Raging Blades (Sony Playstation 2)

Raging BladesVoltando às rapidinhas, hoje trago-vos um daqueles jogos budget para a PS2, mas daqueles que têm origens japonesas e até são interessantes, não o shovelware total que também assolou a PS2. Raging Blades é um beat ‘em up em 3D fantasioso, um pouco como o Golden Axe, mas não tão “bárbaro”. É um produto da Pacific Century Cyber Works (PCCW), uma pequena empresa Japonesa. O meu exemplar veio de uma Cash Converters há cerca de 2 meses atrás. Custou-me perto de 5€ se não estou em erro.

Raging Blades - Sony Playstation 2
Jogo completo com caixa e manual

Raging Blades leva-nos ao mundo fantasioso de Atranart, onde outrora havia uma civilização próspera, de tal forma avançada a nível tecnológico e mágico. Entretanto desastres aconteceram, todo esse conhecimento foi perdido e a civilização regrediu. Entretanto a certa altura começam a surgir vários monstros do nada e é aí que nós entramos em acção. Temos várias personagens para jogar, cada uma com diferentes habilidades e motivos para estar a lutar, com a história do jogo a variar um pouco consoante a personagem escolhida. Por exemplo, o cavaleiro Gray Bradford lança-se à luta sob ordens do seu Rei, mas já o feiticeiro Rybrandt Lungnal, que sempre teve interesse pelo oculto, foi o responsável por tal desgraça e quer-se redimir. Inicialmente dispomos de 4 personagens diferentes com as quais podemos jogar, sendo que existem mais outras 2 que podem ser desbloqueadas.

Se jogarmos o modo história com 2 jogadores, a narrativa segue sempre a história do player 1
Se jogarmos o modo história com 2 jogadores, a narrativa segue sempre a história do player 1

No que diz respeito aos controlos, infelizmente os mesmos são bastante rígidos. Temos um botão para ataques normais, outro para ataques fortes, um botão de “ímpeto veloz” que acaba por ser bastante útil para nos esquivarmos dos golpes inimigos, e um botão para ataques mágicos. Naturalmente podemos fazer combos, e isso é algo encorajado pelo jogo, o problema está na forma como direccionamos os ataques. Frequentemente somos rodeados de inimigos e quando atacamos numa direcção é muito complicado mudar de direcção no ataque seguinte, a menos que estraguemos o combo. O jogo deveria ser muito mais fluído nesse aspecto! Posto isto, é um jogo bastante difícil, a menos que o joguemos em easy onde temos continues infinitos. Isto porque para além do problema dos controlos, apenas podemos fazer save no final do modo história, o jogo obriga-nos a passá-lo de uma assentada só. Mesmo à moda antiga! De resto, para nos ajudar nesta aventura vamos tendo alguns power-ups para apanhar, que tanto nos podem regenerar um pouco de vida, como atribuir temporariamente alguns poderes especiais aos nossos ataques, ou deixar-nos temporáriamente invencíveis. Jogar o modo história cooperativamente com mais um amigo também é possível e deve dar um jeitaço! Fora isto temos também o modo Duel que como o nome indica é para colocar os heróis à pancada entre si. Com recurso ao multi-tap, é possível jogar este modo com até 4 jogadores!

O que não faltam são bosses e nos últimos níveis então nem se fala
O que não faltam são bosses e nos últimos níveis então nem se fala

No que diz respeito aos audiovisuais, esta é uma obra algo modesta neste campo. Por um lado gosto bastante do design dos heróis, dos inimigos e de alguns níveis (aquele labirinto high-tech está muito bonito), mas vistas as coisas a frio, os gráficos não são nada do outro mundo, até porque isto é um jogo low budget. As músicas são sempre épicas e orquestradas, já o voice acting, devidamente traduzido para inglês, ficou uma desgraça! Preferia ouvir o japonês com as legendas, mas é o que há.

O modo The Duel, com recurso ao multitap, permite pancadaria até com 4 amigos!
O modo The Duel, com recurso ao multitap, permite pancadaria até com 4 amigos!

De resto, este Raging Blades é um jogo interessante para quem for fã de beat ‘em ups das antigas. A jogabilidade é capaz de dar muitas dores de cabeça, e o facto de termos de terminar o jogo de uma assentada pode assustar, mas se calhar se convidarmos um amigo as coisas até deverão ser um pouco mais agradáveis.

Splinter Cell (Nintendo Gamecube)

17357_frontA franchise Splinter Cell é daquelas que já estava no meu backlog há muito tempo. Na verdade inicialmente nem tencionava coleccioná-la para a Gamecube, visto que principalmente o primeiro jogo, o que cá trago hoje, é uma conversão muito aquém do original de PC e Xbox. Mais detalhes nos parágrafos seguintes… mas entretanto como tinha comprado o Pandora Tomorrow num bundle de jogos de Gamecube, acabei por decidir-me em comprar os restantes 3 para a mesma plataforma. Este meu exemplar foi comprado no ebay, algures por aí em 2010/2011, tendo certamente custado menos de 5 libras.

Jogo completo com caixa, manual e papelada
Jogo completo com caixa, manual e papelada

Splinter Cell era visto como o grande rival de Metal Gear Solid, pois também figurava um agente secreto envolto em missões altamente furtivas e com tramas e conspirações políticas e/ou militares por detrás. Mas sem os floreados de Kojima. E aqui o herói é Sam Fisher, um agente da divisão fictícia da NSA chamada Third Echelon, especialista em black ops. A história leva-nos à Geórgia (país de leste europeu), cujo presidente foi assassinado e o poder ursurpado por um bilionário de nome Kombayn Nikoladze. A certa altura 2 agentes da CIA são enviados para verificar a actual situação naquele país e se algumas das normas estabelecidas pelas Nações Unidas haviam sido quebradas. Os agentes nunca voltaram e é aí que entra Sam Fisher. Mas claro, o que inicialmente seria apenas uma missão de resgate, rapidamente vai escalando para outros conflitos, inclusivamente com ataques ciber terroristas em solo norte-americano.

Deixar corpos mal escondidos acaba por resultar sempre num alarme.
Deixar corpos mal escondidos acaba por resultar sempre num alarme.

A nível de jogabilidade, Splinter Cell era um jogo muito mais furtivo que o seu concorrente. Jogar com a iluminação ambiente passou a ter um papel muito mais relevante em passarmos despercebidos pelos inimigos, bem como fazendo o mínimo de barulho possível. Destruir lâmpadas, câmaras de vigilância, e caminhar silenciosamente pelas sombras é algo que iremos fazer vezes sem conta. O sigilo é crucial, e se por algum motivo formos vistos por alguém, temos de ser rápidos a reagir e eliminar essa ameaça (de forma letal ou não) antes que soem o alarme. É que há missões com tolerância zero para alarmes, e muitas outras onde teremos um limite de alarmes que não podem ser ultrapassado. Carregar os corpos dos nossos inimigos e mantê-los fora de vista também é algo que tem de ser constantemente feito, não vá alguma patrulha encontrá-los e soar o alarme. Sam Fisher é também bastante atlético, sendo capaz de saltar em paredes, pendurar-se em canos, descer slides, entre outros. É também muito importante haver uma gestão cuidada das nossas armas de fogo, pois as munições são escassas. Para além de uma pistola e de uma arma de assalto (ambas com silenciador) existem uma série de outras armas não letais, como granadas de gás de sono, ou outros projécteis incapacitantes.

Ser uma autêntica sombra, é o que temos de ser. Mas também temos de ter reflexos de ninja para silenciarmos as ameaças rapidamente assim que nos descobrem
Ser uma autêntica sombra, é o que temos de ser. Mas também temos de ter reflexos de ninja para silenciarmos as ameaças rapidamente assim que nos descobrem

Gadjets também é o que não falta, como um visor nocturno e térmico (ambos bastante úteis), pequenas câmaras que podem ser usadas para espreitar em frinchas das portas, microfones direccionais para escutar conversas alheias, ou mesmo pequenas câmaras que podem ser atiradas para um local e usadas para chamar a atenção de quem quer que esteja no nosso caminho, podendo depois soltar gás do sono para os incapacitar. O que não faltam são brinquedos e eventualmente lá teremos de os usar, quer queiramos, quer não.

Do ponto de vista técnico, bom, passemos primeiro para o audio. O voice acting é bastante competente, assim como as músicas quando existentes, que podem ser bastante contidas e tensas (afinal isto é um jogo de infiltração furtiva), ou bem mais épicas naqueles momentos em que não há mais nada a fazer a não ser abrir fogo. Na questão gráfica, bom, esse já é um outro assunto. O Splinter Cell original (para PC e Xbox) estava a ser desenvolvido pela Ubisoft Montreal, um dos seus estúdios principais. Para a PS2 e Gamecube o desenvolvimento passou para a Ubisoft Shanghai que acabou por fazer várias modificações ao layout dos níveis (tornando-os um pouco mais fáceis) e do ponto de vista gráfico, muitas coisas tiveram de ser sacrificadas. Muitas texturas de alta qualidade foram substituídas por outras mais simples, e acima de tudo os efeitos de iluminação sofreram um grande downgrade face à versão Xbox. Para terem uma noção, quando o Splinter Cell saiu para a Xbox, foi de longe o jogo graficamente mais avançado que havia sido lançado nessa consola até então. Infelizmente a versão Gamecube acabou por levar o mesmo tratamento da versão PS2, e sinceramente sempre achei que a consola da Nintendo conseguisse fazer algo bem mais próximo da versão original do que a PS2. Mas mesmo assim, com as suas desvantagens, continua um jogo bastante robusto tecnicamente, com os efeitos de iluminação a terem todo o destaque.

O visor nocturno e térmico acabam por dar um jeitaço tremendo. O térmico para além de detectar outros humanos, detecta também equipamentos electrónicos como minas ou câmaras de vigilância
O visor nocturno e térmico acabam por dar um jeitaço tremendo. O térmico para além de detectar outros humanos, detecta também equipamentos electrónicos como minas ou câmaras de vigilância

De resto, para compensar esse downgrade gráfico, a versão PS2 incluiu uma série de videos de bónus (como pequenos making of) ou um nível inteiramente novo passado numa central nuclear. Infelizmente esse nível nunca chegou à Gamecube, talvez por falta de espaço nos seus pequenos discos de 1.5GB. Por outro lado a versão Gamecube ganhou um item novo (as sticky bombs – quem tiver jogado Shadow Warrior sabe o que é) e a possibilidade de interagir com a Gameboy Advance, ligando-a à Gamecube, onde poderemos ver um mapa com detalhes no ecrã da portátil. Sinceramente preferia o nível de bónus.

Embora os screenshots não façam justiça, mesmo com todo o downgrade esta versão não deixa de ser muito competente a nível gráfico.
Embora os screenshots não façam justiça, mesmo com todo o downgrade esta versão não deixa de ser muito competente a nível gráfico.

No fim de contas, apesar desta versão Gamecube ser bastante sodomizada face à original, no ponto de vista técnico, não deixa de ser um óptimo jogo de acção, especialmente para aqueles que gostam de passar despercebidos em missões altamente furtivas. Mas se tiverem a oportunidade, joguem antes o original de Xbox, ou a versão PC que também saiu mais tarde na Playstation 3 numa compilação. De resto, só me resta mesmo deixar este rant final: como é que é possível um jogo com tanto “stealth” ter um personagem principal que tem um capacete a imitir aquelas luzes verdes gritantes?? E pior ainda, como é que os inimigos não as vêem? Bem-vindos à lógica dos videojogos.

Realms of Chaos (PC)

Continuando pelas rapidinhas, nesta minha investida pelo catálogo da 3D Realms, através da compilação 3D Realms Anthology, que já está a chegar ao fim, chegamos à vez do Realms of Chaos. Lançado em 1995, já foi um dos últimos jogos a sair com o selo da Apogee, antes da empresa norte-americana se focar a 100% no nome 3D Realms. Foi um jogo que vim a conhecer já no final da década de 90 e nunca lhe tinha dado a devida atenção, pois surgiu na altura do meu “boom” pelo interesse em emulação.

headerRealms of Chaos é um jogo de acção que mistura elementos de platforming com combate. Passado num mundo fantasioso, encarnamos em 2 irmãos que lutam para combater uma ameaça que está a assolar o seu mundo, tornado os habitantes completamente agressivos. Cada um dos irmãos possui diferentes habilidades e podemos alternar entre ambos a qualquer altura. Endrick é o típico guerreiro, a personagem fisicamente mais forte, mas menos ágil e munido apenas de uma espada, pelo que todos os seus ataques serão de curto alcance. A sua irmã é a Elandra, uma feiticeira mais ágil, capaz de saltar mais alto e os seus ataques são mágicos, de longo alcance, embora mais fracos que os do seu irmão. Depois temos os itens e power ups do costume. Por um lado temos tesouros que apenas nos aumentam a pontuação, cristais vermelhos que servem também de unidade monetária para activar alguns dos power ups que encontramos. Coisas como invencibilidade temporária, um escudo de shurikens, ou um boost no poder ofensivo ou na barra de vida de ambas as personagens.

Apesar de não ser exagerado, existe algum gore no jogo que pode ser desactivado
Apesar de não ser exagerado, existe algum gore no jogo que pode ser desactivado

De resto é um jogo bastante desafiante, pois os inimigos são impetuosos, com padrões de movimento que nem sempre são fáceis de desviar, o próprio design dos níveis também está repleto de armadilhas, saltos sobre espinhos ou abismos sem fundo, ideais para algum inimigo nos acertar a meio salto e mandar-nos para nossa morte. Sim, isto acontecerá vezes sem conta em especial nos níveis mais avançados. De resto os visuais são bem agradáveis, com diversos cenários como florestas, cavernas, templos antigos, locais místicos como florestas de cogumelos gigantes ou vulcões em chamas, este é um jogo graficamente bonitinho. Mas também já estavamos em 1995, já era sem tempo de a Apogee lançar um jogo 2D com este nível de detalhe e cor. As músicas são também algo variadas, muitas delas com temas algo tribais.

Por vezes trocar a força bruta pelas magias de longo alcance são mesmo necessários
Por vezes trocar a força bruta pelas magias de longo alcance é mesmo necessário

Resumindo, este Realms of Chaos é um bom jogo de acção/plataforma em 2D, faz-me lembrar de certa forma o Alisia Dragoon, não necessariamente pela jogabilidade, mas mais pelo setting fantasioso em que decorre. É um jogo desafiante e acaba por trazer algumas surpresas para quem conhecer os antigos trabalhos de Keith Schuler, nomeadamente o Paganitzu. Cheguem ao fim e logo vêm!

MIG-29 Fighter Pilot (Sega Mega Drive)

MIG29Continuando com as rapidinhas, hoje trago cá um artigo muito breve sobre o MIG-29 Fighter Pilot, um simulador de voo lançado para a Mega Drive através da Domark, onde nos pomos atrás dos controlos do famoso caça soviético. O meu exemplar veio de um bundle que comprei há uns meses atrás na feira da Vandoma, no Porto, veio em conjunto de mais uns 5 jogos e 2 Mega Drives que me ficaram por 45€ no total.

Jogo com caixa e manual
Jogo com caixa e manual

Como sempre somos levados a um teatro de guerra, aqui num qualquer país do médio oriente, onde um poderoso general invadiu um outro estado bastante conhecido pelas suas reservas de petróleo. Nós supostamente somos um piloto de elite dos Mig-29 que terá pela frente várias missões críticas para o desenrolar deste conflito. E como em qualquer simulador de voo, temos uma catrafada de coisas para fazer. Os botões B e C abrem menus que nos permitem escolher as armas que queremos activar, ou outras funcionalidades como largar flares ou chaff para despistar mísseis inimigos ou mesmo activar ou recolher o trem de aterragem. Se usarmos um comando de 6 botões, a tarefa fica mais simples pois alguns dos botões ficam já mapeados com algumas destas funções regulares. Antes de cada missão temos um briefing onde nos são mostrados os objectivos a cumprir, depois lá somos levados para um ecrã onde teremos de escolher que armas queremos equipar o nosso caça e em que quantidade. Por fim começa a missão e a primeira tarefa é levantar voo. Felizmente que o manual lá nos dá algumas dicas em como prosseguir, e a missão de treino também.

Os gráficos são poligonais e bastante simples. Ainda bem que o jogo é passado em desertos, senão ia ser complicado a Mega Drive dar conta do recado
Os gráficos são poligonais e bastante simples. Ainda bem que o jogo é passado em desertos, senão ia ser complicado a Mega Drive dar conta do recado

No que diz respeito aos audiovisuais, é um jogo graficamente competente, pois é completamente em 3D poligonal, sem recurso a qualquer hardware extra, como muitos cartuchos da Super Nintendo possuíam chips adicionais para permitir coisas destas. No entanto não há milagres e o frame rate é bastante baixo, bem como o número de polígonos em simultâneo no ecrã ser bastante reduzido. Músicas só em menus e afins, pois durante a acção apenas ouvimos os vários barulhos do avião, e avisos de mísseis a serem disparados.

No fim de contas, este MIG-29 Fighter Pilot não é um jogo para todas as pessoas pois é um simulador. Surpreendentemente, existem uns quantos na Mega Drive, mas como não sou fã do género, também não vos consigo garantir se é melhor ou pior que a concorrência. Eu é mais After Burner!!

Mystic Quest (Nintendo Gameboy)

Mystic QuestÉ comum existirem mudanças de nome de determinados jogos em diferentes regiões. O que já não é muito comum é o mesmo jogo ter nomes completamente diferentes nos 3 mercados principais. O que aqui na Europa se chama Mystic Quest, nos Estados Unidos tem o nome de Final Fantasy Adventure. Já no Japão é o primeiro Seiken Densetsu, a mesma série que nos trouxe títulos como Secret ou Legend of Mana. Porquê tanta confusão? Vá-se lá entender as decisões da Nintendo e da Squaresoft no início dos anos 90… O nome europeu pode ter a ver com o Final Fantasy Mystic Quest da SNES, lançado na Europa com o nome de Mystic Quest Legend, na mesma altura que este jogo da Gameboy por cá. Já o meu exemplar, foi comprado há uns meses atrás na cash converters de Alfragide por cerca de 2€.

Apenas cartucho
Apenas cartucho

E este é então o primeiro jogo da série Mana. As referências a Final Fantasy ficam-se pelos chocobos e por algumas sprites muito parecidas, como as dos Red Mages. Aqui a jogabilidade está muito mais próxima de um The Legend of Zelda clássico, com mais elementos de RPG, como os pontos de experiência, possibilidade de comprar novos equipamentos, diferentes estados (envenvenamento, transformado em moogle, etc). Ocasionalmente lá teremos alguns elementos de puzzle que nos obrigam a pensar, como usar magias como Ice para congelar algum inimigo e transportá-lo até uma plataforma de forma a abrir (e manter aberta) uma passagem para a sala seguinte. Ou usar picaretas nas cavernas para cavar túneis e desvendar salas secretas! Outras coisas como as diferentes propriedades de cada arma. Correntes podem transportar-nos através de abrismos, com machados gigantes podemos mandar árvores abaixo e abrir caminho, ou o mesmo com a morning star, para partir rochas.

Sim, as magias usadas também piscam um olho aos Final Fantasy
Sim, as magias usadas também piscam um olho aos Final Fantasy

A história anda à volta da Mana Tree e de um jovem herói que se vê incumbido com a tarefa de impedir o imperador Dark Lord e seu ajudante feiticeiro Julius de destruirem a Mana Tree, trazendo com isso grande desgraça para aquele mundo. Anos mais tarde, a Squaresoft, já Square-Enix, decidiu recontar toda esta história, acrescentando e alterando um ou outro ponto, através do jogo Sword of Mana para a Gameboy Advance. Esse jogo já possui uma história bem mais complexa e uma jogabilidade muito mais próxima àquela que a série Mana nos habituou desde o velhinho Secret of Mana da Super Nintendo.

Ocasionalmente lá teremos de defrontar alguns bosses.
Ocasionalmente lá teremos de defrontar alguns bosses.

Graficamente é um jogo bem detalhado para uma Gameboy clássica. Tal como já referi acima, há algumas referências visuais à série Final Fantasy como sprites clássicas como o Fighter, o Red Mage, os chocobos e moogles. E dentro das limitações da Gameboy, este jogo acaba por apresentar mundos bem definidos e na minha opinião é um trabalho muito mais bem conseguido do que os Final Fantasy Legend (que de Final Fantasy também têm muito pouco, mas isso seria assunto para um artigo diferente). As músicas são bastante variadas e agradáveis, como a Squaresoft sempre nos habituou.

Final Fantasy Adv-err…  Mystic Quest, é um óptimo RPG de acção, um género que se mostra bastante agradável de se jogar numa consola portátil, até porque aqui podemos gravar o nosso progresso no jogo a qualquer altura. Para os fãs da série Mana, poderão também querer espreitar o Sword of Mana, o remake feito para a Gameboy Advance, um verdadeiro remake em todos os sentidos.