Super Tennis (Super Nintendo)

Voltando às rapidinhas, mas mantendo-me na Super Nintendo, o jogo que cá trago hoje é um simples, mas muito divertido jogo de ténis, lançado originalmente em 1991, ainda muito cedo no ciclo de vida da Super Nintendo. O meu exemplar foi comprado a um particular no mês passado, custou-me 10€, estando completo.

Jogo completo com caixa e manual

Aqui temos três modos de jogo distintos: os singles, doubles e circuit. O primeiro modo de jogo permite-nos jogar partidas individuais de um contra um, seja contra o CPU seja contra um amigo. Os doubles permitem-nos jogar em partidas individuais de dois contra dois, o que já apimenta mais as coisas. Podemos jogar com e contra o CPU, ou com um amigo contra dois oponentes controlados pelo CPU. Este é o modo de jogo mais divertido na minha opinião! Depois o último modo de jogo, como já devem ter adivinhado é uma espécie de campeonato. Aqui poderemos escolher participar (ou não) numa série de torneios em que a progressão é a seguinte: nas primeiras eliminatórias apenas teremos de vencer um set, nas semifinais o vencedor é apurado ao melhor de 3 sets e na final ao melhor de cinco, o que já poderá demorar um tempo considerável. Quanto mais longe chegarmos melhor posicionados vamos estar no final da temporada e o objectivo é mesmo o de ser campeão do mundo no final.

Aqui temos uma série de diferentes jogadores fictícios que podemos escolher, cada qual com diferentes características.

A jogabilidade é bastante interessante, onde todos os botões do comando da Super Nintendo são usados para diferentes tipos de raquetadas que podemos dar, onde muitas delas também conseguimos controlar ligeiramente o ângulo onde queremos que a bola vá, através do botão direccional. Para além disso, cada personagem que podemos escolher, seja ela feminina ou masculina, possui pontos fortes e fracos em diversas categorias, obrigando-nos a jogar de forma ligeiramente diferente consoante o jogador escolhido.

A nível audiovisual este é um jogo simples, porém eficaz. O efeito gráfico a brincar com o Mode 7 que vemos no início do jogo leva-nos a pensar que o jogo será de facto jogado assim, mas não é o caso, os courts de Tennis são desenhados normalmente. E mesmo o jogo sendo colorido quanto baste, os gráficos não são assim tão detalhados quanto isso, mas cumprem bem o seu papel. Os efeitos sonoros são bem competentes, já as músicas são practicamente inexistentes, pois apenas ouvimos pequenas melodias entre partidas.

Graficamente é um jogo simples, porém eficaz.

Este Super Tennis é um pequeno jogo bastante interessante para a Super Nintendo. Felizmente ainda se vai arranjando a um bom preço, por vezes até completo, pelo que recomendo que o comprem, nem que seja para jogar apenas umas partidas com amigos de vez em quando. É divertido!

Super Star Wars Empire Strikes Back (Super Nintendo)

A adaptação do primeiro filme Star Wars para a Super Nintendo, através da JVC, foi um jogo que me impressionou bastante, pela representação relativamente fiel que fizeram de todo o filme. Isso e ser um jogo de acção bastante bom também. Pois bem, não se ficaram pelo primeiro filme apenas, mas sim lançaram um videojogo por cada filme relativo à primeira trilogia (episódios IV-VI). Este meu exemplar veio do Reino Unido, de uma das CeX e foi-me trazido por um particular que esteve por lá em Dezembro. Custou-me 18 libras – estes Super Star Wars têm vindo a subir bastante de preço nos últimos anos.

Apenas cartucho

Começamos a aventura tal como no filme, meras horas antes do ataque das forças imperiais ao planeta de Hoth. Controlamos Luke Skywalker, montado no seu Tauntaun, que tenta investigar um meteorito que caiu perto da base rebelde. Apesar do jogo seguir de uma forma relativamente fiel os acontecimentos do filme, algumas partes foram alteradas para se adaptarem mais a um jogo de acção. Então aqui não vamos ser só capturados por um Wampa, pelo que teremos vários inimigos para defrontar enquanto nos aventuramos nas montanhas e cavernas de Hoth. Depois destes segmentos de platforming, acabamos por controlar um Snowspeeder e tomar parte activa na batalha de Hoth, incluindo mandar abaixo os AT-ATs ao prender-lhes “as pernas” tal como no filme. Gostei bastante dessa parte do jogo!

Não me lembro do Wampa ser assim tão grande!

Tal como o seu antecessor o mesmo divide-se em dois tipos de jogo diferentes. Por um lado temos os tais segmentos pseudo 3D que usam e abusam do mode 7, onde controlamos algum veículo como o já referido snowspeeder ou X-Wing. Por outro lado temos também vários níveis em jeito de 2D sidescroller/plataformas onde mais uma vez poderemos controlar Luke, Han Solo ou Chewbacca, sendo que desta vez não temos a possibilidade de escolher a personagem em alguns níveis, o jogo escolhe por nós. As mecânicas de jogo são similares ao seu antecessor, com a novidade de qualquer personagem poder dar um duplo salto e não só. Para além das armas que podem ser upgraded, Luke pode também usar o seu sabre de luz, Han Solo pode atirar granadas e Chewbacca possui um ataque especial onde rodopia como o Taz, o demónio da Tasmania. Mas Luke é quem possui mais novidades na sua jogabilidade, pois aqui começamos a aprender a usar a Força. A partir do momento que chegamos a Dagobah e começamos o treino com o Yoda, poderemos encontrar alguns power ups de força, e assim que os encontramos passamos a poder usar as habilidades que os mesmos desbloqueiam.

A batalha de Hoth ficou mesmo qualquer coisa de impressionante numa SNES.

Estes poderes podem ser o poder de elevação que nos permite alcançar plataformas longínquas, poderes que abrandam ou até congelam temporariamente os inimigos no ecrã, outros que nos deixam temporariamente invencíveis, ou capazes de deflectir os projécteis inimigos ou mesmo regenerar a nossa vida. Sempre que usamos uma destas habilidades vamos gastando um pouco da barra de energia da Força, mas tal como a barra de vida, teremos alguns itens que podemos apanhar e que vão regenerando esta barra. Mas mesmo assim com estas facilidades adicionais com o Luke, este Empire Strikes Back parece-me um pouco mais desafiante que o anterior, até porque não temos os inimigos a largar corações (que nos regeneram a vida) todo o tempo como no jogo anterior.

Desta vez também vamos tendo alguns (poucos) momentos de shmup horizontal

No que diz respeito aos audiovisuais, o jogo é mais uma vez muito bem conseguido, seja em que estilo de jogo for. Os segmentos em que se usa o mode 7 (especialmente a batalha de Hoth) são do mais bem aproveitado que já vi a Super Nintendo a fazer, os níveis restantes possuem muito detalhe nos seus cenários, bem como nas sprites dos heróis ou inimigos. O som é uma vez mais excelente, parece sempre que estamos no cinema e temos também um número considerável de vozes digitalizadas. O confronto com Darth Vader está também muito bem conseguido, assim como as cutscenes que vamos vendo entre cada nível.

Resta-me agora jogar o Return of the Jedi e ver como é que a JVC e Lucasarts terminaram esta trilogia. A ver pelo que conseguiram fazer nestes dois primeiros jogos e o que evoluiram do primeiro para o segundo, só espero coisas boas!

Wario Blast (Nintendo Gameboy)

Wario Blast, com o nome completo de Wario Blast Featuring Bomberman é na verdade um reskin de um Bomberman puro e duro, lançado originalmente no Japão sob o nome de Bomberman GB. A Nintendo e a Hudson lá acharam que seria mais apelativo incluir o Wario no jogo, daí o mesmo ter sofrido algumas alterações no seu lançamento ocidental. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias algures em Dezembro passado, tendo-me custado 2€.

Apenas cartucho

Este crossover de Wario e Bomberman é na verdade uma espécie de simulador dos modos multiplayer do Bomberman. Inicialmente escolhemos se queremos jogar com Wario e Bomberman e a partir daí as mecânicas de jogo são similares para ambas as personagens, que por sua vez são as mesmas mecânicas base de um jogo Bomberman. Passando a detalhar melhor, o jogo está dividido em vários mundos, sendo que em cada mundo temos 3 níveis de dificuldade crescente e um nível de confronto com um boss. Em cada um dos níveis “normais” temos um duelo entre o Wario e Bomberman que se tentam explodir um ao outro. O vencedor de cada um desses níveis é decidido “à melhor de três” partidas. A dificuldade vai crescendo à medida que vamos avançando nos níveis pois vamos tendo um, dois ou três oponentes para derrotar de cada vez.

À medida que vamos avançando no jogo, novas mecânicas vão sendo introduzidas

Inicialmente apenas dispomos das mecânicas básicas dos Bomberman, onde podemos plantar bombas cujo número que podemos plantar em simultâneo e o seu alcance vai aumentando consoante os power ups que vamos apanhando para esse efeito. À medida que vamos progredindo no jogo e derrotar bosses, vamos ganhando algumas habilidades novas, como a possibilidade de correr, pontapear bombas, atordoar os inimigos, entre outros. Os níveis também vão se tornando mais complexos, com portais que nos permitem (e aos oponentes também) teleportar entre vários pontos da arena, ou setas no chão que, quando pontapeamos bombas, fazem-nas encaminhar por onde as setas apontarem. Estas novas mecânicas vão tornando os nossos confrontos cada vez mais caóticos e divertidos, especialmente quando as nossas bombas já possuirem um alcance considerável.

Também vamos tendo alguns bosses para enfrentar

De resto, e ao contrário do que seria expectável, não temos um modo multiplayer nativo com recurso ao cabo de ligação entre duas Gameboys. Para usufruir de um modo multiplayer temos de ter uma Super Nintendo e um Super Gameboy. Para além de podermos jogar o jogo a cores e com alguns efeitos de som melhorados, podemos também jogar multiplayer dessa forma, mas sinceramente nunca cheguei a testar. É uma funcionalidade interessante, mas o multiplayer clássico entre 2 Gameboys é uma omissão desnecessária a meu ver.

A nível técnico, é um jogo competente tendo em conta que corre numa Gameboy e não há muito por onde inventar num Bomberman em 2D. Os cenários não são nada do outro mundo, mas vão sendo algo variados entre si. As músicas por outro lado já são bastante agradáveis!

Se o jogarmos numa Super Game Boy o jogo sempre ganha mais vida

Portanto este é um joguinho de Gameboy que diverte bastante e dá para passar o tempo. E dado à sua natureza de “duelos”, é mesmo uma pena que não tenha um multiplayer a sério entre Gameboy. É claro que hoje em dia seria muito difícil encontrar alguém com o mesmo jogo e com vontade de o jogar em multiplayer, mas não deixa de ser um ponto menos positivo.

After Burner (Sega Master System)

Depois de ter escrito algo sobre o After Burner Complete para a 32X, que é uma das versões mais fieis ao clássico arcade da Sega, escrever sobre a modesta conversão para a Master System é uma tarefa algo ingrata, mas vamos lá! Originalmente o jogo saiu nas arcades em 1987, a Mega Drive ainda estava a um ano de ser lançada no Japão, pelo que uma conversão para a Master System seria algo inevitável. Na verdade, existem imensas conversões deste jogo para computadores e consolas concorrentes às da Sega, como é o caso da NES ou PC-Engine, o que é algo surpreendente. Imaginem a Sony autorizar que alguém converta um Uncharted para a Xbox! Mas não interessa, já estou a divagar. O meu exemplar foi comprado a um particular em Dezembro passado, custou-me 5€.

Jogo completo com caixa e manual. Versão norte-americana.

Aqui pilotamos um F-14 Tomcat ao longo de vários níveis, onde teremos de mandar abaixo o máximo de aviões inimigos possível. Para além de tiros infinitos de metralhadora, no original e em algumas conversões dispomos também de um número limitado de mísseis que podem também ser disparados (preferencialmente assim que tenhamos algum avião inimigo locked on, para não os desperdiçar). Entre os níveis iamos tendo algumas sequências de reabastecimento, onde nos teríamos de acoplar a um bombardeiro gigante e assim reabastecer. Bom, aqui na Master System temos também mísseis infinitos (e ainda bem!), mas também vamos tendo ocasionalmente essas sequências de reabastecimento, o que já não faz muito sentido.

Em screenshots o jogo até é bonito para um sistema 8bit

Bom, o jogo original utilizava a tecnologia super scaler (Hang On, OutRun, Space Harrier) que como vimos nas conversões para a Master System desses mesmos jogos, a sua performance deixava a desejar, principalmente no framerate. O mesmo acontece aqui, embora não seja tão crítico quanto no Space Harrier. Ainda assim, nos níveis mais avançados onde teremos de nos desviar de imensos níveis inimigos, é bom termos mísseis infinitos, pois a melhor estratégia é estar sempre a dispará-los e efectuar manobras evasivas. Ao menos os aviões estão bem detalhados, principalmente o F-14. Os efeitos sonoros nesta versão também não são nada de especial. Eu gosto bastante da música original do After Burner, mas nesta versão infelizmente fica muito aquém do original. A menos que tenham uma Master System japonesa (ou Mark III com o FM Unit) e o jogo japonês, aí sim tinhamos direito a uma banda sonora de qualidade.

Portanto este After Burner acaba por ser um jogo tecnicamente competente para uma Master System, mas é facilmente suplantado pelas versões que sairam posteriormente para hardware melhor, a começar pelo After Burner II que saiu também para a Mega Drive (e apesar de ter II no nome é na verdade uma versão melhorada do original, tal como os Galaxy Force I/II).

Super Kick Off (Sega Game Gear)

Ano novo, novas rapidinhas. Há uns tempos atrás já cá trouxe o Super Kick Off para a Master System e esta versão para a Game Gear é exactamente o mesmo jogo, se bem que usa uma resolução menor devido ao ecrã da portátil. O meu exemplar foi-me oferecido por um particular algures em Dezembro do ano passado.

Jogo completo com caixa e manual

Sendo este um jogo idêntico ao da Master System podem contar com os mesmos modos de jogo e uma perspectiva vista de cima. Infelizmente tem também os mesmos defeitos: existe algum slowdown sempre que há mais que 3 jogadores no ecrã em simultâneo e os clubes que podemos escolher estão dependentes da linguagem que seleccionamos. Ou seja, se quisermos jogar com clubes alemães, teremos de escolher o Alemão como língua do jogo, o que é uma estupidez. De resto, a nível audiovisual é um jogo bastante simples também.