Zombie Zone (Sony Playstation 2)

Ultimamente tenho andado bastante entretido com um jogo que já me levou mais de 100 horas de jogo e não estava mesmo à espera que fosse assim tão longo, daí também não ter publicado muito nas últimas semanas. Entretanto, e para desenjoar, decidi jogar este Zombie Zone para a PS2. O Zombie Zone é a adaptação europeia do primeiro OneeChanbara (Bikini Zombie Slayers), lançado originalmente no Japão em 2004, fazendo parte da colecção de jogos budget Simple 2000 da D3 Publisher. A 505 Games (quando ainda se chamava de 505 Gamestreet) decidiu trazer este jogo para a Europa algures durante o ano seguinte, agora sob o nome de Zombie Zone. O meu exemplar foi comprado ao desbarato na vinted algures durante este ano, numa altura em que surgiram imensos selados e a bom preço (os italianos lá encontraram mais uns quantos caixotes de unidades não vendidas, certamente).

Jogo com caixa e manual

Eu já cá trouxe no passado o Zombie Hunters, que é uma adaptação do The Onechanpuru, que é por sua vez um relaçamento do primeiro jogo, mas com conteúdo adicional. Na altura em que escrevi esse artigo, não tinha conhecimento da existência deste Zombie Zone por cá e é curioso que o Zombie Hunters, apesar de ter esse nome na capa, manual e disco, no ecrã título do jogo em si se chame Zombie Zone: The Other Side. Os Zombie Hunters já foram publicados na Europa pela Essential Games, portanto pode ter havido alguma questão de direitos que os tenha obrigado a alterar o nome, provavelmente à última hora.

Sim, a imagem de marca desta série são miúdas de bikini e espadas japonesas a esventrar zombies e outras criaturas bizarras.

Mas o que interessa aqui reter é que este é o mesmo jogo que o Zombie Hunters, mas por sua vez com menos personagens jogáveis e consequentemente com menos vestimentas adicionais para desbloquear. Os níveis creio que são os mesmos, assim como os modos de jogo e a jogabilidade. Indo então muito rapidamente à mesma, este é um jogo de acção do tipo hack-and-slash, onde Aya terá de defrontar dezenas (ou centenas) de zombies e outras criaturas grotescas para se vingar da sua irmã, que está aparentemente por detrás desta catástrofe. O jogo possui algumas mecânicas interessantes no entanto: à medida que vamos esquartejando zombies a nossa espada vai ficando suja de sangue, o que por sua vez faz com que a mesma perca poder de dano ou no limite até possa ficar encravada nalgum inimigo. Temos então de frequentemente pressionar o botão L1 para limpar o sangue da espada! Por outro lado, Aya também vai ficando coberta de sangue à medida em que vai combatendo. Acima da sua barra de vida vemos uma outra barra de energia que se vai enchendo à medida que vamos atacando e que reflecte a quantidade de sangue que Aya absorveu. Uma vez cheia, Aya entra num estado de delírio (berserk), tornando-se extremamente poderosa, porém com o sacrifício de a sua defesa ficar muito pior e a sua barra de vida ser lentamente consumida. A única forma de saírmos deste estado é o de utilizar certos itens para o efeito, ou interagir com algumas estátuas de anjos que eventualmente poderemos descobrir.

O jogo consegue ser bastante violento!

Até aqui tudo bem, o jogo até que é algo divertido de se jogar, mas rapidamente se torna bastante aborrecido e repetitivo, a começar pela falta de variedade nos seus cenários e pelo facto de termos de fazer muito backtracking em busca de chaves que nos permitam posteriormente avançar. Sempre que entramos numa àrea mesmo que não seja pela primeira vez, os inimigos surgem novamente no ecrã e são logo às dezenas! O facto de alguns dos níveis serem algo labirínticos também não vai ajudar. De resto convém mencionar que também poderemos ir coleccionando esferas amarelas que representam pontos de experiência. No final de cada nível esses pontos são acumulados, podendo nos permitir subir de nível e tornar Aya mais forte. De resto, para além do modo história (que atravessa apenas 6 níveis que só são longos devido à repetição), o jogo também nos introduz um modo survival e um outro modo quest. No primeiro o objectivo é mesmo o de sobreviver o máximo de tempo possível, enquanto o segundo apresenta-nos vários desafios, ao ultrapassar os níveis do modo história e cumprir alguns objectivos. Obviamente que não perdi tempo com isto.

Alguns dos bosses têm designs muito bem conseguidos até!

A nível audiovisual é um jogo interessante, embora muito pouco polido como seria de esperar num jogo deste orçamento. A parte interessante é mesmo todo o gore e sangue pelo ar, para além do detalhe de alguns bosses e inimigos mais imponentes. De resto, a maior parte do orçamento gráfico foi mesmo para o detalhe da Aya e dos seus atributos femininos. Os zombies possuem muito menos detalhe, o que é de certa forma compreensível pois surgem às dezenas ao mesmo tempo e ocasionalmente a própria PS2 tem dificuldade em processar tanta coisa ao mesmo tempo. Por outro lado os cenários são também bastante simples no seu detalhe e pouco variados. Apesar dos 6 níveis, temos 3 tipos de cenários diferentes: urbanos, o interior de um hospital abandonado e cavernas/templos subterrâneos. A banda sonora é toda ela música electrónica algo genérica, nada de especial.

Portanto este Zombie Zone começa por ser um jogo interessante e agradável de se jogar, apesar de toda a sua apresentação de claro baixo orçamento, mas rapidamente também se torna bastante repetitivo e aborrecido. Experimentem-no se tiverem curiosidade com as origens desta série, mas se tiver mesmo de ser façam-no com o Zombie Hunters devido ao conteúdo adicional. Ou então com o OneeChanbara Origin, um remake dos dois primeiros jogos da série lançado em 2019/20 para a PS4.

Sega Classics Collection (Sony Playstation 2)

No passado já cá cheguei a falar um pouco da colecção Sega Ages 2500, uma série lançamentos budget, que inicialmente nasceram de uma parceria entre a Sega e a D3 Publisher, mas a segunda metade/último terço desses lançamentos já teriam sidos todos tratados pela própria Sega, recorrendo muitas vezes aos magos da M2 para trazer conversões muito fiéis de jogos antigos para a PS2. Os primeiros lançamentos no entanto nem sempre foram muito bem recebidos pois tratavam-se de remakes com gráficos mais modernos (mas ainda algo pobres, lembrem-se que estes jogos sempre tiveram o intuito de serem baratos) e a própria jogabilidade muitas vezes deixava também algo a desejar. Pois bem, a Sega decidiu pegar nalguns desses títulos, colocá-los numa compilação e lançá-la no ocidente, nascendo assim esta Sega Classics Collection. Este artigo será então um conjunto de rapidinhas, onde irei deixar as minhas impressões de cada um dos títulos aqui incluídos. O meu exemplar sinceramente já não consigo precisar quando e onde terá sido comprado, mas foi garantidamente barato.

Jogo com caixa, manual, papelada e um catálogo SEGA da PS2 com uma selecção de jogos francamente fraca.

Seguindo os jogos pela ordem alfabética, até porque é dessa forma que os mesmos estão listados, ficamos então primeiro com o Columns. Sim, infelizmente o Alien Syndrome não está incluído na versão Europeia por algum motivo. Mas pronto, voltado ao Columns, este foi lançado originalmente no Japão como sendo o volume 7 da colecção Sega Ages 2500. Não há muito que enganar aqui, sinceramente, o Columns é um jogo de puzzle super simples (ainda muito recentemente escrevi sobre a sua versão PC Engine), pelo que aqui dispomos de 3 modos de jogo distintos: o Endless, versus CPU (modo história) e um versus para dois jogadores. Nos versus ocasionalmente vamos recebendo algumas peças especiais que, mediante a peça que toca na superfície, podemos fazer com que todas as peças iguais à que é tocada desapareçam da nossa área de jogo, diminuir a área de jogo do inimigo, ou recuperar parte da nossa área de jogo também. Perde quem tiver peças que ultrapassem a área de jogo! A nível audiovisual este Columns por si só já seria um jogo simples mas confesso que não achei que pudesse ser tão genérico como o resultado final. A temática deste Columns é o antigo Egipto, as colunas são modelos em 3D poligonal super básico, as cut-scenes e personagens do modo história são também muito simples e a música não é nada de especial. O modo endless pode ser jogado com os gráficos novos, ou com os do lançamento original de arcade.

Apesar da apresentação do Columns deixar bastante a desejar, não se pode dizer que é um mau jogo

Segue-se então o Fantasy Zone, que até é um lançamento interessante desta compilação. Começando pelos visuais, em vez das sprites temos na mesma um jogo com jogabilidade 2D, mas com polígonos em cel-shading e o efeito final até não fica muito longe das cores vibrantes do lançamento original. As músicas são também similares às do lançamento original e temos na mesma algumas melodias memoráveis. Já a jogabilidade mantém-se também muito similar à do lançamento original e dispomos aqui de vários modos de jogo. O arcade é uma conversão fiel dessa versão, já o modo normal inclui também alguns níveis adicionais, que precisam no entanto de serem desbloqueados no challenge mode. Neste último somos levados a completar vários níveis e amealhar o máximo de dinheiro possível, que pode ser gasto em comprar os tais novos níveis e itens que poderão ser jogados no normal mode. Existe também uma galeria de imagens que poderão ser desbloqueadas ao jogar este modo. Ainda voltando ao normal mode, no final de cada boss temos um pequeno segmento jogado numa perspectiva 3D tipo Space Harrier onde perseguimos o boss e amealhamos mais dinheiro extra. Portanto esta versão do Fantasy Zone até que achei bem conseguida!

Esta versão do Fantasy Zone até que é bastante competente e os gráficos modernos não estragaram nada do charme original

Temos em seguida o Golden Axe, que é um dos títulos mais infelizes desta compilação. Não é de longe o pior jogo que alguma vez joguei, mas mesmo sendo este um lançamento budget, sinto que a SIMS se podia ter esforçado um pouco mais em trazer um jogo mais apresentável, ainda para mais um clássico tão querido dos fãs da Sega! O modo arcade é uma réplica do modo arcade original, embora os níveis sejam por vezes mais longos e ocasionalmente com alguns novos segmentos. Os controlos são simples, com os botões faciais a servirem para saltar, ataques fracos ou fortes ou despoletar as magias, que são distintas mediante o seu nível e a personagem escolhida. A jogabilidade no entanto, apesar de nos permitir causar dano vertical (o que é benvindo) está longe de ser tão fluída como nos lançamentos originais. A inteligência artificial dos inimigos é risível, aconteceu-me várias vezes eles ficarem presos no nada! Outra das novidades aqui introduzida é o facto de, apesar de ocasionalmente termos ladrões que podemos encher de pancada e recuperar comida para nos restaurar a barra de vida ou itens mágicos para nos regenerar a magia, esta última também se vai regenerando automaticamente à medida que distribuímos pancada. De resto, temos também outros modos de jogo adicionais. O versus para 2 jogadores não cheguei a experimentar, mas esse modo basicamente coloca dois jogadores à pancada um com o outro. O Time Attack é um modo de jogo onde, ao longo de vários níveis, teremos de matar um número de inimigos fixo no mínimo de tempo possível e apenas com uma vida. Os inimigos no entanto começam a ser cada vez mais agressivos! O modo Survival, tal como o seu nome indica, tem como objectivo o de matar o maior número de inimigos possível com uma só vida.

Para além dos gráficos não serem grande coisa, o que mata esta versão é mesmo a sua jogabilidade

Já no que diz respeito aos visais, mesmo sendo tudo em 3D, nota-se que poderiam se ter esforçado um pouco mais nos detalhes dos níveis, inimigos e principalmente das personagens principais, assim como as suas animações. Por exemplo, o Gillius parece um anormal a caminhar neste jogo. O que é pena, pois o jogo possui várias pequenas cutscenes entre níveis, mas estas servem apenas para mostrar de perto o quão horríveis são os modelos poligonais das personagens principais. De novidade, os inimigos têm agora uma barra de vida, mas não chega. Por outro lado a banda sonora é excelente, consistindo em versões orquestrais dos temas originais! Ao menos aí acertaram!

Ao menos temos algumas cutscenes originais, o que para mim até é bom. Pena que apenas sirvam para salientar os gráficos que quase poderiam ser de um jogo de PS1.

Segue-se então o Monaco GP. Não, não é uma nova versão do Super Monaco GP, mas sim um remake do Monaco GP lançado originalmente nas arcades em 1979! É jogo que nunca joguei e provavelmente não irei jogar visto que foi lançado ainda num hardware muito primitivo, constituído primariamente por componentes discretos sendo por isso muito difícil de emular. O pouco que conheço do jogo (para além da sua conversão para a SG-1000, foi de o ver em acção nalguns vídeos de youtube por parte de coleccionadores privados que possuam uma máquina funcional. E o que fez a Tamsoft nesta nova versão? Bom de facto adicionaram muito conteúdo, visto que o original era um jogo muito simples com o objectivo único de fazer o máximo de pontos possível num único circuito. E o que temos então aqui? Vamos começar pelo modo arcade, onde poderemos escolher por entre o Classic e o Original, que já inclui novos circuitos e até power ups! Tanto num caso como no outro, o objectivo é o de fazer o máximo de pontos possível para que possamos continuar a jogar. No entanto, qualquer embate (particularmente no classic) faz com que percamos uma vida, enquanto que no original poderemos sofrer mais algum dano até que isso aconteça. No modo original teremos também vários power ups que poderemos apanhar e usar, bem como outros obstáculos na pista para nos desviar ou estrelas para coleccionar, que vão aumentando a nossa velocidade de ponta. Para além desse modo arcade temos também um modo Grand Prix com vários níveis de dificuldade e circuitos. O objectivo de cada “campeonato” é completar 2 voltas num determinado circuito dentro de um tempo limite, sendo que no final de cada campeonato temos também a obrigação de terminar à frente de um carro rival. Para além disso temos ainda um modo time attack onde o objectivo é o de completar duas voltas no mínimo de tempo possível e um modo multiplayer que não experimentei.

Bom, não se pode dizer que não se esmeraram em trazer conteúdo novo deste Monaco GP, mas o resultado é demasiado caótico para mim

No entanto, apesar de terem adicionado muito conteúdo novo, o jogo tem uma jogabilidade bastante caótica, pois os controlos não são de todos os melhores (se quiserem curvar em ângulos de 45 ou 90º teremos de utilizar os botões de cabeceira para esse efeito, por exemplo) e os nossos oponentes são um autêntico desastre. Até porque frequentemente embatem entre eles, causando-nos acidentes em nós também. E o que dizer daquelas ambulâncias que nos ultrapassam por aí a a 400km/h? O sistema de power ups é uma adição interessante, mas com a jogabilidade base a ser francamente má, não acrescentam tanto valor assim. A nível audiovisual é um jogo simples, embora possua uma maior variedade de circuitos que o original de 1979 (também era o mínimo). As músicas são practicamente todas um rock instrumental que me agrada, mas nem todas as músicas são tão boas quanto isso. Em suma, sinceramente, se eu tivesse comprado o lançamento original japonês (Sega Ages 2500 Series Vol. 2: Monaco GP) a full price, provavelmente sentir-me-ia roubado.

Apesar de não ser uma má versão, Outrun na PS2 é muito melhor servido pelo Coast 2 Coast

Segue-se portanto uma conversão do Out Run, essa obra prima de Yu Suzuki que também recebeu um remake budget inteiramente em 3D. E depois do Golden Axe e Monaco GP estava bastante receoso por jogar esta versão, mas na verdade até nem se saíram nada mal. Quem pegou nesta conversão foi novamente a SIMS e aqui dispomos de vários modos de jogo, desde o modo arcade (idêntico ao original a nível de conteúdo), o Arrange (novo conteúdo) e o time attack que nos coloca sozinhos a competir contra o relógio, seja nos circuitos do modo arcade ou arrange. Não me vou alongar no modo original onde, tirando os novos gráficos, tudo se mantém igual. Na verdade até podemos alternar entre a versão arcade internacional e a japonesa, cuja ordem dos “níveis” é diferente, o que achei um apontamento interessante. O modo arrange mantém a mesma jogabilidade do original, onde os botões faciais servem para acelerar ou travar e os L1/R1 para alternar entre as mudanças baixas ou altas. No entanto possui alguns segmentos com cenários inteiramente novos como é o caso de atravessarmos a cidade de Las Vegas repleta de neons. Aqui teremos também a possibilidade de escolhermos caminhos alternativos, embora estes no fim acabem por se afunilarem num único caminho final até à meta. Neste modo arrange teremos também alguns carros rivais que podemos tentar ultrapassar e por cada carro desses que tenhamos ultrapassado recebemos uma boa quantidade de pontos extra assim que atravessarmos a meta.

Se bem que temos alguns modos de jogo e circuitos exclusivos desta versão

Visualmente o jogo não engana ninguém. Nota-se a milhas que estamos perante mais um lançamento low cost, mas na verdade as coisas acabam por resultar bem melhor que noutros títulos que a SIMS trabalhou, como é o caso do Golden Axe acima referido. Alguns dos novos cenários como a cidade de Las Vegas até que estão interessantes. Nada a apontar aos efeitos sonoros, já as músicas estão excelentes, pois estas consistem nas músicas originais e outras versões com novos arranjos musicais mas que acabam também por resultar muito bem. Portanto estamos aqui perante um jogo low cost mas até que acaba por entreter e até agora é de longe o melhor jogo presente nesta compilação. Ainda assim, na PS2 temos também o OutRun 2006 Coast 2 Coast que acaba por ser de longe um jogo muito melhor.

Apesar dos gráficos poligonais fraquinhos, esta versão do Space Harrier nem é tão má de todo

Aqui temos também uma adaptação do Space Harrier, mais um clássico do Yu Suzuki, mas adaptado uma vez mais pela Tamsoft. Para além dos visuais que são agora em 3D verdadeiro ( embora uma vez mais com pouco detalhe), a Tamsoft incluiu também algumas novidades na jogabilidade. Para além da nossa arma normal, implementaram também um sistema de mira semelhante ao do Panzer Dragoon, onde poderemos trancar a mira em qualquer inimigo que nos apareça à frente e largar o botão para disparar projécteis teleguiados aos alvos previamente trancados. Temos também toda uma série de power ups para apanhar incluindo vários escudos e bombas capazes de causar dano em todos os inimigos no ecrã em simultâneo. A nível audiovisual o jogo tem uma banda sonora baseada nas músicas originais, que por si só já eram boas e estas versões não ficaram nada más. Graficamente tal como referi acima o jogo é todo em 3D poligonal, o que acaba por ajudar melhor a discernir a distância dos objectos, projécteis e inimigos, mas claro, a qualidade dos gráficos em si é baixinha, como seria de esperar. Nas opções poderemos activar o fractal mode, que substitui as superfícies quadriculadas características do jogo original por modelos mais “realistas”.

Ao activar o modo fractal nas opções os padrões quadriculados da superfície são substituídos por modelos mais realistas. Mas não esperem por grandes gráficos.

Seguimos para os Tant-R e Bonanza Bros. A razão pela qual ambos os títulos vêm em conjunto é simples, já tinham sido lançados dessa forma no Japão no volume 6 da colecção Sega Ages 2500. E de certa forma até que faz algum sentido pois apesar de serem jogos bastante distintos a nível de conceito e jogabilidade, mantêm o mesmo estilo visual. Eu começarei no entanto pelo Bonanza Bros, que mantém aqui a mesma jogabilidade e conceito do lançamento original. Este é então um jogo que pode ser jogado cooperativamente com algum amigo onde encarnamos num ou dois ladrões profissionais que vão tendo missões cada vez mais complexas, onde teremos de nos infiltrar em edifícios bem guardados e, dentro de um tempo limite, teremos de roubar uma série de objectos e encontrar a saída do nível. Estamos munidos de uma pistola com tranquilizantes pelo que poderemos deixar os guardas fora de serviço durante alguns segundos e é um jogo com mecânicas simples, bastante interessante e agradável de se jogar. A nível audiovisual tudo tem mais detalhe, mas o jogo herda os mesmos visuais do original, o que é positivo e o mesmo pode ser dito das músicas e efeitos sonoros.

Sinceramente sempre gostei dos Bonanza Bros e fico contente que esta versão não seja nada má

Já o Tant-R é também um jogo que tem as suas origens nas arcades, e supostamente, de acordo com o Sega Retro, a península Ibérica foi a única região europeia que chegou a receber esse jogo oficialmente nos nossos salões. E apesar de manter o mesmo estilo gráfico e artístico do Bonanza Bros, a jogabilidade não tem nada a ver. Em vez de encarnarmos numa dupla de ladrões mestre, encarnamos antes numa dupla de detectives que persegue um conjunto de criminosos. E como os apanhamos? Bom, temos de passar toda uma série de mini-jogos, dos mais variados possíveis que possam imaginar. O modo história leva-nos por uma série de capítulos onde temos alguma liberdade na escolha dos mini jogos em que queremos participar. Alguns são tão bizarros que não me admirava nada que tenham influenciado a série WarioWare. Para além do modo história o jogo tem também modos FreePlay que nos permitem escolher livremente quais os mini jogos que queremos jogar e poderão ser jogados em multiplayer com até 4 jogadores em simultâneo. De resto nada de especial a apontar aos visuais, pois o jogo herda o mesmo estilo gráfico do Bonanza Bros e as músicas também são algo festivas. Por fim só mesmo deixar a nota que dos mini jogos aqui incluídos temos também alguns da sequela, o Ichidant-R.

Os Tant-R são na verdade compilações de vários mini jogos, alguns bastante bizarros!

Segue-se por fim o Virtua Racing, mais um clássico de Yu Suzuki aqui presente nesta compilação. O seu lançamento original foi o primeiro jogo do sistema Model 1, desenvolvido pela Sega em cooperação com a empresa de aviação Lockheed Martin. Os jogos desenvolvidos para este sistema eram em 3D poligonal algo primitivo e sem quaisquer texturas, mas a sensação de velocidade e fluidez introduzidas pelo Virtua Racing eram algo sem precedentes na indústria. E aqui dispomos de vários modos de jogo, a começar pelo arcade que é uma representação do original com 3 circuitos e o objectivo de chegar em primeiro lugar dentro do tempo limite. Infelizmente o jogo não traz os carros ou circuitos extra da versão 32X (não contava com os da Saturn visto que essa conversão foi feita por terceiros), mas existem no entanto outros carros e circuitos que poderão ser usados nos restantes modos de jogo. O primeiro é o modo Grand Prix, que nos obriga a competir em 5 conjuntos de 6 pistas, as 3 originais e 3 novas, onde o objectivo é o de ter mais pontos no final de cada mini-campeonato. Os pontos que vamos amealhando neste modo vão-nos permitir desbloquear também os novos carros. O Free mode permite-nos fazer corridas livres em qualquer circuito e com qualquer carro que tenhamos desbloqueado e o 2P mode é um versus para dois jogadores, tal como o seu nome indica. De resto, a nível visual este é um jogo naturalmente mais bonito que o original devido aos modelos poligonais serem mais complexos e os cenários como um todo terem mais detalhe, mantendo no entanto a identidade do original e a fluidez está lá na mesma, o que é bom. Tal como o original no entanto o jogo não tem músicas, existindo apenas pequenas melodias nos menus ou durante certos acontecimentos nas corridas, como atravessar um checkpoint. Os efeitos sonoros infelizmente são horríveis e são a única coisa que realmente mancha esta versão. Ainda assim, de todos os jogos presentes nesta compilação, este Virtua Racing parece-me o mais bem conseguido.

Esta versão do Virtua Racing é bastante competente na minha opinião e talvez o melhor jogo do pacote

Portanto esta compilação Sega Classics Collection é um lançamento que apesar de o ter achado bastante interessante, compreendo perfeitamente o porquê de ter desiludido muita gente que a terá comprado. É que o que temos aqui não são conversões fiéis dos originais arcade, mas remakes na sua maioria em 3D, mas foram jogos feitos com um orçamento muito limitado, pelo que o resultado final é uma mistura de conversões francamente más, outras medianas e em casos raros, conversões bem decentes como é o caso do Fantasy Zone ou do Virtua Racing. A colecção Sega Ages continuou no Japão com mais umas dezenas de lançamentos, alguns de qualidade muito superior (particularmente os que a M2 teve a mão no seu desenvolvimento), pelo que seria bem mais interessante a Sega ter lançado alguns desses lançamentos por cá também. O facto de a versão PAL ter ainda menos um jogo que a versão Norte Americana não abona muito ao seu favor também.

Street Boyz (Sony Playstation 2)

street-boyzA Playstation 2 é uma consola que teve um sucesso comercial tremendo. E como todas as consolas que vendem assim tanto, têm um pouco de tudo, desde pérolas escondidas, grandes clássicos e jogos de lixo. Uma das coisas que mais gosto ao coleccionar na PS2 é precisamente descobrir algumas pequenas pérolas escondidas e tesourinhos deprimentes. No Japão há uma série de pequenos jogos budget chamada Simple 2000 series, com jogos de todos os géneros possíveis. Dessa série, foram lançados 123 jogos no Japão e alguns deles chegaram cá à Europa. E se por um lado aí também há muito jogo que não vale todo o packaging que foi usado para o criar, também há algumas entradas mais interessantes, como os Zombie Hunters que já cá trouxe. Este Street Boyz é um deles. O meu exemplar veio de uma loja de Matosinhos algures no verão deste ano. Acho que me custou 7.5€, bem mais do que o que eu normalmente estaria disposto a dar por um jogo deste género, mas acabei por o levar na mesma.

Jogo com caixa e manual.
Jogo com caixa e manual.

Street Boyz é um beat ‘em up em 3D onde controlamos o jovem Shin que, numa disputa com o seu irmão mais novo, se vê preso. Na sua cela, encontra-se com outro arruaceiro de nome Ginji, que também foi preso sem saber muito bem o porquê. E o porquê parece ser que o Hell Black Heaven, o mais poderoso gangue do Japão, controla a polícia e ordenou a prisão de outros arruaceiros suficientemente fortes, para solidificar a posição do gangue no seu poder. O resto não é muito difícil de adivinhar, é pancadaria para tudo o que seja polícia e outros bandidos também! Começando por fugir da prisão, para depois explorar outros locais da cidade até encontrar o líder do gangue e fazer justiça.

Aqui tudo vale para andar à pancada!
Aqui tudo vale para andar à pancada!

É um jogo de porrada surpreendentemente competente, com um primitivo sistema de combos, e onde podemos pegar em qualquer item no ecrã e atirá-lo contra os nossos adversários, seja um caixote do lixo, uma cadeira, uma mesa ou mesmo um dos nossos adversários, tudo serve para dar pancada. Também podemos apanhar algumas armas brancas que dão sempre jeito. No final de cada nível podemos navegar num mapa da cidade e falar com outros rufias para obter informações, visitar lojas para comprar alguns itens, gravar o progresso no jogo e começar o nível seguinte. Juntamente connosco, anda sempre um NPC que nos ajuda (ou não) a distribuir pancada. Vamos fazendo novos amigos à medida que vamos progredindo no jogo e podemos depois fazer alguns golpes em conjunto, que são especialmente úteis para defrontar alguns bosses. Cada NPC possui diferentes estatísticas, uns possuem mais vida que outros, outros são mais fortes, etc. Podemos também equipá-los com alguns itens que compremos nas lojas para os deixar mais fortes nalguns campos. Nas lojas também podemos mudar completamente o look da personagem principal.

No final de cada nível temos sempre um boss. É importante saber defender para além de atacar.
No final de cada nível temos sempre um boss. É importante saber defender para além de atacar.

Do ponto de vista técnico, nota-se a milhas que este é um jogo barato. As animações são deliciosas, como a maneira ridícula como o herói corre, ou a forma em como pega nos objectos (ou pessoas!) e os usa para bater nos inimigos são impagáveis! Para além disso os gráficos não são nada de especial, parecendo por vezes que estamos a jogar algo de Nintendo 64, tal é o pouco detalhe das personagens e dos níveis. Não existe qualquer voice acting, o diálogo é todo apresentado em texto. Por outro lado a banda sonora é na sua maior parte composta por músicas hard rock cheias de guitarradas, o que me agrada bastante.

Para mim, este Street Boyz é um daqueles jogos maus, mas que valem bem a pena serem jogados. É verdade que graficamente são muito pobrezinhos, mas a jogabilidade nem é má de todo, apesar de haverem alguns problemas com a inteligência artificial, principalmente a do nosso companheiro. Mas mesmo com esses defeitos, há ali qualquer coisa que me faz gostar do jogo, sem dúvida as bizarrices japonesas que aqui vemos!

Battle Arena Toshinden 2 (Sony Playstation)

battle-arena-toshinden-2Bom, já há bastante tempo que não escrevia aqui nada. Ultimamente a minha vida pessoal e profissional teve várias mudanças (felizmente para o melhor), mas enquanto as coisas não estabilizam, o tempo que dedicava aos videojogos, seja a jogar ou escrever, acabou por ver-se bastante reduzido e a vontade também não foi tanta. Mas com o backlog sempre a crescer lá irei tentar uma vez mais retomar à regularidade de artigos. E o que trago hoje é uma rapidinha para o segundo jogo da série Battle Arena Toshinden, uma das primeiras séries de jogos de luta 3D, tendo surgido pouco depois de Virtua Fighter e/ou Tekken, mas que se distinguia dessas pelo facto de todas as personagens usarem armas brancas, tal como mais tarde Last Bronx ou Soul Blade/Calibur também vieram a seguir. Este meu exemplar foi comprado algures durante o mês de Julho na cash converters de Benfica, em Lisboa. Custou-me 3€ se não estou em erro.

Jogo com caixa
Jogo com caixa

Tal como muitos outros jogos de luta, existe aqui uma trama por detrás, geralmente envolvendo organizações criminosas que por algum motivo decidem organizar, nas sombras, um grande torneio de luta, enquanto que cada lutador possui as mais variadas razões para querer participar no torneio, seja por procurarem vingança de bandidos, superarem-se a si próprios ou outros motivos. No entanto, tal como aconteceu com o primeiro Battle Arena Toshinden, uma conversão especial para a Saturn foi também lançada, com o nome de Battle Arena Toshinden URA. Aqui a história é diferente, com o jogo a ter inclusivamente personagens extra. Mas nem tudo é bom, pois tal como no Battle Arena Toshinden Remix também foram feitos alguns sacrifícios técnicos nessa versão. Mas já lá vamos.

Para além dos golpes normais temos também os Overdrive que podem ser despoletados após encher a nossa barra de energia no fundo do ecrã
Para além dos golpes normais temos também os Overdrive que podem ser despoletados após encher a nossa barra de energia no fundo do ecrã

A jogabilidade mantém-se practicamente idêntica, com a grande novidade estar no sistema simples de combos que foi implementado. De resto é um jogo de luta 3D no verdadeiro sentido da palavra, na medida em que nos podemos movimentar livremente ao longo da arena. As regras são simples, para vencer um combate teremos de esgotar a barra de vida do nosso oponente, ou atirá-lo para fora do ringue. O ring out é algo que podemos explorar de uma forma inteligente, pois a inteligência artificial não é grande coisa e muitas vezes os nossos oponentes fazem golpes especiais muito perto da berma da arena, bastando-nos desviar no momento certo para que eles caiam fora do ringue. De resto, a nível de modos de jogo não há muita variedade, o que sinceramente ainda era algo normal nas conversões arcade dessa época. Para além do modo arcade possuimos o full battle que é semelhante ao original, mas mais extenso visto que acabamos por lutar contra todos os outros lutadores. Para além disso temos também os habituais modos versus, para o multiplayer.

Graficamente é um jogo ainda algo primitivo na Playstation, embora sejam notórios vários detalhes interessantes nas personagens
Graficamente é um jogo ainda algo primitivo na Playstation, embora sejam notórios vários detalhes interessantes nas personagens

Graficamente é um jogo um pouco melhor que o seu antecessor, como seria de esperar, mas visto ser ainda um jogo de 1995, ainda possui gráficos algo primitivos. Ainda assim uma vez mais esta é uma versão graficamente superior àquela que viria a sair na Sega Saturn. Para além de possuir personagens mais bem detalhadas e com melhores efeitos gráficos (como as transparências no vestido da Ellis), os backgrounds das arenas são completamente 3D, sejam cidades, zonas rurais ou locais perdidos no meio da natureza. Na Saturn temos uma imagem estática de background que vai rodando à medida em que nos vamos movimentando em 3 dimensões. No que diz respeito às músicas, a banda sonora é composta na sua maioria por temas mais hard rock, com aquelas guitarradas que me agradam bastante, e ocasionalmente uma ou outra música mais clássica ou com elementos folclóricos. O voice acting é reduzido, limitado àquelas curtas falas entre combates, estando a maioria em japonês. Temos também direito a uma cutscene de abertura que mistura segmentos em CGI com outros com actores reais. Está um bocado cheesy, mas sinceramente até que gostei.

A cutscene de abertura mistura full motion video com actores reais e animações em CGI
A cutscene de abertura mistura full motion video com actores reais e animações em CGI

No fim de contas este é um jogo que não é mau de todo, embora a sua jogabilidade ainda não seja a melhor e mais fluída. Mas está longe de ser um jogo mau e os fãs de jogos de luta em 3D certamente que o irão apreciar, mesmo não sendo nenhuma obra prima. Curiosamente, pelo que diz a Wikipedia, este é mais um dos jogos cujas versões budget (como as nossas Platinum) foram relançamentos com algumas melhorias gráficas e correcção de bugs. Como apenas possuo a versão original, não posso confirmar a veracidade dessas afirmações, mas existem outros exemplos similares, portanto é bem possível que seja verdade.

Zombie Hunters 2 (Sony Playstation 2)

Zombie Hunters 2O artigo de hoje será mais uma quase rapidinha a uma sequela de uma budget release com origens japonesas que já por cá trouxe. Estou a referir-me claro ao Zombie Hunters e, para o bem ou para o mal pouca coisa muda a nível de mecânicas de jogo e conteúdo, pelo que recomendo a leitura desse mesmo artigo para mais detalhes. Este meu exemplar foi comprado novo e selado na feira da Ladra em Lisboa por 2.5€.

Zombie Hunters 2 - Sony Playstation 2
Jogo com caixa e manual

E mais uma vez começamos por escolher qual personagem a utilizar, podendo uma vez mais seguir o caminho de Aya ou Riho Futaba. Ao contrário do primeiro Zombie Hunters onde me foquei principalmente na Aya, desta vez segui o caminho de Riho. E aparentemente, apesar de o jogo ser mais uma vez raparigas com pouca roupa contra uma legião de zombies e outras criaturas, existe uma história própria para cada personagem, embora sejam coisas simples e não muito importantes.

Temos várias diferentes vestimentas para desbloquear, com o destaque maior ser dado à Aya
Temos várias diferentes vestimentas para desbloquear, com o destaque maior ser dado à Aya

A nível de jogabilidade quase tudo se mantém. Podemos desencadear vários tipos de ataques, incluindo alguns mais poderosos a troco de um pouco da nossa vida, bem como temos de ter em atenção 2 medidores: o sangue acumulado na espada, e o sangue que vai salpincando para as moças. Enquanto o primeiro vai deixando a espada cada vez mais fraca sendo até possível a lâmina ficar encravada no corpo de algum zombie, deixando-nos completamente vulneráveis por muitos e preciosos segundos, o segundo faz-nos transformar no Berserk Mode, onde os nossos ataques ficam muito mais fortes, a troco da defesa ficar mais fraca e a nossa vida ir descendo gradualmente. É possível reverter esse estado ao irmos ao encontro de uma estátua de uma santa ou usar um power up para o efeito. Já a espada sangrenta basta pressionar L1 para a sacudir. De resto a grande diferença neste jogo é a possibilidade de jogar cooperativamente o modo campanha, bem como podermos jogar com 2 raparigas em paralelo (Aya e Riho desbloqueiam uma personagem secundária no final do primeiro nível da sua respectiva história). Assim sendo, é possível ir fazendo tag team entre as ambas as raparigas, com a inactiva a regenerar lentamente a sua vida em background.

Todas as outras peculiaridades se mantêm, como o modo survival, o sistema de achievements interno (quest mode) que nos desbloqueia uniformes alternativos e outras personagens jogáveis, os skill points que nos são recompensados no final de cada nível mediante a nossa performance e que podem ser utilizados para melhorar as diferentes personagens a nível de vida, força, combos ou alcance da espada. Temos também o practice mode que será indispensável para dominar os combos (especialmente os Cool Combos que são super frustrantes de fazer). Acreditem, toda a perícia é bem precisa principalmente nos confrontos com os bosses.

Juro que nunca percebi a cena do sangue cor de rosa
Juro que nunca percebi a cena do sangue cor de rosa

Infelizmente os problemas do primeiro Zombie Hunters a meu ver continuam aqui presentes. Os controlos, principalmente a nível de controlo de câmara em conjunto com os ataques mantêm os mesmos problemas, o que corta alguma fluidez nos combates. Não há mais uma vez uma grande variedade de cenários: começamos uma vez mais num pequeno cemitério e progredimos para as ruas de uma cidade, ou estamos no interior de um centro comercial ou num sistema intrincado de cavernas. E nos seus 6 níveis do jogo, cada área é repetida uma vez. É também um jogo muito repetitivo.

A nível gráfico é um jogo simples, e sendo este uma budget release japonesa, isso é algo compreensível. Algo que continuo sem compreender muito bem é o tom mais cor de rosa do sangue em geral, mas isso parece-me ser algo já inato a esta série, pois o OneeChambara da Wii padece do mesmo mal. As músicas são na sua maioria electrónicas tal como no primeiro Zombie Hunters também.

No berserk mode somos muito mais rápidos e poderosos, mas a nossa vida também desce a cada segundo que passa, pelo que é uma habilidade a ser explorada com moderação
No berserk mode somos muito mais rápidos e poderosos, mas a nossa vida também desce a cada segundo que passa, pelo que é uma habilidade a ser explorada com moderação

Em suma este é um hack and slash interessante, embora bastante repetitivo nos níveis que apresenta e nas waves de zombies que estão sempre presentes. É uma budget release e deve ser encarado como tal, e em jogadas mais descompromissadas torna-se mesmo em algo divertido. Mas as lutas contra os bosses, especialmente na recta final são mesmo bastante complicadas, pelo que é um jogo que vai dar luta e recomenda-se que o practice mode seja visitado com alguma frequência no início. E saber usar bem o modo berserk também é algo importante.