Hearts of Stone foi a primeira expansão lançada pela CD Projekt Red para o Witcher III. É uma expansão curta, é verdade, mas até que possuiu uma história bastante interessante e que nada tinha a ver com a história principal. O meu exemplar foi comprado algures em 2016, creio que numa Worten, tendo-me custado 20€. É daquelas edições físicas que já nem traz nenhum disco, mas sim um código de download e mais alguns extras, onde facilmente se destacam os dois decks para se jogar gwent. Ah, o gwent! Um trading card game que me esqueci completamente de escrever no artigo do jogo base! Substituiu o mini jogo dos dados dos dois primeiros títulos e sinceramente foi algo que gostei bastante! O lançamento de dados sempre foi uma mera questão de sorte, já um trading card game já envolve mais alguma estratégia e foi uma adição muito benvinda!

Este Hearts of Stone decorre algures em paralelo com os acontecimentos da aventura principal, embora tal não seja muito claro, até porque nenhum dos protagonistas da história principal têm qualquer intervenção aqui. E esta começa com Geralt a deparar-se com um anúncio de mais um contrato para serviços de um Witcher e a primeira coisa a fazer é precisamente falar com quem publicou o anúncio para obter mais detalhes. Pois bem, essa pessoa era nada mais nada menos que Olgierd Von Everec, líder de um conjunto de bandidos muito peculiares e que nos diz que a criatura que temos de abater está algures nos esgotos da cidade de Oxenfurt. Pois bem, ao explorar os esgotos lá descobrimos um sapo gigante e depois de o matar vemos que o sapo se transforma num homem, já morto. Azar do caraças, esse sapo era um príncipe das arábias que tinha sido almadiçoado e logo depois acabamos por ser presos por um conjunto de soldados e um feiticeiro de Ofier, o tal reino árabe, que iam tentar levantar a maldição que o seu príncipe sofreu. Instantes depois estamos enjaulados num navio que parte para Ofier, onde seríamos executados. Mas eis que surge um feirante muito particular, que nos diz que fomos enganados por Olgierd, que este sabia perfeitamente que a criatura era na verdade um príncipe, e promete libertar Geralt da sua situação delicada, logo que o ajude a colectar uma dívida de Olgierd. Geralt aceita e instantes depois o navio naufraga e acabamos por sair livres. Mas desde cedo fica a sensação que acabamos por ter feito um pacto com o Diabo e as coisa não vão correr lá muito bem. O resto da história irá incidir bastante no passado de Olgierd e a sua relação com Gaunter O’Dimm, o tal feirante. Ah, e também nos voltamos a envolver com Shani, uma das personagens com Geralt se poderia envolver romanticamente no primeiro Witcher.

A nível de mecânicas de jogo não há muito de novo nesta expansão, a não ser a inclusão de equipamento mais poderoso como armas ou armaduras que poderemos comprar ou criar. Teremos também a possibilidade de encantar as armas com runas que lhe conferem habilidades especiais, bem como mais cartas gwent para coleccionar. As novas áreas de jogo, que já poderiam ser exploradas em qualquer altura durante a aventura principal, pelo menos para quem já tivesse a expansão Hearts of Stone instalada, incidem no território a norte e a este das cidades de Novigrad e Oxenfurt. Claro que quem como eu as tentou explorar antes, rapidamente se deparou com monstros e criaturas com um nível acima da casa dos 30, o que era desencorajador. A expansão em si é relativamente curta, levei cerca de 15 horas a concluí-la. Gostei bastante da história principal, achei as personagens do Olgierd e Gaunter O’Dimm bastante originais. Para além disso teremos umas outras quantas missões secundárias, bem como novos pontos de interesse para explorar, como tesouros escondidos, acampamentos do que resta da Order of the Flaming Rose, contractos de Witcher para cumprir e ninhos de criaturas para destruir. É também durante a campanha principal desta expansão que iremos explorar algumas zonas de Oxenfurt que estavam até então barradas, como a sua universidade.

Graficamente também não esperem por grandes novidades, pois os territórios a explorar são as típicas florestas da zona das imediações de Novigrad e Oxenfurt, mais algumas mansões abandonadas. Uma vez mais a narrativa está muito boa e devo dizer que até achei o Gaunter O’Dimm e Olgierd personagens bastante interessantes! De resto, sobra-me agora a expansão Blood and Wine que já nos levará a uma área inteiramente nova para explorar. Veremos como se safa!
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