Strider Returns (Sega Game Gear)

Strider ReturnsNão, este não é o excelente e difícil Strider 2 da Capcom que acabou por sair para a Playstation. Algures na primeira metade da década de 90 a U.S. Gold detinha os direitos da série no ocidente, pelo que decidiram tomar a liberdade de desenvolver eles mesmos uma sequela não oficial. E sendo a U.S. Gold um estúdio britânico, então acabaram por ser lançadas versões para todas as consolas da Sega no mercado, bem como os computadores mais populares por estas bandas, desde os velhinhos C64 e ZX Spectrum até ao Amiga e PC. Joguei bastante isto na minha infância, a versão de Master System, que tinha sido emprestada por um colega de turma lá na escola. Eventualmente chegou o cartucho da Game Gear às minhas mãos que é essencialmente o mesmo jogo e depois lá o encontrei completo na Cash Converters de São Sebastião em Lisboa por 12€ e acabei por trazer.

Jogo completo com caixa, manuais e papelada

Jogo completo com caixa, manuais e papelada

E este Strider Returns é também um jogo difícil como os restantes da série, mas infelizmente não pelas melhores razões. O original da arcade e a sua sequela verdadeira são jogos difíceis como lixo, mas a sua jogabilidade é óptima e é apenas a nossa perícia que é posta à prova. Aqui infelizmente já não é tanto assim, já que a jogabilidade deixa um pouco a desejar (não é um jogo tão fluído assim) e o design no geral também não é o melhor. Há inimigos que é impossível não receber dano (como umas máquinas que atiram com bombas em várias direcções de uma rajada só) ou outros que explodem vindos do nada. Felizmente temos uma barra de vida que nos permite levar com algum dano, bem como há vários power ups a apanhar, incluindo uns que nos regeneram vida. Mas também não podemos perder tanto tempo assim a explorar os níveis já que temos um tempo limite para os completar e não é lá muito longo. De resto, o herói (que não é o Hyriu mas sim um tal de Hinjo cuja missão é a de resgatar uma princesa do vilão do costume) possui na mesma as habilidades atléticas do seu predecessor, como os saltos mortais e os ataques de espada com um alcance considerável. É também possível escalar algumas superfícies e temos à nossa disposição um número ilimitado de shurikens.

O protagonista continua acrobático, pena que no geral o design deixe um pouco a desejar

O protagonista continua acrobático, pena que no geral o design deixe um pouco a desejar

No que diz respeito aos audiovisuais, a versão Mega Drive é naturalmente superior às versões Master System/Game Gear. Ainda assim não posso dizer que os gráficos sejam maus de todo a nível de detalhe em si, apenas acho que o design dos níveis e da maioria dos inimigos que são meramente máquinas genéricas é que poderiam ser melhores. Naturalmente também que a versão Game Gear sai um pouco prejudicada pela resolução de ecrã ser menor. As músicas, poucas, são também bastante repetitivas.

De vez em quando lá temos pequenas cutscenes destas

De vez em quando lá temos pequenas cutscenes destas

Mas ainda assim, com todos os seus defeitos, não consigo dizer que este Strider Returns seja um jogo péssimo. É uma desilusão simplesmente pelos originais da Capcom serem estupidamente bons.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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