Jurassic Park (Sega Mega CD)

Noutros tempos, uma conversão de uma IP conhecida para o mundo dos videojogos poderia vir a assumir muitras formas diferentes, seja pela grande panóplia de diferentes sistemas que existiam no mercado, seja por questões de direitos, ou outros. O caso da adaptação do Jurassic Park é um desses casos em que a licença ficou distribuida entre a britânica Ocean Software e a Sega. Enquanto a Ocean ficou a cargo das versões SNES, NES, Gameboy, PC e Amiga, a Sega ficou com a versão arcade e todas as adaptações para os seus sistemas, desde uma versão 8bit para a Game Gear e Master System, outra para a Mega Drive e esta para a Mega CD. O bom é que estas versões são todas diferentes entre si! O meu exemplar foi comprado já há uns 2 anos pelo menos, ficou aqui esquecido durante todo esse tempo. Para já tenho apenas o disco, que veio dentro de uma Mega CD que comprei por 7€ na feira da Vandoma no Porto.

Disco solto

Então e como a Sega diferenciou este Jurassic Park da versão Mega Drive? Ao fazer um point and click adventure, claro. Aqui tomamos o papel de um cientista da InGen (a empresa que criou o local e os seus dinossauros) que é levado para a ilha depois dos acontecimentos do filme, de forma a pelo menos recuperar uns quantos ovos das diferentes espécies que lá habitam. No entanto o seu helicóptero sofre um acidente ao chegar à ilha, do qual é o único sobrevivente. Para além disso, temos apenas 12 horas em “tempo real” para coleccionar ovos de todas as espécies e depois escapar da ilha!

Quem viu o filme sabe bem o que aconteceu com este jipe

No que diz respeito às mecânicas de jogo, esta é então uma aventura gráfica na primeira pessoa, com algumas sequências de acção ocasionais. O cursor vai mudando de forma consoante o local por onde passamos, mudando para uma seta ao indicar uma direcção onde nos podemos mover, uma mão para indicar objectos com os quais podemos interagir ou uma lupa para os objectos que podemos observar mais atentamente. De resto, como devem calcular, não teremos a vida fácil para apanhar os ovos pois estes vão sendo sempre protegidos pelos seus progenitores, para não falar dos outros dinossauros carnívoros que nos acham um bom petisco. Portanto, para além de resolver alguns puzzles que nos permitam alcançar alguns ovos em segurança, também teremos de procurar algumas armas (não letais) para tranquilizar os dinossauros que nos confrontam, daí ocasionalmente termos algumas sequências de acção também. Uma vez apanhados alguns ovos, temos também de ter a preocupação que eles se podem estragar, pelo que teremos de viajar para o centro de controlo e os carregar na incubadora.

Este terminal no centro de controlo é o que nos permite gravar o progresso no jogo, bem como visualizar algumas vídeochamadas sobre a nossa missão

O facto de termos uma meta em “tempo real” para finalizar o jogo é um desafio extra e eu fico sempre nervoso quando tenho um tempo limite para fazer o quer que seja. Principalmente em jogos deste género, onde não temos grandes pistas do que fazer e a exploração e experimentação levam-nos o seu tempo. Deixo o “tempo real” entre aspas pois enquanto estamos no mesmo ecrã o relógio decorre em tempo real, mas sempre que nos movimentamos de ecrã para ecrã passa sempre 1 minuto se for dentro da mesma zona ou 10 minutos, se mudamos para uma zona diferente. E como vamos andar a explorar bastante, todos esses conjuntos de 10 minutos causam impacto na aventura como um todo.

Ao longo do jogo poderemos também ver alguns vídeos com curiosidades de cada um dos dinossauros que vamos encontrar

Passando para os audiovisuais, devo dizer que fiquei bem agradado com o que vi aqui. Este é um jogo na primeira pessoa, onde em cada ecrã onde estamos podemos olhar em 360º horizontalmente para as nossas imediações. Sempre que mudamos de área, temos uma pequena cutscene em full motion video a acompanhar essa transição, mas ao contrário da maioria dos jogos de Mega CD, aqui os vídeos são em maior resolução (embora a sua qualidade não seja a melhor de todas, como habitual). Uma vez terminada a transição, os cenários já são renderizados normalmente, embora tenham um bom nível de detalhe tendo em conta que estamos a falar de uma Mega Drive / CD. Um detalhe interessante é a inclusão de alguns vídeos narrados por um paleontólogo que nos vai contando algumas curiosidades e factos das várias espécies de dinossauros que iremos encontrar. Passando para a parte do som, as músicas são um misto de chiptune e músicas em formato CD Audio. As músicas chiptune são tipicamente bastante calmas e nem por isso muito excitantes, já as faixas CD audio tanto podem ser músicas mais mexidas, especialmente para aquelas secções onde há mais acção, como faixas de apenas barulhos de fundo da própria natureza, sem qualquer música.

Alguns dinossauros, mesmo sendo herbívoros devem ser distraídos para podermos lhes roubar os ovos à vontade

Portanto este Jurassic Park para a Mega CD, apesar de não ser propriamente uma masterpiece, é a meu ver um jogo bem interessante. Quanto mais não seja para mostrar as capacidades da Mega CD e o facto de ser possível fazer coisas diferentes, em vez de apenas converterem jogos de Mega Drive com alguns extras como músicas em CD audio ou cutscenes em vídeo, como muito se fez.

Final Fight CD (Sega Mega CD)

Apesar de Renegade e Double Dragon terem sido as séries pioneiras nos beat ‘em ups de rua, foi a série Final Fight, lançada originalmente em 1989, que levou o conceito a um novo nível. Com gráficos 2D muito bem detalhados para a época, uma excelente jogabilidade e personagens marcantes, Final Fight foi um grande sucesso nas arcades e foi também dos primeiros grandes projectos trazidos por uma third party para a Super Nintendo. Infelizmente a Capcom não fez um trabalho muito bom, pois essa versão deixou de lado o multiplayer, um nível ficou de fora e uma das personagens, o ninja Guy, também. A Capcom lançou posteriormente uma outra versão do jogo com o Guy, mas deixou o Cody de fora. Entretanto a Sega licenciou o jogo e produziu uma versão para a Mega CD que durante vários anos foi a melhor versão que saiu cá no ocidente. O meu exemplar veio da CeX no passado mês, custou-me 50€ mas está como novo.

Jogo com caixa e manuais

Final Fight passa-se na metrópole fictícia de Metro City. O Presidente da Câmara, um antigo wrestler bem corpulento chamado Mike Haggar não ia muito à bola com a bandidagem, pelo que o gangue lá do sítio decidiu raptar a sua filha. Não cedendo a chantagens, Mike Haggar pede a ajuda de Cody (namorado da sua filha) e Guy, amigo de Cody, e os três partem pelas ruas de Metro City a distribuir pancada em todos os patifes desse gangue, até chegar ao seu líder e finalmente recuperar a rapariga de volta.

Pumba! Os 3 personagens disponíveis!

Cada personagem possui os seus pontos fortes e fracos e a jogabilidade é super simples, com um botão de ataque e outro de salto. Ainda assim cada personagem possui também diferentes combos e golpes especiais capazes de causar dano a todos os inimigos à sua volta, a custo de parte da barra de vida. A possibilidade de apanhar armas do chão, ou mesmo dos inimigos e usá-las contra eles foi também aqui introduzida, bem como alguns objectos destrutíveis nos cenários que nos poderão recompensar com armas ou power ups de regeneração da barra de vida. Final Fight, para além de uma jogabilidade mais simples, porém atractiva, acabou por introduzir uma série de conceitos que ainda hoje perduram nos jogos deste género. De resto, para além desta versão possuir o modo multiplayer cooperativo para 2 jogadores tal como no original arcade, possui também um modo time attack. Aqui o objectivo é simplesmente o de derrotar o máximo de inimigos dentro de um tempo limite, sendo que à medida que o tempo vai avançando, inimigos mais poderosos vão também surgindo.

No final de cada nível temos sempre um confronto mais complicado para enfrentar

Graficamente, o que salta logo à vista é que esta versão, apesar de possuir um bom nível de detalhe perante a original arcade, possui gráficos muito menos coloridos, o que se deve às limitações de hardware impostas pela Mega Drive. Tirando o facto do jogo possuir cores muito deslavadas, as personagens, cenários e inimigos estão muito bem representadas com sprites grandes e bem detalhadas. Temos é poucos inimigos no ecrã em simultâneo (um máximo de quatro) quando comparado com a versão original. Já no que diz respeito ao som, a banda sonora é toda no formato CD Audio, contendo temas excelentes, com muito rock e guitarradas à mistura como eu gosto. A cutscene de abertura e de fecho possui algum voice acting que não é lá muito bom, mas valeu pelo esforço.

Mesmo na versão ocidental da Mega CD a cutscene de abertura foi ligeiramente censurada

Portanto este Final Fight CD é, sem dúvida, um dos jogos do catálogo da Mega CD que vale mesmo a pena! Para além de ser uma óptima conversão do clássico da Capcom, é uma das excelentes razões que mostram que a Mega CD é um add-on que até fez algum sentido e possui bons jogos no seu catálogo para serem explorados.

Double Switch (Sega Mega CD)

Voltando às rapidinhas, vamos agora ficar com mais um jogo baseado em full motion video para a Mega CD. Também produzido pela Digital Pictures, este Double Switch é uma espécie de sucessor do Night Trap pois partilha as suas mecânicas de jogo, na medida em que teremos uma série de divisões para vigiar e activar armadilhas sempre que necessário para afugentar intrusos. O meu exemplar foi comprado na CeX no passado mês de Agosto, tendo-me custado 20€.

Jogo com caixa e manuais

O jogo decorre num pequeno prédio de apartamentos onde somos recrutados por Eddie, um residente lá do sítio que montou um sistema de segurança, mas por algum motivo ficou lá trancado e não consegue sair. Eddie pede-nos inicialmente para controlar o sistema de segurança e estar atento não só ao bem estar dos restantes habitantes do prédio e activar armadilhas caso sejam importunados por bandidos, mas também para estar atentos a uma série de códigos de segurança que lhe permitam sair da cave. Ao contrário do Night Trap temos agora uma indicação visual no mapa do prédio que nos informa sempre que algum habitante, bandido ou outro invasor entra nalguma divisão, pelo que teremos de activar a câmara da divisão respectiva, preparar as armadilhas e, quando alguém passar junto das mesmas, activá-las para aprisionar as pessoas.

Para além da preocupação em rearmar as armadilhas, temos de activar a armadilha certa no momento certo

O jogo dá-nos alguma margem de erro para falha, quer ao aprisionar pessoas inocentes por engano, quer ao não aprisionar nenhum bandido. Há situações em que os bandidos apenas se passeiam por alguma divisão sem causar problemas e se os deixarmos escapar ocasionalmente não temos problemas. Temos é de garantir que capturemos inimigos vezes suficientes e, acima de tudo, evitar que eles interfiram com o sistema eléctrico ou telefónico, ou quando atacam directamente algum dos habitantes do prédio. Aí é mesmo game over. No segundo acto teremos também de ter em atenção uma outra pessoa que nos irá activar algumas novas armadilhas, que serão essenciais para conseguirmos finalizar o jogo no capítulo seguinte.

A nível audiovisual, bom, esta versão Mega CD apresenta um vídeo de baixa qualidade como é habitual na plataforma. O acting dos actores não é nada de especial (assim como a história em si que envolve tesouros egípcios, múmias estranhas e afins). Um dos apartamentos é habitado por uma banda de hard rock e eles a certa altura até começam a ensaiar uma música que era bem porreira, pena não existir na internet nenhuma versão completa!

Pausando o jogo podemos observar onde estão colocadas as armadilhas em cada divisão

Portanto, este Double Switch é um jogo que de certa forma refina a fórmula introduzida no Night Trap, mas ainda me deixa com algumas insatisfações. Tal como o Night Trap, como vamos ter de estar sempre a trocar de câmara e cada câmara está a transmitir em real time informação diferente, vamos perder sempre alguma coisa da história principal porque entretanto disparou um alarme noutro apartamento e lá teremos de ir ver o que se passa. Mas o facto de nos avisarem quais salas têm gente e se são habitantes e/ou intrusos já foi uma excelente ajuda! De resto, este jogo foi também relançado em 1995 para a Saturn e PC, com uma qualidade de imagem muito melhor. E bem mais recentemente tivemos direito a versões remasterizadas que sairam em mobile e posteriormente nas plataformas actuais, versões essas certamente com a melhor qualidade de imagem e som.

Heavy Nova (Sega Mega Drive)

Heavy Nova é um título curioso. Lançado originalmente no Japão para a Mega CD em 1991, acabou por receber também um lançamento norte-americano, mas para a Mega Drive, ou Genesis, como é por lá conhecida. Cá na Europa não tivemos essa sorte (e sinceramente também se perdeu pouco), mas acabamos por receber a sua sequela, o Black Hole Assault. O meu exemplar foi comprado no ebay algures no mês de Agosto, tendo-me custado 8 dólares mais quase o dobro em portes de envio…

Jogo com caixa e manual, infelizmente com um sticker manhoso mesmo no cartucho!

O jogo decorre no futuro, onde uma raça alienígena entra em contacto com a Terra e oferece-lhe tecnologia que os fazem avançar bastante como civilização. No entanto, embora eles não expliquem isso lá muito bem, tudo isto fazia parte de um plano para os aliens escravizarem a nossa raça, os humanos descobrem a tempo e lá os conseguimos derrotar. O jogo decorre anos após estes acontecimentos, onde os humanos desenvolveram uma série de mechas high tech para proteger o nosso planeta de ameaças externas e basicamente nós vamos encarnar num piloto prestes a cumprir o seu teste práctico final da academia militar.

Se ao menos a Micronet tivesse investido tanto na jogabilidade como na apresentação…

No seu modo single player, cada novo nível começa com um segmento de platforming, onde teremos de derrotar alguns robots e evitar obstáculos. No final desse nível é quando temos de derrotar o boss, com o jogo a assumir as mecânicas de jogo de um fighting game. Logo na primeira fase vemos que controlar os robots é algo lento e que exige muita paciência e quando somos levados para as lutas propriamente ditas… bom é aí que vemos que o jogo é realmente muito pobre. Temos 2 botões de ataque, um de socos e outro de pontapés, mas com ambos os botões poderemos desencadear uma série de diferentes ataques, que irão depender de vários factores: alguns golpes terão de ser desbloqueados ao coleccionar pontos de experiência nos níveis de platforming, e uma vez desbloqueados muitos acabam por depender também da nossa distância em relação ao robot inimigo, mas também do nível de energia disponível, que é medido numa barra de energia mesmo abaixo da barra de vida. Com essa barra de energia muito baixa nem nos conseguimos mover, com a barra bem alta poderemos desencadear alguns golpes mais poderosos. Isto tudo são muitas variáveis para dois botões apenas! E depois os controlos são lentos, não muito responsivos e, acima de tudo, as mecânicas de detecção de colisões são horríveis. E caso não derrotemos o robot inimigo no tempo disponível, mesmo que no fim do combate tenhamos mais vida, é na mesma game over e toca a gastar continues.

No modo história antes de combater o robot inimigo temos um pequeno nível de platforming para atravessar. Se ao menos o nosso robot fosse mais ágil!

A jogabilidade é portanto muito mal implementada e desnecessariamente complicada, mas pelo menos no factor audiovisual até achei o jogo bem competente. No início e fim temos uma cutscene bem animada e visualmente impressionante, já durante o jogo, apesar de os gráficos não serem a melhor coisa do mundo, não deixam de ser minimamente atractivos, bem como a música que também me pareceu bem conseguida. A versão Mega CD que, tal como referi anteriormente se ficou apenas pelo Japão, é em tudo idêntica à versão Mega Drive, com a diferença de incluir música em formato CD Audio (que também me pareceu muito interessante).

Os combates 1 contra 1 têm as mecânicas de jogo mais desnecessariamente complicadas de sempre

Portanto este Heavy Nova é um jogo que apesar de tecnicamente trazer alguns pontos bem interessantes, peca, e muito, na sua jogabilidade, com controlos lentos, imprecisos, uma detecção de colisão horrível e falta de variedade entre robots, pois todos partilham o mesmo skill set, embora existam alguns robots que não conseguem voar. Pelo que, no caso de jogar partidas a 2, não há motivo nenhum para escolher um desses mechas. O Black Hole Assault mantém a mesma identidade visual, uma vez mais com óptimas cutscenes, mas a jogabilidade, apesar de ligeiramente melhor, continua a deixar bastante a desejar.

Sewer Shark (Sega Mega CD)

Conjuntamente com o Night Trap, este Sewer Shark foi um dos primeiros jogos desenvolvidos pela Digital Pictures e dos primeiros a chegar à Mega CD no ocidente. Tal como o Night Trap, este Sewer Shark é um jogo baseado em full motion video e foi gravado no final da década de 80, quando a Hasbro se preparava para lançar o seu Control Vision, uma consola que leria cassetes em VHS e o seu foco estaria precisamente em vídeos interactivos e jogos deste género. Felizmente o projecto nunca se materializou pois era uma ideia terrível. A Digital Pictures acabou então por converter estes dois jogos para a Mega CD (e posteriormente para outros sistemas como a 3DO). O meu exemplar veio de uma loja Austríaca no mês passado, que um amigo meu visitou e teve a amabilidade de me trazer este jogo. Custou-me 9€, mas infelizmente sofreu algumas mazelas na sua viagem de avião para Portugal. Se um dia encontrar outro exemplar barato acabo por trocar a caixa.

Jogo com caixa e manual. Não há capa.

Ora este é um on-rails shooter, onde conduzimos um veículo todo futurista por um labirinto de túneis e repleto de criaturas mutantes – como o ratigator, um cruzamento entre uma ratazana e um aligator. A nossa missão é a de limpar os túneis do máximo número destas estranhas criaturas possível, tudo isto para proteger a cidade de Solar City, que fica à superfície. Eventualmente outras coisas acontecem, mas deixo isso para quem for jogar. Mas não estamos nos túneis sozinhos, temos o chato do nosso co-piloto, que apesar de estar constantemente a berrar connosco como um sargento mal disposto, é quen nos vai actualizando na história. O outro companheiro é o drone Catfish, que vai explorando os túneis à nossa frente, abrindo as suas passagens e dando-nos as direcções que temos de tomar nas intersecções.

Epá, este tipo é tão chato!

A nível de controlos, a nave move-se sozinha, a menos que tenhamos de mudar de direcção nalguma intersecção de túneis. Ou seja, o botão direccional por si só serve para mover a mira pelo ecrã e o A para disparar. Se quisermos mudar de direcção numa intersecção, temos de pressionar o botão B e depois a direcção pretendida. O Catfish vai à nossa frente explorando os caminhos e abrindo os túneis necessários, pelo que a certas alturas ele vai-nos indicando qual é o vector de direcções a tomar nas intersecções seguintes, com um sistema de ponteiros de relógio. Por exemplo, 3h corresponde a virar à direita, 9h à esquerda, 6h e 12h serve para viramos para baixo ou para cima respectivamente. Geralmente o drone indica-nos um vector de 3 direcções seguidas e sempre que nos aproximamos de uma intersecção, surge uma indicação no ecrã quais as direcções que é possivel mudar. Temos de estar atentos não só ao que o robot diz, bem como as indicações que surgem no ecrã, pois nem sempre a intersecção seguinte está aberta para a direcção que nos indicaram anteriormente. E se tomarmos uma direcção errada podemos ir de encontro a um túnel selado e as coisas não acabam bem.

Quando nos aproximamos de uma intersecção, surge no ecrã uma indicação das direcções disponíveis, pelo que temos de decidir se queremos manter o rumo ou virar

Outras coisas que temos de ter em atenção é o medidor de energia que vai diminuindo à medida que vamos gastando combustível a navegar pelos túneis, bem com o dano sofrido pelos inimigos. Temos de estar atentos ao aparecimento de estações de recarga que nos permitam recuperar alguma da energia perdida! Outro dos indicadores que vemos no ecrã é o nível de hidrogénio nos túneis. Se chegar ao nível vermelho, temos de pressionar o botão C, para lançar um flare e inflamar todo esse hidrogéneo em excesso à nossa frente.

No que diz respeito aos audiovisuais, como devem calcular a qualidade do vídeo não é grande coisa, mas isso acontece meramente pelas limitações de hardware impostas pela Mega Drive. Os actores não são nada de especial, mas já vi muito pior. Parece que se esforçam demasiado em quererem ser todos mauzões! As músicas são agradáveis, mas ao contrário do que esperava não são em formato cd-audio, mas sim em chiptune. Talvez com todos os vídeos não tenham tido espaço num CD para músicas? É que mesmo fora das cutscenes com os actores do jogo, a navegação pelos túneis é toda feita em cima de filmagens da nave ao voar pelos túneis.

Este é possivelmente o vilão mais estúpido que já viram num videojogo.

Portanto este Sewer Shark, apesar de mais uma vez não ter envelhecido tão bem assim, na verdade nem o achei um mau jogo de todo pois é um on-rail shooter, logo há aqui alguma jogabilidade a ter em conta. Prefiro de longe jogos assim do que outros como o Road Avenger que não passam de sequências gigantes de quick time events.