B.O.B. (Sega Mega Drive)

Vamos voltar agora à Mega Drive para um jogo que muita nostalgia me traz. Não que o tenha jogado no seu sistema original quando era mais novo, mas sim este foi um dos primeiros jogos que joguei em emulação, algures no início de 1999, a par de jogos como a versão Mega Drive do R.C. Pro Am ou Road Rash. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu algures em Janeiro deste ano, tendo-me custado algo à volta dos 20€.

Jogo com caixa e manual, que já viu melhores dias

A história leva-nos a controlar um robot extraterrestre que se preparava para ir a um encontro com a sua namorada e para isso pede a nave do seu pai emprestada, que lhe pede para a devolver sem qualquer arranhão. Naturalmente que na viagem a nave despenha-se e B.O.B, aterra num asteróide gigante, pelo que o nosso objectivo acabará por ser o de sair dali o quanto antes, até porque os níveis que iremos explorar estão repletos de obstáculos e inimigos.

Mapa de jogo, são mesmo muitos os níveis que iremos explorar!

Este é um jogo de plataformas, onde os controlos são simples: o botão B dispara a arma que tenhamos equipada no momento, o C salta e o A serve para usar certos gadgets que poderemos também equipar. Todas os gadgets e armas possuem munições limitadas (excepto os punhos do próprio B.O.B., mas esses têm naturalmente um alcance menor), que poderão ser encontrados à medida que vamos explorando os níveis. Para além disso, poderemos também encontrar itens que nos regeneram a nossa barra de vida ou até vidas extra. As diferentes armas podem disparar projécteis com diferentes trajectórias, poderosos mísseis teleguiados entre outros como um lança chamas. Já no que diz respeito aos gadgets, estes podem ser pequenos chapéus-helicóptero que nos permitem voar temporariamente, guarda-chuvas para amortecer quedas, trampolins que nos permitem chegar a plataformas de outra maneira inatingíveis, entre outro como escudos temporários ou flashes que paralisam os inimigos. Tanto as armas como o equipamento podem ser trocados no menu de pausa, mas também durante a própria acção, exigindo no entanto que pressionemos uma combinação de botões para o efeito.

Pausando temos acesso ao inventário e a password actual

O jogo possui bem mais níveis do que eu me lembrava, sendo uns 50 ao todo. O objectivo de cada nível é o de procurar a sua saída dentro de um tempo limite, derrotando inimigos e ultrapassando os vários obstáculos que nos vão sendo apresentados. Gerir bem as munições disponíveis bem como os gadgets que vamos encontrando é também uma das preocupações que temos de ter, até porque precisamos mesmo de os utilizar para completar alguns dos níveis. À medida que vamos avançando, os níveis vão ficando também cada vez mais complexos e labirínticos e o tempo disponível para o completar poderá não chegar. Ocasionalmente temos também alguns bosses para derrotar e o progresso poderá ser gravado através de um sistema de passwords.

Apesar do jogo não variar muito graficamente, adoro estes pequenos diálogos! Isso e as boas animações da personagem principal, dão um certo charme ao jogo

De resto, a nível visual, este não é um mau jogo de todo, na medida em que a sprite do B.O.B. é grande, bem detalhada e repleta de diferentes animações que dão um certo charme à personagem. Os níveis em si, apesar de não serem mal detalhados como um todo, infelizmente acabam por se tornar algo repetitivos. Isto porque ao longo dos seus 50 níveis, B.O.B. terá de explorar 3 asteróides distintos e cada asteróide apenas tem dois tipos de cenários diferentes. Os do primeiro “mundo” consistem numa espécie de uma fábrica e cavernas repletas de criaturas insectóides e/ou viscosas. O segundo mundo alterna entre níveis mais high-tech e ruínas de alguma civilização antiga. Por fim, o terceiro mundo traz um pouquinho mais de variedade. Vamos explorar outras cavernas cheias de criaturas bizarras, mais níveis de origem alienígena e outros algo urbanos. Esta falta de variedade acaba também por se reflectir nas músicas, que apesar de não serem desagradáveis, acabam por se repetir bastante. Por outro lado, os efeitos sonoros têm muito aquele feeling de estarmos num desenho animado, o que também contribui para a atmosfera agradável do jogo.

Portanto este B.O.B. é um agradável jogo de plataformas e que, tal como já referi anteriormente, me traz muitas boas memórias. É um jogo bem mais longo daquilo que eu pensava e infelizmente acaba também por ser algo repetitivo na pouca variedade e natureza labiríntiga dos seus níveis. Ainda assim, foi bom voltar a jogá-lo ao fim de tantos anos!

Phantasy Star Online: Episode I and II Plus (Nintendo GameCube)

Tempo de voltar às rapidinhas e à Nintendo GameCube para um artigo muito breve, o de um relançamento do Phantasy Star Online cujo lançamento se ficou pelo Japão e Américas. Já por cá falei várias vezes do Phantasy Star Online, tanto o seu lançamento original de Dreamcast, como o seu relançamento na Nintendo GameCube, um dos primeiros jogos que comprei para o sistema e que muito joguei (se bem que sempre de forma offline, pelo menos nessa versão da consola da Nintendo). Esta versão Plus contém algum conteúdo adicional que irei descrever muito brevemente. Sendo eu um grande fã desta série, este já era um lançamento que tinha em vista em adicionar à colecção há vários anos, mas o seu preço proibitivo sempre me inibiu de o comprar. Sinceramente nunca estaria à espera de encontrar esta variante na Europa, muito menos cá em Portugal. Eis que um dia destes o vejo numa cash converters e a menos de metade do preço que habitualmente é vendido no ebay norte-americano! Acabei por não resistir, não foi um jogo barato, mas tendo em conta o preço apetecível e não ter de me chatear com despesas aduaneiras, lá teve de ser.

Ora como já referi no artigo do PSO Episode I & II, esse lançamento para além de incluir o conteúdo do PSO ver. 2 da Dreamcast (e PC) trazia também uma nova expansão, o tal segundo episódio, que narra um novo capítulo na história, novas áreas para serem exploradas, novas quests, mais inimigos para combater, mais armas para coleccionar e outros modos de jogo adicionais. O principal motivo da existência desta versão Plus é o facto desta corrigir alguns bugs, um deles bastante severo visto que permitia a consola correr homebrews (ou jogos piratas) sem qualquer modificação adicional ao sistema. Curiosamente a versão Plus nunca chegou a sair na Europa, o que me leva a crer que esse problema já estaria resolvido no lançamento europeu, ou a Sega simplesmente já não quis saber. Para além disso, esta versão traz algumas sidequests adicionais, que outrora apenas estariam disponíveis para quem jogasse o jogo de forma online, passando a estar agora no disco e disponíveis a qualquer um. Eu na verdade já tinha jogado esse conteúdo no Phantasy Star Online Blue Burst, o último relançamento oficial do Phantasy Star Online clássico, versão exclusiva para o PC, com ainda uma nova expansão para ser jogada, o Episode IV (o Episode III é uma conversa completamente diferente).

O Episode II é conteúdo inteiramente novo. A versão Plus traz algumas sidequests no disco que de outra forma apenas estariam disponíveis online

Eu avisei que este artigo seria mesmo muito breve, este relançamento do PSO é uma mera curiosidade, até porque para quem quiser matar saudades do original, é muito fácil encontrar o Blue Burst disponível para ser jogado em servidores privados. Essa é também uma versão que eu adoraria ter um dia destes na colecção, mas infelizmente o seu preço é também demasiado alto e duvido muito que a encontre casualmente numa cash converters.