Pac-Attack (Super Nintendo)

De volta para mais uma rapidinha, desta vez a um puzzle game da Super Nintendo. Lançado originalmente apenas para os mercados ocidentais, este Pac-Attack é um jogo que mistura os conceitos de Tetris e do Pac-Man clássico na sua jogabilidade. A razão pela qual o jogo não sai originalmente no Japão, é porque este Pac-Attack é na verdade uma adaptação do Cosmo Gang the Puzzle, jogo lançado para as arcades e Super Famicom, exclusivamente no Japão. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Junho por 5€.

Então qual é mesmo o conceito deste jogo? Pensem num Tetris onde caem peças vindas do topo do ecrã e sempre que fazemos uma linha, essa desaparece. Por outro lado, se enchermos o ecrã de peças até elas transbordarem, seria game over. No entanto as peças são sempre compostas por 3 blocos numa forma de L e nos botões faciais poderemos rodá-las em várias direcções. Também, ao contrário do Tetris, sempre que deixamos uma “ponta de fora”, esta acaba por cair do seu bloco inicial para a superfície. Esses blocos para além de serem constituídos de pedra ou cimento, também podem ter alguns fantasmas e esses não desaparecem facilmente. Para além disso, uma linha de blocos normais com algum fantasma no meio não desaparece também! Qual a solução? Eventualmente surge algum conjunto de blocos com um Pac-Man. Assim que encaixarmos esse bloco, o Pac-Man começa a correr na direcção em que é largado. Se encontrar algum fantasma pelo caminho, come-o.

Apenas quando entra um Pac-Man em jogo é que podemos nos ver livre dos fantasmas, mediante a sua disposição no ecrã.

Pac-Man percorre principalmente caminhos horizontais, descendo sempre que encontra algum buraco, mas não consegue voltar a subir. Então o truque é deixar os fantasmas em disposições o mais horizontais possível, para que estes possam ser comidos de uma só vez. Comer grandes números de fantasmas e com combos de linhas a serem destruídas no processo dá-nos grandes pontos. Tal como no Tetris, quantos mais pontos fizermos, mais rápido e difícil o jogo se torna. Para além de um modo de jogo adicional para 2 jogadores que sinceramente não cheguei a experimentar, temos também um Puzzle Mode. Aqui o objectivo é completar uma série de níveis (100 no total) onde temos já uma série de blocos e fantasmas no ecrã e, com um número limitado de movimentos, o objectivo é eliminar todos os fantasmas. Acaba por ser uma boa maneira de practicar as mecânicas de jogo, mas também para expandir um pouco as mesmas, pois aqui vamos interagir com alguns blocos especiais que não me apareceram enquanto joguei o modo normal.

Um dos modos de jogo é um versus para 2 jogadores que acredito que seja divertido

A nível audiovisual é um jogo muito simples. A área de jogo é sempre uma parede de tijolos com vários graffiti do Pac-Man em plano de fundo a rodarem entre si. A música, apesar de não ser má, também não a achei sinceramente nada de especial. Este é mesmo um jogo que apenas a jogabilidade interessa e essa é bem capaz de agradar a quem gosta de jogos tipo Tetris. A maneira como introduziram o Pac-Man na fórmula até que foi bastante inteligente!

Xevious (Nintendo Entertainment System)

Vamos voltar aos clássicos para um dos vários jogos que ajudaram a definir os shmups como os conhecemos actualmente. Depois de Galaga e Galaxian, a Namco voltou a mudar um pouco a fórmula dos seus shooters arcade e em 1982 presentearam-nos com Xevious, um shmup com scrolling vertical e, apesar de ser um jogo sem fim onde o objectivo é o de sobreviver por mais tempo possível e obter a melhor pontuação, é também um jogo que vai ficando mais difícil quanto melhor for a nossa performance, pelo que introduziu algumas mecânicas de jogo interessantes para a época. O meu exemplar veio de uma Cash Converters em Espanha algures no passado mês de Maio por 15€. Foi o único recuerdo que trouxe daquelas pequenas férias, para além das picadas de mosquitos.

Cartucho solto

Tal como referi acima, este é um shmup com scrolling vertical onde vamos tendo vários inimigos para enfrentar. A primeira coisa que chama à atenção é o facto de termos uma mira que vai acompanhando o movimento da nossa nave. Isto acontece porque neste jogo temos de ter em conta que existem inimigos que voam e outros que se mantêm no solo. Os controlos são simples, com um botão para disparar a nossa arma primária, que é capaz de atingir outros alvos aéreos, enquanto que o outro botão facial serve para lançar bombas para o solo, que irão atingir o solo no local marcado por essa mira, no momento do disparo. Depois, também como tal referi acima, este é um jogo sem fim e o objectivo é o de sobreviver o máximo de tempo e conseguir a melhor pontuação possível.

A mira vemos à frente da nossa nave serve para assinalar onde os mísseis ar-terra serão atingidos para destruir alvos terrestres

Mas a maneira como o jogo escala a sua dificuldade é sem dúvida a mecânica de jogo mais interessante. Inicialmente temos alguns inimigos fracos para defrontar, com padrões de movimento e ataque que não inspiram muito perigo. Mas à medida que vamos avançando, o jogo começa a atirar-nos outros tipos de inimigos, com padrões de ataque mais agressivos, ou com padrões de movimento mais erráticos que nos dificulta a sua destruição. No chão, não só vamos tendo inimigos para defrontar como também ocasionalmente poderemos destruir algumas bases inimigas, algumas são perfeitamente inofensivas pelo que servem apenas para nos aumentar a pontuação, mas os Zolbaks, as bases cinzentas com quase círculo vermelho, são na verdade radares que registam a nossa performance e ao destruí-los o jogo volta a reduzir a sua dificuldade, pelo menos temporariamente. De resto, é um daqueles jogos em que qualquer dano que soframos é uma vida que perdemos, pelo que vamos morrer bastantes vezes. Ao menos a cada 30000 pontos vamos tendo vidas extra!

O design dos inimigos é simplista, porém bastante original e cada conjunto de inimigos possui diferentes padrões de movimento e ataque. Nem todos são suicidas, longe disso.

Graficamente é um jogo muito simples mas temos de ter em conta várias questões. Primeiro, o original arcade foi lançado no final de 1982 e é o primeiro, senão dos primeiros, shooters com scrolling vertical e com cenários mais complexos, pelo menos nada que fosse um ecrã negro com alguns pontos reluzentes a assinalar estrelas. É verdade que os cenários são simples, como massas de terra, florestas, água, alguns caminhos demarcados e pouco mais, mas para os padrões de 1982 era algo impressionante. Os inimigos têm também designs por vezes bastante abstractos, como é o caso daquelas placas quadradas de metal, indestrutíveis e que vêm a rodopiar pelo ecrã abaixo. E o som? A música é também extremamente minimalista, mas não deixa de ser algo hipnotizante! Este lançamento da NES, apesar de só ter chegado aos EUA e Europa em 1988 e 1989 respectivamente, é baseado na versão lançada para a Famicom em 1984. E essa conversão não só é um dos primeiros lançamentos third party para a Famicom, mas também um dos primeiros lançamentos third party de grande sucesso, até porque foi a própria Namco que tratou da conversão. E, tendo em conta que é um jogo de primeira geração da NES, apesar do seu lançamento tardio no ocidente, acaba por ser uma excelente conversão, tanto a nível de jogabilidade, como a nível técnico. Naturalmente houveram algumas cedências a nível gráfico e também na resolução, mas a conversão ficou bastante boa para a época.

Portanto Xevious é um jogo extremamente importante para todos os shooters que vieram a seguir-lhe as pisadas, não só pelo facto de visualmente apresentar uma evolução notória, mas também pela sua jogabilidade, dificuldade dinâmica e inimigos com variados padrões de movimento ou ataque. Xevious foi um sucesso, tendo sido convertido para uma grande variedade de sistemas, está presente em inúmeras compilações da Namco e recebeu também algumas sequelas. Talvez ainda traga alguma em breve!

Splatterhouse 2 (Sega Mega Drive)

No seguimento do primeiro Splatterhouse cuja versão Turbografx-16 cá trouxe recentemente, é tempo de ir explorar a sua sequela. Este Splatterhouse 2 e o terceiro (que infelizmente nunca chegou a ser lançado por cá) já foram jogos desenvolvidos exclusivamente para a Mega Drive, sem que nenhuma outra versão tivesse sido lançada para outros sistemas, pelo menos durante os anos 90. O meu exemplar foi comprado a um particular algures em Janeiro deste ano, tendo-me custado uns 10€.

Jogo com caixa. Manual procura-se.

A história leva-nos uma vez mais a controlar o Rick, protagonista do primeiro jogo. A Terror Mask, a tal máscara amaldiçoada, aparece-lhe em sonhos e diz-lhe para voltar à casa do primeiro Splatterhouse, pois assim conseguirá salvar Jennifer, a sua namorada. Quem jogou o primeiro Splatterhouse sabe bem qual foi o destino infeliz da Jennifer, portanto a aventura começa precisamente nas imediações da primeira casa, agora em ruínas, e com Rick a acordar, já com a máscara posta.

Cortar fetos com uma motossera? Tem tudo para dar certo.

A nível de jogabilidade este é um jogo muito semelhante ao seu precursor, ou seja, uma espécie de beat ‘em up primitivo, onde temos apenas um plano de movimento, com controlos simples (um botão para saltar, outro para atacar) e uma vez mais com muita violência e gore à mistura. Rick, pelo menos quando tem a máscara posta, é um gajo todo bombado pelo que não é muito ágil e os seus saltos vão sendo curtos, porém necessários, não só para ultrapassar alguns pequenos obstáculos, mas também para nos desviarmos de eventuais ataques baixos dos inimigos. Tal como no primeiro jogo, vamos poder também encontrar uma série de armas que poderemos apanhar como um tubo metálico que, tal como no primeiro jogo, atira os inimigos contra uma parede, desfazendo-os numa poça de sangue e carne. Outras armas como um osso gigante, tesouras que podem atiradas, uma motoserra ou mesmo uma caçadeira são algumas que poderemos vir a encontrar. Naturalmente, o jogo não é fácil, pois teremos de memorizar quais os inimigos que teremos de enfrentar e os seus padrões de ataque. Mediante o grau de dificuldade escolhido a nossa barra de vida terá entre 2 a 4 “corações” e visto que não existem itens regenerativos, é fácil perder vidas caso cometamos muitos erros. Felizmente esta sequela tem um sistema de passwords que nos permite continuar a partir do último nível que tenhamos concluído com sucesso.

A história é muito simples e vai-se desenrolando através das introduções de cada nível

Graficamente o jogo mantém a mesma estética do seu antecessor. Contem portanto com cenários macabros, a começar pelas ruínas da primeira mansão, onde depois descemos aos seus subterrâneos, voltamos a sair e percorremos um rio até chegarmos a uma outra mansão repleta de perigos. Os inimigos são uma vez mais criaturas macabras, incluindo fetos deformados. É um jogo com muito gore, pois mediante as armas que eventualmente usemos, os inimigos desfazem-se em poças de sangue e carne putrefacta. A banda sonora é agradável, embora confesso que prefiro as músicas do primeiro jogo.

Graficamente é um jogo super macabro e com criaturas grotescas, incluindo os bosses

Portanto este Splatterhouse 2 é um jogo que irá certamente agradar a quem jogou o primeiro título. A sua jogabilidade é muito idêntica, apresentando-se como um beat ‘em up algo primitivo, mas bastante desafiante e claro, com toda aquela violência, cenários macabros e criaturas grotescas tal como no seu antecessor. A Namco ainda lançou um Splatterhouse 3 que já é um pouco diferente, mas infelizmente, por qualquer razão inexplicável, tal jogo nunca chegou à Europa… até parece que a Mega Drive não foi uma plataforma bem sucedida por cá…

Splatterhouse (Turbografx-16)

Produzido pela Namco, originalmente para as arcades em 1988, Splatterhouse é um beat ‘em up simples nas suas mecânicas de jogo, porém a sua estética de filmes de terror, aliadas à sua extrema violência e gore foi sem dúvida o que mais chamou à atenção. Em 1990 sai uma conversão para a PC-Engine / Turbografx-16, sendo esta última a versão que tenho na coleção. Infelizmente não é um jogo barato e o meu exemplar custou cerca de 80€ a um particular a quem comprei um lote considerável de bons jogos algures em Março passado.

Jogo com caixa e manual embutido na capa

Confesso que nunca entendi bem a história por detrás deste jogo, mas o que interessa reter é que somos um gajo corpulento, equipado com uma máscara aparentemente amaldiçoada e temos de atravessar uma mansão repleta de diversos monstros e outras criaturas paranormais. O objectivo é o de resgatar a nossa suposta namorada e derrotar a criatura demoníaca que estará por detrás de toda esta confusão.

A jogabilidade até pode ser simples, mas os cenários e criaturas grotescas chamaram mesmo à atenção

A jogabilidade é simples. Pensem neste Splatterhouse como um beat ‘em up à antiga, onde apenas poderíamo-nos mover para a esquerda ou direita e com controlos muito simples: um botão para saltar e outro para atacar. A nossa personagem não é nada ágil, pelo que os saltos nunca serão muito altos nem longos, embora por vezes seja necessário fazê-los. Tal como em beat ‘em ups mais tradicionais poderemos encontrar várias armas no chão, como barrotes de madeira, cutelos, uma caçadeira, ou outras armas de uso único como facas ou pedras que poderão ser arremessadas. O que faz mesmo a diferença é mesmo toda a violência e gore. Quando acertamos em algum monstro com o barrote ele é projectado para a parede e desfaz-se numa poça de sangue e carne, quanto os atacamos com o cutelo partem-se em dois e por aí fora.

Usar um barrote para estatelar os monstros na parede foi sempre muito satisfatório!

O que nos leva a falar invariavelmente dos gráficos. É um jogo extremamente violento e repleto de criaturas bizarras e desconcertantes, como um feto deformado rastejante, ou um boss que é um crucifixo invertido rodeado por cabeças sangrentas e deformadas. Bom, pelo menos na versão japonesa que esta norte-americana foi ligeiramente censurada: todos os crucifixos e outras referências religiosas (como um altar de igreja) foram removidas, mas toda a outra violência mantém-se intacta. Outra das diferenças entre as versões japonesa e norte-americana está na cor e formato da máscara de Rick, que é vermelha na versão TG16. Essa é uma decisão que se compreende pois a máscara original é muito semelhante à do Jason dos filmes Sexta-Feira 13. Ainda assim, independentemente das diferenças regionais, o lançamento original arcade consegue ser ainda mais grotesco! De resto a banda sonora também vai sendo algo variada entre si e com algumas músicas bem agradáveis.

Alguns inimigos possuem designs fantásticos!

Portanto este Splatterhouse é um clássico. É, na sua essência um beat ‘em up algo primitivo na medida em que jogamos num único plano e onde teremos de memorizar o surgimento dos inimigos e seus padrões de ataque para melhor sobreviver. Mas toda a estética de terror, violência e gore acabam mesmo por fazer a diferença! A série recebeu durante os anos 90 mais alguns lançamentos a começar por um spin off para a NES/Famicom que se ficou apenas no Japão e mais duas sequelas que se tornaram exclusivas da Mega Drive, embora a última, infelizmente, não tenha saído em solo europeu. Em 2010, para as PS360, sai um reboot que sinceramente nunca joguei mas a crítica não foi muito boa.

Klonoa (Nintendo Wii)

Vamos continuar pelos jogos da Nintendo Wii, desta vez com um remake de um jogo clássico da Namco lançado originalmente na Playstation, o primeiro Klonoa! Ora eu nunca cheguei a jogar o original, pelo que não poderei fazer grandes comparações entre ambas as versões, pelo que este artigo será inteiramente focado no remake, lançado em 2008/2009. O meu exemplar foi comprado numa CeX algures em Janeiro de 2020, onde após umas trocas me terá ficado apenas por 10€.

Jogo com caixa, manual e papelada

A história leva-nos ao mundo de Phantomile, onde controlamos Klonoa, um estranho animal com umas orelhas gigantes. A narrativa é muito ligeira, mas basicamente os sonhos são um tema muito importante e Klonoa há muito que sonhava com uma avioneta despenhar-se numa montanha lá perto. Até que chega um dia em que isso acontece e lá decidem ir investigar. Lá descobrem o vilão misterioso Ghadius, que anda à procura de uma jóia na forma de lua para transformar Phantomile num mundo de pesadelos. Claro que iremos ter de o impedir, como Klonoa e o seu fiel amigo Huepow, um espírito que habita no seu anel.

Libertando 6 habitantes de cada nível, irá-nos desbloquear um nível adicional no final do jogo.

Klonoa é um jogo de plataformas simples nas suas mecânicas, mas muito divertido. Este é então um jogo que possui uma jogabilidade tipicamente 2D, mas num mundo inteiramente tridimensional. Ou seja, vamos seguindo um caminho linear ao longo dos níveis, mas esse caminho pode seguir em múltiplas direcções e sentidos. Os controlos são simples e felizmente este remake do Klonoa suporta múltiplos comandos diferentes, podendo ser jogado apenas com um wiimote, a dupla wiimote e nunchuck, mas suporta também comandos de GameCube ou Classic Controller, que acabou por ser a opção que eu usei por conforto. E aqui temos de ter em conta apenas 3 botões: um para saltar, outro para atacar e um outro para a habilidade do whirlwind, capaz de abrandar temporariamente os inimigos. O ataque em questão consiste em Klonoa usar o tal anel que tem o espírito Huepow, que é a mecânica fulcral em todo o jogo. Com esse anel podemos sugar (e agarrar) inimigos, sendo que com o mesmo botão podemos posteriormente atirá-los, não só contra outros inimigos, mas também contra certos objectos, quanto mais não seja para resolver alguns pequenos puzzles e que nos permitam progredir no nível. Pressionando o botão de salto uma segunda vez faz com que Klonoa bata as suas orelhas gigantes, flutuando por breves segundos ou, caso tenhamos um inimigo na nossa posse, ao pressionar o botão de salto novamente faz com que usemos esse mesmo inimigo como plataforma para um segundo salto. Alguns desafios de platforming vão-nos mesmo obrigar a usar esta técnica múltiplas vezes para conseguir realizar uma série de saltos consecutivos ao saltar, agarrar um novo inimigo, saltar outra vez e por aí fora. Ao longo dos níveis vamos vendo também inúmeros itens que poderemos apanhar. Alguns como os cristais coloridos, chaves ou corações que nos restabelecem a barra de vida são apanhados simplesmente tocando nos mesmos. Outros itens como relógios (que servem de checkpoints) ou uma fada que nos duplica temporariamente o valor dos cristais coloridos estão envoltos numa bolha, pelo que têm de ser atacados primeiro. Itens por detrás de ovos já precisam de serem atacados com inimigos para que os mesmos partam e revelem os seus segredos!

Graficamente o jogo levou um remake completo, tornando-se muito mais bonito e detalhado que o lançamento original de PS1

De resto, para além de ser um jogo de plataformas divertido e com uma jogabilidade muito sólida, é também um jogo curto, com apenas 13 níveis no total. São 6 mundos de dois níveis cada, onde o segundo nível possui sempre um boss no final, mais o nível final onde iremos defrontar o último boss. Mas temos também uma série de conteúdo desbloqueável. A Balue’s Tower, que também existia na versão original de PS1, é desbloqueada se conseguirmos libertar todos os 72 habitantes, que por sua vez espalhados e escondidos em cada nível (6 em cada). Essa torre é um nível extra com uma dificuldade acima da média e que nos vai apresentar uma série de desafios de platforming mais exigentes. Exclusivos deste remake estão alguns modos de jogo adicionais que são também desbloqueados quando terminamos o jogo principal, como um modo time attack e um reverse mode. O primeiro leva-nos a enfrentar todos os bosses do jogo e o objectivo é o de fazer o melhor tempo possível. O último tem um pouco mais que se lhe diga. Para além de reintroduzir todos os níveis de forma espelhada, poderemos também encontrar portais que nos levam a salas com desafios bem exigentes de platforming. Outro conteúdo bónus, como a possibilidade de vestir Klonoa com diferentes roupas, são também desbloqueados ao terminar o jogo.

Graficamente esta é uma grande evolução face ao original da Playstation.

Graficamente é um jogo bastante interessante até porque foi completamente refeito face ao lançamento original de 1997 para a primeira Playstation. Enquanto esse possuía gráficos em 3D poligonal para os cenários e sprites 2D para Klonoa, inimigos e itens, este remake é completamente em 3D e com gráficos muito bonitos para uma Nintendo Wii. Os níveis são bastante variados entre si e com cenários muito bonitos como a típica aldeia de Klonoa e os seus moinhos, florestas, montanhas, cavernas ou os imponentes templos do Sol e Lua, com este último a ser particularmente interessante. A acompanhar os bonitos gráficos temos uma banda sonora muito relaxante e um voice acting simples, que poderemos optar por ouvi-lo em inglês, ou em phantomilian, a língua fictícia daquele mundo. Naturalmente que escolhi esta opção!

Portanto este Klonoa é um clássico de plataformas. Agora entendo perfeitamente o porquê do original da Playstation ser um jogo muito querido pelos fãs do género, pois é um título que possui uma jogabilidade simples, mas aliciante e acima de tudo que funciona. Este remake para a Wii mantém essa jogabilidade base, mas moderniza bastante os seus gráficos, pelo que será uma alternativa muito boa ao original, até porque esse tem vindo cada vez mais a escalar de preço, infelizmente. O próprio Klonoa da Wii também não tem ficado muito barato mas recentemente foi anunciada uma compilação com remakes/remasters dos dois Klonoas principais para sistemas recentes, pelo que essa será seguramente a versão definitiva a ter em conta.