Vamos lá a mais uma rapidinha. Há uns meses atrás aproveitei para escrever um artigo sobre o primeiro jogo dos Power Rangers da Mega Drive, um jogo que sinceramente não achei que fosse lá grande coisa. Recentemente um colega de trabalho ofereceu-me a sua Game Gear e um dos jogos que trazia era precisamente o primeiro Power Rangers. Geralmente as conversões 16 para 8 bit deixam sempre um pouco a desejar, mas esta parece-me ser uma excepção à regra, na medida em que gostei mais da jogabilidade.
Tal como a versão Mega Drive, este também é um jogo de luta, embora com um bocadinho de scrolling nas arenas, devido ao ecrã reduzido da Game Gear. Também tenta mimicar o que acontecia nos episódios da TV e nesse campo até acho que fez um papel melhor que a versão Mega Drive, pois a fórmula é a seguinte: A Rita Repulsa manda uma criatura qualquer para invadir a Terra, os Power Rangers andam à porrada com os minions e esse bicho especial, depois a Rita faz-lo crescer, os Power Rangers montam então o seu Mega Zord e lutam uma vez mais com o bicho agora crescido. A principal diferença aqui para a versão Mega Drive é que aqui vamos tendo os minions para lutar. Isto torna-se então numa espécie de beat ‘em up, mas onde enfrentamos um inimigo de cada vez. De resto temos também a inclusão do Ranger verde que começa por ser um mau da fita mas depois acaba por se juntar a nós e serve de personagem jogável.
De resto temos claro um modo versus em que após chegarmos ao fim do jogo principal em Normal ou Hard desbloqueia todas as personagens jogáveis para este modo de jogo, o dream mode, que nos permite fazer lutas impossíveis como um power ranger contra o MegaZord, por exemplo. Mas é mesmo na jogabilidade fluída e rápida que este jogo marca pontos quando comparado com a versão Mega Drive. Mesmo dispondo de apenas 2 botões de acção e um direccional, existem uma série de golpes especiais que podemos desencadear e a sua execução está bastante boa tendo em conta que é um jogo de Game Gear. Fiquei agradavelmente surpreendido!
No quesito gráfico, este é também um bom trabalho tendo em conta as limitações da plataforma. É bastante colorido, com animações fluídas e detalhadas tendo em conta a baixa resolução do ecrã. As músicas é que são o calcanhar de Aquiles habitual nas máquinas de 8bit da Sega, no entanto ainda ouvimos uma ou outra melodia bem familiar para quem viu o programa de TV na sua altura. Um bom jogo no fim de contas!