Root Letter (Sony Playstation Vita)

O artigo de hoje é mais uma visual novel / jogo de mistério e aventura, com algumas semelhanças com a série Phoenix Wright, pois eventualmente, em cada capítulo, teremos de interrogar uma pessoa específica e até lá temos de recolher pistas que possam ser usadas como provas para confrontar essas pessoas. O meu exemplar foi comprado a um particular há uns anos atrás, creio que me custou uns 10€.

Jogo com caixa

O jogo decorre inteiramente na cidade de Matsue no Japão, onde encarnamos num jovem adulto que busca conhecer finalmente a sua penpal dos tempos da secundária, 15 anos depois do seu último contacto. O que é um penpal? Um(a) amigo(a) por correspondência! A única pista que o protagonista tem para descobrir a Aya Fumino, são precisamente os seus colegas da escola secundária que ela foi mencionando nas suas cartas. Mas todos os amigos de Aya que vamos descobrindo e interagindo, nenhum quer sequer remexer em acontecimentos do seu passado e vão estar constantemente na defensiva, até porque vamos descobrindo aos poucos que a história por detrás do desaparecimento de Aya começa a fazer cada vez menos sentido.

A interface é bastante simples, embora nem todas as acções estejam disponíveis logo de início

Lá teremos então de explorar a cidade de Matsue exaustivamente, questionar pessoas e recolher evidências para que posteriormente possamos confrontar os amigos de Aya, um a um, e se tivermos sucesso iremos desvendar um pouco do mistério de Aya de cada vez. A acompanhar a aventura e todos os diálogos que vamos ler, teremos uma interface baseada em menus que nos irá permitir realizar uma série de acções. Ao escolher “Move” podemo-nos movimentar por diferentes áreas do mesmo local onde estamos ou visitar o mapa e visitar locais que já tenhamos desbloqueado. A opção Check permite-nos investigar o cenário em busca de pistas, a opção Ask permite interrogar pessoas à nossa volta, já a opção Inventory permite-nos consultar o inventário e seleccionar algum item e usá-lo com alguma pessoa. A opção Think serve para nos dar algumas dicas do que devemos fazer em seguida (e em certas alturas é mesmo obrigatório usá-la para avançar na história), já o Guidebook deve ser consultado algumas vezes para descobrir onde ficam certos locais (ficando posteriormente disponíveis no mapa). Por fim temos a opção smartphone, que é onde podemos gerir os saves e as opções gerais.

As escolhas que tomamos como respostas às cartas de Aya são o que definem o final que iremos alcançar

Durante os interrogatórios principais, onde devemos ter algum cuidado para fazer as perguntas certas e usar os itens certos como prova do nosso raciocínio, também iremos por vezes activar o “max mode“. Aqui vemos uma frase em destaque no ecrã e um medidor de energia a aumentar, sendo que cada vez que este ultrapasse um certo limite a frase muda também ficando cada vez mais intensa! Uma vez mais teremos de escolher a frase certa para avançar no interrogatório, mas felizmente aqui parece-me que podemos falhar as vezes que quisermos e ainda bem que assim é porque a partir de certo ponto no jogo o tal medidor de energia vai estar constantemente a subir/descer e fica mais difícil escolher a frase que queremos no timing certo. Sinceramente achei uma mecânica de jogo um pouco desnecessária! Os “OBJECTION!” do Phoenix Wright eram bem mais simples!

O max mode foi talvez a mecânica de jogo que gostei menos

Já a narrativa em si, sinceramente até a achei interessante, pois a história vai ficando cada vez mais bizarra à medida que vamos progredindo no jogo. E temos vários finais distintos para alcançar e a maneira como avançamos para cada final prende-se com as escolhas que tomamos nas respostas que supostamente demos às cartas da Aya no passado. Os primeiros 8 capítulos pertencem ao ramo principal da história e é aí que fazemos essas escolhas, já os 2 capítulos seguintes pertencem ao ramo do final que alcançamos. Felizmente, uma vez terminado o jogo pela primeira vez, é possível avançar de capítulo em capítulo até ao oitavo, assim que fizermos as novas escolhas de respostas às cartas. E os finais são bastante distintos entre si, uns bem mais bizarros que outros!

A opção check permite-nos investigar os cenários mais a fundo em busca de novas pistas

A nível audiovisual é um jogo muito distinto. As personagens têm um aspecto um pouco mais realista e não tanto anime, bem como todos os cenários que visitamos aparentam mesmo ser localizações reais da cidade de Matsue e estão representados de uma forma muito realista também. Dá mesmo vontade de visitar aquele sítio! Temos também voice acting para todas as personagens excepto para o protagonista que encarnamos e as vozes estão, naturalmente, em japonês. Já a banda sonora também achei agradável, sendo composta maioritariamente por melodias muito calmas, mas também mais tensas ou enérgicas quando o momento chama.

Portanto devo dizer que até gostei deste Root Letter, apesar de não ter gostado lá muito de um ou outro dos finais que poderemos desbloquear. A história é interessante e o mistério vai-se adensando à medida que avançamos no jogo! Este Root Letter foi também lançado para a PS4 e PC no Steam, se bem que mais tarde a Kadokawa Games produziu uma versão melhorada chamada Root Letter: Last Answer. Aparentemente essa versão, para além de ter conteúdo adicional na história, tem também cenas gravadas com actores reais. Acho interessante, mas não conto recomprá-lo, pois não me agradou tanto quanto o Steins;Gate, onde acabei por mais tarde comprar a sua versão Elite.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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