Cyberpunk 2077: Ultimate Edition (PC)

Depois de ter terminado a campanha principal do Cyberpunk 2077, onde, na verdade, explorei todos os finais disponíveis, decidi dar ao jogo umas valentes semanas de descanso antes de me atirar à sua expansão, Phantom Liberty. Afinal, foram cerca de 100 horas de jogo e, apesar de o ter adorado, senti necessidade de fazer uma pausa e dedicar-me a outras experiências pelo meio. Comecei então a expansão há precisamente 25 dias, o que, curiosamente, acabou por ser sensivelmente o mesmo tempo que levei a concluir a aventura original. Desta vez investi cerca de 30 horas, tendo visto apenas dois dos quatro finais possíveis. Isto significa que Phantom Liberty não me prendeu tanto como o jogo base, visto que o joguei de forma mais espaçada, e cuja razão explicarei mais à frente. Em relação ao meu exemplar, bom, o jogo base foi comprado muito, muito barato, mas infelizmente o mesmo não aconteceu com a expansão. Quanto à minha edição, o jogo base foi uma pechincha, comprado a um preço bastante reduzido, mas infelizmente o mesmo não se aplicou à expansão. Optei pela versão “física” da Ultimate Edition para PC, que inclui novamente o jogo base e a expansão (ao contrário das expansões de The Witcher III, Phantom Liberty não teve um lançamento físico separado). Foi uma compra algo impulsiva, aproveitando as promoções de pré-reserva da Worten nas vésperas do seu lançamento, em Dezembro de 2023, e custou-me cerca de 50€. Este artigo incidirá apenas sobre a expansão Phantom Liberty.

Jogo em formato dital com caixa, folheto e alguns autocolantes. A edição normal trouxe muito mais brindes!

A história de Phantom Liberty é, literalmente, uma expansão da narrativa principal, decorrendo em simultâneo com os eventos da campanha original. Para quem, como eu, jogou logo a Ultimate Edition desde o início, é possível saltar directamente para o conteúdo da expansão ao começar um novo jogo. Em alternativa, durante a campanha principal, a primeira quest de Phantom Liberty desbloqueia-se algures no Acto 2, sensivelmente a meio da aventura. É aí que somos levados até Dogtown, um distrito isolado e abandonado de Night City (mesmo colado à zona costeira de Pacifica), que funciona como uma espécie de conclave independente, sob o controlo de forças paramilitares altamente armadas. Ao chegarmos, deparamo-nos com uma situação crítica: o avião que transporta a presidente dos “Novos Estados Unidos da América” está a ser atacado pelas mesmas forças militares que dominam Dogtown. Momentos antes do aparelho se despenhar, somos contactados por Songbird, uma poderosa netrunner ao serviço da presidente, que nos pede ajuda para os salvar. Em troca, promete uma solução para o maior problema de V (a personagem principal que controlamos) uma promessa demasiado tentadora para ignorar.

Benvindos ao paraíso decrépito de Dogtown

As primeiras quests em Dogtown centram-se precisamente em garantir a sobrevivência da presidente Meyers e assegurar a sua evacuação em segurança. Já Songbird acaba por ser capturada, levando a presidente a pedir a nossa ajuda para a resgatar. Pelo caminho cruzamo-nos com Solomon Reed, um operativo de uma agência governamental secreta, e depressa nos apercebemos de que há toda uma teia de conspirações por detrás deste incidente. Achei a história bastante interessante, sobretudo pela forma como envolve temas políticos e coloca o jogador perante decisões moralmente difíceis. Desta vez, acabei por ver apenas dois dos finais possíveis, até porque uma das escolhas mais marcantes tem de ser feita ainda a sensivelmente dois terços da narrativa. Uma vez assegurada a segurança da presidente, a expansão abre-se e passamos a explorar Dogtown livremente. É então que se nota o esforço da CD Projekt Red em enriquecer esta nova zona com conteúdo opcional, desde novos gigs, a missões de roubo de veículos, passando pela conquista de caixas com mantimentos militares que vão sendo largadas aleatoriamente em vários pontos da cidade.

As novas personagens são incríveis!

A nível de jogabilidade, o que trouxe de novo esta expansão? Bom, Phantom Liberty foi lançada em simultâneo com o patch 2.0, que também afectou o jogo base. Esse update trouxe várias melhorias ao sistema de perks e às skill trees, mas como eu já joguei o jogo base com essa actualização instalada, essas mudanças passaram-me completamente ao lado, para mim, já eram o “normal”. Exclusivamente para Phantom Liberty, foi adicionada uma nova skill tree, chamada Relic tree, que introduz habilidades associadas ao chip que V tem implantado. Esta árvore traz opções como melhorar a eficácia dos ataques corpo-a-corpo, permitir dashes rápidos em combate ou aplicar hacks em cadeia, afectando vários inimigos de uma só vez. Não é uma revolução, mas é uma camada extra que pode dar mais variedade ao estilo de jogo, sobretudo para quem gosta de experimentar diferentes builds.

Em conjunto com a expansão sai o patch 2.0 que melhora/acrescenta muita coisa, incluindo um mais imersivo combate em veículos

A nível técnico e audiovisual, não há nada de especialmente novo a assinalar — afinal, trata-se de uma expansão que utiliza o mesmo motor gráfico do jogo base e partilha também da sua banda sonora. Do ponto de vista artístico, no entanto, devo dizer que não gostei particularmente de explorar Dogtown. Sendo um distrito abandonado de Night City, bastante delapidado e com algumas zonas algo confusas no seu design, simplesmente não teve para mim o mesmo encanto que o resto da cidade, onde a variedade entre bairros ajudava a criar um mundo mais vivo e estimulante. Por outro lado, as personagens continuam a ser um dos pontos fortes da experiência, tanto do ponto de vista técnico como em termos de escrita. Figuras como Solomon Reed e Songbird são carismáticas e bem construídas, ao nível de outras como Judy, Panam ou o incontornável Johnny Silverhand. Tal como no jogo base, o trabalho dos actores continua a ser excelente. E o facto de a narrativa de Phantom Liberty apostar numa intriga política densa, cheia de conspirações e decisões moralmente ambíguas, foi para mim um dos aspectos mais fortes da expansão.

Algum do conteúdo opcional até tem um certo sentido de humor!

Em resumo, Phantom Liberty é uma expansão que, tal como o jogo base, consegue envolver com a sua narrativa e personagens bem trabalhadas. A trama política e as novas figuras como Reed e Songbird são pontos altos, assim como a possibilidade de explorar mais a fundo o lado mais conspiratório da história. No entanto, algo me fez jogar esta expansão de forma mais espaçada do que o fiz com o jogo principal. Não posso deixar de pensar que o design de Dogtown, embora interessante, não tem o mesmo encanto das outras áreas de Night City, e isso acabou por tornar a exploração desta zona um pouco menos apelativa. Além disso, a minha vida pessoal tem estado mais ocupada nos últimos tempos, o que também contribuiu sessões mais espaçadas de Cyberpunk 2077. Apesar disso, Phantom Liberty conseguiu-me manter interessado até ao final, e considero-a uma adição sólida ao universo de Cyberpunk 2077.

Cyberpunk 2077 (PC)

100 horas depois, tempo de escrever o que achei deste infame jogo. Adoro a série The Witcher, tanto que depois de jogar os seus três videojogos, acabei também por ler todos os livros. O estúdio polaco CD Projekt RED estava mesmo de parabéns, pois o The Witcher III foi mesmo um dos videojogos que mais prazer me deu jogar e quando anunciaram que o seu próximo grande jogo seria também um RPG, mas agora baseado no universo introduzido pelo jogo de tabuleiro Cyberpunk, deixou-me logo super interessado. No entanto, fiz questão em nunca ver muitas informações do jogo antes do seu lançamento pois queria-o jogar sem qualquer preconceito. No entanto, tal foi practicamente impossível porque apesar do seu lançamento ter sido adiado algumas vezes durante o ano de 2019, o mesmo acabou por ser lançado no final de Dezembro e bom, foi um fiasco colossal, particularmente para as versões das consolas da geração anteriores que eram practicamente injogáveis. Isso colocou a CDPR em maus lençóis e alguns dos meus amigos que jogaram a versão PS4 tiveram mesmo de esperar muito, muito tempo até que a empresa tivesse deixado o jogo minimamente jogável, mas ainda repleto de problemas. A versão PC sempre me constou que estava melhorzinha, mas ainda com alguns problemas também, pelo que não tive muita pressa em o jogar. Entretanto em Fevereiro de 2022, quando aproveitei umas promoções do El Corte Inglés, reparei que a versão PC deste jogo estava lá à venda pela módica quantia de 1,99€. Obviamente que aproveitei a promoção! Entretanto como já haviam rumores de uma expansão estar em desenvolvimento, resolvi esperar que a expansão estivesse disponível, mas apenas o consegui jogar agora. Este artigo irá-se focar então apenas no jogo base, com a expansão a ser analisada num futuro artigo, quando cá trouxer a Ultimate Edition.

Sleeve exterior de cartão, caixa, pequeno manual, postais, mapa, autocolantes, papelada diversa, dois CDs com parte da banda sonora e um cartão com um código de descarga. A versão ultimate é muito mais pobre com este tipo de mimos.

Ora bem, não conheço nada do universo introduzido pelo jogo de tabuleiro Cyberpunk, mas digamos que o jogo se passa numa realidade alternativa da nossa civilização, onde no “futuro” ano de 2020 a tecnologia já havia avançado de tal forma que os humanos poderiam ter inúmeras modificações cibernéticas no seu corpo e a sociedade evoluiu de uma maneira sinistra em que o mundo era governado por mega corporações privadas com toda uma série de interesses associados. Avançamos no entanto para o ano de 2077, onde encarnamos numa personagem algo anónima e que criamos à nossa imagem, ou não. Para além da aparência e de uma distribuição inicial de certos stats, podemos também escolher a origem da nossa personagem: um street kid, que como o nome indica, é alguém que nasceu nas zonas pobres da cidade de Night City, alguém dos nomads, povoações que viviam propositadamente fora dos limites da cidade ou um corporate, alguém num estrato social mais elevado, precisamente por trabalhar numa dessas grandes corporações. Independentemente do background, que nos levará a um prólogo algo diferente, a nossa personagem (chamada V) acabará por se tornar num mercenário que irá aceitar toda uma série de diferentes trabalhos providenciados por vários intermediários que vamos conhecendo. O primeiro trabalho importante que ganhamos faz-nos levar a invadir a sede de uma das mais poderosas mega corporações, a Arasaka. Infelizmente o assalto não corre bem, o que despoleta toda uma série de eventos muito interessantes e que prefiro não spoilar por aqui.

A história principal está repleta de personagens interessantes e o mesmo pode ser dito de muito do conteúdo opcional também

Para além disso, o jogo é um RPG de acção que segue muito a fórmula do The Witcher 3, ou seja, é um jogo de mundo aberto e com inúmeros ícones no mapa que eventualmente viremos a descobrir, que tanto podem ser de quests principais, sidequests, actividades secundárias ou outros pontos de interesse como lojas ou pontos de fast travel que sinceramente até que são bastante generosos. As mecânicas de jogo são também bastante interessantes na medida em que poderemos vir a utilizar as mais variadíssimas armas de fogo, os nossos punhos (que podem também ter modificações cibernéticas) ou armas brancas como espadas, martelos, tacos de baseball, entre outros. Sendo um jogo futurista, esperem também por várias armas high tech, capazes de causar dano elemental (fogo ou eléctrico) assim como balas teleguiadas. Para além de tudo isto, temos também toda uma vertente muito forte no hacking, onde, remotamente, poderemos controlar câmaras ou turrets inimigas, carregar programas maliciosos para os inimigos que lhes poderão causar dano ou deixá-los temporariamente algo desabilitados entre muitas outras coisas, como usar objectos para os distrair, ou detonar remotamente certos explosivos.

Ao longo do jogo poderemos também adquirir os mais variados veículos, que nos permitem explorar a cidade de uma maneira mais rápida. O sistema de pontos de fast travel é também bem mais generoso que no Witcher III, se bem me lembro.

O jogo oferece-nos também várias formas de resolver problemas, seja através de força bruta, abordagens mais furtivas, ou usar o hacking para resolver certos problemas. A árvore de skills que poderemos evoluir é gigante e mediante a maneira em como evoluímos a nossa personagem poderemos ter acesso a diferentes maneiras de nos infiltrarmos nos edifícios. Por exemplo, uma personagem bem dotada de força física consegue forçar a abertura de certas portas ou passagens, enquanto alguém com mais conhecimentos tecnológicos pode fazer bypass a certas fechaduras electrónicas, por exemplo. Naturalmente que isto me fez lembrar os Deus Ex, o que é sempre bom! De resto, como seria de esperar, à medida que vamos avançando no jogo teremos também de fazer escolhas, escolhas essas que poderão ditar o curso da história e mesmo diferentes sidequests que poderemos vir a ter acesso ou não. Existem vários finais diferentes, mas felizmente para mim, muitos desses finais alternativos são ditados pelas escolhas que fazemos mesmo na recta final do jogo, o que me permitiu, pela primeira vez num jogo da CD Projekt RED, conseguir experienciar todos os finais disponíveis no jogo base.

Uma das coisas que mais gostei na jogabilidade foi a variedade de opções que tínhamos ao nosso dispor. Combater com armas bem distintas entre si,usar a furtividade ou as nossas habilidades de hacking permitiam-nos abordar os problemas de maneiras bem diferentes.

Visualmente é um jogo muito interessante para os padrões de 2019 e consigo entender perfeitamente o porquê do mesmo ter muitos problemas de performance quando jogado numa Playstation 4 ou Xbox One. A cidade de Night City é vasta, as personagens são todas muito bem detalhadas e sendo este um jogo de mundo aberto, há sempre muita coisa a ser renderizada no ecrã em simultâneo. A versão PC suporta ray tracing, mas infelizmente a gráfica que tenho actualmente não o suporta, pelo menos para a resolução ultrawide que estou a utilizar actualmente no meu PC, pelo que foi a única configuração gráfica que desliguei e que faz mesmo uma grande diferença na fidelidade visual. Ainda assim é um jogo muito bem conseguido precisamente pelo grande detalhe nas personagens e os seus cabelos, que são renderizados de uma maneira consideravelmente realista. O voice acting é excelente e a CD Projekt RED fez aqui um bom trabalho com o casting necessário. Aliás, o actor Keanu Reeves dá a sua voz (e imagem) a Johnny Silverhand, uma personagem central em toda a narrativa (e que personagem!). A banda sonora é também outro ponto muito bem conseguido do jogo, pois a mesma é super, super eclética. Desde jazz de Miles Davis, passando para música latina, electrónica, rock pesado ou metal extremo, temos aqui tudo! Ouvir a rádio Ritual FM enquanto conduzia pelas ruas de Night City tornou-se numa experiência recorrente! E os Samurai, uma banda de rock/metal central para a narrativa também estava muito bem conseguida. Por exemplo, os detalhes dos músicos tocarem nas suas guitarras estava mesmo no ponto, os movimentos de dedos e posições de acordes batiam tudo certo, o que mostra a atenção ao detalhe que a CDPR aqui teve.

Para além de um ciclo de dia e noite, o jogo tem também um sistema de clima dinâmico.

Portanto sim, adorei este Cyberpunk 2077 e, jogado em 2025 no PC, devo também reafirmar que não encontrei nenhum bug que fosse inconveniente. Tirando alguns problemas ocasionais com animações e o trânsito que não obedece aos semáforos, o único bug chato que encontrei foi o meu carro ter caído num buraco infinito, algo que acabou por se resolver sozinho ao fim de alguns minutos. Aliás, a CDPR ainda lançou um patch enquanto o estava a jogar, pelo que ainda se encontram activamente a trabalhar no jogo. Não desculpa o facto de terem lançado para o mercado um jogo incompleto e repleto de problemas (aparentemente devido a pressão dos investidores), mas reafirmo: Cyberpunk 2077 é agora um jogo estável e é um excelente RPG que adorei jogar. Limpei o mapa de tudo o que era sidequest, adorei a história, as diferentes possibilidades de abordar os combates, o Johnny Silverhand é uma grande personagem, assim como muitos dos outros NPCs com os quais nos iremos cruzar. 100h depois, resta-me jogar o conteúdo do Phantom Liberty, algo que deverei começar a fazer no final de semana.

The Witcher III: Hearts of Stone (PC)

Hearts of Stone foi a primeira expansão lançada pela CD Projekt Red para o Witcher III. É uma expansão curta, é verdade, mas até que possuiu uma história bastante interessante e que nada tinha a ver com a história principal. O meu exemplar foi comprado algures em 2016, creio que numa Worten, tendo-me custado 20€. É daquelas edições físicas que já nem traz nenhum disco, mas sim um código de download e mais alguns extras, onde facilmente se destacam os dois decks para se jogar gwent. Ah, o gwent! Um trading card game que me esqueci completamente de escrever no artigo do jogo base! Substituiu o mini jogo dos dados dos dois primeiros títulos e sinceramente foi algo que gostei bastante! O lançamento de dados sempre foi uma mera questão de sorte, já um trading card game já envolve mais alguma estratégia e foi uma adição muito benvinda!

“Jogo” com sleeve exterior, caixa de cartão, papelada e dois decks de Gwent, um dedicado aos Monsters, outro aos Scoia’tael

Este Hearts of Stone decorre algures em paralelo com os acontecimentos da aventura principal, embora tal não seja muito claro, até porque nenhum dos protagonistas da história principal têm qualquer intervenção aqui. E esta começa com Geralt a deparar-se com um anúncio de mais um contrato para serviços de um Witcher e a primeira coisa a fazer é precisamente falar com quem publicou o anúncio para obter mais detalhes. Pois bem, essa pessoa era nada mais nada menos que Olgierd Von Everec, líder de um conjunto de bandidos muito peculiares e que nos diz que a criatura que temos de abater está algures nos esgotos da cidade de Oxenfurt. Pois bem, ao explorar os esgotos lá descobrimos um sapo gigante e depois de o matar vemos que o sapo se transforma num homem, já morto. Azar do caraças, esse sapo era um príncipe das arábias que tinha sido almadiçoado e logo depois acabamos por ser presos por um conjunto de soldados e um feiticeiro de Ofier, o tal reino árabe, que iam tentar levantar a maldição que o seu príncipe sofreu. Instantes depois estamos enjaulados num navio que parte para Ofier, onde seríamos executados. Mas eis que surge um feirante muito particular, que nos diz que fomos enganados por Olgierd, que este sabia perfeitamente que a criatura era na verdade um príncipe, e promete libertar Geralt da sua situação delicada, logo que o ajude a colectar uma dívida de Olgierd. Geralt aceita e instantes depois o navio naufraga e acabamos por sair livres. Mas desde cedo fica a sensação que acabamos por ter feito um pacto com o Diabo e as coisa não vão correr lá muito bem. O resto da história irá incidir bastante no passado de Olgierd e a sua relação com Gaunter O’Dimm, o tal feirante. Ah, e também nos voltamos a envolver com Shani, uma das personagens com Geralt se poderia envolver romanticamente no primeiro Witcher.

Olgierd von Everec, uma das principais personagens desta expansão

A nível de mecânicas de jogo não há muito de novo nesta expansão, a não ser a inclusão de equipamento mais poderoso como armas ou armaduras que poderemos comprar ou criar. Teremos também a possibilidade de encantar as armas com runas que lhe conferem habilidades especiais, bem como mais cartas gwent para coleccionar. As novas áreas de jogo, que já poderiam ser exploradas em qualquer altura durante a aventura principal, pelo menos para quem já tivesse a expansão Hearts of Stone instalada, incidem no território a norte e a este das cidades de Novigrad e Oxenfurt. Claro que quem como eu as tentou explorar antes, rapidamente se deparou com monstros e criaturas com um nível acima da casa dos 30, o que era desencorajador. A expansão em si é relativamente curta, levei cerca de 15 horas a concluí-la. Gostei bastante da história principal, achei as personagens do Olgierd e Gaunter O’Dimm bastante originais. Para além disso teremos umas outras quantas missões secundárias, bem como novos pontos de interesse para explorar, como tesouros escondidos, acampamentos do que resta da Order of the Flaming Rose, contractos de Witcher para cumprir e ninhos de criaturas para destruir. É também durante a campanha principal desta expansão que iremos explorar algumas zonas de Oxenfurt que estavam até então barradas, como a sua universidade.

No que diz respeito a mecânicas de jogo, a grande novidade está mesmo nos encantamentos e runas adicionais que poderemos adicionar ao equipamento

Graficamente também não esperem por grandes novidades, pois os territórios a explorar são as típicas florestas da zona das imediações de Novigrad e Oxenfurt, mais algumas mansões abandonadas. Uma vez mais a narrativa está muito boa e devo dizer que até achei o Gaunter O’Dimm e Olgierd personagens bastante interessantes! De resto, sobra-me agora a expansão Blood and Wine que já nos levará a uma área inteiramente nova para explorar. Veremos como se safa!

The Witcher III: The Wild Hunt (PC)

145 horas depois, lá terminei esta grande aventura. Há alguns meses atrás decidi finalmente jogar o The Witcher 2 e, mesmo sendo um jogo mais curto que o primeiro, deixou-me também completamente agarrado. Aproveitei o fim de semana prolongado da Páscoa para começar o terceiro, mas não estava mesmo à espera que fosse tão longo. Sendo um RPG open world, teríamos inúmeras sidequests para completar e naturalmente que eu fiz todas as que consegui! E tirando um ou outro tipo de eventos mais aborrecidos (sim, as inúmeras caixas de contrabandistas espalhadas pelos mares de Skellige) devo dizer que adorei todo este tempo passado no jogo. O meu exemplar foi-me oferecido pela minha namorada, já não me recordo se foi em 2015 ou 2016, ou se foi presente de aniversário ou de Natal. Posteriormente comprei também as expansões (que irei abordar separadamente) e a GOG acabou por converter o jogo na sua versão Game of the Year edition para todos os que possuíssem o jogo base e ambas as expansões.

Jogo com sleeve de cartão exterior, duas caixas, 4 discos, banda sonora, manual, papelada, mapa e stickers. Ah, saudades do tempo em que os jogos de PC em formato físico traziam coisas! Hoje em dia nem discos trazem a maior parte das vezes…

Esta aventura começa pouco tempo após os eventos do último jogo, onde após terem sido levados a cabo uma série de assassinatos a reis de nações do Norte (e com Geralt a ser inicialmente o principal suspeito!), as nações vizinhas tentaram ocupar os países mais fragilizados, levando a conflitos entre todas as nações do Norte. A Sul, o poderoso império de Nilfgaard naturalmente aproveita todo o conflito e instabilidade política para invadir as nações do Norte e tentar expandir o seu império. Também no final do jogo anterior, Geralt acaba por finalmente recuperar a sua memória e recorda-se de Yennefer, o seu primeiro e maior amor, e Ciri, outrora uma criança com habilidades especiais, que acabou por ser sua aprendiz no tempo que passou em Kaer Morhen e que acabou por se tornar a sua protegida. Os três tinham uma relação muito próxima! E o jogo começa precisamente com Geralt e o seu mentor Vesemir, a viajarem a cavalo na província de White Orchard em Temeria, na esperança de encontrarem Yennefer, já que ela lhe tinha enviado uma carta a pedir que se encontrassem pois teria um favor muito especial e urgente a pedir. Pois bem, Yennefer está de momento a trabalhar precisamente para Emhyr, o poderoso imperador de Nilfgaard e também pai biológico de Ciri, que nos pede para encontrar a sua filha a todo o custo. Mas tal tarefa não vai ser fácil, pois Ciri tem sido constantemente perseguida pelas misteriosas forças da Wild Hunt, cavaleiros aparentemente demoníacos e de uma outra dimensão e que deixam um rasto de gelo e destruição por onde passam.

Para além de monstros, tramas políticas e facções em conflito permantente, temos também de nos preocupar com a Wild Hunt, os principais antagonistas desta aventura

Sem contar com as expansões que irei detalhar em artigos separados (assim que as terminar!), iremos então explorar a tal província de White Orchard, com as suas planícies verdejantes e florestas, mas também a zona bem maior de Velen, igualmente repleta de montanhas e florestas, mas também com imensos pântanos e ruínas de batalhas sangrentas entre as forças de Nilfgaard e de Redania. As cidades de Oxenfurt e Novigrad são os seus principais pontos urbanos, mas teremos também inúmeras outras aldeias e localizações rurais a explorar nessa região. As ilhas de Skellige, com uma cultura muito similar à dos vikings (embora os seus habitantes tenham um sotaque norte-irlandês) e a fortaleza de Kaer Morhen e suas montanhas envolventes serão também outras regiões a explorar. Ao longo do jogo, para além das quests principais, teremos bastantes quests secundárias, que tipicamente, na sua maioria, servem para enriquecer melhor aquele universo e o de algumas das personagens importantes que iremos interagir ao longo da aventura. Mas sendo este um jogo open world, iremos também encontrar espalhados pelo mapa inúmeros pontos de interesse com eventos que tipicamente nos recompensarão com algum loot valioso. E claro, os habituais witcher contracts, que nos levam também a combater algumas criaturas poderosas.

Graficamente é um jogo muito bem detalhado, só não achei muita piada ao facto dos dias com mau tempo serem quase tão escuros como as noites!

E tal como os seus predecessores, este é um action RPG com um sistema de combate bastante dinâmico e muito similar ao introduzido pelo Witcher 2. Aqui temos na mesma o mesmo tipo de magias, os mesmos conceitos das espadas de aço e de prata (estas últimas para enfrentar as criaturas sobrenaturais). O crafting está também de regresso, tanto de armas, armaduras, bombas, ou de poções e óleos para aplicar nas espadas. A grande diferença no crafting, e sem dúvida uma mudança mais “cómoda”, é que criando uma poção, óleo ou bomba uma vez com todos os reagentes necessários, não é necessário voltar a usar todos os ingredientes para criar mais, logo não precisamos de carregar reagentes às dezenas no inventário. Basta ter álcool forte e meditar, quanto mais não seja por uma hora, para as poções, óleos e bombas que tenhamos criado anteriormente serem restabelecidas. Ainda no que diz respeito ao crafting, as armadilhas que poderíamos criar em jogos anteriores ficaram de fora desta vez. Outra das novidades introduzidas neste jogo é que as armas e armaduras têm desgaste com os combates, podendo inclusivamente partir. Lá teremos então de vez em quando de ir aos ferreiros para reparar o equipamento, bem como carregar alguns kits de reparação, pelo sim pelo não, ou mesmo armas suplentes! E sendo este um jogo de natureza open world, outras novidades como a de montar cavalos ou conduzir barcos e usar um sistema de fast travel foram também muito benvindas.

Sendo este um jogo de mundo aberto, é bom termos a possibildiade de transporte, se bem que temos de ter cuidado ao manobrar os barcos, pois estes podem afundar

A nível técnico é um jogo muito bom, pelo menos para os padrões de 2015. O mundo apresentado possui um óptimo nível de detalhe, desde a vegetação bem detalhada a abanar com o vento, as aldeias pobres com casas de madeira e telhados de palha, as cidades medievais sempre patrulhadas por guardas, mas também com bandidos à espreita em cada esquina, o ciclo de dia e noite, diferentes condições atmosféricas… só quando era pleno dia e estava mau tempo é que, pelo menos no meu PC, o mundo à nossa volta ficava bem mais escuro do que uma noite com luar, o que já não achei tão realista assim. As personagens são todas bem detalhadas, desde o soldado ou camponês mais genérico, bem como as personagens mais importantes. Aliás, isso já era algo que também acontecia no Witcher 2. O voice acting é bastante competente, com múltiplos diferentes sotaques de inglês a serem ouvidos dependendo da região que visitamos, mas também a língua dos elfos é ocasionalmente escutada. As músicas são na sua maioria temas mais acústicos, muitos bastante relaxantes, mas com músicas mais épicas e tensas durante os combates ou acontecimentos chave na história.

O que não vai faltar são criaturas grotescas e algumas situações delicadas para resolver!

Mas é, uma vez mais, pela narrativa adulta que a série The Witcher se demarca de muitos outros RPGs. Sempre considerei estes jogos como uma espécie de Guerra dos Tronos, não só pelo seu setting medieval e fantasioso, pelo sexo, pela violência e atrocidades que íamos testemunhando, mas também, e acima de tudo, pelas tramas políticas e conspirações que acabamos por ser envolvidos. Tal como os seus predecessores, este é um jogo onde vamos tendo várias opções nos diálogos. Por vezes conseguimos evitar conflitos ao hipnotizar ou subornar os intervenientes, já noutras vezes as decisões que tomamos podem influenciar bastante o desenrolar da história. E as escolhas que temos que fazer muitas vezes não são moralmente fáceis de tomar, pois por vezes temos de optar por um de dois males. São escolhas difíceis numa escala de cinzento, e o facto de algumas dessas escolhas terem um tempo limite (à lá Walking Dead da Telltale) também não ajuda. Existem 3 finais principais que poderemos alcançar, e por principais refiro-me ao destino da Ciri no final do jogo, já que existem também outras variáveis que afectarão o mundo à nossa volta, nomeadamente o destino dos reinos do Norte, do império de Nilfgaard e das ilhas Skellige. Veremos como a história se desenrolará no futuro, caso a CD Projekt Red eventualmente produza alguma sequela. Sinceramente gostei da forma como as nossas escolhas no jogo anterior se reflectiram neste jogo, mas estou especialmente curioso como a CD Projekt Red fará nalguma eventual sequela.

The Witcher 2: Assassins of Kings (PC)

Anos depois de ter terminado o primeiro Witcher, lá acabei por finalmente pegar no segundo jogo da série e o primeiro sentimento me vem à cabeça é desilusão. Não com o jogo claro, pois esse é excelente, mas sim desilusão comigo mesmo por não o ter jogado mais cedo! O meu exemplar, uma belíssima edição de coleccionador da primeira versão do jogo, foi comprada algures no final de 2012 na extinta Game do Maiashopping por menos de 33€. A CD Projekt Red permitiu no entanto que todos os que compraram a primeira versão do jogo tivessem direito ao upgrade gratuíto para a sua versão Enhanced Edition, que para além de ter incluído um novo modo de jogo (Arena) que não testei, trazia também algumas novas sidequests e cutscenes.

Edição Premium com vários extras, incluindo uma caixa de cartão, manual, guia, dvd com making of, cd com a banda sonora, papelada diversa como origamis, um mapa e uma moeda. Uma edição de coleccionador como eu gosto! Sinceramente dispenso as action figures.

Ora esta história é uma sequela directa do seu predecessor: Geralt continua amnésico sem se lembrar do seu passado e está agora ao serviço do rei Foltest de Vizima, depois de o ter salvo de uma tentativa de assassinato no final do último jogo. Mas tal como o subtítulo Assassins of Kings o indica, nesta aventura o foco central da história está mesmo na existência de uma grande conspiração para assassinar reis. A cutscene inicial mostra como o rei Demavend do país vizinho de Aedirn foi assassinado e durante o prólogo iremos ver como Foltest acaba por ser assassinado mesmo à frente de Geralt, uma vez mais por um outro witcher. Sem grandes testemunhas, Geralt é o principal suspeito da morte de Foltest, pelo que iremos jogar o resto da aventura como fugitivos e tentar provar a inocência de Geralt, ao desmascarar os verdadeiros culpados.

O tutorial, apesar de opcional, é uma óptima maneira de nos ambientarmos aos controlos do jogo

Tal como o seu predecessor este é um RPG de fantasia medieval mais virado para uma audiência adulta, pois para além de ser um jogo violento e cenas de sexo e nudez serem comuns (afinal o que não faltam são bordéis que podemos frequentar à vontade), o jogo apresenta uma narrativa muito complexa, repleta de trama política, conflitos raciais, moralidades dúbias e teremos muitas vezes de fazer algumas escolhas difíceis. Escolhas essas que poderão ter impacto no resto da história e nos aliados e inimigos que iremos fazer. Mas lá está, em muitos casos a escolha a tomar não é fácil pois todas as personagens de relevo que iremos lidar são tiranos, corruptos ou possuem aspirações não muito honestas. É um mundo cheio de escolhas numa escala de cinzento! E tendo em conta que as escolhas que vamos tomando podem levar-nos a obter quests completamente diferentes e mutuamente exclusivas, bem como alcançar um de oito finais possíveis, há aqui uma boa longevidade para quem quiser rejogar o jogo e explorar outras opções.

O menu rápido foi uma boa adição, pois permite-nos mapear teclas de atalho para usar magias ou armas secundárias

No que diz respeito ao combate, esse foi totalmente melhorado, sendo agora muito mais rápido e dinâmico. Temos ainda de alternar entre armas de aço ou prata, sendo que as de prata são mais eficazes perante criaturas sobrenaturais, enquanto as de aço perante inimigos humanóides (humanos, elfos, anões), mas depois todo o combate é bem mais rápido e dinâmico. O botão esquerdo do rato serve para desferir ataques rápidos, já o direito serve para ataques mais fortes e, com o rato controlamos também a câmara e seleccionamos os alvos que queremos atacar. Teremos também de bloquear ou evadir os golpes inimigos para quebrar a sua guarda e conseguir fazer alguns combos. Geralt possui logo de início a capacidade de usar magias, bem como armas adicionais como facas, bombas ou plantar armadilhas. Estas podem ser seleccionadas nos botões numéricos, mas a CD Projekt Red incluiu também um menu rápido que permite pré-definir uma magia e uma arma adicional para teclas de atalho. Confesso que inicialmente era muita informação para absorver ao mesmo tempo, mas o tutorial ajudou e depois das primeiras horas de jogo já tinha tudo bem interiorizado, com o movimento a dar-se com as teclas WASD mais o rato para controlar a câmara e os botões Q como tecla de atalho para a magia seleccionada, E para bloquear, R para usar as tais armas secundárias que poderíamos também prédefinir com o tal menu rápido.

O combate tornou-se bem mais rápido e dinâmico, o que é uma óptima notícia

Tal como o seu antecessor temos aqui também um bom sistema de crafting, onde poderemos criar poções, bombas, armadilhas ou mesmo armas e outro tipo de equipamento, se recorrermos a algum artesão. Para além de fórmulas ou diagramas que nos indiquem a sua receita, o sistema de crafting precisa também, claro está, de ingredientes. E estes tanto podem ser ervas que vamos apanhando, partes do corpo dos monstros que vamos derrotando ou outros materiais que podemos também encontrar ou comprar como metais, tecidos, madeira e afins. As poções tanto nos podem dar habilidades especiais de forma temporária, como ver melhor no escuro, ou melhorar a nossa resistência a veneno, fogo e afins, bem como melhorar o nosso metabolismo, como regenerar vida ou stamina mais rapidamente. Também podemos criar óleos que podem ser aplicados nas nossas armas e conferir-lhes habilidades especiais de forma temporária, bem como as tais bombas e armadilhas que podemos usar no combate. Alguns confrontos mais desafiantes como os bosses vão-nos levar a fazer todas estas preparações antecipadamente. É certo que Geralt possui um inventário limitado, mas é sempre bom estar preparado!

Triss Merigold, Zoltan e Dandelion, as caras conhecidas do primeiro jogo que marcam cá a sua presença novamente

De resto, à medida que combatemos ou cumprimos quests vamos ganhar pontos de experiência e subir de nível. Cada vez que subimos de nível temos também pontos de talento que poderemos usar ao evoluir algumas skills. Inicialmente apenas podemos escolher as skills da árvore de treino, e uma vez completa essa pequena skill tree, poderemos assignar os restantes pontos de talento em skill trees maiores, nas áreas das espadas, magia ou alquimia. Estas irão melhorar as nossas capacidades de combate com as espadas, melhorar os efeitos das magias ou das poções que criamos. Não há pontos de talento suficientes para evoluir todas as árvores a 100%, pelo que deveremos escolher com alguma atenção quais as habilidades que queremos aprender e/ou evoluir.

Mini jogos como o poker dice ou as lutas corpo-a-corpo estão de volta e com diferentes mecânicas de jogo

A nível gráfico, para um jogo de 2011, acho que ficou bem conseguido. Não é um RPG open world como a série Elder Scrolls, pelo que os cenários que iremos explorar são mais pequenos, com diferentes áreas a serem exploradas ao longo do prólogo, capítulos 1, 2, 3 e epílogo, sendo que não poderemos voltar às localizações anteriores quando avançamos para o capítulo seguinte. Ainda assim há muito para explorar, como grandes fortalezas, a pequena cidade de Flotsam e as suas imediações na floresta, o campo de batalha do exército de Kaedwin e a cidade de Vergen, culminando na exploração das ruínas de uma cidade que outrora albergava uma grande Ordem dos feiticeiros. Sendo este um jogo produzido por um estúdio polaco, cuja nação tem uma grande História, sempre gostei das suas representações mais realistas da realidade da Idade Média e isso vê-se bem na cidade de Flotsam. É uma cidade suja, com edifícios decadentes e feitos de pedra ou madeira e longe das estruturas imponentes que outros RPGs medievais nos apresentam. De resto teremos também florestas densas, pantanosas, cavernas, bem como as tais fortalezas imponentes para explorar. Já as personagens também temos de tudo, desde nobres bem limpinhos, como camponeses desdentados e com as roupas feitas em trapos. Sinceramente acho que a nível gráfico é um jogo bem detalhado, principalmente para os padrões de 2011 e temos de ver que nessa altura a CD Projekt Red ainda era um estúdio relativamente modesto. Já no que diz respeito ao som, esperem pelas músicas mais acústicas com melodias típicas da idade média, mas também algumas músicas mais orquestrais e épicas que entram em cena quando as coisas apertam. O voice acting é bastante competente, tendo em conta que joguei a versão em inglês.

O jogo apresenta-nos várias escolhas difíceis. Por exemplo, um dos contratos que podemos adquirir em Flotsam é o de exterminar este troll. Será que o devemos matar ou ouvir o seu lado da história?

Portanto devo dizer que gostei bastante deste Witcher 2: Assassins of Kings. A jogabilidade ficou de facto muito melhor nos combates e a narrativa é mais uma vez excelente. A história vai dando algumas reviravoltas interessantes, e as alianças e decisões que temos de tomar ao longo do jogo serão escolhas por vezes difíceis onde temos de optar pelo mal menor. Para além de que o jogo terminou de uma forma que antecipa os eventos que serão narrados no Witcher 3, pelo que a vontade em começar a terceira aventura está ao rubro! Não o vou jogar já, mas certamente não irei esperar o tempo que levei até pegar finalmente neste jogo.