NHL All-Star Hockey 98 (Sega Saturn)

Continuando pelas rapidinhas, mas agora na Sega Saturn, vamos ficar com mais um jogo de desporto com o selo da Sega Sports. A Mega Drive era a consola 16bit que melhores jogos de desporto recebia, sendo a plataforma principal de desenvolvimento da EA Sports, e com a Sega a certa altura a criar a marca Sega Sports, mantendo também uma linha própria de jogos de desporto, sejam desenvolvidos nos seus estúdios internos, ou subcontratados como é o caso deste NHL All-Star Hockey 98 que foi desenvolvido pela Radical Entertainment. O meu exemplar custou-me 2.5€, tendo vindo de uma feira de velharias algures no mês passado de Outubro.

Jogo com caixa e manuais

Aqui dispomos de várias equipas e selecções e, vendo o símbolo NHL PA na capa do jogo, presumo que as equipas possuam todas os jogadores reais. Pelo menos graficamente, as arenas e uniformes parecem-me todas distintas entre si, o que é um bom sinal. Dispomos de vários modos de jogo como partidas amigáveis ou campeonatos e torneios. Aqui, entre outras coisas, podemos ter algum controlo adicional sobre a equipa que escolhemos, pois podemos inclusivamente fazer algumas transferências de jogadores se assim o desejarmos. A jogabilidade em si parece-me bastante fluída, mas eu não sou de todo um especialista no género.

Ao jogador seleccionado , aparece sempre o seu nome abaixo, um pormenor interessante

A nível audiovisual, como já referi acima, as equipas possuem todas uniformes diferenciados, assim como as arenas, portanto é possível que sejam mesmo fiéis aos uniformes da época. O jogo em si apresenta diferentes câmaras, algumas mais dinâmicas que nos deixam ver os jogadores com mais algum detalhe. E sim, não têm o detalhe dos lutadores do Virtua Fighter 2, mas sinceramente para um jogo de desporto os gráficos não me parecem nada maus. A nível de som, bom não existem músicas a não ser algumas melodias que vão tocando quando há alguns eventos no jogo, como golos, faltas ou expulsões. Temos um comentador que apesar de não estar a narrar os jogos em si, vai informando quais são os jogadores que marcam, quem fez a assistência, assim como no caso de faltas ou lesões. Compreende-se o porquê dos comentadores estarem mais silenciosos, pois gravaram falas com os nomes de todos os jogadores disponíveis no jogo.

Graficamente até que é um jogo bem competente

Portanto este All-Star Hockey 98 até me parece ser um jogo bastante competente dentro do seu género. A Radical Entertainment era também o estúdio que estava por detrás da série NHL Powerplay e em 1997 lançaram também o NHL Powerplay 98 para a Playstation, que me parece ser muito, muito idêntico a este. Talvez o “Exclusive on Sega Saturn” não seja tão bem assim.

Donald in Maui Mallard (Sega Mega Drive)

Continuando pelas super rapidinhas, ficamos aqui com mais um jogo que já por cá analisei, numa outra versão. Donald in Maui Mallard, também conhecido como Maui Mallard In Cold Shadow no mercado norte-americano, é um interessante jogo de plataformas produzido pela Disney Interactive, que protagoniza um pato Donald muito diferente do que conhecemos: Detective privado e ninja nas horas vagas!

Jogo com caixa e manuais

Ora eu já cá tinha trazido anteriormente a versão PC, que ao contrário da versão SNES, que possui algumas diferenças nos níveis, esta foi convertida tendo por base a versão Mega Drive, com a vantagem de usufruir uma banda sonora em CD Audio e melhores gráficos. Mas no geral é mesmo muito semelhante à versão Mega Drive, pelo que recomendo a leitura desse mesmo artigo. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Setembro, tendo-me custado 10€.

Ecco the Dolphin (Sega Master System)

Passando agora por uma super rapidinha, vou deixar por cá a versão Master System do Ecco the Dolphin, que por si só é muito, muito semelhante à versão Game Gear que já cá trouxe no passado. O meu exemplar foi comprado algures no passado mês de Outubro, tendo vindo num grande bundle de consolas e jogos que comprei a meias com um amigo.

Jogo com caixa e manuais

Essencialmente este jogo é então muito similar à sua versão portátil, mas apresenta uma maior resolução de ecrã e as cores não são tão boas, visto a Game Gear possuir uma paleta de cores maior. Ainda assim, não deixa de ser uma versão impressionante para um sistema 8bit.

Mickey’s Racing Adventure (Nintendo Gameboy Color)

Voltando às rapidinhas, vamos ficar com um título muito estranho da Rare para a Game Boy Color. A certa altura a Nintendo ou mesmo a Rare devem ter adquirido temporariamente uma licença para desenvolver videojogos do Mickey para as suas plataformas e o resultado foi este Mickey’s Racing Adventure, exclusivo para a Gameboy Color e posteriormente o Mickey’s Speedway USA para a mesma portátil e Nintendo 64 também. Este último já era um kart racer semelhante a títulos como Mario Kart 64 ou Diddy Kong Racing, já o primeiro é uma mistura muito estranha entre corridas, aventura e puzzles. O meu exemplar, se a memória não me falha, foi comprado junto de um lote de mais de 20 jogos de Game Boy na feira da Vandoma no Porto. O lote custou-me 20€, o que deixou cada cartucho por menos de 1€.

Apenas cartucho

Tal como referi acima, o conceito do jogo é muito estranho. Sim, vamos ter várias corridas para competir, que são jogadas numa perspectiva isométrica que faz lembrar velhos clássicos como o R.C. Pro AM também da RARE, mas até lá chegar temos uma forte componente de aventura, onde teremos de explorar o mundo à nossa volta e eventualmente participar em alguns mini-jogos para progredir na história. Por exemplo, enquanto vagueamos pela cidade, podemos encontrar dinheiro e outros itens como tokens que nos dão acesso bilhetes de comboio para as localizações onde poderemos finalmente competir nas corridas. Mas durante a viagem de comboio teremos de resolver um daqueles jigsaw puzzles, aqueles em que habitualmente temos de mover uma série de quadradinhos para formar uma imagem, só que desta vez os quadradinhos representam a linha de comboio, onde teremos de guiar o comboio a atravessar uma série de checkpoints e finalmente encaminhá-lo para a saída. Assim que resolvermos esse puzzle, lá teremos algumas corridas para competir.

No modo aventura as sprites das personagens principais são grandes e muito bem detalhadas

Aqui a jogabilidade faz mesmo lembrar outros jogos do género como o RC Pro AM, onde temos 3 oponentes e um circuito com 3 voltas para competir. À medida que avançamos no jogo, podemos usar o dinheiro que encontramos para comprar uma série de upgrades para o carro, bem como visitar a Maga Patológica e comprar-lhe magias, que geralmente se traduzem em armas que podemos usar nas corridas para nossa vantagem. Os circuitos tanto podem ser terrestres, como aquáticos ou mesmo mistos, onde o nosso veículo se transforma automaticamente entre carro e barco. Ao longo do jogo iremos também poder jogar com a Minnie, Margarida, Donald e Pateta, cada qual com os seus desafios e circuitos para vencer. O cão Pluto é também uma personagem jogável, mas apenas o podemos usar no mapa, não nas corridas. Pluto pode no entanto escavar a terra, descobrindo dinheiro, tokens para o comboio, ou abrir túneis que servem de portais que nos teleportam entre diferentes zonas do mapa. Para além disso, com o Pluto podemos também jogar alguns minijogos onde ele escava túneis em busca de ossos dourados, algo que nos servirá para desbloquear a parte final do jogo, a mansão do vilão Bafo de Onça.

Tanto detalhe na aventura que nas corridas sinceramente ficaram um pouco a desejar

A nível audiovisual, bom as músicas são agradáveis, mas para um sistema 8bit, não são tão memoráveis quanto muitas das músicas que a Rare produziu para a NES. Já no que diz respeito aos gráficos, durante o modo aventura, onde exploramos a cidade livremente, as sprites, principalmente as do Mickey e companhia, são ridiculamente grandes e muitíssimo bem animadas, foi uma excelente surpresa. Já nas corridas sinceramente não as achei nada de especial.

Este tipo de puzzles sempre foram a minha kryptonite.

Portanto sim, este Mickey’s Racing Adventure é um jogo de facto muito variado, oferecendo não só elementos de aventura, bem como inúmeros mini-jogos e puzzles, para além das já esperadas corridas. No entanto não deixa de ser uma experiência algo bizarra, pois os dois mundos não casam assim tão bem quanto isso. Talvez por isso que no jogo seguinte a Rare se tenha focado apenas nas corridas.