Super Puzzle Fighter II (Sega Saturn)

Quando via vídeos deste jogo no saudoso Templo dos Jogos, ficava sempre com o bichinho em jogá-lo. Por um lado é só mais um jogo de puzzle com blocos coloridos como muitos se fazem por aí, por outro tem as personagens do Street Fighter! O artigo de hoje recai então numa rapidinha a este clássico jogo de puzzle para a Saturn, cujo meu exemplar foi comprado algures em Junho na feira da Vandoma no Porto. Ficou-me por 10€.

Jogo com caixa

As mecânicas de jogo não são só as de agrupar blocos coloridos que eles depois acabam por desaparecer. Na verdade, ao juntar blocos da mesma cor eles fundem-se, mas para os destruir temos de encostar um “bloco” de ataque da mesma cor que faz despoletar uma explosão que é partilhada por todos os blocos da mesma cor que estão em contacto com o “bloco de ataque”. Cada vez que destruímos blocos do nosso lado mandamos para o lado do oponente uma série “counter blocks”, que só ao fim de alguns turnos é que se tornam em blocos coloridos. Até lá só servem para atrapalhar, pelo que quem encher o ecrã primeiro, perde a ronda! E claro, ao fazer combos encadeados só nos facilita mais as coisas, pois enviamos mais “lixo” para o oponente.

Podemos desbloquear algumas personagens secretas como o Akuma

Existem vários modos de jogo, o arcade apenas é single player e leva-nos a defrontar todos os oponentes, uns a seguir aos outros e o Akuma é o oponente final. O Versus como o próprio nome indica é a vertente multiplayer e por fim temos o Street Puzzle Mode, que é um modo single player mas que nos deixa desbloquear alguns extras como vestimentas alternativos, músicas, ou mesmo códigos que nos desbloqueiem personagens extra como o Dan ou Akuma. A jogabilidade em si é bastante viciante, como tipicamente estes puzzle games o são.

Blocos da mesma cor vão se fundindo em blocos maiores, que causam mais estragos para o oponente quando forem rebentados

A nível audiovisual é um jogo bem conseguido. Apesar do seu nome ser uma referência ao Super Street Fighter II Turbo, na verdade o seu elenco vai buscar os lutadores à série Darkstalkers e Street Fighter Alpha. As personagens estão representadas de uma forma caricaturizada, tipicamente apelidada de super deformed. Para o tipo de jogo que é, sinceramente até que calha bem este estilo visual. As músicas são agradáveis e os efeitos sonoros, bom, parece que estou num anime com tantas bocas em japonês que as personagens vão mandando umas para as outras!

Metal Slug Anthology (Sony Playstation 2)

Já o referi várias vezes. A Playstation 2 foi uma consola colossal. Teve tanto sucesso que muitas empresas se deram ao trabalho de lançar várias compilações de jogos clássicos. A menos que sejam jogos ocidentais como foi o caso da Williams, essas compilações tendem a ficar-se apenas pelo Japão, mas não, na Playstation 2 muitas foram as que chegaram até nós Europeus. E as compilações com o selo da SNK sempre foram as que mais me interessaram, tal como é este Metal Slug Anthology, cuja minha cópia foi comprada numa Player aqui no Maiashopping algures em Maio deste ano. Custou-me cerca de 15€.

Compilação com caixa e manual

Metal Slug é uma série que dispensa apresentações. Uma excelente série de acção / plataformas / shooters que começou o seu legado nos sistemas arcade e Neo Geo. Esta compilação inclui o Metal Slug, Metal Slug 2, Metal Slug X, Metal Slug 3, Metal Slug 4, Metal Slug 5 e por fim o Metal Slug 6. Para todos estes jogos, excepto o Metal Slug 6 e o Metal Slug X que é na verdade uma versão melhorada do Metal Slug 2, todos eles possuem já artigos próprios, pelo que recomendo a sua leitura para uma análise mais detalhada. Vou aproveitar este artigo para escrever um pouco sobre o Metal Slug 6, o primeiro jogo da série já a não ser desenvolvido no velhinho hardware da Neo Geo, mas sim na Atomiswave da Sega, uma espécie de sucessor do sistema Naomi.

No Metal Slug 6 o elenco de personagens possui habilidades diferentes entre si

No Metal Slug 6 a história retorna de novo à aliança entre o ditador Morden e os marcianos, mas depressa vemos que afinal os marcianos foram invadidos por uma outra espécie ainda mais letal de alienígenas, que se preparam para invadir a terra também. Ao longo do jogo vamos então cooperando com as forças do ditador Morden, bem como os próprios marcianos enquanto enfrentamos esta nova ameaça.

No Metal Slug 6 os backgrounds são mais bem definidos, o que não me agrada tanto pois sou fã devoto do pixel art desta série

A nível de jogabilidade o Metal Slug 6 trás muitas novidades, incluindo o facto de cada personagem jogável possuir diferentes habilidades e pontos fortes ou fracos. Por exemplo, algumas personagens já vêm equipadas com metralhadoras, ou são mais fortes quando conduzem veículos, outros são mais fortes no combate desarmado, entre outras habilidades. Outra das novidades está mesmo no facto de podermos carregar 2 armas especiais ou conduzir novos slugs, como o burro equipado com uma metralhadora, ou uma “escavadora-helicóptero”, para aquele segmento em que temos de escavar um fosso e combater alguns inimigos subterrâneos.

Por outro lado, o que não falta são coisas grandes para destruir!!

De resto é um jogo repleto de acção como todos os da série Metal Slug, ficando apenas a perder um pouco nos audiovisuais. Isto porque os gráficos estão mais clean, especialmente o dos cenários de funto, que sinceramente já não me agrada muito visto eu ser um grande fã do pixel-art introduzido nesta série. As músicas também não são lá muito cativantes. Preferia que fossem mais rock como em alguns jogos da série!

A compilação em si é excelente, incluindo também alguns extras desbloqueáveis, como uma galeria de imagens alusivas aos jogos aqui incluídos. É um título de peso para se ter numa colecção de Playstation 2, pena que tenha vindo a encarecer bastante nos últimos tempos. Se o virem baratinho aproveitem que vale bem a pena!

Micro Machines 2: Turbo Tournament (Sega Mega Drive)

O primeiro Micro Machines foi um dos jogos que mais joguei na minha infância para a Master System. Apesar do jogo ter um início de vida algo conturbado devido ao seu lançamento sem licença oficial da Nintendo ou Sega, acabou por ser um sucesso e naturalmente que sequelas acabaram por ser desenvolvidas. A primeira é este Micro Machines 2 Turbo Tournament, cuja versão da Mega Drive me veio parar à colecção após ter sido comprada por 10€ na feira da Vandoma no Porto. Algures em Janeiro de 2016!!

Jogo completo com caixa e manuais

A sequela do Micro Machines inclui alguns novos modos de jogo, diferentes veículos e uma jogabilidade extremamente viciante, ideal para o multiplayer com amigos. Foi também um dos jogos que foi lançado com um J-Cart, permitindo ligar mais 2 comandos no próprio cartucho, elevando o número máximo de jogadores não para quatro, mas sim oito, pois há a possibilidade de cada 2 jogadores partilhar um comando. Na vida real nunca joguei com tanta gente, o máximo foi mesmo com 4 pessoas, cada uma com o seu comando. No entanto, infelizmente esta minha versão é um cartucho normal, não um J-Cart.

Mais uma vez vamos percorrer circuitos improvisados onde tudo vale. Até na casa de banho!

Mas adiante, temos vários modos de jogo. O Challenge é aquele em que vamos percorrendo todas as pistas do jogo, mas temos de chegar nos primeiros 2 lugares de forma a prosseguir para a pista seguinte. Se chegarmos 3 vezes seguidas em primeiro, somos levados para um nível de bónus onde podemos ganhar vidas extra. Isto porque a cada vez que falhamos a qualificação para a etapa seguinte perdemos uma vida. Depois temos também o modo Super League que é um campeonato onde no fim vence quem tiver mais pontos. O Time Trial é um modo de jogo que deveria dispensar apresentações, pois é onde podemos aperfeiçoar as nossas skills e chegar ao fim da corrida no menor tempo possível. Por fim temos o head to head contra o CPU, que sinceramente não gosto muito. Aqui por cada vez que alguém deixar o oponente para trás, ficando fora do ecrã, ganha um ponto enquanto o oponente perde um ponto. A parte chata daqui é que cada vez que isso acontece, o jogo pára por uns momentos de forma a colocar ambos os carros ao mesmo nível e isso corta bastante o ritmo de jogo.

Por vezes conseguimos encontrar alguns atalhos ou mesmo power ups secretos como vidas extra!

O multiplayer é aquilo que sempre chamou mais à atenção da série. E aqui também podemos correr em partidas amigáveis, time trial, e vários tipos de torneios, que podem ir até aos 8 jogadores como já referido ali em cima. E porque é que o jogo é tão divertido? Bom, por mim é por vários motivos. Um deles porque é uma viagem nostálgica enorme, que nos leva aos nossos tempos de infância onde brincávamos com carros de miniatura em pistas improvisadas, fosse no chão, na cozinha, jardim ou casa-de-banho! Depois porque a jogabilidade é excelente e o jogo bastante desafiante, com os circuitos a ter vários obstáculos e abismos onde podemos cair e com isso perder alguns segundos preciosos.

Por vezes o jogo é bem desafiante, seja pelos obstáculos que nos vão aparecendo, ou pela agressividade dos oponentes

Graficamente é um jogo bastante colorido tal como o primeiro e os cenários vão sendo variados e bem detalhados. Se gostaram do primeiro Micro Machines, este não fica nada atrás nesse campo. Cenários como mesas de bilhar, máquinas de pinball, oficinas, casas de árvores, cozinhas, casas de banho, entre muitos outros continuam aqui representados de uma forma bastante criativa. Recomendo vivamente! Depois deste Micro Machines 2, saiu um update no ano seguinte, chamado Micro Machines 96 Turbo Tournament, que é essencialmente o mesmo jogo com mais veículos, pistas e a possibilidade de criar os próprios circuitos. Mas isso fica para a altura em que eu eventualmente lá encontre esse jogo.

Chakan (Sega Game Gear)

Continuando pelas rapidinhas e pela Game Gear, este jogo que cá trago hoje é a adaptação para a Game Gear de um jogo de mesmo nome que tinha sido lançado para a Mega Drive, por intermédio da Sega of America. Por sua vez, ambos os jogos são baseados numa comic norte-americana do mesmo nome, que conta a história de Chakan, outrora um guerreiro poderoso, mas após um duelo com a morte, ganhou o presente envenenado da imortalidade, com o preço de ter de erradicar uma série de demónios antes de poder retomar à sua forma original. O meu exemplar foi comprado na Feira da Vandoma do Porto, algures no mês passado, tendo-me custado 5€. Edit: arranjei recentemente um exemplar completo.

Jogo com caixa e manual.

Este é um jogo de acção e plataformas inteiramente não linear. Somos largados numa espécie de hub world onde podemos encontrar 6 portais que nos levam para diferentes níveis, podendo estes serem jogados em qualquer ordem. Os níveis em si vão sendo algo labirínticos e repletos de inimigos, pelo que o desafio está sempre lá, até porque a jogabilidade exige alguma práctica. Isto porque Chakan pode atacar com as suas espadas em qualquer direcção, obrigando-nos a usar o d-pad em conjunto com o botão de ataque, se quisermos direccionar os ataques de outra forma. É possível também fazer um salto duplo e atacar durante esse mesmo salto duplo, o que é bastante útil pois estamos temporariamente invulneráveis emquanto rebolamos no salto duplo. Rebolar no chão é também uma possibilidade e será bastante útil em algumas circunstâncias. Depois os níveis também são algo labirínticos e cheios de passagens secretas, pelo que exigem uma abordagem cuidada. É certo que Chakan é imortal, mas ao esgotar-se a sua barra de vida somos levados de novo ao hub world e teremos de recomeçar o nível do zero.

Graficamente é um jogo excelente, com níveis e sprites muito bem detalhados para uma portátil 8bit

No final de cada nível temos sempre um boss para defrontar, e no caso de jogarmos na dificuldade máxima, acabamos por desbloquear um nível e boss extra. Ao longo dos níveis vamos encontrando também várias poções mágicas que podem ser usadas no sistema de alquimia do jogo, bem como algumas espadas elementais mais poderosas, muitas vezes muito bem escondidas. O sistema de alquimia usa as poções que vamos encontrando ao longo do jogo, cujas combinações nos podem atribuir alguns poderes temporários, como destruir todos os inimigos presentes no ecrã, invisibilidade, um escudo extra, duplicar o poder de ataque, entre outros, incluindo regenerar a nossa vida, que não regenera de outra forma, nem ao mudar de nível. São poderes que nos vão dar um jeitaço e devem ser usados com precaução!

Chakan apesar de ser imortal, sofre dano. E o jogo é desafiante!

De resto a nível audiovisual devo dizer que este é um jogo que me agradou bastante. As sprites são grandes, os níveis muito bem detalhados graficamente. Existe alguma variedade nos visuais entre os níveis, mas são todos sinistros e infernais, o que me agrada bastante. Os inimigos e principalmente os bosses também estão bem desenhados! O jogo possui também uma longa cutscene de introdução que está graficamente bem representada. As músicas por outro lado não são nada de especial, mas ouvem-se bem.

Fiquei agradavelmente surpreendido por este Chakan. A sua jogabilidade exige alguma práctica, e o jogo em si é desafiante. Mas tecnicamente parece-me excelente! Fico ainda mais curioso em um dia jogar a versão Mega Drive que um dia há-de vir cá parar à colecção.

Chuck Rock (Sega Game Gear)

De forma a compensar a minha ausência, irei publicar uma série de rapidinhas nos próximos dias. Começando pela Game Gear, o jogo que trago cá agora é a adaptação para esta consola do Chuck Rock, desenvolvido originalmente pela Core Design para computadores como o Commodore Amiga e Atari ST, tendo sido posteriormente convertido para uma série de outras plataformas 8 e 16 bit. Para as consolas da Sega, as primeiras conversões sairam precisamente na Master System e Game Gear, cuja minha cópia foi comprada algures no mês passado de Junho na feira da Vandoma do Porto por 5€.

Jogo com caixa e manual

Embora não seja propriamente notório nesta versão, a menos que eventualmente esteja explícito no manual, a história do Chuck Rock recai no cliché do costume, onde teremos de salvar a nossa mulher que foi raptada por um vilão qualquer da pré-história. O jogo usa as mecânicas clássicas deos platformers, com um botão para saltar e o outro para atacar. Se atacarmos enquanto estivermos a saltar, então o ataque sai um pontapé. Se por outro lado atacarmos enquanto no solo, o ataque é literalmente uma barrigada! Sendo um jogo da Core Design, é normal que haja aqui e ali algum sentido de humor, o que acontece principalmente na cutscene de abertura do jogo, que infelizmente não está aqui representada. De resto é um jogo de plataformas comum, onde temos também a possibilidade de carregar com rochas e usá-las para as atirar aos inimigos ou como plataformas para alcançar zonas de mais difícil acesso. Temos também uma série de itens para apanhar, e tal como em muitos platformers ocidentais desta época, a maior parte dos itens que podemos apanhar traduzem-se apenas em pontos, excepto os corações que nos restabelecem parte da nossa barra de vida.

As sprites até que são grandes nesta versão, mas em contra partida a área visível de jogo é muito reduzida

A nível audiovisual, esta versão do Chuck Rock decepciona um pouco. Na parte dos gráficos, as sprites até que são bem detalhadas, mas peca por ter os fundos todos negros, ao contrário das versões originais que possuem níveis bem mais bonitos e detalhados. Na parte dos efeitos sonoros, bom, esta é uma conversão muito semelhante às primeiras do jogo, pois não possuiam qualquer banda sonora, à parte da música título. Infelizmente a versão Master System também é muito semelhante a esta versão, melhorando apenas na resolução do ecrã.

Este Chuck Rock é então um jogo de plataformas bem decente, mas que nos deixa a saber a pouco, muito pouco, principalmente se depois virmos a versão Mega Drive (ou as originais para o Atari ST e Amiga) em movimento.