Sakura Space (PC)

Tempo para mais um artigo super rápido de uma visual novel da saga Sakura. Sakura Space, tal como o título indica, é um jogo com a temática do espaço, sendo portanto futurista. O meu exemplar digital entrou na minha conta steam tal como todos os outros jogos da série até ao momento, através de um indie bundle comprado algures no ano passado a um preço muito reduzido.

As protagonistas são uma equipa de 3 mercenárias caçadoras de prémios (como sempre moçoilas voluptuosas). A certa altura surge uma proposta que recompensa 1 bilião de dólares imperiais pela captura de um criminoso misterioso, uma quantia vastamente superior a qualquer outra recompensa que surgiu até então. Ao longo da história vamos então tentar capturar esse bandido que acaba por se revelar mais uma jovem com tudo no sítio e a história vai tendo os seus momentos habituais de romance ou outras situações embaraçosas onde as jovens acabam com pouca roupa.

Desta vez até que gostei da escrita!

A nível técnico, esta é mais uma visual novel como muitas outras, mas infelizmente as escolhas que tomamos não resultam em grandes divergências na história, o que é pena. A qualidade dos desenhos é excelente, mas infelizmente mais uma vez não existe qualquer voice acting, o que acontece com alguns dos jogos mais antigos da série. Por outro lado as músicas são agradáveis, algumas delas possuem uma toada mais electrónica que se adequam perfeitamente ao ambiente proposto pelo jogo.

Thunderhawk (Sega Mega CD)

Voltando à Mega CD, o jogo que cá vos trago agora é um interessante shooter militar desenvolvido pela Core Design. Thunderhawk, lançado originalmente em 1992 para os computadores Commodore Amiga e PC (para DOS), cuja versão já abordei superficialmente na compilação Fly & Drive, acabou também por ter uma conversão para a Mega CD que saiu no ano seguinte. Esta versão para a Mega CD possui uma jogabilidade mais simples, e um grafismo diferente, mas já lá vamos. O meu exemplar foi comprado algures no mês de março numa loja online, tendo-me custado 12€.

Jogo com caixa. As pessoas muito gostavam de comer manuais…

Este jogo coloca-nos a bordo de um helicóptero de combate fictício, ao longo de várias campanhas espalhadas pelo globo, desde conflitos relacionados com tráfico de armas na américa do sul, conflitos na europa de leste, médio oriente ou até combater piratas no mar da China. São 10 campanhas no total, cada qual com um número de missões que varia entre as 4 ou 6. As missões em si consistem sempre na destruição de uma série de objectivos primários, sejam algumas importantes peças de artilharia ou tanques de guerra, depósitos de óleo, radares ou mesmo bases militares por inteiro. A diferença é que por vezes nalgumas missões teremos mesmo de ser rápidos a destruir todos os objectivos primários, caso contrário falhamos a missão. Depois, para além dos alvos primários, temos dezenas de alvos secundários como baterias anti-aéreas, camiões militares, tanques, entre outros. Estes alvos não são obrigatórios serem destruidos para cumprir as missões, mas quantos mais forem destruidos, melhor será a nossa pontuação e mais medalhas de mérito vamos ganhando.

O jogo possui várias campanhas diferentes ao longo do globo

O helicóptero está sempre equipado com uma metralhadora pesada com munições infinitas e sem o perigo de sobre aquecimento, 76 rockets e 14 mísseis para alvos mais robustos. Nalgumas missões com objectivos mais peculiares, os rockets podem ser substituídos por outras armas, como é o caso das bombas de profundidade anti submarinos numa das missões do Alaska, por exemplo.

Os controlos não são lá muito complicados, com o botão direccional a controlar o movimento, um botão facial para disparar a arma equipada, outro para alternar as armas a equipar e por fim sobra um botão facial que serve para controlar o helicóptero em posição estática no mapa. Ao pressionar esse botão (que pode ser configurável) em conjunto com o d-pad para cima ou baixo, controla a altitude do helicóptero. Por outro lado, ao pressionar no D-pad para a esquerda ou direita faz com que o helicóptero se volte para esses lados, sem sair da sua posição no mapa.

O jogo possui alguns efeitos gráficos interessantes como um pseudo mode 7 e rotação de sprites. Algo que a Mega CD conseguia fazer bem, mas poucas foram as empresas que o exploraram.

Bom, eu nunca perdi muito tempo com a versão PC pois na altura não me consegui entender com o esquema de controlo do helicóptero, mas fiquei com a sensação de ser um jogo mais de simulação, mas espero dar uma segunda chance ao jogo em breve. Aqui a acção é practicamente arcade, com inúmeros alvos para abater em cada missão. E a menos que joguemos no modo hard, mesmo passando por dezenas de baterias antiaéreas e tanques, se nos mantivermos sempre em movimento, practicamente não somos atingidos. A maior ameaça está nos outros alvos aéreos como helicópteros ou aviões que sobrevoam muito rapidamente a área de jogo e facilmente nos atingem com um míssil, pelo que temos de estar atentos ao radar e tentar antecipar o seu ataque, ou desviar do míssil ao fazer algumas manobras mais violentas. Ainda assim, se formos atingidos, apenas nos afecta uma lasquinha de nada na barra de armadura no nosso helicóptero, o que não é nada realista.

O jogo está repleto de várias animações e cutscenes entre missões.

A nível técnico este é um jogo muitíssimo interessante. Por um lado, e comparando com a versão PC, esta versão Mega CD está repleta de pequenas cutscenes entre missões, sejam elas pequenas animações do helicóptero em movimento, a descolar ou a regressar à base, ou os próprios briefings antes de cada missão que são narrados com voice acting, enquanto na versão PC isso não acontece. Depois no jogo em si, é certo que a versão PC apresenta um grafismo poligonal primitivo, já esta acaba por ser mais fiel às 16bits. O jogo decorre na mesma numa perspectiva de primeira pessoa, mas o mapa é um plano gigante, típico dos efeitos de mode 7 que a SNES tão famosamente implementou. Mas ao contrário do mode 7 da SNES, para além disso os mapas totalmente planos e desprovidos de vida, pois são também ricos em sprites. As músicas neste jogo têm quase todas uma toada mais rock, com as músicas repletas de guitarradas, o que à partida me agradaria bastante, mas a verdade é que as músicas não são nada de especial e acabam por se tornar bastante repetitivas pois o jogo ainda é longo.

Portanto, este Thunderhawk para a Mega CD acaba por ser um título muito interessante. Mais que uma conversão dos originais de Commodore Amiga e PC, esta versão acaba por ser muito mais arcade do que simulação, tornando o jogo numa experiência bastante agradável, mesmo tendo alguns defeitos. Felizmente é também um jogo muito comum para a Mega CD, pelo que não terão de pagar um rim para o comprar.

Sakura Shrine Girls (PC)

Mais uma super rapidinha de uma visual novel da série Sakura. O capítulo de hoje é o Sakura Shrine Girls e, tal como os outros jogos da saga, entrou na minha conta Steam através de um indie bundle comprado algures no ano passado por um preço reduzido.

Neste jogo a Winged Cloud voltam a abordar as jovens voluptuosas mas “espíritas”. Já tivemos mulheres raposas em jogos como Sakura Spirit ou Sakura Santa, agora as duas protagonistas femininas são duas espíritas gato. O protagonista principal é mais um jovem adolescente, mas que está a treinar para ser “padre”, creio que da religião Shinto, o que é uma tradição da sua família, e acaba por ganhar contacto com as 2 furries. O resto da história vai-se desenvolvendo a partir daí, com algum os habituais pseudo romances e situações embaraçosas a acontecerem.

As mecânicas de jogo são as tradicionais de uma visual novel, a existirem alguns momentos onde teremos de tomar algumas decisões, mas a história não se altera muito com as nossas decisões. No entanto, com a função de skip text, que avança texto que já tenhamos lido em playthroughs anteriores, é muito fácil rejogar e explorar as pequenas variantes na história, ao fazer escolhas diferentes.

Este é mesmo para os furries de plantão!

A nível audiovisual, este jogo possui backgrounds bem desenhados, são para mim o ponto forte do jogo. As músicas também vão sendo calmas e alegres, sendo que aquelas que possuem melodias mais tradicionais japonesas agradam-me mais. Infelizmente o jogo não possui nenhum voice acting, a não ser a voz robotizada que lê os textos se assim o desejarmos.

C-12: Final Resistance (Sony Playstation)

Jogos que sejam lançados já na fase final do ciclo de vida de uma consola, quando a sua sucessora já está até bem instalada no mercado, geralmente recaem numa de duas categorias: ou são jogos medianos, sem grande esforço por parte das produtoras, que apenas querem lucrar algo mais com a base instalada actual da consola, ou então são jogos em que os seus devs se esforçam bastante, e que tecnicamente conseguem retirar muito proveito do hardware. Felizmente este C-12 recai nesta última categoria. O meu exemplar foi comprado algures no Verão de 2016 a um particular. Ficou-me por 5€, estando em óptimo estado.

Jogo com caixa, manual e papelada promocional.

O jogo decorre num futuro pós-apocalíptico, após uma invasão extraterrestre que deixou o nosso planeta em ruínas. O protagonista é o Tenente Riley Vaughan da Resistência Humana, que possui um interessante implante cibernético no crânio. A substituir um dos seus olhos, Riley possui um equipamento de origem alienígena que lhe permite obter informações do ambiente à sua volta, incluindo dos inimigos e objectos que encontramos.

Com o uso vamos desbloqueando modos secundários de fogo nas armas equipadas

As mecânicas de jogo são as típicas de um jogo de acção na terceira pessoa do final da década de 90, inícios de 2000. Para além dos tiroteios em que estaremos envolvidos, onde teremos uma grande gama de armas a utilizar, tanto humanas como de origem extraterrestre, contem também com a exploração necessária para cumprir certos objectivos, que envolvem arrastar objectos de um lado para o outro, procurar chaves para abrir portas, entre outros. Um dos aspectos mais interessantes deste jogo na minha opinião é justamente o facto de podermos temporariamente entrar no modo de primeira pessoa, usando a tal tecnologia cyborg do protagonista. Aqui podemos explorar melhor o que nos rodeia, e quando encontramos algum inimigo, surge um pop-um no ecrã com informações do mesmo, como o tipo de inimigo que é, os seus tipos de ataques e a quantidade de vida que lhes resta. No entanto, não conseguimos andar e disparar ao mesmo tempo no modo de primeira pessoa, o que é pena.

Apesar de não haver muita variedade de cenários, graficamente este é um jogo bem conseguido para uma PS1

Outras habilidades que vamos tendo consistem na possibilidade de usar um escudo electromagnético que nos protege dos perigos, ou carregá-lo de tal forma a gerar um impulso electromagnético capaz de causar dano. O arsenal que vamos desbloqueando é considerável e com o tempo acabamos também por desbloquear novos modos secundários de fogo, o que também acaba por ser interessante. De resto os controlos já estão muito próximos aos de os jogos de acção na terceira pessoa dos dias de hoje, com um analógico a controlar o movimento e o outro a controlar a câmara.

Do ponto de vista técnico, na minha opinião este acaba por ser um bom trabalho. Por um lado é certo que não há assim muita variedade de cenários, ou temos cidades em ruínas, bunkers da resistência ou bases alienígenas, mas por outro lado graficamente acaba por ser um jogo muito bem conseguido na minha opinião, pela sua apresentação limpa, e por gráficos bem polidos para uma Playstation 1. Embora no entanto sofra um pouco de pop-in nos cenários, especialmente naqueles a céu aberto, mas nada que borre muito a pintura. As músicas vão-se adequando à acção que o jogo oferece, embora não fiquem na memória. Nada a apontar aos efeitos sonoros que cumprem bem o seu papel e para além disso temos direito a um voice acting bem british que sinceramente acaba por ser uma lufada de ar fresco no meio de tanto sotaque norte-americano nos videojogos.

Na primeira pessoa podemos ver detalhes dos NPCs e inimigos que nos rodeiam

No fim de contas, este C-12 acaba por ser uma óptima surpresa, um jogo de acção bem competente, lançado já na fase final de vida útil da PS1, quando a PS2 já estava bem cimentada no mercado. Essa situação é ainda mais gritante no mercado norte-americano, pois o jogo acabou por sair por aquelas bandas só em 2002. Portanto não é um jogo perfeito, mas para quem gostar de jogos de acção tem aqui um bom exemplar para adicionar à biblioteca da Playstation clássica.

Sakura Santa (PC)

Siga para mais um artigo bastante rápido sobre mais um jogo da série Sakura. Desta vez o escolhido é o Sakura Santa que é mais uma visual novel da Winged Cloud, mas agora com a temática natalícia. E tal como todos os outros jogos desta saga, este veio parar à minha conta do Steam através de um indie bundle que os juntava practicamente todos por um preço muito acessível.

O protagonista é um jovem universitário que se encontra bastante sozinho a dias de passar o natal. Então, subitamente vê-se envolvido com 3 moçoilas que se interessam por ele e a história anda à volta desse romance.

De resto, é uma visual novel simples. Existem várias escolhas que teremos de fazer ao longo do jogo que nos levarão a diferentes finais, mas felizmente, devido à opção de “skip text” que avança o texto já lido previamente, é muito fácil rejogar a aventura e explorar os diferentes finais. As músicas são festivas e alegres, com algumas melodias mais jazzy ou com guitarras acústicas e que não me desagradaram. Surpreeendentemente não há músicas de Natal, o que para mim não é necessariamente mau.