Aladdin (Super Nintendo)

Ainda não entendi muito bem todos os contornos de licenciamento da Disney perante os videojogos na década de 80 e 90. A certo ponto, pelo menos nas consolas, tínhamos 2 empresas bastante competentes. Para a Nintendo a Capcom mostrava serviço com os excelentes Ducktales, Chip ‘n Dale, Mickey’s Magical Quest, entre outros. Do lado da Sega era a própria empresa nipónica que tratava de desenvolver os seus videojogos, dando frutos a obras como Castle of Illusion, Lucky Dime Caper ou Quackshot, por exemplo. A certa altura a Disney, através da sua divisão Disney Interactive começa a ter mais algum controlo em todo o processo e depois do filme Aladdin, pelo menos 3 empresas desenvolveram 3 jogos completamente diferentes entre si. A Capcom, que já detinha os direitos para videojogos da Disney lançou um Aladdin para a Super Nintendo, mas não para a Game Boy e NES. A Virgin foi a empresa responsável pelo lançamento do Aladdin na Mega Drive, um grande feito tecnológico, tendo depois convertido essa versão para uma série de outras plataformas, incluindo a Game Boy e a NES, que por norma recebiam jogos da Disney por parte da Capcom. Por outro lado a própria Sega também desenvolveu uma versão feita a pensar exclusivamente nos seus sistemas 8bit, para a Master System e a Game Gear. Uma confusão! Mas uma vez que já abordei algumas dessas versões, resta-me agora falar na versão da Capcom. O meu exemplar veio de um bundle comprado a meias com um amigo meu, que envolvia dezenas de cartuchos da SNES e Nintendo 64. No total ficou-me a menos de 1€ por cartucho.

Apenas cartucho

Ao contrário da versão da Virgin que ficou famosa principalmente pelos excelentes gráficos, animações e som, esta versão da Capcom é um jogo de plataformas bastante refinado, lembrando-me até do Strider, visto que aqui Aladdin é muito mais atlético e habilidoso. Ao contrário da versão da Virgin, onde Aladdin tem uma espada que pode usar para atacar os inimigos, aqui apenas os podemos derrotar ao saltar em cima deles. No entanto tal como no jogo da Virgin também podemos atirar maçãs, embora aqui só desorientem temporariamente os inimigos maiores. O jogo leva-nos a percorrer vários níveis retirados do filme, desde as ruas e telhadosde Agrabah, passando para a caverna das maravilhas onde encontramos o tapete mágico e o Génio da lâmpada. Os níveis são algo exigentes, obrigando-nos a usar bastante as habilidades de “parkour” do Aladdin, ao balancear-nos em objectos, trepar paredes, ou usar os inimigos como plataformas estratégicas. Isso vai ser preciso especialmente se quisermos encontrar todos os bónus, como as 8 gemas vermelhas existentes em cada nível, ou o escaravelho dourado que nos leva ao nível de bónus, onde temos a oportunidade de ganhar vidas ou créditos extra, para além de poder aumentar a nossa barra de vida.

Aqui Aladdin é um autêntico parkour e temos de usar as suas habilidades em desafios de platforming mais exigentes

De resto, apesar de eu achar o Aladdin da Mega Drive um jogo muito melhor conseguido a nível técnico pelos seus gráficos muito bem detalhados e animados, a Capcom também se preocupou em fazer um bom trabalho nesse campo. Os níveis onde temos de andar de carpete mágica, como a fuga da caverna das maravilhas que se vê cada vez mais rodeada de lava, ou o passeio pelos céus de Agrabah com a Jasmine estão muitíssimo bem detalhados, tirando partido de alguns efeitos gráficos de sobreposição de planos que a SNES podia fazer. Para além disso, também vamos tendo várias cutscenes entre cada nível que nos vão acompanhando na história do filme. As músicas são também muito agradáveis, como não poderia deixar de ser.

Apesar de não ser um jogo tão bonito quanto o da Mega Drive, tem também os seus pontos fortes nos gráficos.

Portanto, e no fim de contas, esta versão da Super Nintendo, apesar de não ser tão bonita quanto a versão Mega Drive, acaba por ser um jogo com uma jogabilidade bem mais refinada, o que também conta bastante. Portanto na minha opinião não devemos ignorar uma versão em detrimento da outra, visto que ambas possuem bastante qualidade e cada qual tem pontos fortes diferentes e que a meu ver até se complementam entre si.

Ristar (Sega Mega Drive)

O jogo de hoje é um grande clássico da Mega Drive, apesar de ter sido lançado já numa fase algo tardia do seu ciclo de vida e por isso não ter recebido maiores atenções. É um excelente jogo de plataformas produzido pela Sonic Team e as suas ligações à mascote da Sega não se ficam por aí. Isto porque Ristar é na verdade inspirado no design de Sonic, pois em versões protótipo deste jogo Ristar era chamado de Feel, com um design algo similar ao do ouriço azul. O meu exemplar foi comprado em Fevereiro de 2016 na Cash Converters de Alfragide, por 10€ se a memória não me falha.

Jogo em caixa

A história por detrás deste jogo leva-nos para uma galáxia longínqua, mais especificamente ao sistema solar de Valdi, composto por vários planetas com diferentes civilizações que viviam em paz e harmonia. Isto claro, até que apareceu um tirano chamado Greedy que escravizou todos esses povos. Ristar é a sua última esperança, uma estranha criatura na forma de estrela e com braços elásticos, filho do protector da galáxia que também acabou por ser raptado por Greedy. Ao longo do jogo vamos então percorrer vários níveis ao longo de cada planeta, derrotando no final um boss que controlava o planeta em questão, antes de movermos para o seguinte.

Níveis aquáticos? Não há problema, o Ristar sabe nadar e não precisa de oxigénio.

Ristar é um platformer de excelência e parte da magia está mesmo nas mecânicas de jogo trazidas pelos braços elásticos do Ristar. Ao contrário de Sonic, saltar em cima dos inimigos não vai funcionar, pelo que temos de usar os braços para os agarrar e depois dar-lhes umas cabeçadas (sim, é verdade!). Os braços longos do Ristar servem também para escalar escadas, balancear-se em objectos ou mesmo em inimigos voadores, para conseguir saltar entre plataformas que estejam mais afastadas entre si. É uma mecânica incomum, mas que funciona bem. Os bosses também vão sendo derrotados desta forma, embora aqui tenhamos de nos preocupar mais em encontrar  e explorar os seus pontos fracos. Ocasionalmente também vamos encontrando uns postes onde podemos rodopiar a alta velocidade e sair disparado pelo ar. Isto é importante para uma série de coisas, desde encontrar plataformas secretas com alguns power ups importantes, ou mesmo para atravessar algumas zonas mais complicadas, pois quando saímos disparados vamos fazendo ricochete em paredes, o que pode dar jeito a subir. Para além disso alguns destes postes levam-nos a níveis de bónus, onde o objectivo é atravessar uma sala repleta de obstáculos e apanhar o item final, dentro de um tempo limite.

As manápulas de Ristar servem para muita coisa, até para nos içar nestes guindastes

Os mundos de Ristar também são variados entre si, introduzindo algumas mecânicas de jogo diferentes aqui e ali. A primeira zona é  bastante colorida e faz-nos lembrar da Green Hill Zone, na zona seguinte já temos vários segmentos subaquáticos, onde teremos a oportunidade de practicar os controlos com Ristar a nadar. Felizmente, ao contrário do Sonic não precisa de ar para respirar, pelo que podemos fazer as coisas com alguma calma. No mundo seguinte o fogo tem um papel preponderante e já apresenta alguns desafios maiores de platforming. O quarto mundo tem uma apresentação mais futurista com uma temática que anda muito à volta da música (fazendo até lembrar a série Tempo em alguns momentos). Aqui temos também vários segmentos com algum puzzle solving à mistura, onde teremos de carregar um metrónomo até a um pássaro, o que nem sempre à fácil e obriga-nos a pensar em como o vamos fazer. E por aí fora, é um jogo bastante variado.

Sim, Ristar é um jogo muito bonito para a Mega Drive

Graficamente é um jogo excelente também. Tal como os Sonics, a Sonic Team conseguiu fazer milagres com a paleta de cores mais reduzida que a Mega Drive é capaz de apresentar. O resultado final mostra-nos níveis bastante coloridos e muito bem detalhados, para além de todas as zonas possuirem temáticas bastante distintas entre si, como já fiz questão de enfatizar no parágrafo anterior. De resto, a música e demais efeitos sonoros também são óptimos.

Portanto, juntando todas as peças, tornam este Ristar num jogo de plataformas de luxo, que apenas não recebeu maior reconhecimento por já ter sido lançado numa altura em que os principais mercados de videjogos já estavam a pensar era em Sega Saturn e Playstation e no que diz respeito aos 16bit, a SNES já tinha ganho muito terreno. Ainda assim é um jogo que figurou em imensas compilações da Sega lançadas nos últimos anos e sem dúvida que merece uma nova aventura. Quem sabe se o Sonic Mania vender bem a Sega não volta a pegar nesta série? Encaixava que nem uma luva numa 3DS ou Switch!

Mario Kart 64 (Nintendo 64)

A decisão da Nintendo incluir 4 portas para comandos na sua Nintendo 64 era precisamente para dar ênfase ao multiplayer local. Muitos dos jogos publicados pela Nintendo acabaram por tirar bem partido dessa funcionalidade, mas por alturas do lançamento da Nintendo 64, dentro do reportório da Nintendo, poucos teriam mais peso para o multiplayer que Mario Kart 64, sequela do Super Mario Kart da SNES. Este meu exemplar veio para a minha colecção em 2 etapas. O cartucho tinha sido comprado sinceramente já não me lembro onde, nem quando, nem quanto custou. A caixa foi-me oferecida por um colega de trabalho em Dezembro do ano passado.

Jogo com caixa

A maior novidade dentro deste Mario Kart está mesmo na sua transição para o 3D, já que o original da SNES tinha como o Mode 7 o efeito gráfico de referência. Assim sendo, foi possível desenvolver circuitos com uma geometria não plana, muito mais detalhados e repletos de obstáculos. Os power ups e as personagens permanecem sprites 2D, no entanto. A jogabilidade é muito semelhante, tendo na mesma 8 personagens à escolha, os mesmos do jogo original, excepto o Koopa-Troopa e o Donkey Kong Jr que dão lugar ao novo Donkey Kong do DK Country e ao Wario. Os modos de jogo também são algo similares, com o Mario G.P. a assumir-se como o modo de jogo principal, para o single player. Aqui vamos percorrendo pequenos campeonatos de 4 circuitos cada, vencendo quem tiver mais pontos no final. Podemos jogar estes campeonatos em váris categorias desde os 50cc até aos 150cc, que se traduzem na potência do motor e dificuldade. Por fim desbloqueamos também o modo Extra, que são os mesmos circuitos mas jogados de forma reversa.

Tal como no Super Mario Kart, ocasionalmente teremos alguns obstáculos pela frente

Depois, ainda no single player temos também o time trial, que conforme o nome indica serve para tentarmos obter o tempo mais curto possível nos circuitos já desbloqueados. Os outros modos de jogo já são o multi player, onde podemos participar em corridas com até 4 amigos em split-screen, ou o regresso do battle mode, onde temos uma espécie de death match para jogar, mas com karts! De resto, o grande divertimento de jogos como Mario Kart está em, para além das corridas em si serem em localizações originais, o sistema de power ups é bastante viciante e torna as corridas muito imprevisíveis. Podemos disparar carapaças de tartaruga contra os oponentes, deixar cascas de banana em posições estratégicas da pista, usar cogumelos como turbos, entre muitos outros. Um dos novos itens é também um dos mais controversos: a carapaça azul! Esta aparece geralmente a quem está nas últimas posições e tal como a carapaça vermelha é um míssil teleguiado, a diferença é que esta atinge sempre quem vai em primeiro lugar. Diz a Nintendo que é para tornar o jogo mais justo para quem vai atrás, mas na verdade apenas prejudica quem vai em primeiro. Acho o raio mais justo, já que também só aparece a quem está nos últimos lugares, mas ao menos paraliza temporariamente todos os oponentes de igual forma, não só o primeiro.

Sim, podemos ter de parar para deixar o comboio passar

De resto, tal como todos os jogos 3D daquela era, este não envelheceu lá muito bem do ponto de vista técnico. Na altura era muito competente sim senhor, mas hoje em dia as texturas simplistas, as sprites algo borratadas dos karts, já mostram o peso da sua idade. Mas não deixa de ser um jogo com uma óptima jogabilidade e as músicas permanecem bastante agradáveis. Depois, se por um lado os gráficos em si não envelheceram nada de especial, por outro há que dar a mão à palmatória pois a Nintendo empenhou-se bastante em apresentar circuitos bastante originais e variados entre si. Por um lado temos várias pistas que se assemelham a circuitos reais, outras levam-nos a vários locais do Mushroom Kingdom e não só, como desertos no Oeste, o castelo de Bowser ou a selva tropical do Donkey Kong. Temos até uma autoestrada cheia de trânsito para evitar!

A Rainbow Road era tecnicamente impressionante para a altura, com as suas transparências. No entanto não gosto daqueles neons que vão aparecendo em plano de fundo

Portanto, apesar deste Mario Kart 64 não ter envelhecido tão bem do ponto de vista técnico, acaba por permanecer muito agradável de se jogar, ao contrário do Super Mario Kart para a SNES que já tenho mais alguma dificuldade em pegar nele hoje em dia. É um clássico, mesmo que o Diddy Kong Racing para a mesma consola me pareça melhor.

Aladdin (Nintendo Gameboy)

Continuando pelas rapidinhas na Gameboy, o jogo que cá vos trago hoje é mais uma adaptação para os videojogos de um dos filmes mais emblemáticos da Disney, o Aladdin. E de todas as comparaçõesde jogos multiplataforma que fazíamos nos anos 90, uma das mais populares era mesmo a do Aladdin, cujas versões Mega Drive e Super Nintendo eram inteiramente diferentes, visto uma ter sido produzida pela Virgin, e a outra pela Capcom, devido à Capcom ter já há alguns anos a licença exclusiva para produzir videojogos da Disney para consolas da Nintendo. Ora este Aladdin e o da NES fogem um pouco à regra visto serem conversões do original da Mega Drive. Este meu exemplar veio de um bundle que comprei na feira da Vandoma, algures há 2 meses atrás. Foram 22 cartuchos por 20€.

Apenas cartucho

Como esta é uma adaptação da versão Mega Drive, recomendo que leiam o respectivo artigo aqui. Os níveis são muito semelhantes, mas obviamente que as coisas foram muito downgraded nesta versão, o nível de detalhe e das animações está a anos luz da versão Mega Drive. Aquele nível específico onde fugimos num tapete voador de uma onda gigante de lava está muito mais lento e com menos obstáculos, acaba por ser bem mais simples de passar nesta versão.

Numa Super Game Boy até fica interessante

Ainda assim, para uma Gameboy, não acho que tenha sido uma má conversão, não de todo! Entre cada nível vamos tendo cutscenes que nos vão contando a história, as músicas continuam óptimas e isto jogado numa Super Game Boy até que fica com uma boa paleta de cores.

The Simpsons: Night of the Living Treehouse of Horror (Nintendo Gameboy Color)

Continuando pelos Simpsons, vamos agora a uma rapidinha a um jogo que só vim a conhecer muito recentemente (quando o comprei!) e sinceramente fiquei agradavelmente surpreendido, pois as minhas expectativas eram baixas. Este é um jogo de acção baseado nas histórias dos especiais de Halloween da série, os Treehouse of Horror. Este meu exemplar foi comprado no mês passado, num bundle de 22 cartuchos de Game Boy que me ficou por apenas 20€.

Apenas cartucho

O jogo está dividido em diferentes níveis, cada um alusivo a um episódio da Treehouse of Horror. Num dos níveis controlamos o Bart por uma casa assombrada que tem de salvar o seu cãozinho Santa’s Little Helper para que não se torne no Satan’s Little Helper, outro é uma referência ao classic “A Mosca” com a bébé Maggie a tentar recuperar a sua forma humana, noutro jogamos com a Lisa, onde todos os adultos da escola se tornaram canibais e teremos de salvar os nossos colegas, entre outros níveis, como um do Homer que é uma autêntica referência a filmes como King Kong ou a jogos como o Rampage, pois podemos também destruir edifícios e atacar humanos.

Muitos dos níveis exigem uma exploração intensiva dos cenários que vão sendo grandinhos

Na sua maioria, os níveis apresentam mecânicas de jogo de simples platformers, com um botão para saltar e outro para atacar, geralmente ao atirar  pedras. No entanto, esses níveis possuem uma component de exploração bem acentuada, onde são níveis bem grandinhos, com várias portas por onde entrar, e onde temos de encontrar diversos objectos para progredir no jogo. Por exemplo, logo no primeiro nível onde controlamos o Bart que tem de salvar o seu cão, antes disso temos de explorar a mansão e encontrar uma série de fusíveis, levá-los ao quadro eléctrico e só depois é que podemos entrar no sótão e salvar o cão. Noutro nível passado na central nuclear controlamos um “homer-robot” que tem de procurar as partes do seu corpo e tornar-se novamente humano. No nível da Lisa Simpson, passado na escola primária, para além de ela ter de procurar chaves para libertar os seus amigos das celas, temos ainda uma pequena componente de stealth, pois temos de nos esconder sempre dos adultos que nos perseguem. Por fim, o nível da Marge Simpson é completamente diferente, é um nível passado num apocalypse zombie, que me faz precisamente lembrar o velhinho Zombies para a Mega Drive / SNES, pois a jogabilidade é algo semelhante, ou seja, é um shooter com alguma exploração à mistura. O ultimo nível com o Homer “King Kong” já tem também um pouco de Rampage, como já referi anteriormente.

Por vezes temos alguns bosses para enfrentar que têm a sua própria barra de vida.

De resto a nível audiovisual é uma experiência bem conseguida. O jogo é bastante colorido e surpreendentemente bem detalhado, mais do que estava à espera numa Gameboy Color. Os níveis em si também são bastante diversificados, tendo inclusivamente um nível que muito nos faz lembrar do Castlevania, só faltava o Homer ter um chicote dos Belmont! O jogo está também repleto de pequenos detalhes que quem for um fã da série animada vai gostar de os ver, como os graffitis do “El Barto” aqui e ali. As músicas também são bastante agradáveis, sendo muitas delas variantes mais “fantasmagóricas” do tema título da série, tal como faziam nesses episódios especiais de Halloween.

Portanto, no fim de contas este até que foi um jogo que me agradou bastante. Os seus maiores defeitos estão talvez na confusão labiríntica que alguns níveis nos apresentam, porque a nível de jogabilidade e principalmente gráficos e som, ficou muito melhor do que as minhas expectativas iniciais.