Xblaze Code: Embryo (Sony Playstation 3)

Voltando às rapidinhas, desta vez para uma Visual Novel na PS3, o jogo que cá trago hoje é este Xblaze Code: Embryo, que comprei completamente às cegas numa das minhas idas à CeX. Já não me recordo ao certo quando o comprei, mas foi na CeX do Dragão. Comprei às cegas porque me pareceu uma visual novel, custava apenas 4€, e achei que pudesse ser alguma hidden gem. E esta foi uma das compras às cegas que deu certo, pois acabei por até gostar bastante do jogo.

Jogo com caixa.

Já depois de o ter comprado, fui pesquisar sobre o mesmo e reparei que o jogo é uma prequela no universo da série BlazBlue, uma série de jogos de luta em 2D da Arc System Works, que também nos trouxe Guilty Gear. Nunca joguei nenhum BlazBlue até aos dias de hoje, mas sendo uma prequela, sinto que não perdi muito. Basicamente o jogo coloca-nos no papel de mais um jovem japonês, um dos poucos sobreviventes de uma catástrofe que fez com que milhares de pessoas desapareceram sem deixar rastro. Touya Kagari, o tal protagonista, era apenas uma criança quando isso aconteceu, ficou órfão, e acabou por ser acolhido por duas irmãs que conheceu no orfanato, assim que a mais velha conseguisse ser a sua guardiã legal. Entretanto coisas acontecem e Touya repara que possui uma habilidade especial: consegue detectar ataques dos Unions, seres mutantes com super poderes, que surgiram após o tal incidente, pelo que Touya acaba por se ver envolvido com diversos outros protagonistas que combatem os Unions. Pelo meio, claro, vamos descobrindo uma trama maior que nos caberá resolver.

O que mais apreciei nesta VN é que a acção não é tão fluída como um anime, mas está longe das imagens estáticas de outros jogos do género

Tal como muitas outras visual novels, esta possui imensas ramificações na sua história que nos poderão levar a finais distintos. Mas não temos o poder explícito de decisão nas escolhas que nos irão levar a diferentes ramificações, pois essas dependem dos artigos que vamos lendo nos TOi. TOi é uma app de telemóvel, agregadora de notícias e outros conteúdos que serão supostamente interessantes para o utilizador e, à medida que vamos avançando na história, iremos receber imensas mensagens diferentes, que poderemos optar por ler, ou não. Quando lemos um artigo, podemos também ver quais dos nossos amigos também o leram, pelo que a ideia será pelo menos ir lendo os artigos que apenas algumas personagens específicas tenham também lido, para irmos caminhando em direcção ao final dedicado a essa personagem. Naturalmente também poderemos fazer algumas escolhas erradas que nos irão desencadear um final mau.

A maneira como progredimos na história é ditada pelas mensagens que escolhemos ler no telemovel

No que diz respeito aos audiovisuais, confesso que ia com expectativas algo baixas depois de ter jogado o Steins;Gate também para a PS3. Não que o SG tivesse uma má história, muito pelo contrário, mas sempre achei que, para uma VN na PS3, a parte visual, nomeadamante nas animações e afins, pudesse estar bem melhor. E realmente a Arc System Works é muito boa nas suas animações 2D pois este Xblaze, mesmo possuindo imagens algo estáticas como é habitual numa VN, estas até que estão cheias de detalhe e bem mais animadas do que eu esperaria. O voice acting é inteiramente em japonês e soou-me bem competente, já as músicas são bastante variadas consoante o contexto, possuindo temas mais calmos, melancólicos ou tensos, mas também algum rock e electro à mistura.

As funcionalidades típicas estão cá todas presentes, como avançar texto já lido noutras playthroughs ou consultar o que foi dito antes

Portanto, devo dizer que fiquei agradavelmente surpreendido por este Xblaze. É uma VN que se lê bem, não é nada enfadonha, e possui imensas ramificações que nos irão manter entretidos durante um bom tempo. É que mesmo depois de alcançar todos os finais possíveis da história principal, desbloqueamos uma história bónus, muito bem humorada, onde o nosso objectivo é o de procurar uma série de ingredientes lendários para fazer o melhor caril de todos os tempos. Conteúdo não falta e os visuais também estão muito bons! Sinceramente acho uma ideia muito interessante o que foi aqui introduzido: explorar a backstory de jogos de luta desta forma! Até gostava de jogar uma VN deste género para o Guilty Gear, que também possui um lore muito rico.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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