Continuando pelas rapidinhas na Mega Drive, o jogo que cá trago hoje é o Rolo to the Rescue, um título de plataformas publicado pela Electronic Arts para a Mega Drive em 1992. E quando o começamos a jogar, desde cedo notamos que há ali qualquer coisa de europeu na sua jogabilidade e direcção de arte. E de facto é o que acontece, este é um jogo produzido pela Vectordean, um estúdio britânico. O meu exemplar foi-me oferecido por um particular no verão passado, sendo a versão Genesis.
Neste jogo controlamos o elefante Rolo, cujo seu objectivo é o de salvar a sua mãe que se encontra prisioneira de um circo. Pelo caminho vamos salvando uma série de outros animais, que por sua vez também nos podem ajudar na aventura. Como? Bom, em cada nível temos vários animais enjaulados para resgatar, mas para o fazer temos de derrotar um inimigo específico que possui uma chave capaz de destrancar as restantes jaulas. Ao libertar os animais, eles seguem-nos sendo que teremos depois de descobrir a saída do nível. Nalguns níveis poderemos também encontrar peças de puzzle que representam uma rosa dos ventos, essas que nos deixam desbloquear outras saídas secundárias que por sua vez nos desbloqueiam novos níveis, incluindo níveis de bónus onde poderemos amealhar muitos pontos e/ou vidas extra.
Cada animal que nos acompanha pode ter diferentes habilidades que nos podem ser úteis, sendo que a qualquer altura podemos alternar entre personagens. Por exemplo, os castores conseguem nadar, os coelhos saltam mais alto do que qualquer outro animal, as toupeiras escavam túneis, etc. Todos estes animais dão-nos outras possibilidades que teremos de aproveitar de forma a conseguir atravessar os níveis, seja para desbloquear caminhos, ou para encontrar segredos. Para além disso, o próprio Rolo também pode apanhar diferentes power-ups que lhe dão outras habilidades, como é o caso de disparar água pela tromba, sugar objectos e dispará-los ou encher-se de hélio e flutuar como um balão.

Cada animal que libertamos possui habilidades que nos podem ser úteis, por exemplo o esquilo escala paredes
Graficamente é um jogo simples e colorido. Faz-me lembrar bastante o design de James Pond com os seus gráficos coloridos e personagens amigáveis, o que não é de estranhar, visto a Vectordean ser também a autora dessa série. Os níveis são distintos entre si, com cenários de floresta, desertos/pirâmides, zonas mais urbanas, etc. Um detalhe interessante de notar é o chapéu de Rolo que muda consoante a zona que estamos a explorar. No deserto, Rolo tem um chapéu daqueles típicos dos exploradores do final do século XIX, enquanto que no cenário do Oeste, Rolo possui um chapéu de Cowboy, ou um capacete de mineiro ao explorar cavernas! As músicas são típicamente bastante festivas e agradáveis, e também não me posso queixar dos efeitos sonoros.
Portanto este é um jogo de plataformas bastante divertido e com uma jogabilidade interessante, que nos oferece diferentes mecânicas de jogo. Não se deixem enganar pelo aspecto infantil da sua capa, é um jogo sólido.