Dizzy (ZX Spectrum)

Dizzy ZXais uma rapidinha, agora voltada para o mítico computador de Sir Clive Sinclair, o ZX Spectrum. Dizzy, ou Dizzy – The Ultimate Cartoon Adventure, foi o primeiro videojogo desta antiga mascote do estúdio britânico da Codemasters, mais precisamente da autoria dos “Oliver Twins”. É uma série que eu sempre tive alguma curiosidade em conhecer as suas raízes, em especial após eu ter jogado o único jogo da série existente na Mega Drive. Este meu exemplar, apesar de ser uma bootleg, foi extremamente barato, pois foi comprado em bundle com umas 40 outras cassetes por 10€, na Feira da Ladra em Lisboa.

Dizzy - ZX Spectrum
Jogo em versão bootleg com caixa

Dizzy é um pequeno ovo com uma cara, braços e pernas e que está constantemente à procura de novas aventuras. A sua primeira aventura consiste em derrotar um poderoso feiticeiro que atormentava um determinado reino, mas primeiro é preciso lá chegar, bem como coleccionar as ferramentas necessárias para o derrotar. É aqui que entram as mecânicas de jogo em acção! Se por um lado Dizzy é um jogo de plataformas onde teremos de ultrapassar uma série de obstáculos como saltar entre plataformas (quem diria??) ou esquivar de inimigos ou outros perigos, também teremos de procurar, carregar e utilizar diversos objectos que iremos encontrar. Por exemplo, para desbloquear caminho num sítio  precisamos de um certo item que encontramos na outra ponta do jogo. Ou para fazer uma certa poção num caldeirão mágico teremos de recolher uma série de ingredientes.

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Em cada ecrã temos uma mensagem que identifica “a sala” ou até nos dá algumas dicas

Isto faz com que tenhamos de percorrer os mesmos locais vezes sem conta, andando para trás e para a frente e carregar vários itens, que nem sempre saberemos muito bem para que servem e onde os utilizar. Mas “nos antigamentes” as coisas eram assim! E claro, como não poderia deixar de ser perdemos uma vida ao mínimo toque de algum inimigo ou outro obstáculo, como gotas de chuva. Começamos com apenas 3 vidas, mas felizmente poderemos ir encontrando algumas mais à medida que vamos explorando os cenários. Ainda assim, não deixa de ser um jogo difícil, juntando o facto de passarmos muito tempo de um lado para o outro sem saber ao certo o que usar onde, a menos claro que usemos um guia. Abençoada internet!

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Nesta primeira aventura do Dizzy apenas podemos carregar com um objecto de cada vez.

Graficamente é um jogo interessante, apesar das restrições de hardware inerentes ao ZX Spectrum, como a impossibilidade de apresentar muitas cores em ecrã em simultâneo. Ainda assim conseguiram criar um mundo bonitinho e detalhado dentro dos possíveis, mas também bastante variado entre si, com zonas na floresta, cemitérios, cavernas, castelos, lagos, entre outros. No que diz respeito à música, bom a mesma só existe no início e no final do jogo e achei-a muito má, até porque utiliza apenas as capacidades reduzidas da versão 48K do Spectrum. Mas gostei deste Dizzy! E pelo que joguei nesta primeira aventura e pela última da Mega Drive, parece-me utilizar sempre os mesmos conceitos chave de jogabilidade. A ver se arranjo os outros no futuro!

Fantastic Dizzy and Cosmic Spacehead Double Pack (Sega Mega Drive)

Fantastic Dizzy Cosmic SpaceheadO artigo que trago hoje é uma compilação de 2 rapidinhas. Isto porque o próprio “jogo” em si é uma compilação da Codemasters para a Mega Drive. Nela podemos ter o Fantastic Dizzy, um dos últimos jogos dessa mascote da Codemasters e também o Cosmic Spacehead, que é uma estranha mistura entre jogo de aventura point and click e plataformas. Esta compilação foi comprada no mês passado a um amigo meu de infância, tendo-me custado uns 5€ e falta-lhe o manual. Edit: Recentemente comprei um exemplar em estado completamente novo na Cex. Custava 25€, com um voucher ficou bem mais em conta.

Jogo completo com caixa, manuais, posters e papelada

Começando pelo Fantastic Dizzy, este é uma mistura entre jogo de plataformas e de puzzle game, onde apenas com 3 slots de inventário, temos de percorrer meio mundo e apanhar items para usar noutros objectos ou pessoas. Dizzy é um ovo, e aparentemente um feiticeiro chamado Zaks raptou a sua namorada/pretendente/whatever chamada Daisy e lançou feitiços sobre os restantes habitantes lá do sítio. A nossa tarefa acaba por ser ultimamente resgatar a Daisy e derrotar o feiticeiro, sendo que para isso teremos também de safar os restantes habitantes dos seus problemas. Ora isto envolve muitas caminhadas, muito backtracking para usar o item certo no NPC/local certo. As coisas tanto podem ser mais óbvias como chaves para abrir portas de casas ou activar elevadores, como menos óbvias como todos os outros items e o grande desafio acaba mesmo por ser essa gestão do inventário reduzido para tanto item que encontramos e devemos utilizar a dada altura. Felizmente podemos deixá-los em qualquer local do jogo, mas depois também nos poderemos esquecer onde raio deixamos aquela coisinha que agora nos dá jeito.

O Fantastic Dizzy era o jogo que eu mais curiosidade tinha em jogar pelo seu legado
O Fantastic Dizzy era o jogo que eu mais curiosidade tinha em jogar pelo seu legado

E mesmo que desbloqueemos todo o caminho até chegar ao castelo de Zaks, para o enfrentarmos precisamos ainda de apanhar umas 250 estrelas que estão espalhadas ao longo de todo o jogo, obrigando ainda a uma maior componente de exploração. O platforming é que podia ser melhor. Os saltos de Dizzy não são dos melhores para controlar e estamos completamente indefesos perante os inimigos que nos vão aparecendo à frente, aumentando a barra de dano sempre que nos tocam. Quando a barra chega ao máximo perde-se uma vida. Felizmente espalhado pelo jogo existem uns mini-jogos onde podemos ganhar vidas extra, baseados nos puzzles de arrastar peças para formar uma imagem. Outros minijogos também podem ser jogados, como uma descida atribulada num mine cart, uma galeria de tiro ao arco, entre outros. Estes mini jogos são necessários serem passados pelo menos uma vez, mas se deixarmos algumas das estrelas por apanhar nos mesmos, lá teremos invariavelmente de os repetir.

Na parte dos audiovisuais, esta versão da Mega Drive do Fantastic Dizzy é de facto um jogo muito bonito e colorido, com bons detalhes nos vários backgrounds, especialmente nas florestas. O pormenor de anoitecer/amanhecer e começar chover é muito bom. No que diz respeito às músicas, muito sinceramente pareceram-me do melhor que a Mega Drive apresentou. Não sei que magia negra a Codemasters usou, mas para além de as melodias serem agradáveis e memoráveis, a própria qualidade do som é bastante límpida e cristalina, o que sinceramente não é muito habitual na Mega Drive.

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Usar os items certos nos NPCs certos pode ser uma tarefa ingrata. Nunca sabemos muito bem o que levar connosco.

Passando para o Cosmic Spacehead, esse é um jogo completamente diferente, mas também não deixa de ser estranho. Isto porque é na sua essência um jogo de aventura point and click, mas também mistura elementos de plataforma. Mas uma coisa de cada vez. O jogo conta a história do pequeno Cosmic Spacehead do planeta Linoleum. Nos seus passeios espaciais encontra o nosso planeta, a Terra e decide regressar a Linoleum e contar a toda a gente, mas infelizmente ninguém se acredita nele. E para piorar as coisas a nossa nave espacial avariou! Então o objectivo é comprar uma máquina fotográfica e arranjar um meio qualquer de voltar à Terra de forma a provar que a mesma existe.

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A interface é familiar para qualquer fã de point and clicks. Pode é ser chata de ser jogada com um comando.

Como deu para perceber, é um jogo com uma história muito ligeira. Aliás, pelo seu grafismo dá para entender facilmente que é muito influenciado pelos desenhos animados da Nickelodeon da altura. A jogabilidade é a tradicional dos point and clicks. Temos um cenário com vários objectos e pessoas e os comandos LOOK, PICK UP, GIVE, USE, e TALK e a partir daí é business as usual. Mas quando transitamos de ecrã pela primeira vez, temos de atravessar uns segmentos de plataforma onde mais uma vez temos de evitar os inimigos que nos aparecem à frente. A diferença é que agora são 1-hit kill. Felizmente podemos apanhar uns power-ups que a cada 10 coleccionados ganhamos uma nova vida e há bastantes espalhados nos níveis. E esses níveis apenas os fazemos na primeira transição de ecrãs, a próxima já é automática. Muito estranho, mas como a Mega Drive (ou mesmo as versões para NES/Master System) não eram propriamente consolas adequadas a point and clicks deste género até se compreende que queiram introduzir coisas destas para variar um pouco a monotonia. Há ainda um modo multiplayer chamado Pie Slap que sinceramente não experimentei, mas é mais um extra completamente aleatório que não se percebe como foi lá parar!

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O modo para 2 jogadores… qual a relação com o Cosmic Spacehead? Who knows!

Nos audiovisuais do Cosmic Spacehead, a versão Mega Drive naturalmente nada tem a ver com as suas versões de consolas 8bit, sendo muito mais detalhada e colorida. E naturalmente as versões Amiga serão ainda melhores. Não tenho a certeza se este jogo suportaria o rato da Mega Drive, mas nas secções de point and click daria jeito certamente. Nas fases de plataformas o jogo já se torna bem mais simples e no geral as músicas são razoáveis. Embora mais uma vez a Codemasters conseguiu apresentar um som bastante limpinho que me agradou.

No fim de contas, achei esta compilação bastante interessante, tendo sido 2 jogos que eu já há muito estava curioso em jogar, mas geraram-me diferentes impressões. O Fantastic Dizzy é um bom jogo de aventura e plataformas, mas é bastante desafiante e a ausência de um sistema de saves torna-o quase impossível de terminar de uma assentada, a menos que sigamos um guia, tal é a quantidade de items que temos de levar de um lado para o outro. Mas tecnicamente é excelente! Já o Cosmic Spacehead não me agradou tanto, mas talvez seja por eu estar mal habituado aos point and clicks de PC. Mas mesmo pondo de lado as dificuldades técnicas de se fazer um bom point and click para uma consola como a Mega Drive, o facto de terem inventado tanto com aqueles segmentos de plataforma é o que me irrita um pouco mais. Mas não deixem de o experimentar por minha causa!

TOCA 2: Touring Cars (Sony Playstation)

TOCA 2 Touring CarsMais uma rapidinha pois o tempo não dá para mais. TOCA 2 Touring Cars é mais um jogo de corridas da Codemasters e à semelhança do primeiro jogo, aborda o campeonato britânico de corridas de carros de turismo, numa perspectiva mais de simulação, o que não é de todo o meu género preferido de videojogos, mas lembro-me bem de na altura em que o jogo saiu o ter experimentado e ficar impressionado com a sua qualidade. Pois bem, esta minha cópia foi-me oferecida pelo Ivan Cordeiro da PUSHSTART/The Games Tome, após ele ter comprado um bundle de jogos PS1 bem baratos na Feira da Ladra. Este era repetido, e cedeu-mo. Muito obrigado!

TOCA 2 Touring Cars - Sony Playstation
Jogo com caixa e manual. Falta-lhe a capa, infelizmente.

Então temos aqui vários modos de jogo distintos, a começar pelo campeonato que não poderia deixar de aparecer. Aqui temos provas de qualificação e tem de ser respeitadas as regras da modalidade, com a obrigatoriedade de ir pelo menos 1 vez às boxes mudar pneus. Para apimentar ainda mais a coisa, por vezes o jogo obriga-nos a chegar ao final de uma corrida numa determinada posição do ranking, para desbloquear novos circuitos. Para além deste modo de campeonato que por acaso também dá para 2 jogadores, temos mais uns quantos como o Challenge que se assemelha aos jogos arcade e os seus objectivos por checkpoints, a single race que como o nome indica é meramente uma única corrida, várias vertentes de time trial, ou o Support Car Championship, onde participamos numa série de corridas em que todos os pilotos usam o mesmo carro.

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O jogo possui todos os pilotos, veículos e circuitos do campeonato de BTCC de 1998, mais alguns extras

A jogabilidade é bastante precisa, tal como se esperaria de um jogo que pretende ser um simulador. Isto significa que será preciso muita práctica para se dominar este jogo e infelizmente tempo é uma coisa que hoje em dia tenho muito pouco. Graficamente pareceu-me, para a época e para as capacidades da PS1, um jogo muito bem conseguido. Para além dos carros estarem bem detalhados, e efeitos gráficos como reflexos dos faróis traseiros no pavimento molhado, ou o sistema de dano nos veículos que foi aqui implementado está muito bom. Até as condições metereológicas podem mudar durante as corridas! No campo do audio, confesso que não prestei grande atenção às músicas que eventualmente se vão ouvindo, mas os efeitos sonoros estão bons e vamos tendo alguns comentários de uma personalidade britânica.

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Cá está um screenshot que não lhe faz muita justiça. Em movimento é bem melhor!

A Codemasters continuou a apostar em força nos jogos de corrida a partir destes TOCA em diante, com os Colin McRae Rally, Dirt ou F-1 e se todo esse portfólio consolidou a Codemasters como um nome bem grande em videojogos deste género, sinceramente tenho mais saudades quando eles apostavam em coisas como Micromachines, Dizzy ou Super Skidmarks.

Micro Machines (Sega Game Gear)

Bora lá para mais uma análise “blitzkrieg”, bem mais rápidas que as “rapidinhas” que eu por vezes escrevo. Isto porque o jogo que trago hoje é uma conversão directa de um outro jogo já aqui analisado, o Micro Machines para a Sega Master System, pelo que recomendo vivamente a leitura desse artigo, este será apenas um pequeno complemento. E o cartucho entrou na minha colecção algures durante o mês passado, tendo sido comprado na feira da Ladra em Lisboa por 2€, salvo erro.

Micro Machines - Sega Game Gear
Jogo, apenas cartucho

Como podem ver pela fotografia, este não é um cartucho convencional, assim como todos (ou practicamente todos) os outros cartuchos lançados pela Codemasters para as consolas da Sega. Isto porque não são produtos propriamente licenciados pela Sega. De resto, em relação ao jogo em si, é essencialmente o mesmo da versão Master System, salvo a resolução mais baixa e o modo multiplayer a necessitar de um cabo próprio para ligar 2 Game Gears. A diversão, essa, é exactamente a mesma pelo que é um jogo de óptima qualidade.

Micro Machines (Sega Master System)

Não deixa de ser curioso ver o percurso que as várias produtoras foram tomando ao longo dos anos. A Codemasters, juntamente com a Rare/Ultimate e Psygnosis foi uma das minhas companhias europeias preferidas dos anos 90. Tendo começado o seu percurso nos anos 80 a desenvolver jogos “low budget” para o mercado dos computadores de mesa ZX Spectrum, Commodore 64, Amiga, entre outros, desde cedo se notaram pela qualidade dos seus títulos como por exemplo a série Dizzy. Nos anos 90 focaram-se nas consolas tendo lançado jogos de vários estilos, desde platformers, corrida, aventura, etc. Foram também reconhecidos pelas suas experiências em hardware, tendo lançado jogos para consolas em formato diferente do oficial (como o J-Cart da Mega Drive), bem como serem os inventores do infame Game Genie original da NES. Mais tarde focaram os seus talentos para desenvolver jogos de corrida de elevada qualidade, e assim permaneceram até hoje. O jogo a analisar hoje é a versão Sega Master System do primeiro jogo da série Micro Machines. A minha cópia chegou-me às mãos de parte incerta, certamente terá sido oferecida por algum amigo meu nos anos 90, sendo que lhe falta o manual.

Micro Machines SMS
Caixa e cartucho

O pessoal da minha faixa etária que esteja a ler este post e seja português muito provavelmente recorda-se deste jogo na sua versão Mega Drive, mas na verdade o original pertence à consola 8bit da Nintendo – NES, lançado em 1991. As versões para as consolas da Sega sairam em 1993 para Mega Drive, Master System e Game Gear, bem como uma versão para SNES e Game Boy mais tarde em 1994 e 1995. A versão Mega Drive é uma conversão melhorada em todos os quesitos, embora as versões Master System e Game Gear (que são semelhantes) apesar do boost gráfico não herdaram todos os veículos e pistas do original da NES, embora estejam presentes na versão Mega Drive. Porque não o fizeram? Certamente não terá sido por incapacidade técnica, talvez deadlines? O veículo que falta aqui são os helicópteros e consequentemente faltam as suas pistas. Micro Machines de NES e Mega Drive têm no total 25 pistas + 3 bónus, enquanto que as versões Sega 8Bit possuem apenas 22+3.

Ora, mas o que são mesmo os Micro Machines? São carrinhos de brincar em miniatura, bastante populares durante os primeiros tempos dos anos 90 entre a criançada. Este é um jogo de corrida com vista aérea (top view) entre 4 veículos nas mais variadíssimas pistas. Basicamente recriam-se todas as nossas brincadeiras de criança, onde pegamos nos carrinhos e fazíamos corridas imaginárias na mesa da cozinha, na secretária da escola, basicamente em qualquer sítio! Micro Machines segue a mesma filosofia, embora separando cada tipo de terreno para um veículo especial. Carros desportivos nas secretárias de estudo, jipes nas mesas de cozinha, buggies na areia, barcos na banheira, etc.

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Ecrã inicial

A nível de modos de jogo, existe o Challenge Mode e o Head-to-Head. Em Challenge Mode, o jogo é algo como um modo de campeonato, em que jogamos os 22 circuitos e somos obrigados a terminar pelo menos no 2º lugar para avançar para o circuito seguinte. Ao terminar em primeiro lugar 3 circuitos seguidos temos direito a um circuito bónus de “time trial”, onde temos de conduzir um “monster truck” ao longo de vários obstáculos ao longo de um jardim. O modo Head-to-Head pode ser jogado contra o computador ou contra um amigo e consiste no seguinte: cada jogador escolhe uma personagem e os circuitos são jogados na mesma ordem do Challenge Mode. Cada jogador começa com 4 pontos, e o objectivo é avançar na corrida de modo a deixar o oponente para trás do ecrã (a câmara segue sempre o “líder”). Cada vez que isso acontece é retirado um ponto a quem se atrasou e atribuído esse ponto ao outro jogador. A corrida termina ao fim de 3 voltas e vence quem tem mais pontos ou então, no caso de a pontuação chegar a 8-0 no decorrer da corrida, a mesma é terminada prematuramente.

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A corrrer durante o pequeno almoço

A nível técnico, o jogo está muito bonito com cores vivas, é bastante agradável de se jogar ainda nos dias de hoje. A nível de som, já sabemos que a Master System é fraca nesse quesito, mas eu até que me habituei às músicas e aos efeitos sonoros no geral. A jogabilidade é fantástica, na minha opinião, isso sempre foi o que caracterizou a série nos jogos clássicos e a versão Master System não fica nada atrás. Pelo que podem ver na fotografia da minha cópia do jogo, o cartucho é completamente diferente dos restantes da Master System, é arredondado e com artwork, bem mais bonito que os habituais. Que eu tenha conhecimento, os outros jogos da Codemasters para a Master System possuem cartuchos iguais a este, e também pelo que tenho conhecimento, uma boa parte dos jogos da Codemasters para a Mega Drive e NES (senão todos) também têm cartuchos algo diferentes (incluindo o J-Cart para a Mega Drive). No caso da Master System o cartucho não é apenas diferente por fora, mas a própria composição da ROM também o é. A memória encontra-se mapeada de uma maneira diferente de todos os outros jogos oficiais da Sega para a consola. Porquê? Reza a lenda que quando a Codemasters começou a fazer jogos para a Master System fizeram-no sem ainda ter qualquer Kit de desenvolvimento, tiveram de aprender tudo por engenharia reversa. Curiosamente, os jogos da Codemasters são os únicos que correm numa resolução de 256×224 invés da resolução normal de 256×192. O problema é que nem todas as Master System suportam esta resolução maior, devido à mesma só ser possível fazer no chip gráfico VDP2, apenas disponível a partir dos últimos modelos da Master System 1.

Micro Machines para a Master System não é propriamente um jogo fácil de se encontrar, mas é absolutamente recomendado pela sua jogabilidade viciante. Apesar de existirem diferenças na “física” de condução para as diferentes versões NES, SNES, GB, MS, GG, MD, etc, na sua essência o jogo é o mesmo. Se sentem a falta dos helicópteros então sempre recomendaria a versão Mega Drive ou SNES pois são as que oferecem mais detalhe gráfico. Contudo a versão Master System não deixa de ser uma óptima conversão.