Vamos a mais uma rapidinha e revisitar o mundo de Witcher, para a segunda expansão do fantástico The Witcher III. E a razão pela qual esta é uma rapidinha, é porque a expansão Blood and Wine, a nível de mecânicas de jogo adiciona poucas coisas em relação ao jogo base, pelo que recomendo a sua leitura. O meu exemplar foi comprado por 20€ numa Worten algures em 2016 e, tal como a expansão Hearts of Stone, a sua edição física contém mais uns baralhos de gwent e um código de download.

Enquanto a narrativa de Hearts of Stone não se entende muito bem se decorre durante, ou imediatamente após os acontecimentos de The Wild Hunt, em Blood & Wine isso é claro, a expansão é suposta decorrer após os acontecimentos da aventura principal. Aqui basicamente Geralt é recrutado pela Duquesa de Toussaint, uma terra mais a sul e famosa pelo seu bom tempo e cultura vinícola, para defrontar uma misteriosa criatura que já assassinou 3 personagens relativamente importantes lá da zona. E com um grande torneio a decorrer que atrai nobres de todo o mundo, a Duquesa teme que alguma tragédia ainda maior aconteça. Naturalmente que as coisas não são assim tão simples e a criatura que iremos enfrentar não é um bicho qualquer, nem as suas motivações são tão simples assim.

A nível de mecânicas de jogo esperem pelas mesmas mecânicas base do original mais um ou outro extra. A expansão Hearts of Stone trouxe uma série de novas armas e armaduras para descobrir bem como novos encantamentos que poderíamos adicionar ao equipamento, dando-nos novas habilidades. Aqui temos também novas armas e armaduras, mais a possibilidade de criar mutações adicionais, herdando mais habilidades para o combate e eventualmente mais slots para equipar skills. A região de Toussaint é bastante grande, existem imensas sidequests e pontos de interesse a visitar no mapa, incluindo agora também fortalezas repletas de soldados inimigos para conquistar. Já no que diz respeito ao Gwent, nesta expansão é também introduzida uma nova facção de cartas, os Skellige, que a nível de habilidades vão buscar algumas influências a outros decks, como é o caso do muster, por exemplo, mas também com outras particularidades próprias. São tipicamente decks muito agressivos!

Graficamente a expansão usa o mesmo motor gráfico do jogo base, mas o mundo de Toussaint representa um grande contraste com os tons cinzento e castanhos de Velen, ou os cinzentos, azuis e brancos das ilhas de Skellige. Estamos perante uma terra rica, sem a desvastação trazida pela guerra, com um clima bastante solarengo e uma arquitectura que me faz lembrar os países mediterrânicos. Talvez se tenham inspirado no sul de França, até porque a maioria das personagens têm nomes franceses e claro, toda a cultura vinícola associada. Foi mesmo um grande choque (e uma óptima surpresa!) ao entrar em Toussaint pela primeira vez, com as suas paisagens idílicas e sol bem forte. O voice acting continua bastante bom e as músicas são uma vez mais bastante agradáveis e atmosféricas.

Foi uma expansão que me durou cerca de 30 horas, o dobro da anterior, pelo que possui bastante conteúdo e de qualidade. Venha o próximo Witcher, esta foi uma fantástica viagem!