Ariel the Little Mermaid (Sega Game Gear)

Ariel Little MermaidDe todos os jogos da minha colecção, este será certamente aquele mais másculo. Inspirado no conhecido filme de animação da Disney, esta é a adaptação desenvolvida pela Blue Sky Software a pedido da Sega para a sua portátil Game Gear. E este é um sidescroller que sinceramente não é lá grande coisa e só está na minha colecção pois foi uma oferta de um colega de trabalho em conjunto com mais uns quantos cartuchos. Vamos lá a mais uma rapidinha.

Ariel the Little Mermaid - Sega Game Gear
Apenas cartucho

Poderão ver este jogo como um protótipo de um Ecco the Dolphin (se bem que tenha saído mais tarde), onde todo o jogo é passado debaixo de água a explorar várias partes do oceano. O nosso objectivo ao longo dos quatro níveis é o de encontrar e libertar todas as outras sereias (e sereios) que foram feitos prisioneiros de Ursula e dos seus minions. Para isso podemos escolher controlar Ariel ou Triton, ambos com a mesma jogabilidade mas ataques diferentes que acabam por fazer o mesmo. Se bem que infelizmente os controlso não são os mais fluídos e esse ataque por vezes acaba por ser tão inútil que quando estamos a combater os bosses nem vale a pena fugir deles, é atacá-los repetidamente até os derrotar, pois conseguimos manter vidas suficientes para o fazer. Para além disso, podemos também chamar os nossos amigos temporariamente para desempenhar algumas tarefas que nos ajudam, como arrumar com rochas ou atacar alguns inimigos. E se estivermos perdidos, basta ir ao ecrã de pausa e carregar no botão 2 para ter um mapa do nível como se fosse através de um sonar. Aí é marcada a nossa posição, a das sereias que temos de resgatar e o boss do nível. Falando nos bosses, era muito bom que fossem melhores animados, são practicamente estáticos!

Não é só a Ariel que controlamos, mas também o seu pai, o Rei Tritão
Não é só a Ariel que controlamos, mas também o seu pai, o Rei Tritão

Graficamente é um jogo minimamente bonito para as capacidades da Game Gear, sendo colorido e apresentando detalhe quanto baste tendo em conta a pequena resolução do ecrã. No entanto não tem efeitos sonoros, mas apenas música que sinceramente não achei assim nada de especial. Em suma, um jogo que não me deixa grandes alegrias e que recomendo apenas a coleccionadores que façam questão em o ter.

Aura: Fate of the Ages (PC)

Já há algum tempo que não escrevia nada sobre o PC e o artigo de hoje será uma rapidinha a um jogo de aventura point and click na primeira pessoa com gráficos pré-renderizados e mundos fantasiosos para explorar. Um clone de Myst, portanto. Publicado pela The Adventure Company e desenvolvido por um estúdio que nunca tinha ouvido falar, este é um jogo com uma história algo genérica, puzzles nada óbvios e imensa maquinaria demasiado complexa de operar para o que faz. Este meu exemplar para o steam foi comprado num bundle só de jogos de aventura já há uns bons tempos. Não me recordo quanto foi mas certamente ficou muito barato.

AuraEm Aura: Fate of the Ages somos o estudante prodígio Umang, que recebe uma muito importante missão: alguém atraiçoou o clã a que Umang pertence e procura uma série de artefactos poderosos para atingir a imortalidade ou outros fins nefastos e nós temos que os encontrar primeiro. Para isso teremos de viajar por vários diferentes mundos, explorá-los à exaustão de todos os pequenos detalhes e resolver vários puzzles complexos com poucas pistas para o fazer. Infelizmente a história nunca se desenvolve muito pois poucas são as pessoas com as quais interagimos e quando o fazemos os diálogos são sempre curtos e nunca se desenvolvem muito. Aliás, todo o voice acting e narrativa deixam bastante a desejar neste jogo.

screenshot
Aqui vamos ter a oportunidade de visitar vários mundos diferentes, no entanto todos eles parecem abandonados

As mecânicas de jogo são simples, algo semelhantes aos Myst mais recentes pois para além de nos movimentarmos à base de cliques em cenários pré-renderizados (apenas podemos ir para o onde o cursor do rato se transformar numa seta), também podemos olhar para os cenários em 360º. Interagir com o cenário, apanhar itens e falar com NPCs também pode ser feito à medida que o cursor do rato muda de cor, indicando uma zona interactiva.

Os pontos positivos são mesmo os gráficos pré-renderizados  que ilustram diferentes e bonitos mundos, se bem que infelizmente de baixa resolução. E aqui tanto podemos explorar locais místicos e selvagens, como outros cheios de maquinaria. Nos primeiros mundos maquinaria de facto é o que não falta, bem como puzzles de forma como as operar. E aí vamos dar com máquinas extremamente complexas para as tarefas mais simples… em relação aos puzzles temos de facto de estar atento a tudo o que nos rodeia, tal como fomos habituados na série do Myst. Para nos ajudar um pouco, vamos apontando algumas pistas automaticamente num bloco de notas, que mostra diagramas de várias máquinas e algumas dicas de como resolver esses mesmos puzzles. Mas regra geral são puzzles rebuscados.

screenshot
Alguns puzzles naturalmente são mais interessantes que outros. Este foi dos que mais gostei.

Em suma este é um jogo algo mediano, pois apesar de ter puzzles desafiantes, não consegue realmente criar uma atmosfera e história cativante o suficiente. Para além deste jogo existe ainda uma sequela directa que começa mal este jogo termina, mas até ver ainda não está disponível no steam. Talvez um dia quando estiver lhe dê uma oportunidade para ver o quanto evoluiram desde então.

Gekioh: Shooting King (Sony Playstation)

GekiohQuando vi este jogo na Cash Converters de Alfragide, não sabia muito bem o que esperar. Vi que era um shmup às antigas, e se isso é algo que me chama à atenção pois é um género de nicho que eu tenho curiosidade em querer conhecer melhor, foi mesmo o nome da Natsume na caixa que me fez levá-lo para casa. A Natsume é uma empresa japonesa que desenvolveu imensos jogos de qualidade, muitos deles que se ficaram apenas pelo Japão e são algo obscuros nos dias de hoje. E nem é um mau jogo de todo! Creio que me custou 2€.

Gekioh Shooting King - Sony Playstation
Jogo com caixa e manual

Originalmente este era um jogo arcade que apenas tinha saído no Japão com o nome Shienryu e posteriormente convertido para a Saturn e Playstation. Por algum motivo, quando decidiram lançá-lo no ocidente como um título budget na PS1, decidiram mudar-lhe o nome para algo provavelmente ainda mais estranho para nós ocidentais. Entre Shienryu e Gekioh Shooting King venha o diabo e escolha. Mas o que interessa é que uma vez mais somos só nós contra uma invasão alienígena, onde começamos por os combater no nosso planeta e vamos entrando em pleno espaço sideral até os correr de vez daqui para fora.

screenshot
Esta arma eléctrica é excelente!

A jogabilidade não é nada complicada, afinal apenas podemos escolher uma nave e dispomos de um ataque normal, e outro especial capaz de provocar dano a practicamente tudo o que estiver no ecrã. Claro que o especial é para ser usado com moderação, embora em certos níveis até não seja muito difícil encher um stockzinho com essas munições. Depois temos também para além do pea shooter normal vários outros tipos de armas. Uma com mísseis teleguiados, o vulcan shot que se vai abrindo em leque e por fim a minha preferida, uma arma que lança raios eléctricos que são atraídos pelas naves inimigas, conseguindo com um só disparo atingir uma grande parte das naves no ecrã. De resto, é um jogo com uma jogabilidade simples conforme já referi, em que naturalmente a dificuldade vai aumentando à medida em que vamos progredindo no jogo. Para além do modo normal de história, poderemos encontrar outros modos de jogo de bónus, em que alguns até alteram completamente as coisas.

screenshot
Que coisa marada este Pocket Mode! Um bónus muito interessante!

Um deles é o Pocket Mode, onde parece que estamos a jogar num VMU de Dreamcast, ou na Pocketstation da Sony, tal é reduzido o ecrã. Depois temos o Ancient Mode onde o ecrã ganha contornos de sepia e o som como se estivesse a sair de um rádio mal sintonizado, algures no fundo de um poço, outro modo mais cómico torna todas as explosões em risadas e por aí fora em diversas variantes estapafúrdias, mas são pequenos pormenores como esse que por vezes fazem a diferença.

A nivel técnico é um jogo competente. É verdade que os gráficos, se não fosse por um ou outro efeito como as explosões ou a arma eléctrica, em certos momentos quase que poderia passar por um jogo de Super Nintendo, mas sinceramente eu prefiro um shmup em 2D bem definido, do que uma mixórdia de polígonos. Os efeitos sonoros e a música cumprem o seu papel, nada a apontar.

screenshot
Gosto bastante dos inimigos gigantes e bem detalhados!

Gekioh Shooting King foi uma agradável surpresa e é interessantíssimo ver como a PS1 e PS2 receberam imensos jogos budget que nos poderão ter passado ao lado. É verdade que muitos deles podem ser shovelware, mas por vezes temos pequenas pérolas deste género.

Pokémon Puzzle Challenge (Nintendo Gameboy Color)

Pokemon Puzzle ChallengeComo o tempo hoje também não é muito, acabo por deixar cá um link para uma análise que fiz a um jogo para a Revista Pushstart, mas o mesmo apenas deu entrada na minha colecção recentemente. Antes disso apenas o tinha jogado através da emulação e muitas horas perdi eu com o Visual Boy Advance, quer com esse jogo, quer com muitos outros da extensa biblioteca da Gameboy. Pokémon Puzzle Challenge, em conjunto com o Pokémon Puzzle League da Nintendo 64 é uma das adaptações da já antiga série de puzzle games da Nintendo, o Panel-De-Pon, mais uma variante daqueles jogos em que temos de juntar blocos coloridos para os fazer desaparecer.

Pokémon Puzzle Challenge - Nintendo Gameboy Color
Jogo com caixa e manual

A minha cópia foi comprada por cerca de 4€ na Cash Converters de Alfragide, e poderão ler a minha análise na íntegra ao consultar o site da PUSHSTART aqui.