Dead Angle (Sega Master System)

Voltando às rapidinhas, hoje revisitamos a Master System para mais um jogo que deu entrada na minha colecção algures em Março, após o ter comprado a um particular por 7€. Este jogo é na verdade uma adaptação de um jogo arcade lançado originalmente pela Seibu Kaihatsu, algures no final da década de 80. A Sega adquiriu os direitos do jogo e trabalhou numa conversão para a Master System, que saiu algures no ano seguinte.

Jogo em caixa

Aqui encarnamos num detective chamado George Phoenix algures na década de 30, em plena época de lei seca e de mafiosos. Como manda a lei dos clichés, aqui lá teremos de resgatar a namorada de um gangue de mafiosos, pelo que teremos sempre indivíduos de fato e fedora para disparar.

Para além de controlar a mira, controlamos também a posição da nossa silhueta

Na sua essência este é um light gun shooter, mas sem qualquer suporte a light guns, pelo que controlamos a mira com o d-pad. Existem no entanto algumas peculiaridades, pois na verdade não controlamos só a mira, mas também a silhueta da nossa personagem que está centrada no ecrã. Controlar essa silhueta é muito importante pois é a única maneira de garantir que estamos fora do alcance do fogo inimigo. Basicamente enquanto a silhueta se mantiver amarela estamos bem, já por outro lado se tivermos frente a frente com algum inimigo ela torna-se vermelha, pelo que temos de sair do campo de fogo ou matar o mafioso atempadamente. No ecrã vemos também uma grande barra de vida, mas esta é enganadora, pois bastam três disparos para perdermos a vida.

Portanto o jogo decorre ao longo de vários cenários, desde as ruas até aos interiores de um hotel de luxo, onde teremos de despachar dezenas e dezenas de inimigos. Na verdade, em cada nível temos um certo número de mafiosos para derrotar, só depois é que surge o boss e podemos avançar para o nível seguinte.

Para além de matar mafiosos, temos de sair da sua linha de fogo, que é assinalada quando a silhueta fica vermelha.

No que diz respeito aos audiovisuais, este foi daqueles jogos que sempre despertou a minha curiosidade quando era mais novo, pelos screenshots com inimigos grandes e bem detalhados. No entanto este é também um excelente exemplo de como os screenshots nos podem enganar, pois os inimigos não são nada variados entre si, apenas mudam a cor dos fatos, e a acção não é nada fluída. As músicas não são propriamente memoráveis também, pelo que os audiovisuais poderiam ser um pouco melhores. Por outro lado, a versão arcade possui gráficos e som muito superiores, e tendo em conta que o jogo saiu na Master System saiu originalmente em 1989, é de estranhar que não tenha havido uma conversão para a Mega Drive, tal como aconteceu com o Dynamite Duke, também da Seibu Kaihatsu.

Z (Sega Saturn)

Não sou o maior fã de jogos de estratégia, mas o jogo que cá vos trago hoje até que é bastante interessante! Z, produzido origininalmente pelo estúdio britânico The Bitmap Brothers para PC, viu também conversões para consolas como é o caso desta versão Sega Saturn e Playstation, embora estas se tenham ficado apenas em solo Europeu. O meu exemplar foi comprado algures no mês de Março numa feira de velharias por 2€.

Jogo com caixa e manual português.

Neste jogo controlamos um exército de robots vermelhos contra um outro exército de robots azuis (era tão bom que fosse ao contrário!!) em combates ao longo de diferentes planetas. Cada exército controla um forte no mapa e tem como objectivo destruir o forte inimigo. Para além disso poderemos conquistar outras secções do mapa que possuem fábricas que nos permitem construir outros robots e veículos e outros edifícios como oficinas que nos permitem reparar os veículos. Tipicamente, também espalhados pelos mapas estão alguns veículos ou canhões vazios que podem ser prontamente equipados por quem lá chegar primeiro.

Impossível o Zod não ser uma homenagem a Killgore de Apocalypse Now!

Portanto, como muitos jogos de estratégia em tempo real, o objectivo acaba por ser o de multi tasking, pois controlamos inicialmente um número reduzido de soldados e temos de ter a preocupação de construir as melhores unidades possíveis e mandá-las para conquistar os territórios inimigos, onde lentamente lhes vamos prejudicar a sua capacidade de produção e regeneração de veículos e soldados. Outra estratégia que podemos ter é a de destruir todas as fábricas controladas pelo inimigo, mas eu prefiro usá-las em nosso proveito. No entanto este é um jogo mais simples que alguns dos seus contemporâneos, na medida em que não temos de nos preocupar com economia de recursos para construir novos robots ou veículos. Basta tempo! Depois claro, vamos tendo diferentes tipos de infantaria e artilharia para construir e usar, uns mais poderosos que outros. Mas só os vamos desbloqueando à medida em que progredimos no jogo.

Ao contrário de outros RTS, aqui não precisamos de nos preocupar com recursos para construir coisas.

A jogabilidade é em tempo real e os controlos são típicos de um esquema de rato e teclado, pelo que dava muito jeito o rato da Sega Saturn. Supostamente o jogo até o suporta, mas eu é que não tenho um. Ainda assim lá podemos seleccionar unidades individuais ou em grupo e comandá-las a mover-se pelo mapa, ou a atacar alvos específicos. Comparando com a versão PC, neste campo esta fica nitidamente uns furos abaixo, até porque temos uma área activa de jogo mais reduzida, pois o mapa está aqui mais ampliado.

Mas o que mais me agrada neste jogo é sem dúvida o seu sentido de humor. A personagem da capa é o Comandante Zod e esta é facilmente uma referência ao excêntrico Tenente Coronel William Kilgore do clássico filme Apocalypse Now. Entre cada missão temos sempre algumas cutscenes bem cómicas entre os robots pilotos da nave que transporta o exército entre missões e o tal Zod. Para além disso, gosto bastante do design dos robots, está muito bem conseguido e ao longo do jogo também podemos ver as suas expressões faciais e frases que nos vão dizendo, algo que também me agradou bastante.

Combustível de foguetão, a cerveja dos robots!

Graficamente este é um jogo simples, nitidamente 2D, mas que sinceramente, com todos aqueles pequenos detalhes dos diálogos entre as tropas e as cutscenes entre missões, acaba por resultar muito bem! As músicas também são agradáveis e pelo meio lá temos algumas faixas mais rock que me agradam bastante!

Mais um screenshot da versão PC que tem sido practicamente impossível de encontrar screenshots da versão Saturn

No fim de contas este jogo acabou por ser uma óptima surpresa. Mesmo eu não sendo o maior fã de jogos de estratégia em tempo real, é fácil ver que o jogo possui um charme muito característico. É uma pena que os Bitmap Brothers já não estejam na máxima força desde o final dos anos 90, pois seria interessante ver um remake (em 2D!) deste jogo.

Sakura Magical Girls (PC)

E vamos lá para mais um artigo super rápido da saga Sakura! Estão a terminar, prometo! O que cá trago agora é o Sakura Magical Girls, também lançado em 2017 e tal como os seus predecessores, veio para a minha colecção digital do steam através de um indie bundle comprado a um preço bastante agradável, algures durante o ano passado.

A história desta vez coloca-nos no papel de mais um jovem adolescente. Só que desta vez é um delinquente que, visto ter tido más notas na escola e dever um balúrdio de dinheiro aos seus pais, vê-se forçado a arranjar um emprego e a única coisa que consegue é ser empregado de limpeza num hotel de luxo. No entanto no meio de uma das suas limpezas lá se vê envolvido numa confusão entre raparigas com poderes mágicos que combatem monstros. Como não seria suposto o rapaz conseguir ver nem as raparigas nem os monstros, pelos vistos também tem poderes mágicos e lá teremos de treinar magia com as moçoilas. Estes tipos da Winged Cloud têm cada ideia por vezes…

Duas das jovens com quem interagimos. Como sempre moças com muitas curvas.

As mecânicas de jogo são as habituais de uma visual novel da Winged Cloud, embora as escolhas que por vezes teremos de fazer não se reflitam tanto na maneira como a história se vai desenrolando. De resto podem contar com as mesmas habilidades em avançar texto já lido, ouvir os textos com voz automática, mas uma vez mais infelizmente não temos qualquer voice acting. Não entendo como é que eles para alguns jogos se esmeram e colocam voice acting, enquanto que para outros nada disso. As músicas não são nada de especial, exceptuando uma ou outra mais hard rock que me agrada mais.

Sakura Agent (PC)

Continuando pelas rapidinhas de visual novels da série Sakura, o que trago hoje é o Sakura Agent, lançado em 2017 pela Winged Cloud. Tal como os outros jogos da saga que tenho até agora na minha conta steam, este deu entrada na colecção algures em 2017, através de um indie bundle com um preço bastante em conta.

A temática desta visual novel é que os protagonistas são agentes de uma agência tipo “Men In Black”, mas ao contrário de lutarem contra extra-terrestres propriamente ditos, estes agentes lutam contra incursões de criaturas provenientes de outras dimensões. O protagonista principal é um jovem agente que se vê envolvido com a sua assistente e uma nova recruta numa história que vai misturando o combate com criaturas de outras dimensões com os eventuais romances à volta daquele triângulo. Nada de novo aí!

Estas são as 2 protagonistas que em conjunto com a personagem principal formam o triângulo amoroso desta vez.

O Sakura Nova tinha sido um jogo que até gostei pelos seus audiovisuais e a certo ponto pela história que misturava temas de fantasia e sci-fi. Infelizmente aqui deram um passo atrás, pois a arte não está tão boa (pelo menos para o meu gosto) e voltaram a não incluir qualquer voice-acting. Por outro lado o jogo possui algumas músicas mais hard rock que me agradam! De resto contem com as mesmas mecânicas de jogo como a possibilidade de avançar texto já lido ou ouvir os mesmos com uma voz automática.

Sakura Nova (PC)

Mais uma rapidinha da série Sakura, agora para o Sakura Cloud que sinceramente até nem desgostei de todo. Tal como o Sakura Fantasy, este também tem a temática de fantasia, mas ao contrário do anterior que é totalmente fantasia medieval, este aqui mistura o futurismo com o medieval, fazendo-me lembrar por vezes jogos como a saga Phantasy Star. Mas já lá vamos. Tal como todos os outros jogos desta saga que possuo até agora, este foi também num indie bundle algures no ano passado por um óptimo preço.

O protagonista principal é um jovem aspirante a Cavaleiro lá do reino, cujo pai é o Cavaleiro mais poderoso do reino. Aluno da academia, este Sakura Nova coloca-nos numa party com mais 2 raparigas (como sempre voluptuosas) que também querem ser cavaleiras por distintos motivos. À medida em que a história vai progredindo vamos tendo diferentes missões para matar certos tipos de monstros e o romance entre o protagonista e as suas colegas vai evoluindo, à medida das escolhas que fazemos.

Acho que todos sabemos o que vai acontecer a seguir.

Mais uma vez o jogo utiliza o mesmo motor de jogo dos anteriores, pelo que sabem com o que contar: a possibilidade de fazer skip a texto já lido, uma voz computorizada que lê os textos e desta vez resolveram incluir algo que já não faziam há algum tempo: voice acting em Japonês para as personagens femininas! De resto a nível audiovisual é um bom jogo. Gosto do design dos backgrounds e das personagens e as músicas são também agradáveis,