Duke Nukem 3D Atomic Edition (PC)

Duke Nukem 3D Atomic EditionBem, este semestre a época de exames da Faculdade está a ser mesmo apertada mas lá consegui arranjar um bocadinho para escrever mais um pouco. Este post na verdade devia ter sido escrito à uma semana atrás como comemoração do lançamento de Duke Nukem Forever mas pronto. A minha cópia infelizmente não é a versão “original”, mas uma budget release que comprei por aí em 1999/2000, não me lembro. Como muitas budget releases da altura, o manual em papel é inexistente, estando disponível em pdf no próprio disco do jogo. Fora isso, está em condições impecáveis.

Duke Nukem 3D Atomic Ed
Jogo "completo" com caixa e disco.

Apesar de não ser a primeira aventura do herói (existem 2 jogos de plataformas para PC), Duke 3D foi o jogo que lhe deu todo o carisma: Humor negro, sexo, drogas e rock n’ roll. Apesar de hoje em dia não ser incomum encontrar strippers, palavrões e violência em jogos de vídeo, para os padrões de 1996 era algo chocante. E logo eu que comecei a jogar FPS nessa altura… Mas não foi só pela polémica que Duke 3D foi um jogo de grande sucesso: Os níveis estão muito bem construídos, ambientes bastante variados e com um elevado grau de interactividade que na altura não era habitual: desde jogar bilhar, ver câmaras de segurança, trocar bitaites com NPCs (maioritariamente mulheres), karaoke, etc. O jogo está também repleto de referências cinematográficas, de outros videojogos ou até de pop-culture. Em zonas secretas encontramos personagens mortas como Indiana Jones, Luke Skywalker, e até o Space-Marine de Doom. Monstros espaciais que lembram os face huggers de Aliens, o carisma dos Pig-Cops, mapas passados em cinemas para adultos, restaurantes chineses, no espaço, em super-mercados, parques de diversões, numa cadeia que lembra os “Renegados de Shawshank”, etc etc etc. Tudo motivos que fizeram com que o Duke 3D fosse um dos FPS mais bem sucedidos do seu tempo.

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Shake it baby! Wanna dance?

Mas as coisas não se ficavam por aí, as armas e os items também tinham o seu quê de “bonito”. Com a possibilidade de carregar 10 armas, desde o belo do pontapé, passando por shotguns, metralhadoras, lança rockets, pipebombs, bombas equipadas com sensores laser… mas há armas que realmente marcaram pela diferença: “Shrink-ray” era uma delas, uma arma que encolhia os inimigos do tamanho de ratos e Duke podia perfeitamente pisá-los em seguida. Um outro modo de funcionamento dessa arma seria o precisamente o inverso, aumentar continuamente os inimigos de tamanho até que expludam. Oh, so much fun. Para além do imenso arsenal, Duke também poderia usar uma série de diferentes items: Jetpacks para voar sobre os níveis, óculos de visão nocturna, steroids para dar mais força e velocidade ao Duke, equipamento de mergulho para exploração subaquática, hologramas do Duke para fazer de isca para os inimigos, entre outros.

Mas que história se trata em Duke Nukem 3D? Voltemos ao início. No primeiro jogo da série, Duke Nukem defronta um cientista tirano de nome Dr. Proton. Duke derrota-o e 1 ano depois decorrem os acontecimentos de Duke Nukem II. Duke é raptado por um bando de extraterrestres e o resto da história não deve ser muito difícil de imaginar. Duke 3D decorre logo depois de DNII, quando Duke está a regressar à terra. Assim que sobrevoa Los Angeles a sua nave é atacada e Duke apercebe-se que Los Angeles tinha sido tomada de assalto pelos aliens, que até já controlavam a polícia local. O jogo decorre por uma série de diferentes locais, passando de Los Angeles para uma base espacial humana, regressando depois a Los Angeles para acabar com os aliens de vez. Atomic Edition é uma edição especial que contém o “Plutonium Pak”, a única expansão oficial desenvolvida pela 3D Realms para o jogo que contém mais um episódio com uma série de novos níveis, uma arma nova e um inimigo novo (e bastantes referências humorísticas nos níveis, mais uma vez). Neste episódio, a história diz que os Aliens conseguiram introduzir na Terra uma rainha alienígena de uma raça de monstros ferozes, cabendo ao Duke a responsabilidade de exterminar essa menina.

Nunca tinha reparado naquele cartaz

Duke Nukem 3D é um first person shooter “2.5D”, tal como Doom, Hexen, Blood e outros que tal. 2.5D na medida em que, apesar de os níveis serem aparentemente 3D, os objectos, os monstros e demais NPCs eram apenas sprites em 2D. Em Também em 1996 a id software lança o Quake, um outro FPS que apesar de não ser o primeiro totalmente em 3D, foi certamente o que impulsionou os restantes. Apesar de não ser uma engine muito avançada, a BUILD (nome da engine) acabou por ser muito bem usada, permitindo a criação de níveis bastante criativos, variados e coloridos, introduziu pequenos detalhes que faziam a diferença perante todos os outros FPS do mercado: Destruição de cenários, maior interactividade, buracos deixados nas paredes pelas balas, pegadas do Duke espalhadas por toda a parte sempre que calcasse água, sangue ou até “presentes” deixados por cãezinhos ou um certo inimigo. A título de curiosidade, esta engine acabou por ser utilizada em Shadow Warrior (mais um FPS da 3D Realms que falarei noutra altura), Blood e Powerslave (que começaram por ser jogos da 3D Realms, mas a 3DR acabou por vender os direitos a outras empresas para os terminarem, pois o foco da 3DR era mesmo o Duke 3D e o Shadow Warrior), entre outros como os jogos da série Red Neck Rampage. Duke Nukem 3D tem também um modo multiplayer, que como os jogos da época resumia-se a Deathmatches pela rede, internet (dial-up) e máquinas ligadas pela porta série RS232.

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Ooops, desculpa lá, continua a fazer o teu serviço!

Nesta versão Atomic Edition, o CD do jogo contém vários bónus, para além de versões shareware de alguns jogos da Apogee/3DRealms, screenshots de jogos em desenvolvimento na altura, ficheiros de som, entre outros, trazia também um editor completo BUILD para os utilizadores que quisessem criar os seus próprios mapas. Os editores Build traziam também documentação técnica muito bem explicada para que todos se sentissem à vontade em desenvolver níveis para o jogo. E resultou. À semelhança de Doom, que tem uma enorme comunidade de fãs que criaram vários novos mapas, e episódios inteiramente novos com diferentes artwork, Duke 3D também ganhou a sua legião de fãs que disponibilizaram na Internet vários mapas. Eu próprio cheguei a criar alguns, mas eram muito mauzinhos.

O boss final do 3º episódio
O boss final do 3º episódio

Para além da Atomic Edition, existem uma série de outros add-ons que embora não sendo oficiais, foram devidamente autorizados pela 3D Realms: Duke Caribbean e Duke it out in DC são os mais conhecidos. Existe também um certo mapa desenvolvido por uma certa revista norte americana bastante culta que chegou há relativamente pouco tempo a Portugal: Penthouse, conhecem? 😛

Duke 3D foi um jogo bastante sucedido, tendo sido convertido para uma série de plataformas: Saturn, Nintendo 64 (esta versão bastante censurada infelizmente), PS1 (que contém uma série de inimigos e níveis exclusivos), Mega Drive (embora esta não seja oficial), Xbox Live Arcade, Iphone, entre outros. A versão PC e Xbox Live Arcade na minha opinião são as melhores, embora para quem queira jogar o jogo de PC nas máquinas actuais tenha mais algum trabalho. Ou se usa um emulador como o DosBox, ou corre-se numa máquina virtual de Windows 95/98, ou então faz-se o download de algumas aplicações desenvolvidas pelos fãs, que pegam nos ficheiros de jogo originais, substituem as texturas por novas texturas de alta resolução e contém loaders compatíveis com windows. Quem não quer ter este trabalho todo, ou não deita fora o seu velhinho PC ou então o melhor é mesmo jogar uma versão das consolas. Depois de Duke 3D sairam mais uns jogos de acção na 3ª pessoa para PS1 e N64, um FPS para GBA (fraquinho), um jogo de plataformas para PC (DN Manhattan Project) e finalmente o Duke Nukem Forever que esteve imensos anos em desenvolvimento e ao contrário dos outros todos este estava a ser desenvolvido pela sua verdadeira equipa, a 3D Realms. Duke Nukem Forever finalmente saiu cá para fora há uma semana e como seria de esperar, a enorme expectativa que se gerou em torno do jogo deixou muita gente desiludida com o produto final. Apesar de eu acompanhar o desenvolvimento do DNF desde 2000, sempre contei que o jogo não viesse cá para fora com os melhores gráficos, mas sempre esperei que o mesmo carisma se mantivesse. Actualmente não tenho máquina para o jogar, mas espero faze-lo muuito em breve.

O que acontecerá se interagir com aquela estátua?
O que acontecerá se interagir com aquela estátua?

Always bet on Duke.

Global Gladiators (Sega Master System)

Cover

Tempo de exames, o GHZ continua meio abandonado, embora ainda amanhã queira fazer um outro post especial se tiver tempo, a verdade é que até meados de Julho os updates serão escassos. Prometo dedicar-me mais depois no tempo de férias! Entretanto cá fiquemos com mais uma análise a um outro jogo da minha infância, e vocês devem-se estar a perguntar o que raio está ali a fazer o simbolo da McDonals? Já lá vamos! Global Gladiators foi dos primeiros jogos que tive, oferecido pelo mesmo amigo que me ofereceu o Desert Strike para a mesma consola.

Caixa, cartucho e manuais

Global Gladiators é um jogo de plataformas licenciado pela Mc Donalds. Na verdade não é o único jogo do gigante da fast food, muita gente deve conhecer o MC Kids (ou McDonald Land como foi conhecido na Europa) para a NES e várias outras plataformas, bem como McDonald’s Treasure Land para a Mega Drive (sendo este desenvolvido pela Treasure). MC Kids e Global Gladiators quase que poderiamos chamar de sequelas, pois contam com os mesmos protagonistas, a dupla pré adolescente Mick e Mack (apesar de eu não ter bem a certeza qual dos jogos saiu primeiro, pois são os 2 originários de 1992).

A premissa é simples, Mick e Mack são grandes fãs de banda- desenhada, principalmente dos Global Gladiators, uma dupla de heróis ecologistas cujo objectivo é livrar o planeta de toda a poluição e monstros poluídores. Como todas as crianças normais, sempre se perguntariam como seria viver aquelas aventuras e eis que aparece o palhaço Ronald Mc Donald e concede-lhes o desejo: Transforma-os nos Global Gladiators e envia-os para um mundo de fantasia bastante sujo, repleto de monstros e máquinas poluidoras. Global Gladiators foi originalmente lançado para a Mega Drive em 1992, pelo mesmo estúdio da Virgin que mais tarde fez a versão Mega Drive de Aladdin, um dos melhores jogos da Disney com brilhantes animações para a época. Esse estúdio da Virgin mais tarde viria a formar um estúdio independente de nome Shiny Entertainment, o mesmo que produziu entre outros, os Earthworm Jim, e quem conhece o jogo sabe perfeitamente da sua qualidade gráfica. Global Gladiators para a Mega Drive também era um jogo bonito de plataformas, embora demasiado fácil. A conversão para Master System chegou um ano mais tarde, embora não se saiba bem qual estúdio da Virgin que tenha tratado da conversão. Graficamente não é um mau jogo, considerando as limitações do hardware de 8bit da Sega, embora não tenha o mesmo appeal gráfico do seu primo de 16bit. Ainda assim Global Gladiators tem boas animações, e a versão 8bit apresenta uma dificuldade acrescida. Inimigos mais difíceis de matar e o gameplay um pouco mais lento e travado.

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Benvindos ao slime world. Aquela mancha amarela é o que sai da arma. Muito suspeito.

O gameplay consiste em Mick e Mack percorrerem uma série de níveis equipados com uma “goo gun”, que mais parece que dispara vomitado. Os níveis estão repletos de vários monstros, plataformas invisíveis, e vários simbolos “M” da McDonalds espalhados pelo mapa inteiro. Para avançar de nível, é-nos pedido que apanhemos um determinado número desses M’s, e depois que encontremos o Ronald Mc Donald para avançar de nível. Existe um limite de tempo para fazer isso tudo e se conseguirmos apanhar mais 10 M’s que os pedidos temos acesso a um nível de bónus no final do nível. Os controlos são simples, o botão direccional para se movimentar (e apontar a arma), botão 1 para disparar e botão 2 para saltar. O grande problema desta versão de Global Gladiators é mesmo os saltos, são um pouco imprecisos e requerem algum treino. Isso e a falta de continues, foi o que deu a fama de a conversão 8bit ser um maior desafio que a versão original. Existem 4 áreas: Slime World, um enorme mundo de “ranho”, à falta de melhor palavra, Mystical Forest, conforme o nome indica é passado numa floresta, Toxic Town, uma cidade bastante poluída e com “rios” de petróleo, e a zona final Artic World, passada numa zona gelada. Cada uma destas zonas é composta por 3 actos, fazendo 12 níveis no total. Para um jogo sem Continues e com níveis relativamente grandes, acaba por não ser pouco. Global Gladiators tem uma mensagem ecológica por detrás (apesar de ironia do destino, ser um jogo licenciado pela Mc Donalds), e os níveis de bónus consistem em vários objectos (lixo) caírem do céu, e controlando o Mick ou Mack temos de “apanhar” os objectos e colocá-los no caixote do lixo correcto (um pouco como a separação do lixo que fazemos hoje em dia). Basta cair uma peça de lixo ao chão e o nível de bónus termina.

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Arctic World, um dos últimos níveis

Uma coisa que sempre me despertou curiosidade (e eu gosto bastante do artwork da caixa) Mick e Mack são 2 jovens de raças diferentes (um negro e outro branco), mas no jogo em si são ambos negros, apenas trocam a cor da camisola. Quando era mais novo sempre me perguntei se estaria a ver mal, ou se a minha televisão estaria avariada. Não que me queixe de ter 2 jogadores negros, não estou a ser (nem sou) racista. Apenas sempre achei curioso estarem 2 rapazes de diferentes raças na capa e no jogo não ser assim. Algum impedimento técnico? Lembro-me que não é fácil conjugar várias cores diferentes na mesma palette nestas consolas antigas, mas MC Kids da NES consegue-se diferenciar realmente o Mick e o Mack um do outro. Bom, também não é nada de especial.

A nível de som, e preparando para finalizar este post, a Master System tem como o seu ponto fraco a sua placa de som, pelo que comparando esta versão à original de Mega Drive não tem nada a ver. Ainda assim há algumas boas músicas lá pelo meio e os 10minutos que joguei disto antes de escrever o post relembrei-me de muitas delas logo no momento.

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Versão Megadrive do Slime World

Global Gladiators existe também para Game Gear, sendo exactamente igual a esta versão, e existe também uma versão lançada para Mega Drive, que apresenta gráficos e som muito superiores, bem como uma melhor jogabilidade. Eu recomendaria a versão 16Bit, embora não ficam mal servidos com esta. Global Gladiators também esteve para sair para SNES e Gameboy, embora por razões desconhecidas ambas as versões foram canceladas, mesmo já estando em estágios finais de desenvolvimento. Existe por aí nesse mundo da emulação uma versão beta do jogo para a SNES e estava muito bom. Mais cores que na Mega Drive, melhores músicas, prometia bastante, é pena.

Viewtiful Joe (Nintendo Gamecube)

VJ GCNEscrever aqui está-se a tornar cada vez mais complicado devido à minha carga de trabalho, mas há-de melhorar eventualmente. O jogo de hoje é mais um dos Capcom Five, que mencionei anteriormente nas análises do Killer 7 e P.N. 03. Viewtiful Joe foi lançado em 2003 pela “Team Viewtiful” que mais tarde haveria de ser conhecida como “Clover Studio”, estúdio da Capcom responsável por GodHand e Okami. A minha cópia foi comprada há pouco tempo no ebay UK pela quantia de 5 libras. Está impecável e felizmente não é a versão com a capa cor de rosa. 😛

Viewtiful Joe
Jogo completo com caixa e manual em inglês.

De todos os jogos da série Capcom Five (excepto o Resident Evil 4, que não é uma franchise original), Viewtiful Joe foi a série que mais vingou, com o lançamento de várias sequelas em diferentes plataformas e teve direito à sua própria série de animação. Viewtiful Joe saiu em 2003 e é um beat ‘em up sidescroller  à moda antiga repleto de referências cinematográficas e paródias aos milhentos de diferentes programas do tipo “Power Rangers” que existem por esse mundo fora, em especial no Japão. Neste jogo estamos no papel de Joe, um fanático por filmes de acção que, ao ver um filme do Captain Blue com a sua namorada Silvia, esta é raptada pelo vilão do filme e Joe tem de entrar dentro do filme, a chamada “Movieland” para a salvar. Lá descobre o Captain Blue que lhe passa os seus poderes, podendo Joe transformar-se numa espécie de “Power Ranger” com vários golpes especiais de nome VFX. São precisamente esses poderes especiais que tornaram Viewtiful Joe num sucesso, pois introduziram um gameplay algo novo na altura. No primeiro jogo da série são 3 poderes: Slow, Mach Speed e Zoom. Em Slow o efeito que provoca é semelhante ao bullet-time visto em Matrix e em Max Payne, por exemplo.  Tem também a particularidade de tornar os golpes e explosões mais fortes. O Mach Speed é o contrário, torna a acção bastante rápida e consegue-se dar bastantes mais golpes num inimigo do que normalmente. Finalmente, o Zoom como o nome indica permite aproximar a câmara de Joe, permitindo fazer alguns golpes mais “cinematográficos” e uns outros que de outra forma não seria possível fazer. Zoom tem a possibilidade de ser usado em conjunto com Slow ou Mach Speed. Como não poderia deixar de ser, existe uma barra de energia própria para os VFX, sendo que o seu abuso pode levar a que Joe fique momentaneamente sem o seu fato especial e seus respectivos super poderes.

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A dar porrada num boss

O jogo acaba por ser uma paródia aos filmes de acção no geral, com uma história bastante “cheesy“, e bosses carismáticos. Como já disse anteriormente, a paródia assenta mais nas séries do género “Power Rangers”, existindo desde rangers inimigos até batalhas com robôs gigantes. A história é contada ao longo de 7 episódios diferentes, onde apenas se pode fazer save game no início e no meio de cada episódio respectivo. A performance de Joe  nas batalhas é recompensada com pontos, bem como os items que vão sendo apanhados também fornecem pontos. Esses pontos são vitais, pois de vez em quando temos a hipótese de ir a uma loja trocar os pontos por mais golpes, items, up grades, vidas, etc.

Viewtiful Joe não é um jogo fácil e a habilidade do jogador vai ser posta à prova várias vezes. Quando se morre volta-se ao início do nível, “enxames” de inimigos, mais alguns puzzles que podem ser resolvidos usando os VFX, tornam Viewtiful Joe numa experiência bastante divertida, mas algo dificil. O jogo tem algum replay-value, no entanto. No início somos confrontados com apenas 2 dificuldades: Kids e Adults. Ao finalizar o jogo em Adults desbloqueamos um novo jogador (neste caso a Silvia, namorada de Joe) e uma nova dificuldade (V-Rated). Completando o jogo em V-Rated desbloqueamos Alastor (outrora um inimigo) e o modo Ultra V-Rated. Finalizando o jogo neste modo desbloqueamos a personagem final, o próprio Captain Blue. O que tem de especial desbloquear estas personagens? Pode-se jogar o jogo inteiro com a nova personagem, herdando novos golpes e habilidades, bem como uma história diferente (embora os níveis do jogo sejam semelhantes).

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Um nivel à moda de um R-Type

Tecnicamente é um jogo bastante interessante, o seu estilo gráfico em Cel-Shading confere uma atmosfera comic/cartoon que assenta perfeitamente ao conceito do jogo. Fez-me lembrar Killer 7, em algumas alturas. Os inimigos estão bem modelados e é óptimo andar a brincar com os diferentes VFX, esses efeitos estão bem conseguidos. A nível de som, a banda sonora é composta maioritariamente por músicas pop/rock, algo habitual em “teenager action movies” que o jogo tenta representar. Um outro extra que pode ser desbloqueado se jogado o modo “Kids”, é um videoclip musical da música “Viewtiful World”, onde os compositores da banda sonora do jogo participam, embora modelados pelas personagens de Viewtiful Joe. Este videoclip pode ser visto facilmente no youtube.

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Dante, de Devil May Cry na versão PS2

Viewtiful Joe foi relançado no final de 2003 no Japão com o nome “Viewtiful Joe: Revival”, adicionando um novo modo “Sweet Mode”, mais fácil que “Kids”. Posteriormente em 2004 saiu também para a Playstation 2, com o Dante de Devil May Cry como uma personagem desbloqueável. Apesar de tecnicamente a versão de Gamecube ser ligeiramente superior, os fãs podem preferir a versão PS2 por esse extra.