The King of Fighters 97 (Neo Geo MVS)

Bom, eu quando escrevi um artigo sobre a The King of Fighters Collection: The Orochi Saga para a Playstation 2, eu mencionei que iria escrever sobre os KOF 97 e 98 separadamente, para lhes dar maior atenção. Isso é porque esses dois eu já os tinha na colecção, numa versão standalone, para a própria Neo Geo MVS, pelo que me poderia focar melhor aí. O meu exemplar foi provavelmente dos melhores negócios que alguma vez fiz! Uma visita a uma feira de velharias, no meu dia de aniversário, e encontrei alguém a vender 10 cartuchos MVS por… 5€, o conjunto! Gostava de montar uma MVS cabinet, ou mesmo uma MVS consolized para finalmente poder correr estes jogos nativamente, mas ainda não surgiu a oportunidade. Mas o NeoRage X ninguém mo tira!

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Ora este título decorre 1 ano após o torneio anterior e finaliza o arco da saga Orochi. Há uma vez mais um torneio mundial de luta a realizar-se e novamente com segundos intenções por detrás, que serão naturalmente desmascaradas se conseguirmos sobreviver até chegar aos bosses… É neste jogo que Iori ou Leona perdem o controlo da sua sanidade e teremos de enfrentar um deles nas suas versões Orochi, bem como novos vilões também.

O elenco de lutadores é bem grande e ainda temos uns 5 desbloqueáveis!

A nível de mecânicas de jogo, na sua base este continua a ser um jogo de luta em 2D de combates de 1 contra 1, mas em equipas de 3, onde teremos de defrontar os três oponentes da equipa adversária sequencialmente e parte da barra de vida do sobrevivente é regenerada entre cada ronda. Mas tirando essa fórmula essencial, há de facto uma série de coisas que mudaram face aos seus antecessores. Quando começamos uma nova partida, temos a hipótese de escolher entre o sistema Advanced e Extra. Este último é baseado nas mecânicas de jogo dos KOF 94 e 95, onde para além de possuir um sistema de dodge similar, temos também a mesma gestão da barra de specials e os seus desperation moves. Ou seja, esta barra vai-se preenchendo à medida que vamos levando pancada, ou quando pressionamos os botões A+B+C em simultâneo para a encher mais rapidamente, se bem que ficando vulneráveis nessa altura. Com a barra cheia, ou quando tivermos 20% ou menos de vida, podemos desbloquear os Desperation Moves. Se ambas as condições se verificarem, podemos desbloquear os Super Desperation Moves. Já o modo Advanced é baseado nas mecânicas do KOF 96, que mantém o roll que nos permite desviar dos inimigos e atacá-los pelas costas, bem como uma outra gestão da barra de special, que apenas se enche à medida que vamos desferindo golpes especiais. É um sistema de jogo mais ofensivo, portanto! E temos tipicamente 3 níveis de specials que podemos preencher, sendo que se tivermos pelo menos 2 barras preenchidas, podemos activar temporariamente o modo MAX, onde para além dos nossos golpes causarem mais dano, podemos também executar os letais Super Desperation Moves.

As arenas apesar de estarem bem detalhadas, destas vez possuem menos charme… pelo menos é a minha opinião!

Outra das novidades a considerar é a introdução dos back up attacks, onde um dos nossos parceiros poderá ajudar nalgum golpe especial e isso está reflectido num sistema de relacionamento social entre as personagens afectadas. Por exemplo, tendo Yori e Kyo na mesma equipa, eles odeiam-se e nunca irão fazer um back up attack um pelo outro. De resto é um jogo com um grande leque de diferentes personagens, como não poderia deixar de ser. Houve algumas trocas de personagens em equipas pré-definidas, bem como a saída de outras e entrada de caras novas ou regressos de personagens que não entraram no KOF 96. De caras inteiramente novas, temos a presença da Blue Mary e Ryuji Yamazaki da série Fatal Fury (assim como o regresso do Billy Kane), Shingo Yabuki, um fanboy de Kyo e a equipa composta por Yashiro Nanakase, Shermie e Chris, caras novas na série, mas que terão um papel muito importante na conclusão da história dos Orochis. E as versões “possuídas” de Iori e Leona, claro!

Ah estes diálogos com péssimo inglês! Não seria a mesma coisa sem eles!

A nível audiovisual, confesso que gostei mais do King of Fighters 96. As personagens continuam com um bom nível de detalhe e animações, mas os cenários de jogo são mais desinspirados, a meu ver. Aqui deixamos de ter cenários mais temáticos, dedicados a diferentes equipas/lutadores, mas sim arenas algo genéricas, muitas vezes com público a assistir e cameramen a filmar. Por outro lado, todas aquelas animações entre combates estão muito bem conseguidas! Já a banda sonora é bastante variada uma vez mais e eu pessoalmente continuo a preferir aqueles temas mais rock.

Portanto estamos aqui perante mais um jogo de luta em 2D com uma qualidade muito acima da média! É notoriamente um jogo muito técnico, onde não só temos de gerir bem as barras dos specials, bem como bloquear, evadir ou contra-atacar nos momentos certos e isso exige muitas horas de treino, algo que infelizmente eu já não me posso dar ao luxo. De resto a história dos Orochi está aqui bem concluída também. Mas antes de avançar para a saga seguinte, temos ainda o King of Fighters 98, e isso será tema para outro artigo em breve.

Tenchi Muyou Ryououki Gokuraku (Sega Saturn)

Tempo para mais uma rapidinha, agora para mais um exclusivo japonês da Sega Saturn. Tenchi Muyou é um anime que eu me lembro de ver na TV portuguesa, algures no final da década de 90 / início dos anos 2000, dava na RTP2 no final da tarde / início da noite, se bem me recordo. E este Tenchi Muyou Ryououki Gokuraku é um lançamento de 1995, produzido a pensar apenas nos seus fãs mais acérrimos, pelas razões que irei descrever mais abaixo. O meu exemplar foi comprado a um particular no facebook há uns anos atrás, já não me recordo quanto custou mas foi certamente barato.

Jogo com caixa, papelada, spine card e manual embutido na capa

E porque digo que este é um lançamento para os fãs mais acérrimos da série? Bom, porque é uma espécie de colectânea, que agrega informações dos vários lançamentos da série até à data de publicação deste jogo, algures em 1995. Podemos ver informações dos Laser Disc, VHS, CDs e mesmo outros jogos que tenham sido lançados até essa data, para além de pequenos videoclips dos mesmos. Resumos dos episódios de TV e das suas OVAs também podem ser visto, assim como pequenos clips de vídeo ou som (no caso dos lançamentos audio). Efeitos de som, voice acting ou imagens estáticas também podem ser observadas em diferentes galerias.

Este lançamento é uma autêntica enciclopédia para os fãs, contendo informações sobre os diferentes lançamentos da série Tenchi Muyo, bem como imensos clips de vídeo e som para explorar

Mas para além disso, temos aqui um jogo também. No menu principal podemos navegar através de vários ícones que nos levam ao conteúdo que mencionei acima, mas o ícone principal, no centro do ecrã, leva-nos a um quizz. Aqui temos 4 quizzes diferentes, ou seja concursos de perguntas e respostas, onde nos é mostrado um pequeno vídeo, imagem ou texto e em seguida é-nos feita uma pergunta. Temos 4 hipóteses de resposta, sendo que podemos falhar apenas 2 questões em cada quizz. Acertando na resposta, é também nos mostrado um pequeno vídeo de follow-up, audio, imagem estática ou apenas texto e passamos para a pergunta seguinte. Felizmente encontrei um guia na internet, pelo que consegui passar o jogo todo, mas infelizmente não há qualquer recompensa no fim, o que é pena.

No quizz é-nos feito uma pergunta, tipicamente acompanhada por um pequeno vídeo ou imagem e depois temos de escolher a resposta certa em 4 possíveis

Visualmente é um jogo muito simples, os menus são bastante modestos, os vídeos possuem uma resolução algo baixa e são reproduzidos numa janela consideravelmente pequena. Agora o que me irrita profundamente são mesmo os longos tempos de loading, mesmo a navegar entre menus. Quando é para reproduzir algum vídeo, até compreendo que tenhamos de esperar alguns segundos, mas só o simples facto de navegar entre menus ter quebras de uns 10 segundos para loading torna as coisas bastante aborrecidas, até porque para aceder a todo o conteúdo que aqui temos, precisamos de navegar em imensos menus.

Portanto este Tenchi Muyou é mesmo um lançamento apenas para os fãs mais acérrimos da série. O Japão está repleto destes quizz games e tendo em conta que, de acordo com o Sega Retro, este jogo foi lançado com o preço de 7800yen, o que dá cerca de 60€, foi um lançamento full price! Será mesmo que este tipo de jogos vendem assim tanto para justificar este preço? A título de curiosidade, este jogo tem a indicação de ser para maiores de 18 anos. A razão para isso é que o próprio anime tinha, muito ocasionalmente, algumas cenas de nudez feminina. E tendo em conta que o jogo possui muitas das cenas do anime, lá levou com esta classificação em cima.

Rogue Ops (Nintendo GameCube)

O Rogue Ops foi um dos poucos jogos da minha colecção que decidi vender. Era ainda um estudante universitário e precisava de juntar algum dinheiro para ir a um festival de verão. Decidi então seleccionar um conjunto de vários jogos de Game Cube que tinha comprado ao longo dos anos e não me diziam muito. Alguns acabei por me arrepender de vender e desses felizmente recuperei-os quase todos nos anos seguintes (excepto o Evolution Worlds, que infelizmente disparou no preço). Outros, como o Rogue Ops, nunca mais tive o apelo de o comprar de novo. Na altura tinha-o comprado na extinta Game do Maia Shopping por 5€, vendi-o ao mesmo preço, e algures no passado mês de Fevereiro comprei outro exemplar a um particular pelo mesmo preço. E surpresa das surpresas, o jogo nem é assim tão mau quanto eu me lembrava!

Jogo com caixa, manuais e papelada

Este é um jogo de acção na terceira pessoa e com um grande foco na furtividade, indo atrás do sucesso de séries como Metal Gear Solid ou Splinter Cell que tinha sido lançado um ano antes. E aqui controlamos uma personagem feminina, agente de uma organização secreta qualquer com a missão de ir atrás da organização terrorista Omega-19, que se encontrava a preparar um ataque em larga escala. Iremos então participar em missões que nos levam a diferentes pontos do globo, desde instalações militares no Uzbequistão, um museu em Londres, uma mansão na Hungria, um banco na Suíça, entre vários outros destinos.

O botão A serve para inúmeras acções, mas apenas quando surge o respectivo ícone a verde no ecrã, e para isso temos de estar perfeitamente posicionados

Ora confesso que da primeira vez que tive o jogo não lhe dei muita atenção por dois motivos, o primeiro é o de ter achado a jogabilidade desnecessariamente complicada em alguns casos e o de ter achado a protagonista (e restantes personagens principais) super desinteressantes. Ora continuo mantenho a mesma opinião no segundo motivo, já no primeiro, é verdade que continua a não ser o ideal, mas acabei por me habituar. Ora os analógicos servem para mover e controlar a câmara, o d-pad para alternar entre itens e armas, o botão B serve para alterar entre a postura de pé ou agachado, os botões X e Y servem para usar/equipar as armas ou itens seleccionados com o d-pad, o botão L serve para ampliar e o R para disparar, quando tivermos a arma equipada. O botão Z serve para ampliar o mapa da área que está no canto superior direito. E o botão A? Bom, esse é um botão de “multi usos”, servindo para várias tarefas distintas, como investigar corpos, carregar corpos, interagir com interruptores, investigar gavetas e afins em busca de documentos, agarrarmo-nos em frestas nas paredes, subir canos, usar um gancho, entre outros. O problema é que temos de esperar que surja no ecrã o ícone da acção que queremos executar e muitas vezes temos de estar numa posição pixel perfect para que apareça o ícone certo. E num jogo onde temos de ser rápidos para manter a nossa presença escondida, isto pode atrapalhar por vezes. O outro elemento da jogabilidade que achei desnecessariamente complicado são os confrontos melee. Quando nos aproximamos sorrateiramente por detrás de um inimigo, podemos assassiná-lo silenciosamente com golpes corporais. Mas para o fazer com sucesso temos de pressionar uma série de botões numa sequência de QTE, o que sinceramente achei desnecessário. Mais vale disparar com uma arma silenciosa à distância!

Para distrair os guardas às vezes bastam simples acções como ligar a luz de uma sala que esteja no seu campo de visão

A acompanhar a nossa aventura vamos ter ao nosso dispor uma série de armas de fogo, algumas silenciosas, outras nem tanto, diferentes tipos de explosivos, granadas e mesmo shurikens. Para além disso, teremos também diversos gadgets como uns óculos com visão de raio-x, drones do tamanho de insectos que podemos mandar para explorar salas, ou mesmo pequenas condutas de ar onde nós não cabemos. Ou um retinal scanner, onde poderemos gravar a “impressão digital” da retina de algum VIP, que será necessária para abrir alguma porta. Esses gadgets usam no entanto baterias, que temos de ir gerindo e procurando baterias novas nos cenários, assim como medkits para nos regenerar a barra de vida. E este é um jogo que, em grande parte, nos permite jogar de uma forma completamente furtiva, ou mais à rambo, disparando para tudo e todos. Tal como outros jogos furtivos, os inimigos seguem rotinas de patrulhamento e, caso sejamos detectados, é lançado um alerta onde os inimigos passam a nos procurar mais activamente e podendo inclusivamente chamar reforços.

Esconder corpos em caixas ou cacifos é típico deste tipo de jogos!

Tal como habitual neste tipo de jogos, devemos procurar esconder os cadáveres, uma vez mais os cacifos são um dos destinos óbvios, até para nos escondermos nós se tivermos sido detectados. Eu pessoalmente tentei uma abordagem mais furtiva sempre que possível, até porque há certas missões onde é mesmo obrigatório não sermos descobertos, já noutras alturas não temos mesmo outra hipótese. Explorar bem os níveis e procurar passagens alternativas, muitas vezes através de condutas e afins, bem como eliminar os inimigos silenciosamente, roubar as suas chaves ou procurar pins e passwords espalhados nos cenários são algumas das coisas que nos esperam. Evitar armadilhas como raios laser com padrões relativamente complexos também será algo a ter em conta e sinceramente essas foram as partes que menos gostei de jogar!

No canto superior direito vemos um mapa que ilustra o campo de visão de inimigos ou de câmaras de vigilância. Pena que por vezes o mapa actualize tarde demais!

A nível audiovisual, bom, o jogo até é bem melhor do que o que me lembrava da primeira vez que o joguei. Mas dessa vez não tinha ainda um cabo RGB nem uma Sony Trinitron, portanto deve ser disso! Os níveis são bastante variados, com zonas até que bem detalhadas a nível de polígonos e texturas e com bonitos efeitos gráficos, como os rastos de luz. Já outras não são tão bem conseguidas assim. As cutscenes não são nada de especial, nem o design das personagens em si, que achei bastante desinspiradas. Tentaram promover o jogo com uma heroína sexy e sinceramente acho que os planos saíram um bocado furados. Nada de especial a apontar ao voice acting e efeitos sonoros que, não sendo nada do outro mundo, também não são propriamente terríveis. Noto é algumas quebras severas de framerate com alguma frequência, o que me leva a crer que esta conversão para a GameCube não foi lá muito optimizada.

Portanto estamos aqui perante um jogo de acção que eu achava mesmo que era super medíocre, mas depois de lhe ter dado uma segunda chance, descubro que afinal nem é assim tão mau. Alguns elementos na jogabilidade poderiam ser melhorados (os QTEs nos combates corpo a corpo são para mim os mais desnecessários), a história, narrativa e personagens principais são desinteressantes, mas tudo o resto até que está um jogo bem conseguido. Tem muitos dos elementos furtivos que tornaram as séries Metal Gear Solid e Splinter Cell bem populares e depois de nos habituarmos aos controlos até que se joga bem e ainda teremos alguns desafios interessantes pela frente.

Aliens versus Predator 2 (PC)

Depois do Aliens versus Predator de 1999 produzido pela Rebellion, não confundir com o jogo de 2010 do mesmo nome produzido por eles também, em 2001 acaba por sair uma nova sequela, desta vez a cargo da Monolith, os mesmos por detrás de clássicos como Blood ou No One Lives Forever. E o artigo de hoje vai inserir nesse jogo e sua expansão, que já tinha jogado há bastantes anos atrás (versão pirateada, claro) e apenas há cerca de 2 anos arranjei tanto o jogo principal como a sua expansão por 1€ cada numa loja de usados na zona do Porto mas por algum motivo nunca cheguei a escrever nada sobre os mesmos!

Jogo com caixa, 2 discos e manual

Tal como o seu predecessor podemos jogar tanto como um humano (mais uma vez um Space Marine), um predador ou um alien, mas desta vez as 3 histórias estão todas interligadas, em vez de serem campanhas completamente separadas. E a história leva-nos então ao planeta LV-1201, onde a corporação Weiland-Yutani montou lá uma grande base científica para explorar ruínas e artefactos da civilização misteriosa que viemos a descobrir mais sobre eles nos filmes Prometheus e Covenant. Mas como sempre as coisas não correm bem, não só pelos aliens, mas também pelo aparecimento algo inesperado dos Predators. A expansão é na verdade uma prequela, onde podemos jogar com humanos (os mercenários ao serviço da Weiland-Yutani), um predador 500 anos antes dos acontecimentos do jogo principal e um predalien, um híbrido entre o predador e os xenomorfos.

Expansão com caixa e manual

A campanha dos Space Marines é o típico que podemos esperar deste tipo de jogos. Estamos inicialmente munidos de pistolas e a típica pulse rifle, para além dos sensores de movimento que começam a apitar sempre que algo surge próximo de nós. E os primeiros níveis são mesmo bastante tensos, com os aliens a surgirem do nada e atacar de forma ágil e em grande número, o que nos obriga a estar sempre alerta. Mas uma parte considerável do jogo será também passada a confrontar contra soldados humanos, os tais mercenários da Weiland-Yutani que também possuem planos obscuros e vão ser um obstáculo ao nosso caminho. Já os predadores estão munidos de todas aquelas armas e artefactos que estamos habituados a ver nos filmes, bem como diferentes visores, como visão térmica ou nocturna, ou a possibilidade de se tornarem invisíveis. A invisibilidade, munições de algumas armas ou o uso de visores vão gastando a nossa energia, que é apresentada num indicador no canto superior direito do ecrã, mas temos também a possibilidade de a qualquer momento usar um gerador de energia e restabelecer esse nível. Um dos artefactos dos Predadores permite-nos também recuperar vida, a troco de energia. Mas tendo o tal gerador, acaba por ser muito fácil ir regenerando a nossa barra de vida ao longo do jogo, se bem que há uma altura no jogo onde perdemos grande parte do equipamento e já estamos mais vulneráveis.

Temos aqui alguns aliens diferentes para combater, este mais armadurado

Jogando com o alien também tem o seu quê de originalidade, até porque começamos precisamente por ser um facehugger. Nesse estado o jogo tem um foco bastante furtivo, onde teremos de passar despercebidos por vários soldados até encontrar um que esteja sozinho e poder “abraçá-lo” à vontade. Depois passamos para o estágio seguinte, um alien infantil, pequeno e ainda algo indefeso. Uma vez mais teremos de ter uma abordagem mais furtiva até conseguirmos encontrar algum alimento de menor porte, tipo animais de estimação. Em seguida já controlamos um alien adulto e em plena posse de todas as suas capacidades. E com estes aliens podemos não só subir paredes e andar pelos tectos, bem como atacar com as garras, cauda e dentes. Para as zonas mais escuras podemos também activar uma espécie de visão nocturna e para regenerar vida temos de devorar as nossas vítimas. Na expansão, apesar de jogarmos com um híbrido entre alien e predador, as mecânicas de jogo são em todo idênticas às dos aliens, apenas o que representamos tem um aspecto mais próximo dos predadores. De resto o jogo possui também uma vertente multiplayer que confesso que nunca experimentei. Nem sequer na altura em que o joguei pela primeira vez!

Com o predador, temos imensos gadgets para usar, inclusivamente diferentes visores. Este vermelho faz com que os aliens sobressaiam

A nível audiovisual é um jogo bom para a sua altura, tendo em conta que estamos a falar de um jogo de 2001. O planeta LV-1201 tem uma fauna e flora muito própria, que é explorada principalmente na campanha do predador, onde podemos inclusivamente saltar nos topos das árvores para passar despercebidos aos soldados… mas infelizmente não envelheceram tão bem assim com as árvores a serem super quadradas ainda. Já a base científica, bem como os “ninhos” dos aliens ou as ruínas da tal antiga civilização, têm um aspecto muito próximo dos filmes. Gosto particularmente daqueles visuais retro high-tech dos dois primeiros filmes e aqui temos precisamente o mesmo tipo de estruturas e tecnologia que habitualmente vimos lá. Os aliens em si estão uma vez mais muito bem representados, letais e arripilantes como sempre! No que diz respeito ao som, o voice acting é competente e o som em si é muito bom. A pulse rifle faz o barulho que estamos bem habituados, bem como os xenomorfos e os predadores.

Portanto este Aliens versus Predator 2 é mais um FPS bem sólido sobre este fantástico crossover entre ambas as franchises. Aliás, eu até me arrisco a dizer que estes 3 FPS que já cá analisei, qualquer um é francamente superior aos filmes AVP!