Nos anos 90, poucas séries eram mais divertidas no multiplayer que Bomberman. A sua jogabilidade muito particular, aliada aos power ups que podemos encontrar, resultam em épicas batalhas capazes de destruir amizades em minutos (ok, também não precisamos de ser assim tão dramáticos). Isso ou, se não tivermos cuidado suficiente, também podemos cair nas nossas próprias armadilhas que podemos montar. Super Bomberman é o primeiro jogo da série a sair na Super Nintendo, e também o primeiro jogo da plataforma a suportar multiplayer até 4 jogadores, algo que infelizmente eu não experimentei devido a não ter ainda o multitap. O meu exemplar foi comprado algures em Novembro do ano passado, veio de um bundle de vários jogos e consolas de Nintendo que comprei em conjunto com uns amigos.
Não surpreendendo, este Super Bomberman mantém a mesma jogabilidade básica dos seus antecessores, ou seja, somos largados numa grelha com paredes indestrutíveis e outras mais frágeis que podem ser destruidas com as nossas bombas. Para além disso temos inimigos para destruir em cada nível. A disposição das paredes indestrutíveis, faz com que apenas possamos navegar na horizontal e vertical e o mesmo pode ser dito do raio das explosões, que resulta sempre numa cruz. À medida que vamos destruindo as paredes frágeis, poderemos encontrar vários power ups que têm vindo a ser recorrentes na série Bomberman. Inicialmente apenas podemos plantar uma bomba de cada vez e com um curto alcance de fogo, mas rapidamente poderemos encontrar power ups que aumentam o alcance das chamas, ou nos permitem plantar mais que uma bomba em simultâneo. Esses power ups básicos existem desde o primeiro Bomberman mas podemos também encontrar muitos outros como a capacidade de chutar bombas, avançar paredes, invencibilidade temporária, bombas com detonação controlada, entre muitas outras. Isto em partidas multiplayer é um mimo, mas no modo principal também nos dá muito jeito, até porque temos vários inimigos que vão sendo cada vez mais resilientes ao fogo e outros obstáculos nos cenários.
O modo história centra-se em 6 conjuntos de níveis temáticos, cada qual com 8 subníveis, onde o no último temos sempre um boss para defrontar. Nos anteriores o objectivo é sempre o de derrotar todos os inimigos presentes no ecrã e encontrar posteriormente a saida para o nível seguinte. A grande excepção a esta regra está no “mundo” 5, que só possui um subnível. Este é uma arena gigante onde somos levados a confrontar uma série de outros bomberman cyborgs de forma sequencial. Estes naturalmente que são mais agressivos que inimigos normais, pois podem também usar as mesmas habilidades que nós. Fora isto, sobra o modo multiplayer que tal como já referi pode ser jogado com até quatro jogadores em simultâneo, algo que infelizmente não cheguei a testar. Mas testei com dois jogadores e é divertido na mesma!!!
A nível de audiovisuais este é um jogo competente. Não há níveis que exigem scrolling do ecrã, cabe tudo num ecrã único e os níveis possuem gráficos simples, mas funcionais e bastante coloridos. Os bosses é que já são grandinhos e alguns deles até que estão muito bem detalhados. As músicas são excelentes, com melodias bem orelhudas e agradáveis.
Portanto, se gostam de jogos da saga Bomberman, esta é mais uma entrada sólida na série, seja se quiserem jogar sozinhos, seja em multiplayer. É verdade que não há muita coisa a mudar na fórmula do jogo, nestas entradas da série principal, mas em equipa que ganha, não se mexe.
Isso me lembra que na versão de Saturno o multiplayer suportava 10 jogadores de puro caos. O verdadeiro battle royale!
Verdade, mas nunca cheguei a jogar com tanta gente!