WWF WrestleMania Challenge (Nintendo Entertainment System)

Continuando pelas rapidinhas até porque o tempo não tem dado para muito mais, vamos ficar com mais um jogo de wrestling. É verdade que não sou um grande fã de wrestling no geral, bem como os seus videojogos, mas nos anos 90 nenhuma criança ficava indiferente ao Hulk Hogan e restantes wrestlers da época como o Randy Savage ou Andre the Giant. Na verdade este é o segundo jogo baseado no Wrestlemania, tendo sido lançado originalmente em 1990. O meu exemplar veio da Cash Converters algures no mês de Junho, tendo-me custado 8€.

Jogo com caixa

Aqui temos 8 lutadores de Wrestlind da época, inluindo os três que mencionei acima. Mas no modo principal do jogo, que é uma espécie de campeonato, encarnamos num lutador genérico que terá de enfrentar os 8 lutadores sequencialmente. Temos também combates simples, tag-team de 2 para 2 ou o modo Survivor, que nos coloca em combates de 3 contra 3. O multiplayer para 2 jogadores permite-nos jogar alguns desses modos de jogo, incluindo o tag team onde podemos jogar cooperativamente contra uma equipa de dois adversários controlados pelo CPU.

Os menus iniciais são simples e visualmente esclarecedores

A jogabilidade é relativamente simples. A arena é apresentada numa perspectiva isométrica, e usamos os 2 botões faciais para aplicar todo o tipo de golpes fancy, desde socos e pontapés, passando pelos suplex, subir ao canto da arena e atirarmo-nos ao adversário, entre outros. Para mim estes controlos são sempre um mistério, ainda por cima com 2 botões apenas. De resto os lutadores possuem uma barra de energia dividida em quadradinhos, cujos quadrados que não forem esvaziados por completo regeneram com o tempo. O objectivo é o de encher o adversário de porrada até ficar com pouca vida, debruçar em cima deles e aguardar que o árbitro faça a sua contagem e eventualmente nos declare vencedores.

Pena que as barras de vida estejam agarradas à arena, pois nem sempre ficam visíveis

A nível audiovisual é um jogo relativamente bem conseguido. As sprites, apesar de pequenas possuem detalhe quanto baste para que os wrestlers sejam facilmente reconhecidos, já a nível de efeitos sonoros e música não tenho nada de relevante a acrescentar, é um jogo competente nesse aspecto e as músicas, apesar de não serem propriamente memoráveis, também não desagradam de todo.

Portanto este é um simples jogo de wrestling que talvez agrade a quem for fã do género, embora tenha de ter em conta que estamos a falar de um jogo 8bit que não envelheceu assim tão bem quanto isso.

Pac-Mania (Sega Mega Drive)

Voltando a mais uma super rapidinha na Mega Drive, hoje trago cá mais uma conversão, cuja outra versão já cá trouxe. Estou-me a referir ao Pac-Mania, uma sequela do Pac-Man, originalmente lançada nas arcades em 1987, com versões para consolas domésticas e outros sistemas a não tardarem em sair. A versão que eu já cá analisei foi a da Master System, publicada pela TekMagik algures em 1991, já a versão Mega Drive foi publicada pela infame Tengen. A Tengen, que na verdade era um braço da Atari Games, que por sua vez era uma subdivisão da Atari Corporation focada apenas nos jogos arcade. Como jogos para consolas e computadores estavam a cargo da Atari Corporation, a Atari Games para entrar no mercado das consolas criou então esta sua subsidiária. Como na altura era a Atari Games (não a Corporation) que detinha direitos de distribuição de videojogos do Pac-Man, faz sentido que tenha sido a Tengen a empresa responsável por publicar esta conversão. O mundo do licenciamento nos videojogos é tão confuso e divertido… Mas pronto. O meu exemplar foi comprado no mês passado, num pequeno bundle de jogos de Mega Drive que me ficaram a 5€ cada, num negócio a um particular.

Jogo completo com caixa e manuais

Portanto este é o mesmo jogo que eu já analisei aqui na Master System, pelo que recomendo a leitura desse artigo para mais detalhe. Ou seja, este jogo é uma evolução do Pac-Man original, agora numa perspectiva pseudo 3D. E com uma dimensão adicional, podemos agora saltar, se bem que por sua vez temos também alguns fantasmas que saltam ao mesmo tempo que nós, dificultando a nossa tarefa em desviarmo-nos deles. De resto os objectivos são os mesmos, ou seja, comer todas as bolinhas amarelas no nível e evitar que os fantasmas nos apanhem. Para além das bolas amarelas grandes que nos tornam temporariamente invencíveis e podemos nós comer os fantasmas, temos também outros power ups, que nos aumentam temporariamente a velocidade ou nos atribuem mais pontos.

Por incrível que pareça, acho a versão Master System mais agradável a nível de gráficos

A nível audiovisual vou ser sincero: achei a versão Master System com cores mais vivas! Aqui na versão Mega Drive são demasiado escuras. Por outro lado, as músicas na versão 16bit são mais agradáveis. Portanto, esta acaba por ser uma conversão competente de um clássico arcade que por si só acaba por ser uma evolução interessante do original. Mas sim, acaba também por se tornar um pouco repetitivo ao fim de algum tempo.

WWF In Your House (Sega Saturn)

WWF Wrestlemania, produzido pela Midway originalmente para as arcades, não é um jogo de wrestling tradicional, e por isso acaba por ser muito mais divertido. Possui na verdade mecânicas de jogo que se aproximam muito mais de um jogo de luta 2D, na medida em que cada lutador possui ataques especiais, combos, e para derrotar os oponentes basta esvaziar a sua barra de energia, não precisamos de nos meter em cima deles e esperar que não se levantem em 10 segundos. Este WWF In Your House é um sucessor espiritual desse jogo, se bem que desta vez as arcades foram completamente descartadas e a Midway não teve nada a ver com o jogo. O meu exemplar foi comprado algures no mês de Fevereiro/Março deste ano, numa feira de velharias, num pequeno bundle de 4 jogos de Saturn por 10€.

Jogo com caixa (infelizmente mal tratada) e um folheto promocional

Portanto este é um jogo de wrestling mascarado de beat ‘em up 2D, onde poderemos seleccionar um de 10 wrestlers, sinceramente só conhecia o Undertaker e o Bret Hart (from the old days!) e levá-los em vários modos de jogo. Temos o season mode, onde defrontamos em combates 1 para 1 cada um dos outros oponentes. Mas também temos o Intercontinental, onde a dificuldade vai aumentaando, pois começamos com cinco combates de 1 contra 1, para depois serem 4 combates de 1 contra 2 e por fim um combate final de um contra 3. Por fim temos o modo World Wrestling Federation que é o mais desafiante. Começamos com 5 combates de 1 contra 2, com as coisas a escalarem para 1 contra 3 nos quatro combates seguintes. No último combate é uma espécie de survival mode, de um contra doze, sendo que apenas temos 3 oponentes no ecrã em simultâneo. E como conseguimos sobreviver a tanta pancada? Bom, este é um jogo de wrestling que não se leva a sério. Cada lutador possui golpes especiais e combos que devem ser usados para conseguirmos rapidamente deixar um oponente KO. Para além disso ocasionalmente também vão sendo atirados alguns power ups para a arena, que são na verdade logotipos da WWF. Os brilhantes são os power ups bons, cujos efeitos podem ser um aumento na nossa agilidade, preenchimento da barra de COMBO ou mesmo restaurar alguma da nossa energia, algo chave em combates contra vários oponentes em simultâneo. Os power ups que não são brilhantes devem ser evitados pois possuem efeitos contrários.

A lista de wrestlers disponíveis. Conheço muito poucos.

De resto, este é um jogo de luta agradável, embora os controlos não sejam tão fluídos como no Wrestlemania. Como já referi acima, não precisamos de nos debruçar sobre os oponentes e esperar que um árbitro conte 10 segundos para ganharmos o round. Simplesmente temos de dar pancada até que as barras de vida dos nossos oponentes se esvaziem. Em caso de combates de um contra vários, os oponentes que forem derrotados ficam inanimados no chão, e quando derrotarmos o último apenas nos temos de preocupar em fazer o “pin”, ou seja, debruçarmo-nos sobre ele e o combate acaba, não temos de esperar por nenhuma contagem. Se o derrotarmos fora do ringue, nem isso temos de nos preocupar, ficam logo KO. Como seria de esperar temos também uma componente multiplayer forte, que permite combates com até 4 jogadores em simultâneo, e aí acredito que as coisas apimentem ainda mais!

Temos de ter em atenção aos power ups que vão surgindo no ecrã. Alguns ajudam!

A nível audiovisual sinceramente até que gostei do jogo. É um jogo 2D, com sprites digitalizadas que nem o Mortal Kombat e no caso da Sega Saturn, essas mesmas sprites estão bem detalhadas. As arenas são também bastante cómicas, podendo estar dentro de uma discoteca, num salão nobre, ou em pleno concerto de uma banda rock qualquer. Basicamente cada oponente possui uma arena própria, baseada na sua persona, e sinceramente acho que ficaram muito bem conseguidas. A nível de som, existem algumas músicas aqui e ali, sempre com guitarradas orelhudas, mas os combates não possuem música, mas são narrados por comentadores bastante enérgicos, o que me agrada. Sempre que fazemos algum golpe especial ou apanhamos um power up, também se ouve uma pequena melodia de guitarra eléctrica.

Devo admitir que as arenas estão bastante criativas

Portanto este WWF In Your House surpreendeu-me bastante pela positiva, pois estava à espera de um jogo de wrestling mais tradicional (algo que sinceramente nunca me agradou por aí além). Assim fico ainda mais curioso em experimentar o Wrestlemania, pois todos os críticos dizem que é bem superior a este. A ver se um dia apanho a versão Saturn baratinha também.

Super Star Wars: Return of the Jedi (Super Nintendo)

Continuando na saga dos Super Star Wars para a Super Nintendo, trago-vos agora cá o último capítulo, focado no Episódio VI da trilogia original, Return of the Jedi. Tal como os seus predecessores este é um muito interessante jogo de acção/plataformas 2D, com alguns momentos onde poderemos conduzir alguns veículos da série. E é engraçado ver como os três jogos evoluiram entre si, pois este introduz uma série de novidades. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias há uns anos atrás, veio num bundle de cartuchos de SNES e Nintendo 64 que comprei a meias com um amigo. Basicamente foram pouco mais de 30 cartuchos para ambas as plataformas, e pagamos 30€, um óptimo negócio.

Apenas cartucho

O jogo segue uma vez mais, de uma forma relativamente fiel (afinal isto é um jogo de acção) os eventos do filme, começando precisamente com o resgate de Han Solo das mãos de Jabba the Hut, a viagem para Endor onde conhecemos os Ewoks e o confronto final com Vader, o Imperador Palpatine e a destruição da nova Death Star. Notei neste jogo alguns desvios maiores da história do filme logo no segundo nível, onde, chegando às portas do palácio de Jabba, podemos escolher jogar com Leia (disfarçada de bounty hunter), Luke ou Chewbacca. Mas só no nível seguinte (já com Leia aprisionada por Jabba) é que fazia sentido jogar com Luke ou Chewbacca. Mas continunando…

Como sempre vamos tendo algumas cutscenes entre cada nível

A primeira diferença face ao jogo anterior é precisamente a maior liberdade de escolha de personagens em vários dos níveis de plataformas, tal como aconteceu no primeiro Super Star Wars, mas no Empire Strikes Back a escolha da personagem jogável  era sempre restringida. O caso de Leia em particular é o mais interessante, pois nos níveis em que a podemos seleccionar, ela possui diferentes vestimentas, armas e habilidades. Se jogarmos com Leia vestida de bounty hunter, ela está equipada com uma lança que é capaz de carregar e disparar uma onda poderosa de energia. Se jogarmos com Leia no nível após a sua libertação, ela já está com aquele “bikini” de escrava e usa como arma uma morning star, uma vez mais capaz de carregar e disparar projécteis de energia – quase que parece um chicote dos Belmont! Por fim, a última aparição de Leia já a permite usar um Blaster, que, tal como nos jogos anteriores, pode ter vários upgrades diferentes.

Pela primeira vez nesta trilogia podemos jogar com Leia sendo que em cada nível a princesa possui habilidades diferentes.

Han Solo e Chewbacca mantêm a mesma jogabilidade do jogo anterior ou seja, ambos têm blasters equipados e que podem receber upgrades (na forma de itens que podemos apanhar ao longo do jogo) e no caso de Han Solo temos também a habilidade de atirar granadas. Já a habilidade especial de Chewbacca mantém-se, que é um poderoso ataque melee e que consiste em rodopiar sobre si mesmo. Deixando Luke para o fim, temos ainda a possibilidade de controlar um Ewok em alguns níveis. Estes possuem apenas um arco e flecha como arma, mas as flechas têm a particularidade de servirem de plataformas temporárias quando disparadas para as árvores. Por fim então, Luke Skywalker. A primeira novidade é que deixamos de poder usar os Blasters, apenas podemos usar o sabre de luz, ou seja, estamos mais expostos pois é uma arma de curto alcance. Por outro lado temos logo de início uma série de poderes da Força para usar – se bem que desta vez são menos que no jogo anterior. Esses poderes usam uma barra de energia especial, que pode ser regenerada ao apanhar itens para o efeito e podemos trocar de poder a qualquer momento no jogo. Os poderes consistem em paralisar temporariamente os inimigos no ecrã, regenerar a barra de vida ou atirar o sabre de luz como um bumerangue, causando muito dano aos inimigos, entre outros – são cinco poderes no total, enquanto que no jogo anterior tínhamos nove.

Desta vez não estamos sempre restringidos nas personagens jogáveis, pois certos níveis podem ser jogados com diferentes personagens.

De resto as mecânicas de jogo são muito semelhantes, pois para além dos itens que já mencionei, temos ainda multiplicadores de pontos, bombas térmicas capazes de destruir todos os inimigos no ecrã em simultâneo, itens que nos expandem ou regeneram a barra de vida, vidas extra e, pela primeira vez uma espécie de coleccionável: medalhas com o símbolo dos rebeldes que, a cada 100 que coleccionamos, ganhamos uma vida extra.

Por fim só falta mesmo referir os segmentos onde conduzimos veículos. Tal como nos dois jogos anteriores, estes usam o efeito mode 7 para simular gráficos 3D e fazem-no muito bem, muito mais credíveis do que F-Zero ou Mario Kart. O primeiro nivel é um desses, onde conduzimos um Landspeeder até às imediações do palácio de Jabba. Depois temos a perseguição em Speeder Bikes no planeta de Endor que usa uma espécie de mode 7 duplo para simular vegetação à esquerda e direita e onde teremos de nos desviar de alguns obstáculos, para além de combater as forças imperiais – estava bastante curioso como é que iriam implementar esta parte e, apesar de infelizmente a jogabilidade não ser a melhor, tecnicamente o resultado foi interessante. Depois temos um nível onde estamos parados no Milennium Falcon e temos de destruir um certo número de Tie Fighters. Aqui podemos rodar o ecrã, num interessante efeito 3D, mas infelizmente mais uma vez a jogabilidade não é a melhor, sente-se a falta de um radar que nos indique de onde vêm os inimigos. Depois temos mais um nível onde conduzimos a Millenium Falcon à superfície da Death Star e a fase final é precisamente quando nos aventuramos num túnel para a destruir por dentro. Uma vez mais aqui é usado um estranho efeito mode 7 que nos dá a sensação de estar a percorrer um túnel em 3D. No entanto não é muito claro onde são as paredes e com todos os Tie Fighters a surgir de todos os lados torna este nível também um pouco frustrante.

Acreditem, isto em movimento tem muito mais impacto visual

No que diz respeito aos audiovisuais este é uma vez mais um jogo muito bem conseguido. Nos gráficos temos novamente níveis muito bem detalhados e variados entre si, alguns uma vez mais com óptimos efeitos de luz, tendo em conta que é um jogo de 16bit. Os efeitos sonoros e músicas são também muito bem produzidos, parece mesmo que estamos no cinema. A Super Nintendo possuia um chip de som realmente muito poderoso para a época, embora eu sinceramente prefira videojogos que soem a videojogos, mas isso é outro assunto.

Portanto, tirando os problemas de jogabilidade devido aos experimentalismos com o Mode 7, no geral este é mais um jogo muito sólido e desafiante quanto baste. A maior variedade de personagens e estilos de jogo foi também algo muito benvindo.

Super Star Wars Empire Strikes Back (Super Nintendo)

A adaptação do primeiro filme Star Wars para a Super Nintendo, através da JVC, foi um jogo que me impressionou bastante, pela representação relativamente fiel que fizeram de todo o filme. Isso e ser um jogo de acção bastante bom também. Pois bem, não se ficaram pelo primeiro filme apenas, mas sim lançaram um videojogo por cada filme relativo à primeira trilogia (episódios IV-VI). Este meu exemplar veio do Reino Unido, de uma das CeX e foi-me trazido por um particular que esteve por lá em Dezembro. Custou-me 18 libras – estes Super Star Wars têm vindo a subir bastante de preço nos últimos anos.

Apenas cartucho

Começamos a aventura tal como no filme, meras horas antes do ataque das forças imperiais ao planeta de Hoth. Controlamos Luke Skywalker, montado no seu Tauntaun, que tenta investigar um meteorito que caiu perto da base rebelde. Apesar do jogo seguir de uma forma relativamente fiel os acontecimentos do filme, algumas partes foram alteradas para se adaptarem mais a um jogo de acção. Então aqui não vamos ser só capturados por um Wampa, pelo que teremos vários inimigos para defrontar enquanto nos aventuramos nas montanhas e cavernas de Hoth. Depois destes segmentos de platforming, acabamos por controlar um Snowspeeder e tomar parte activa na batalha de Hoth, incluindo mandar abaixo os AT-ATs ao prender-lhes “as pernas” tal como no filme. Gostei bastante dessa parte do jogo!

Não me lembro do Wampa ser assim tão grande!

Tal como o seu antecessor o mesmo divide-se em dois tipos de jogo diferentes. Por um lado temos os tais segmentos pseudo 3D que usam e abusam do mode 7, onde controlamos algum veículo como o já referido snowspeeder ou X-Wing. Por outro lado temos também vários níveis em jeito de 2D sidescroller/plataformas onde mais uma vez poderemos controlar Luke, Han Solo ou Chewbacca, sendo que desta vez não temos a possibilidade de escolher a personagem em alguns níveis, o jogo escolhe por nós. As mecânicas de jogo são similares ao seu antecessor, com a novidade de qualquer personagem poder dar um duplo salto e não só. Para além das armas que podem ser upgraded, Luke pode também usar o seu sabre de luz, Han Solo pode atirar granadas e Chewbacca possui um ataque especial onde rodopia como o Taz, o demónio da Tasmania. Mas Luke é quem possui mais novidades na sua jogabilidade, pois aqui começamos a aprender a usar a Força. A partir do momento que chegamos a Dagobah e começamos o treino com o Yoda, poderemos encontrar alguns power ups de força, e assim que os encontramos passamos a poder usar as habilidades que os mesmos desbloqueiam.

A batalha de Hoth ficou mesmo qualquer coisa de impressionante numa SNES.

Estes poderes podem ser o poder de elevação que nos permite alcançar plataformas longínquas, poderes que abrandam ou até congelam temporariamente os inimigos no ecrã, outros que nos deixam temporariamente invencíveis, ou capazes de deflectir os projécteis inimigos ou mesmo regenerar a nossa vida. Sempre que usamos uma destas habilidades vamos gastando um pouco da barra de energia da Força, mas tal como a barra de vida, teremos alguns itens que podemos apanhar e que vão regenerando esta barra. Mas mesmo assim com estas facilidades adicionais com o Luke, este Empire Strikes Back parece-me um pouco mais desafiante que o anterior, até porque não temos os inimigos a largar corações (que nos regeneram a vida) todo o tempo como no jogo anterior.

Desta vez também vamos tendo alguns (poucos) momentos de shmup horizontal

No que diz respeito aos audiovisuais, o jogo é mais uma vez muito bem conseguido, seja em que estilo de jogo for. Os segmentos em que se usa o mode 7 (especialmente a batalha de Hoth) são do mais bem aproveitado que já vi a Super Nintendo a fazer, os níveis restantes possuem muito detalhe nos seus cenários, bem como nas sprites dos heróis ou inimigos. O som é uma vez mais excelente, parece sempre que estamos no cinema e temos também um número considerável de vozes digitalizadas. O confronto com Darth Vader está também muito bem conseguido, assim como as cutscenes que vamos vendo entre cada nível.

Resta-me agora jogar o Return of the Jedi e ver como é que a JVC e Lucasarts terminaram esta trilogia. A ver pelo que conseguiram fazer nestes dois primeiros jogos e o que evoluiram do primeiro para o segundo, só espero coisas boas!