Voltando às rapidinhas, é altura de ficar com mais um jogo da Game Gear. Na minha infância lembro-me de jogar este Bugs Bunny in Double Trouble na Mega Drive e achá-lo bonitinho, porém bastante confuso na sua jogabilidade. Infelizmente a transição para a Game Gear não trouxe melhorias nesse aspecto, mas já lá vamos. O meu exemplar foi veio de um grande bundle de jogos e consolas que comprei a meias com um amigo algures durante o mês de Agosto.
Na sua essência, este videojogo do Bugs Bunny é uma espécie de análogo do Mickey Mania, pois incide sobre uma série de cartoons históricos da conhecida personagem da Warner Bros. Existe uma história por detrás que vai ligando uns níveis aos outros, envolvendo o típico vilão Yosemite Sam, aqui num papel de cientista maléfico, que quer o cérebro de Bugs Bunny para “alimentar” o seu novo robot.
Cada nível possui diferentes objectivos sendo que os primeiros quatro poderemos jogá–los na ordem que quisermos. Logo no primeiro nível, intitulado “Duck Rabbit Duck” temos de ludribiar Duffy Duck, e alternar todos os sinais de caça entre “época de caça a coelhos” para “época de caça a patos” de forma a que o caçador Elmer Fudd nos deixe em paz. No segundo nível, inspirado na época Romana, temos de saltar nas costas de leões, apanhar pedaços de dinamite flutuantes e rebentar com umas entradas para o subsolo. Aí temos de enjaular uma série de leões e procurar peças para montar uma armadilha ao leão que se encontra na superfície. O terceiro nível já decorre na idade média, o quarto leva-nos às arábias das 1001 noites, em busca da lâmpada do génio. Assim que terminarmos os primeiros quatro níveis, teremos de atravessar os restantes 3 níveis de forma sequencial, levando-nos a uma casa assombrada e uma viagem até marte onde defrontamos o marciano Marvin.
Como podem ver, existe uma variedade bastante considerável nos cenários e mesmo mecânicas de jogo pois todos os níveis possuem diferentes objectivos. Pelo caminho podemos encontrar alguns itens e power ups genéricos como vidas extra, cenouras que nos regeneram a vida, invencibilidade e/ou velocidade temporárias ou tempo extra. Existem no entanto alguns itens especiais que poderemos encontrar nalgum nível específico, como os baldes de cola que podemos atirar ao Daffy Duck no primeiro nível para o atrasar.
Graficamente o jogo até que é interessante para a Game Gear, pois os gráficos são pré-renderizados, tal como Donkey Kong Country viria a popularizar na Super Nintendo. No entanto num ecrã pequeno como a Game Gear o resultado não é o mais satisfatório pelas sprites serem bastante pequenas. As músicas também são muito repetitivas infelizmente, e não muito agradáveis.

Graficamente até que acaba por ser um jogo interessante mas a pequena resolução da Game Gear não lhe faz justiça
De resto, este Bugs Bunny in Double Trouble acaba por ser um jogo de certa forma interessante pelas diferentes mecânicas de jogo que introduz ao longo dos seus níveis, no entanto a sua implementação não é a melhor, assim como a jogabilidade. A versão Mega Drive deve ser bastante superior, mas a minha memória de criança diz-me que essa versão é também difícil e confusa, pelo que terei mesmo que o jogar novamente para tirar a teima.
Pingback: Bugs Bunny in Double Trouble (Sega Mega Drive) | GreenHillsZone