesmo um maior dinamismo da câmara, que se vai movendo ao longo dos cenários, fazendo também ocasionalmente um ou outro zoom. As meninas também possuem mais animações que o habitual, com as suas orelhas de gato a moverem-se ao longo dos textos.

Infelizmente a história é muito lamechas para o meu gosto.

A nível audiovisual, sinceramente não sou um grande fã do estilo dos desenhos, mas fiquei agradavelmente surpreendido com os detalhes que já referi acima. Até uma cutscene de abertura como se fosse um anime isto tem! As músicas são agradáveis e vão tocando de forma mais ligeira no fundo da acção. As vozes são quase todas narradas em japonês, embora sinceramente as ache um pouco irritantes. Depois lá temos as 2 expansões que são duas histórias que se focam mais em 2 personagens secundárias e levam cerca de 45min a serem lidas.