Call of Duty: Infinite Warfare (PC)

Vamos agora voltar à série Call of Duty para aquele que é, até ao momento em que estou a escrever isto, o último Call of Duty que tenho na colecção. Lançado originalmente em 2016 e produzido pelos veteranos da Infinity Ward, este é mais um Call of Duty que segue a veia futurista introduzida nos últimos jogos da série que haviam saído até então, nomeadamente o Advanced Warfare e Black Ops III. Tal como é habitual, este artigo irá-se focar unicamente no modo campanha, visto que nem sequer experimentei nenhum dos modos de jogo multiplayer. O meu exemplar foi comprado algures em 2018 numa Fnac em Paris, creio que me custou uns 10€.

Jogo com caixa, papelada e 6 DVDs. Não é por acaso que a maioria dos jogos que saíram para PC em formato físico passaram a ter apenas um código de download.

A história leva-nos então a um futuro bem mais distante, onde a raça humana começou verdadeiramente a exploração do seu sistema solar, ao instalar colónias e fábricas de extracção mineral em diversos planetas e luas. A civilização marciana estava bem avançada, de tal forma que os seus líderes se revoltam, constroem um grande exército e invadem a Terra, atacando a cidade de Genebra, na Suíça, no dia em que as forças militares terrestres tinham toda a sua frota espacial a sobrevoar a cidade numa parada militar. Ao longo do jogo iremos então combater as forças da SDF (Settlement Defense Force) ao longo de todo o sistema solar, seja em combate de infantaria, tanto em missões mais furtivas ou de combate directo, seja em autênticas dogfights a bordo de naves espaciais.

Tal como nos CoD anteriores, não vamos combater apenas soldados humanos, mas robots soldados também

A jogabilidade é o que devem esperar de um Call of Duty. Este é então um first person shooter bastante sólido nos seus controlos e mecânicas de jogo, onde vamos ter acesso a dezenas de armas de fogo, diferentes tipos de granadas e outros gadgets. Algumas das mecânicas introduzidas nos outros Call of Duty futuristas foram também aqui mantidas, como é o caso da possibilidade de fazer hacking a robôs inimigos, passando-os a controlar temporariamente, ou a possibilidade de activar boosters no nosso equipamento, permitindo-nos saltar mais alto, ou mesmo correr em paredes. Os combates em gravidade zero também regressam, assim como o gancho que nos permite alcançar superfícies distantes rapidamente, mas também atacar inimigos. Esperem por uma campanha com uma forte narrativa e repleta de reviravoltas, mas o que eu mais gostei foram mesmo os combates espaciais, a bordo de caças. Aqui teremos autênticas dogfights contra caças inimigos e naves bem maiores, que nos irão obrigar não só a gerir bem os recursos como armas de fogo e flares para nos defendermos de mísseis inimigos, mas também os after burners, para as perseguições a mais altas velocidades ou simplesmente para escapar de algum lock-on inimigo. Um outro detalhe que achei interessante é o facto de existirem múltiplas missões opcionais que poderemos completar, aumentando assim a longevidade da campanha, que me demorou quase 10h a completar.

Os combates com naves espaciais foram provavelmente os meus momentos preferidos

De resto, a série Call of Duty é mais conhecida por todas as suas componentes multiplayer, mas tal como referi acima, nem sequer as experimentei, pelo que não me vou alongar nesse tópico. Temos o habituais modos de jogo multiplayer competitivo e cooperativo, este sendo o já tradicional modo zombies que desta vez decorre algures nos anos 80 e com uns visuais muito psicadélicos e cartoon também. Pareceu-me bem divertido e humorado pelo gameplay que vi, mas acabei mesmo por não o experimentar.

Algumas das paisagens estão belíssimas

Do ponto de vista audiovisual este é um excelente título. Há uma grande variedade de cenários, não só a cidade de Genebra mas também todas instalações que iremos visitar ao longo de todo o sistema solar, que resultam num leque muito variado de paisagens. Para não mencionar toda a exploração espacial em si, não só nos combates em gravidade zero, mas também de todas as naves que iremos explorar, se bem que estas não diferem muito, naturalmente. Mas tudo está bem representado, com gráficos muito detalhados não só nas personagens como em todos os cenários. Efeitos de luz e partículas estão também impressionantes para a época! No que diz respeito ao voice acting e som no geral, este continua excelente como a série nos tem vindo a habituar. Aliás, no modo campanha a Activision voltou a recrutar várias caras conhecidas de Hollywood para representar várias das personagens principais, com o destaque a ir, claro, para Kit Harington como o vilão (you know nothing, Jon Snow).

Uma vez mais temos alguns actores conhecidos a dar a cara a uma série de personagens

Portanto devo dizer que até gostei bastante deste Infinite Warfare. Não fui um grande fã de campanha do Black Ops III, mas devo dizer que a Activision/Infinity Ward acabaram por se esmerar neste jogo. Gostei da campanha, a variedade de armas e equipamentos, que embora não seja tão grande quanto no Black Ops III, acabam por resumir bem algumas das habilidades mais úteis. Os combates espaciais foram outro dos aspectos que gostei bastante! Gostava que voltassem a revisitar esta série Infinite Warfare, visto que ainda haveria potencial para eventuais sequelas. Mas visto que foi um jogo que não vendeu tanto quanto os outros, não me parece que a Activision esteja para aí virada.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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