John Madden Football 92 (Sega Mega Drive)

Vamos a mais uma rapidinha a um jogo de futebol americnao, um desporto que apesar de conhecer os seus conceitos básicos e até os achar interessantes devido a toda a estratégia por detrás das jogadas, traduzir isto para um videojogos sempre foi para mim bastante aborrecido. E eu deveria escrever algo sobre esta série desde o seu primeiro jogo e ir iterando pelos anos seguintes de forma sequencial, mas sinceramente não são jogos que eu procure activamente. Se os encontrar por acaso a um preço atractivo compro, caso contrário deixo passar. E foi o que aconteceu com este Madden 92 que veio de uma feira de velharias há umas semanas atrás.

Jogo com caixa e manual

Foi apenas com o Madden NFL 94 que a Electronic Arts adquiriu a licença das equipas oficiais que participavam na competição, pelo que este ainda utiliza equipas e jogadores genéricos. Aumenta no entanto o número de equipas participantes das 16 do primeiro jogo para as 28, aparentemente o número certo de equipas que competiam. No que diz respeito aos modos de jogo podemos jogar campeonatos completos, partidas de pré-epoca que aparentemente são mais relaxadas no que diz respeito a algumas regras de jogo ou outro tipo de competições como morte súbita ou playoff.

Visualmente o jogo tem um aspecto bem limpo e animado. Não é de estranhar o facto desta série ter tido tanto sucesso

Quando começamos uma partida, se estivermos a atacar, o objectivo é o de conquistar o máximo de campo possível ao adversário. Para isso começamos por escolher qual a táctica, ou seja, qual a jogada a utilizar naquele lance e uma vez isso decidido, passamos a controlar o quarterback que tem a missão de passar a bola a um dos seus colegas que se tente desmarcar. Para isso podemos ver 3 janelas com a câmara aproximada em 3 desses potenciais receptores do passe e, convenientemente com os botões A, B ou C escolhemos para quem passar a bola. Depois do passe, o receptor tem também algum controlo limitado, pois este tenta deslocar-se para o alvo assinalado no ecrã, onde a bola (ovo) irá cair, mas podemos controlá-lo com o direccional e inclusivamente usar os botões faciais para que este salte ou mergulhe e tente apanhar a bola. Caso joguemos à defesa também começamos por escolher a formação e táctica para defender e posterioremente usamos os botões faciais para importunar os oponentes e tentar roubar-lhes a bola. E é isto ao longo de muitos, muitos minutos só para uma única partida. Entendo um pouco do fascínio que os norte-americanos têm com este desporto, mas não é de todo para mim.

A mítica ambulância que causa mais estragos do que resolve

No que diz respeito aos audiovisuais este é uma vez mais um jogo com uma boa atenção ao detalhe. As sprites dos jogadores estão bem detalhadas e animadas, o jogo está repleto de vozes digitalizadas com os intervenientes a vociferar números e expressões que para mim nada dizem. Entre partidas o jogo mantém aquela abordagem típica dos videojogos desportivos da EA da época, com os menus a simularem uma transmissão de uma estação televisiva (a EASN), inclusivamente com os comentários ocasionais do próprio John Madden. Músicas apenas existem nessas fases transitórias, já durante as partidas apenas ouvimos o ruído do público, os jogadores a gritarem uns com os outros e pouco mais. Um detalhe interessante é o das lesões dos jogadores: sempre que um se lesiona surge uma ambulância no ecrã. Até aqui tudo bem, mas o detalhe delicioso é que essa ambulância atropela todos os outros jogadores que se atravessem no seu caminho!

E pronto, é isto, Madden 92. Mais do mesmo, mas com mais equipas face ao seu predecessor. Este é o segundo jogo desta série a sair numa Mega Drive, mas irei certamente perder mais algum tempo a analisar o seu antecessor, caso o apanhe um dia destes, até porque o mesmo tem uma certa história por detrás.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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