Rugrats Time Travelers (Nintendo Gameboy Color)

Continuando pelas rapidinhas, vamos agora para a Gameboy Color para um pequeno jogo dos Rugrats, uma conhecida série de animação dos anos 90, embora confesso que nunca lhe achei grande piada. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias no Porto, algures durante o mês de Setembro e custou-me um simbólico euro. Não é jogo que fizesse questão em ter, até porque nem sequer está em boas condições, mas digamos que foi uma compra “necessária”.

Apenas cartucho

Neste jogo os pirralhos vão andar a viajar pelo tempo e visitar diversos períodos, desde o velho oeste, incluindo o seu período mineiro na busca ao ouro, o período jurássico, antigo egípto, época medieval, entre muitos outros lugares. Vamos acabar por ter a oportunidade de jogar com todos os fedelhos, embora a jogabilidade seja sempre idêntica entre eles. Um botão para saltar e… é practicamente isso. Não podemos atacar os inimigos pelo que teremos de nos esquivar dos mesmos constantemente! De resto cada nível possui a seguinte estrutura: temos de encontrar um objecto (ou um dos bébés) mais um certo número de biberons e, assim que ambas as condições estiverem satisfeitas, a saída do nível é activada, pelo que teremos de a encontrar. Ocasionalmente temos 2 níveis de bónus, como uma galeria de tiro no velho Oeste, ou um mini-jogo musical. Fora isso, é um simples jogo de plataformas onde a maior dificuldade está mesmo em avançarmos num passo lento de forma a não sermos atingidos por inimigos.

Graficamente o jogo até que está muito bem conseguido, tirando apenas no facto de ter ainda poucas cores. Mas talvez seja por ser um jogo retrocompatível com a Gameboy original

Por outro lado, a nível audiovisual até que é um jogo bem conseguido. As sprites estão bastante grandes e bem detalhadas, assim como os níveis, que são também bastante variados entre si conforme já mencionado. As músicas são surpreendentemente também bastante agradáveis, pelo menos nalguns níveis.

E pronto, Rugrats Time Travellers é um simples jogo de plataformas, certamente desenvolvido a pensar nos jogadores mais jovens. Se forem jogadores mais veteranos, não percam o vosso tempo, a não ser para apreciar um grafismo surpreendentemente bem feito.

Micro Machines Military (Sega Mega Drive)

Continuando pela Mega Drive e pelas rapidinhas, ficamos agora com o último videojogo da série Micro Machines a ser desenvolvido com base nos sistemas 16 bit. Sendo um lançamento exclusivo europeu, este Micro Machines Military, tal como o nome indica, incide principalmente em corridas com veículos militares. O meu exemplar foi comprado algures em Abril numa ida a Paris em trabalho, onde lá consegui visitar as famosas lojas de Boulevard Voltaire. Custou-me 15€.

Jogo com caixa e manual

A nível de jogabilidade não há muita coisa que mude, a não ser que agora todos os veículos podem usar armas. De resto, é um jogo altamente viciante, especialmente jogado em multiplayer, algo que, com a introdução do J-Cart (duas portas para ligar comandos extra no próprio cartucho), podemos jogar partidas não só até 4 jogadores, mas sim 8 se todos partilharem um comando. Sempre achei um pouco inconveniente partilhar o comando desta forma, mas não deixa de ser uma ideia interessante.

Como sempre teremos vários obstáculos para contornar

Infelizmente no entanto temos menos modos de jogo que nos títulos anteriores. Se jogarmos sozinhos temos o challenge race, onde teremos uma série de circuitos para explorar sendo que temos de ficar constantemente nas primeiras posições para avançar. Temos também o time trial, onde temos um tempo limite para percorrer 3 voltas em cada circuito. Um novo modo de jogo é o Arena, onde temos uma arena que preenche um ecrã inteiro e temos de atirar os oponentes para fora da arena, sobrevivendo um certo limite de tempo. Depois temos as versões “Pro” destes mesmos modos de jogo, onde os circuitos possuem agora mais obstáculos e os oponentes não dão tréguas. Fica a faltar o modo liga do jogo anterior, por exemplo! As opções multiplayer oferecem também variantes destes modos de jogo no single player.

Bom a cozinha não é propriamente um cenário de guerra, mas é um clássico em Micro Machines

Graficamente é um jogo muito bem detalhado, embora já não hada muito a dizer pois a Codemasters acertou em cheio logo no primeiro jogo, depois foi só acrescentar alguma variedade ao longo das sequelas. Aqui temos uma vez mais circuitos montados em divisões da casa, no quintal, na oficina de alguém, onde os objectos do dia-a-dia são parte importante nas corridas, servindo de obstáculos ou mesmo para demarcar os circuitos. As músicas são também bastante agradáveis.

Portanto este é mais um óptimo Micro Machines, com uma jogabilidade bastante divertida, e agora podemos inclusivamente disparar projécteis contra os nossos adversários, para apimentar ainda mais as coisas! Ainda assim nota-se perfeitamente que a fórmula já estava a ficar algo gasta nos 16 bit, pois este jogo possui muito menos pistas e modos de jogo que os seus antecessores.

Bubsy II (Sega Mega Drive)

Continuando pelas rapidinhas mas voltando à Mega Drive, o jogo que cá trago hoje é a sequela de Bubsy, mais um jogo de plataformas com mascotes lançado na década de 90, na esperança de destronar Sonic e Mario dentro do género. O primeiro jogo, apesar de ter na minha opinião excelentes audiovisuais, não é lá grande coisa na jogabilidade. O segundo jogo, acaba por melhorar bastante, mas ainda está algo longe de ser um jogo muito interessante. O meu exemplar foi comprado algures durante o mês de Julho a um particular, tendo-me custado algo em volta dos 5€.

Jogo com caixa e manual

A história é simples, Bubsy e sua família iam visitar um novíssimo parque de diversões, que graças à sua realidade virtual, nos permitia visitar diferentes mundos. A excitação é tanta que os gémeos Terri e Terry, sobrinhosde Bubsy, invadem o parque de diversões antes do mesmo abrir, descobrindo acidentalmente um plano maléfico traçado por Oinker, o dono do parque de diversões. Cabe-nos então a nós resgatar os pequenos gatos e travar o que quer que Oinker esteja a tramar.

Antes de começar o jogo podemos escolher qual o conjunto de níveis a jogar

Mal começamos o jogo temos logo uma série de opções a ter em conta: escolher a ala oeste ou este do parque de diversões, e aí escolher se quisermos visitar apenas um dos três andares, ou explorar os três de seguida. Cada andar corresponde a uma dificuldade e cada possui também 5 níveis distintos para explorar, mais um boss. Os cinco níveis correspondem às temáticas do antigo egipto, outro baseado na música, um outro no espaço que muito me faz lembrar os desenhos de Marvin, o marciano dos Looney Tunes. Temos também um nível medieval e um outro “aéreo”. Independentemente da ala ou do andar que escolhemos, os níveis baseam-se todos nestes temas, embora sejam diferentes entre si.

Cada andar que visitamos serve de hub para diferentes níveis

E enquanto no primeiro Bubsy os níveis eram bastante lineares, aqui não é bem assim, sendo até bastante confusos, com portais que nos levam de uma ponta para a outra, acabando por nos desorientar um pouco. O objectivo é encontrar a saída, sendo que temos 15 minutos para o fazer e desta vez Bubsy consegue aguentar com 3 colisões seguidas antes de perder uma vida, o que é bom! De resto iremos encontrar imensos power ups, desde berlindes coloridos, vidas extra, itens que nos regeneram a vida entre outros power ups que podemos posteriormente utilizar. Os controlos são simples, com um botão para saltar e um outro para planar após um salto. O botão C serve para usar os tais itens que podemos apanhar nos níveis. Coisas como uma pistola Nerf ou mesmo uma bomba capaz de destruir todos os inimigos presentes no ecrã em simultâneo. De resto, ainda na jogabilidade, este Bubsy II possui modos de jogo multiplayer tanto cooperativo como competitivo, algo que acabei por não experimentar.

Graficamente até que é um jogo bem detalhado

A nível audiovisual, este Bubsy II acaba por ser um jogo competente, tanto a nível gráfico como de som. Os níveis são bastante detalhados e possuem um desenho muito cartoony, como seria de esperar. As músicas são também algo variadas entre si, por vezes até um pouco jazzy, o que até se adequa bem à natureza do jogo.

No fim de contas, este Bubsy II não é um mau jogo de plataformas, tendo superado o seu predecessor em practicamente todos os pontos. Pessoalmente gostaria que os níveis fossem um pouco menos confusos e que houvesse maior variedade de zonas. Mas não é um mau jogo de plataformas de todo!

Bugs Bunny in Double Trouble (Sega Game Gear)

Voltando às rapidinhas, é altura de ficar com mais um jogo da Game Gear. Na minha infância lembro-me de jogar este Bugs Bunny in Double Trouble na Mega Drive e achá-lo bonitinho, porém bastante confuso na sua jogabilidade. Infelizmente a transição para a Game Gear não trouxe melhorias nesse aspecto, mas já lá vamos. O meu exemplar foi veio de um grande bundle de jogos e consolas que comprei a meias com um amigo algures durante o mês de Agosto.

Apenas cartucho

Na sua essência, este videojogo do Bugs Bunny é uma espécie de análogo do Mickey Mania, pois incide sobre uma série de cartoons históricos da conhecida personagem da Warner Bros. Existe uma história por detrás que vai ligando uns níveis aos outros, envolvendo o típico vilão Yosemite Sam, aqui num papel de cientista maléfico, que quer o cérebro de Bugs Bunny para “alimentar” o seu novo robot.

Os primeiros 4 níveis podem ser jogados em qualquer ordem

Cada nível possui diferentes objectivos sendo que os primeiros quatro poderemos jogá–los na ordem que quisermos. Logo no primeiro nível, intitulado “Duck Rabbit Duck” temos de ludribiar Duffy Duck, e alternar todos os sinais de caça entre “época de caça a coelhos” para “época de caça a patos” de forma a que o caçador Elmer Fudd nos deixe em paz. No segundo nível, inspirado na época Romana, temos de saltar nas costas de leões, apanhar pedaços de dinamite flutuantes e rebentar com umas entradas para o subsolo. Aí temos de enjaular uma série de leões e procurar peças para montar uma armadilha ao leão que se encontra na superfície. O terceiro nível já decorre na idade média, o quarto leva-nos às arábias das 1001 noites, em busca da lâmpada do génio. Assim que terminarmos os primeiros quatro níveis, teremos de atravessar os restantes 3 níveis de forma sequencial, levando-nos a uma casa assombrada e uma viagem até marte onde defrontamos o marciano Marvin.

A história acaba por ser um pouco rebuscada

Como podem ver, existe uma variedade bastante considerável nos cenários e mesmo mecânicas de jogo pois todos os níveis possuem diferentes objectivos. Pelo caminho podemos encontrar alguns itens e power ups genéricos como vidas extra, cenouras que nos regeneram a vida, invencibilidade e/ou velocidade temporárias ou tempo extra. Existem no entanto alguns itens especiais que poderemos encontrar nalgum nível específico, como os baldes de cola que podemos atirar ao Daffy Duck no primeiro nível para o atrasar.

Graficamente o jogo até que é interessante para a Game Gear, pois os gráficos são pré-renderizados, tal como Donkey Kong Country viria a popularizar na Super Nintendo. No entanto num ecrã pequeno como a Game Gear o resultado não é o mais satisfatório pelas sprites serem bastante pequenas. As músicas também são muito repetitivas infelizmente, e não muito agradáveis.

Graficamente até que acaba por ser um jogo interessante mas a pequena resolução da Game Gear não lhe faz justiça

De resto, este Bugs Bunny in Double Trouble acaba por ser um jogo de certa forma interessante pelas diferentes mecânicas de jogo que introduz ao longo dos seus níveis, no entanto a sua implementação não é a melhor, assim como a jogabilidade. A versão Mega Drive deve ser bastante superior, mas a minha memória de criança diz-me que essa versão é também difícil e confusa, pelo que terei mesmo que o jogar novamente para tirar a teima.