Uma das licenças que a Konami dispunha durante os anos 90 era a dos Tiny Toon, uma versão moderna dos clássicos Looney Tunes, com personagens jovens, mas inspiradas nas clássicas. Era uma das minhas séries de animação preferidas enquanto criança, pelo que os seus videojogos também me interessavam. Um dos jogos que a Konami desenvolveu foi este Buster Busts Loose, que tem como o Buster Bunny como protagonista principal. O meu exemplar veio de uma troca feita com um particular, há alguns meses atrás.
Este jogo não tem propriamente uma história em si, simplesmente parece ser jogado em episódios diferentes, onde cada nível possui uma temática completamente distinta. O primeiro nível é passado na “universidade” onde as personagens andam e temos de viajar até à cozinha, onde temos lá o Taz Junior (Dizzy Devil) a destruir a cozinha em busca de comida, já o nível seguinte leva-nos aos Westerns, com a última parte, passada na locomotiva de um comboio a vapor a lembrar-me logo do filme Back to the Future III. Um dos níveis seguintes já nos leva para o meio de uma partida de futebol americano onde temos de nos desviar de uma série de jogadores e conseguir marcar um touchdown. O último nível (que não se consegue aceder no modo easy) já é uma clara paródia/homenagem aos filmes do Star Wars.
O jogo em si usa as mecânicas dos jogos de plataformas, com Buster a dispor de um botão para saltar, outro para atacar (através de umas cambalhotas pelo ar) e os botões L e R a servirem para activar o dash, ou seja, para permitir ao Buster correr desenfreadamente, conseguindo até correr em paredes. É uma mecânica de jogo bem necessária nalguns níveis onde o platforming seja mais exigente. Mas não podemos simplesmente correr sempre que nos apetece, pois ao usar o dash estamos a usar uma barra de stamina do Buster, que se vai regenerando de cada vez que deixemos de correr. Pelo meio dos níveis principais temos sempre direito a alguns minijogos que podem ser escolhidos através de uma roleta. Estes minijogos são bastante variados entre si, desde versões simplificadas do Bingo, do jogo das escondidas, partidas de squatch, entre outros. Estes minijogos servem para ganharmos vidas extra, que por sua vez também podem ser obtidas a cada 100 estrelas que coleccionemos ao longo dos níveis “normais”.

Este é o minijogo que menos gosto, nunca fui fã de jigsaw puzzles, e aqui ainda temos a pressão do tempo
A nível audiovisual é um jogo competente, mas nada fora deste mundo tendo em conta as capacidades da Super Nintendo. São gráficos coloridos, com um nível de detalhe considerável e o uso quanto baste dos típicos efeitos de sprite scaling e mode 7 que a SNES sempre conseguiu fazer. Por outro lado as músicas são bastante festivas e vamos poder ouvir a faixa tema dos Looney Tunes Adventures tocada de formas completamente diferentes, mediante o nível em que estamos.
No fim de contas, este é um jogo de plataformas simples, mas bem competente. Os fãs do género conseguem passar um bom tempo com esta pequena aventura!
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