Baku Baku (Sega Saturn)

Continuando pelas rapidinhas, vamos agora ficar com o Baku Baku, um puzzle game da Sega que possui as suas origens nas arcades, tendo recebido uma conversão para sistemas como a Saturn, PC, Game Gear e até a velhinha Master System por cortesia da Tec Toy no Brasil. O meu exemplar foi comprado algures no início do ano numa feira de Velharias, custou-me à volta de 7€.

Jogo com caixa e manuais

Este é um puzzle game daqueles de combinar blocos coloridos, misturando diferentes animais e comida. Por exemplo, os blocos azuis podem ser pequenos ossos ou a figura de um cão, os verdes são canas de bambu e pandas, os amarelos são macacos e bananas e os vermelhos são coelhos e cenouras. A ideia é então ir juntando os animais e a comida da mesma cor, de forma a que os animais comam os blocos da mesma cor que lhes estejam adjacentes. Vão caindo 2 blocos coloridos de cada vez, sendo que nos cabe a nós escolher como os vamos colocar no ecrã. À medida em que vamos fazendo alguns blocos desaparecer, a gravidade trata de puxar os restantes para baixo, podendo desencadear algumas reacções em cadeia que como habitual nos dão mais pontos e também enviam muito lixo para o ecrã do adversário. Como sempre, em jogos deste género o primeiro que encher o ecrã de blocos perde e na vertente arcade vamos jogando contra vários oponentes controlados pelo CPU, ou contra oponentes humanos na vertente multiplayer. Para além do modo arcade que nos coloca frente a frente com algumas personagens pré-definidas, temos também o Ranking Mode, onde o objectivo é o de “limpar” o máximo de níveis possível, sendo que o tempo que demoramos e o número de reacções em cadeia contam bastante para a pontuação final.

Cada vez que há um match entre animal e comida, vemos as cabeças dos animais a mastigarem os blocos respectivos

De resto a história por detrás deste Baku Baku é muito simples. Algures num reino, a princesa lá do sítio tem tantos animais de estimação que o rei e o seu ministro decidem que é altura de arranjar alguém para tomar conta de tanta bicharada. Lançam então um concurso público para quem quiser se tornar no Zookeeper oficial do reino, sendo que temos então 2 concorrentes, a jovem Polly e o Gon (perceberam a referência??), que têm de defrontar uma série de oponentes antes de ficarem com o emprego.

No que diz respeito aos audiovisuais, é um jogo com gráficos com um 3D muito primitivo, que faz até lembrar de certa forma jogos como os do Clockwork Knight. No entanto, não deixam de ser gráficos coloridos e com um certo charme que não se perdeu ao longo destes anos. As músicas são por norma sempre bastante festivas e agradáveis de se ouvir, o que acaba por se conjugar muito bem com a natureza super viciante deste jogo.

Os gráficos possuem um certo charme com o seu 3D primitivo

Portanto, uma pequena pérola para todos os que gostam de puzzle games e possuem uma Sega Saturn. Até admira como é que a Sega ainda não ressuscitou esta série, quanto mais não fosse para mobile.

Jaguar XJ220 (Sega Mega CD)

A série Lotus Turbo Challenge é talvez a mais bem sucedida série de corridas do Commodore Amiga. E como tal foram surgindo alguns imitadores, entre os quais este Jaguar XJ220 da Core Design. E como uma grande parte dos estúdios europeus que desenvolviam jogos para o Commodore Amiga acabavam por os converter para as consolas da Sega, isso foi o que também aconteceu com este jogo. O meu exemplar foi-me oferecido por um particular, quando lhe comprei uma Mega CD II no final do ano passado.

Jogo com caixa

Aqui dispomos de vários modos de jogo, entre os quais o Grand Prix, World Tour e Free Practice. Este último é auto-explanatório, serve para praticarmos as nossas habilidades em qualquer um dos circuitos. Os outros dois já são mais competitivos e muito parecidos entre si, mas com algumas diferenças. O Grand Prix é o típico modo campeonato, onde iremos participar numa série de corridas em diferentes países, com direito a volta de qualificação e tudo. Como habitual, o que conta é chegar ao final da temporada e ter mais pontos que os adversários e em corridas com maior número de voltas, temos também de ter em atenção o nível de combustível e ir às boxes quando necessário.

O Jaguar XJ220 é o único carro “real” que poderemos conduzir. Todos os outros são fictícios mas inspirados em marcas e modelos reais, como os Ferriri

O World Tour é também um modo campeonato, onde para além de tentarmos chegar ao fim com mais pontos do que a concorrência, temos de ter mais atenção no budget. Isto porque temos a liberdade de escolher onde correr a seguir, mas temos de ter em conta o custo de toda a logística. Se começarmos o campeonato em Inglaterra, se calhar fica mais em conta a corrida seguinte ser em França e não no Brasil, e por aí fora. Antes de avançar com a escolha da pista temos ainda a opinião do nosso contabilista que nos pode sugerir o destino seguinte. Depois no final da corrida, mediante a nossa performance e se batermos em alguém ou alguma coisa, teremos também de reparar o carro, desde a chapa, até aos pneus e mais variadas peças. Tudo isto custa dinheiro, pelo que convém ir terminando cada corrida o acima possível da tabela classicativa, para a recompensa monetária ser maior. Infelizmente apenas podemos reparar o nosso carro, não podemos comprar upgrades o que é pena. Depois temos também o modo para 2 jogadores e ainda um track editor que nos permite construir a nossa própria pista, mas confesso que não experimentei nem um nem outro.

O sprite scaling neste jogo até que está bastante convincente!

A jogabilidade não é nada do outro mundo, é a de um jogo de corridas típico da era 16bit. Por vezes sente-se alguma dificuldade nas curvas, pelo que upgrades ao carro eram mesmo benvindos! De resto, a nível técnico é também um jogo com altos e baixos. Por um lado está cheio de menus e interfaces bonitas (para a altura, claro), como por exemplo o próprio menu de substituição de peças, que nos permite ver o carro (e as peças que vamos substituir) de várias perspectivas. Por outro lado, nas corridas em si o jogo peca pelos cenários não terem mais detalhe e cores mais vívidas (embora isso também seja em parte culpa do hardware). As pistas em si vão tendo vários desníveis como nos jogos da série Lotus ou Outrun, mas as imagens de fundo a partir de uma certa linha do horizonte deixam de ter qualquer detalhe e passam a ter uma cor sólida de fundo, o que não fica bem. Os carros não são nada de especial a nível de detalhe gráfico, mas não eram muitos os jogos de corrida dessa época que se lembravam de colocar as luzes do travão a acender sempre que travávamos.

O menu de reparação de peças até que está interessante, principalmente pela animação fluída do Jaguar no fundo do ecrã

Por outro lado, das poucas vantagens gráficas que a Mega CD trouxe perante a Mega Drive foi mesmo um suporte nativo a sprite rotation e scaling, sendo que este último está bem implementado neste jogo. Tal como no OutRun, as sprites das bordas da estrada aumentam de tamanho de forma fluída e com detalhe, dando uma melhor sensação de velocidade. As músicas são no formato CD-Audio e aparentemente fornecidas pela JVC. No entanto, não as achei nada de especial, algumas são mesmo daquelas músicas típicas de elevador só para entreter. Mas podia ser pior!

Portanto este Jaguar XJ220 acabou por ser um jogo que me surpreendeu um pouco pela positiva, por ter alguns detalhes interessantes. Por outro lado, a jogabilidade merecia estar muito melhor refinada e um sistema de upgrades nos carros acho que faria sentido.

Marsupilami (Sega Mega Drive)

Voltando às rapidinhas e à Mega Drive, o jogo que cá trago hoje é um interessante misto entre plataformas e puzzle game, com o Marsupilami como protagonista. Marsupilami é um estranho mamífero, muito forte e com uma cauda bem comprida, que teve as suas origens na banda desenhada de Spirou e Fantasio. O meu exemplar foi comprado há uns meses atrás na feira da Vandoma do Porto. Creio que me custou uns 3/4€, estando completo e em óptimo estado.

Jogo completo com caixa e manuais

A história não é nada de complexo. O Marsupilami e um pequeno elefante seu amigo foram levados por caçadores e vendidos a um circo. A certa altura o Marsupilami lá se consegue escapar, liberta o elefante e juntos têm de voltar às selvas da Amazónia (se bem que nunca vi um elefante na Amazónia, mas it’s videogame logic).

Na sua essência, este é um jogo de plataformas onde controlamos o Marsupilami e para além de o fazer saltar e atacar (com a cauda), temos também de encaminhar o elefante em segurança até à saída do nível. Para isso teremos de usar uma série de habilidades com a sua cauda. No topo do ecrã temos um inventário de 4 quadradinhos no topo do ecrã, onde poderemos coleccionar habilidades para o Marsupilami e usá-las para ajudar o elefante. Por exemplo, para ajudar o elefante a subir plataformas, podemos apanhar a  habilidade de usar o rabo do Marsupilami como escadas. Por outro lado, se forem plataformas mais altas, podemos usar o rabo do Marsupilami como guindaste. Ou usar o rabo como martelo para destruir alguns obstáculos! As possibilidades são imensas.

O rabo do Marsupilami é usado para muitas coisas, principalmente para ajudar o elefante a atravessar alguns obstáculos

Por outro lado, o elefante é o ser mais burro de todo o sempre e sem dúvida o que mais frustração causa no jogo. Ele está constantemente a andar da esquerda para a direita, mudando de direcção se bater numa parede, se for atacado por um inimigo ou pela nossa cauda. Conseguimos imobilizá-lo temporariamente ao apanhar uns frutos e deixá-los no chão, fazendo com que ele pare por uns segundos para o comer. Pouco depois começa a andar novamente. Tendo em conta que por vezes temos de enfiar o elefante em plataformas elevatórias, mantê-lo sossegado até o elevador chegar e durante a viagem para não cair, temos de estar constantemente a atacar o elefante com a nossa cauda, fazendo-o mudar de direcção rapidamente, acabando por não sair muito longe. O jogo só teria a ganhar se pudessemos ordenar o elefante para parar quieto num sítio, assim sendo torna-se um pouco frustrante. Até porque temos um tempo limite para terminar cada nível, embora existam alguns powerups que nos extendam o tempo, pode não ser suficiente. Também temos powerups que nos regeneram a barra de energia.

O elefante anda sempre sozinho até encontrar uma parede ou inimigo, aí muda de direcção

Graficamente é um jogo muito colorido, com níveis bem detalhados e músicas agradáveis. Os níveis vão sendo variados, atravessando diferentes paisagens urbanas como um circo, os arredores de uma cidade e várias outras paisagens mais naturais como florestas, as montanhas dos Alpes, ou selvas da américa do sul. As personagens possuem um traço muito característico da banda desenhada do Spirou e Fantasio, o que também me agrada bastante.

Graficamente é um jogo competente, com os inimigos a herdarem o look cómico da BD e série de animação

Portanto este é um jogo de plataformas com alguns conceitos bem interessantes de puzzling. No entanto não deixa de ser também um pouco frustrante a parte de encaminhar o elefante, é algo que poderia facilmente ter sido corrigido na altura, o que é pena.

Assassin’s Creed II (Sony Playstation 3)

Depois do sucesso do Assassin’s Creed original, não faltava muito até que a Ubisoft lançasse uma sequela. O primeiro jogo tinha o assassino Altair como protagonista, e os cenários cidades do médio Oriente como Jerusalém ou Damasco, no pico das cruzadas levadas a cabo pelos Cavaleiros Templários. Aqui encarnamos num outro assassino, num período completamente diferente, mas já lá vamos. O meu exemplar sinceramente já nem me recordo bem de onde veio nem quanto custou mas certamente não foi caro. Só tenho pena de não ter comprado uma versão já com os DLCs incluidos pois confesso que fiquei com vontade de os jogar.

Jogo com caixa e manual

A saga Assassin’s Creed, pelo menos até ao jogos que presenciei, coloca-nos em duas realidades alternativas. Numa estamos num futuro próximo algo distópico, onde descendentes da ordem dos templários e dos assassinos continuam a lutar entre si. Aqui neste período a personagem principal é o jovem Desmond, descendente do clã de assassinos, onde através do Animus, uma máquina que nos permite explorar as memórias genéticas, conseguimos voltar ao passado e reviver as memórias dos nossos antepassados. No primeiro Assassin’s Creed fomos até à Idade Média, mesmo no auge das Cruzadas, onde tivemos a história de Altair na sua busca pela Maçã de Éden, um artefacto misterioso, capaz de controlar a mente das massas, que seria usado pela ordem dos templários para controlar o mundo. Aqui continuamos à procura de respostas no passado, com Desmond a reviver as memórias de um outro seu antepassado, o Ezio Auditore da Firenze, um jovem de uma família rica de Florença, em pleno período Renascentista.

Eventualmente poderemos usar duas espadas escondidas, o que deixa o combate com mais possibilidades

Basicamente Ezio vê parte da sua família a ser enforcada publicamente, após terem sido atraiçoados por um magistrado corrupto, que plantou falsas provas. Ezio foge com a sua mãe e irmã para o interior, onde é acolhido pelo seu tio Mario que lhe revela que tanto ele como o pai eram Assassinos, começando a treiná-lo para o mesmo. No resto do jogo vamos procurar vingança e assassinar os traidores da sua família, ao mesmo tempo que vamos descobrir os seus motivos e mais uma vez acabamos por encontrar os templários no centro das tramóias. Mas a transição de Ezio e Desmond acaba por ser bastante interessante e a história acaba por levar-se por vários contornos de conspirações históricas, o que também me agrada. Ao longo do jogo vamos também interagir com várias personagens históricas como Leonardo Da Vinci, que se torna amigo de Ezio, ou o Rodrigo de Borgia, o principal antagonista que na vida real acabou por se tornar Papa.

Após encontrar os locais secretos com mensagens do Subject 16, temos de descodificar as mensagens recorrendo a vários puzzles

A jogabilidade também levou alguns upgrades. As suas bases mantêm-se, com o jogo a assumir uma natureza algo não-linear em cenários open-world, onde podemos vaguear algo livremente pelas diferentes cidades e fazer as missões pela ordem que quisermos, excepto claro, as que dão seguimento à história. Há também uma preocupação em mantermos uma jogabilidade furtiva, passando despercebido no meio da multidão enquanto nos esquivamos de guardas e vamos assassinando quem tiver de ser. E depois lá temos o parkour, a possibilidade de escalar paredes e saltitar entre os telhados, muros e outros obstáculos para nos movermos de uma forma mais ágil possível. Felizmente há uma série de coisas que melhoraram face ao primeiro jogo, a que mais me agradou foi mesmo o facto de chamarmos menos à atenção dos guardas. No primeiro jogo bastava correr pela cidade, aqui os guardas são bem mais tolerantes nesse aspecto. Mas claro, se agredirmos alguém, ou simplesmente dermos um encontrão num transeunte que estava a carregar qualquer coisa, lá vêm os guardas nos pedir satisfações. Também temos guardas nos telhados que nos obrigam a descer, mas se formos rápidos conseguimo-los assassinar sem grandes problemas.

Distrair os guardas nunca foi tão fácil! Podemos contratar um bando de mercenários, de ladrões ou prostitutas para o efeito

Claro que quando um guarda nos apanha a fazer algo de errado, temos duas hipóteses: ou combatemos ou fugimos. Fugir por vezes é a melhor opção e aí temos de nos afastar o suficiente e depois procurar um sítio onde possamos passar despercebidos, seja num fardo de palha, ou simplesmente misturado entre a multidão. Se decidirmos combater, bom, o combate também sofreu alguns melhoramentos face ao jogo original. Temos mais tipos diferentes de armas que podemos usar, incluindo uma lámina envenenada, bombas de fumo que atordoam os nossos inimigos, um pequeno revólver e no caso da lâmina escondida, a arma de marca dos assassinos, agora podemos equipar uma em cada mão, permitindo-nos assassinar 2 alvos em simultâneo, se estiverem juntinhos. De resto, para além de esquivar e contra-atacar, agora temos também a possibilidade de desarmar os inimigos.

Há mais alterações, a meu ver para melhor. A saúde não se regenera automaticamente (bom, na verdade só um quadradinho), e para nos curar temos de procurar um médico e/ou usar medkits. Temos dinheiro que pode ser usado para comprar medkits, armas, armaduras ou bolsas que nos permitem carregar mais facas de atirar, frascos de veneno ou medkits. Também temos uma pequena cidadela só para a família Auditore, na região de Monteriggioni, que acabamos por tomar conta. Para além de incluir montes de segredos, a certa altura podemos investir na cidade e na nossa mansão, ao melhorar as suas lojas, infrastruturas, ou aumentar o valor da nossa mansão, ao coleccionar todas as armas, armaduras e comprar várias pinturas renascentistas. Isto faz com que a cada 20 minutos vamos recebendo uma “renda” dos habitantes da cidadela, o que vai acabar por nos facilitar bastante o processo de compra de mais equipamento ou itens.

Estas mensagens com contexto histórico agradaram-me bastante!

Vamos tendo também vários tipos de missões a executar, desde as típicas missões de assassinamento, onde grande parte das vezes temos de as executar de forma furtiva. Por vezes temos temos de seguir algumas pessoas chave até que nos levem a um esconderijo com outros alvos a abater. Temos missões para encher de porrada maridos infiéis, outras para bater tempos em corridas parkour (estas foram as que mais me irritaram), entre outras. Coleccionáveis como as penas do nosso pequeno irmão Petruccio, os puzzles do misterioso subject 16, ou as catacombas de outros assassinos que podemos explorar para desbloquear a armadura de Altair, são exemplos de algum conteúdo opcional que podemos fazer.

Ao longo do jogo vamos visitar as cidades de Florença, Toscana, Forli, Veneza, e parte de Roma (Vaticano), na recta final do jogo. À medida que vamos avançando no jogo e explorar as cidades, vamos preenchendo uma base de dados com dados históricos de várias localizações reais das cidades em questão, bem como pequenas biografias das várias personagens com que nos vamos cruzando. Não sei se são dados inteiramente verdadeiros (alguns certamente não são, para se adaptarem à ficção do jogo), mas são detalhes que me agradaram bastante.

Outra das novidades perante a prequela é que, apesar de podermos caminhar ou cavalgar entre cidades, agora podemos usar também o conveniente fast travel!

A nível audiovisual não tenho nada de especial a apontar. As personagens não estão incrivelmente detalhadas (excepto algumas das vestimentas de Ezio que possuem um bom nível de detalhe e animação). Por outro lado, as cidades estão muito bem representadas, gostei bastante de toda a atenção ao detalhe nesse sentido. No que diz respeito ao voice acting não tenho mesmo nada a apontar, está bastante competente e a narrativa é muito superior à do primeiro jogo, a meu ver. As músicas é que vão passando algo despercebido, mas num jogo com uma ambiência como o Assassin’s Creed é esperado, pois as músicas vão-se adaptando às situações. Isto é, tanto podemos ir ouvindo algumas melodias tipicamente renascentistas em plano de fundo, como a música irrompe com temas mais épicos quando estamos a combater e/ou a fugir.

Portanto, devo dizer que gostei bastante deste Assassin’s Creed. Só tenho pena da Ubisoft ser uma empresa gananciosa e ter incluido 2 capítulos extra (que inicialmente eram para ser parte integral da história) como DLC. O jogo foi relançado várias vezes mesmo na própria PS3, com algumas versões a incluir estes DLCs, o que não é o meu caso infelizmente. E os mesmo continuam caros, o que não faz sentido nenhum para um jogo de 2009. Mas pronto, é a vida! De resto fiquei ansioso para experimentar o Brotherhood!

Pokemon Pinball (Nintendo Gameboy Color)

Voltando às rapidinhas, hoje trago-vos um dos primeiros spinoffs da saga Pokémon para a Gameboy Color, o Pokémon Pinball, ainda da primeira geração de Pokémon, com os originais 151 para apanhar. E tal como o nome do jogo refere, é uma adaptação para pinball. Quanto à sua execução, veremos se realmente foi uma boa ideia ou não. Entretanto o meu exemplar veio parar à minha colecção por 2 partes. A caixa, com todos os manuais, papelada e inserts, tinha-me custado 1€ numa loja que a tinha para lá perdida em algum sítio. O cartucho em si custou-me uns 4€ a um particular.

Jogo com caixa, manual e papelada

Como muitos outros jogos de pinball, um dos objectivos é o de fazer o máximo de pontos possíveis, mas sendo este um Pokémon, também temos de os apanhar a todos. Ao iniciar a cada partida podemos optar pela mesa Red ou Blue, uma alusão aos 2 títulos Pokémon originais. E depois lá controlamos uma pokébola ao lançando-a pela mesa, ressaltando em vários objectos, passando por túneis ou alavancas, que nos vão dando mais pontos e multiplicadores de pontos. Para além disso, é precisamente ao conseguir seguir uma sequência específica de eventos que poderemos também capturar ou evoluir pokémons. Tanbém vamos tendo acesso a minijogos que são na verdade pequenos bosses como o caso do Mewtwo, os Digletts, o Meowth, entre outros. Cada mesa possui a possibilidade de visitarmos várias localizações dos primeiros jogos, como Vermillion City, Mt. Moon, Celadon ou outros, sendo que cada localização possui diferentes Pokémons para apanhar. Apanhar os 151 é uma tarefa hercúlea e exige muitas e muitas horas de pinball, algo que eu não tenho tanta paciência assim.

As diferentes mesas têm também diferentes locais para visitar e pokemons para apanhar

Para além disso, a física deixa muito a desejar, pois por vezes vemos a bola a ter comportamentos que não lembram a ninguém. Por outro lado este é um dos poucos jogos da Gameboy Color que suportam o sistema rumble que adiciona vibração à consola, necessitando para isso de inserir uma pilha AAA no cartucho. Sinceramente não me faz falta! No que diz respeito aos audiovisuais, por um lado as músicas são agradáveis, assim como os efeitos sonoros. Por outro, acho que as mesas de pinball poderiam ter mais algum detalhe.

Para apanhar ou evoluir um pokemon é necessário que a bola bata numa série de sítios

Portanto este é um jogo de pinball que até pode agradar aos fãs do género se quiserem um jogo apenas para pontuar. Para os fãs de Pokémon apenas, será mais difícil de agradar.