Indiana Jones and the Last Crusade (Sega Mega Drive)

Indiana JonesComo se calhar terão reparado, o blogue tem estado um pouco inactivo nos últimos tempos, é que eu estive de férias e aproveitei para tirar um pouco de férias da escrita também. Mas já estou de regresso a Portugal e para celebrar tal façanha cá fica mais uma rapidinha. Mais uma vez vou escrever sobre este terceiro filme do Indiana Jones, após ter escrito sobre a versão da Master System que sinceramente nem é assim grande coisa. Este meu exemplar da Mega Drive foi comprado há coisa de um mês atrás na cash converters de Alfragide por cerca de 5/6€.

Indiana Jones and the Last Crusade - Sega Mega Drive
Jogo com caixa e manuais

Bom, esta foi uma daquelas compras por impulso, pois surgiu numa altura em que levei muito jogo da Mega Drive/Master System da cash converters de uma só vez. Acabei por incluir este Indiana Jones no bundle pois tinha a ilusão que a versão Mega Drive seria mais jogável. Bom, e numa coisa realmente a versão Mega Drive é superior: nos audiovisuais. Já a jogabilidade infelizmente continua muito mázinha. Este é na verdade um jogo muito similar a nível de mecânicas de jogo e dos níveis que teremos pela frente com as outras versões, embora a estrutura dos níveis em si me pareça ser algo diferente. Ou seja, é na mesma um jogo de plataformas e Indy pode atacar os seus inimigos com os punhos (mais vale estar quieto pois o alcance é muito curto e perdemos uma vida muito rapidamente), ou com o chicote, se bem que este parece enfraquecer a cada vez que seja utilizado. Depois para além dos saltos continuarem a não serem os melhores e a maneira que o Indy se balanceia de uma plataforma para a outra com o seu chicote parecer também rápida demais, o próprio design dos níveis e da forma como os inimigos estão dispostos também não são os melhores. Vamos ser atingidos por coisas que não vemos até ser tarde demais, a detecção de colisões também não funciona da melhor forma e por aí fora, que é como quem diz: vamos morrer muitas vezes ao tentar passar o jogo.

screenshot
O jogo tenta retratar alguns dos momentos do filme. No entanto, neste nível e no anterior o Indiana Jones deveria ser adolescente e não adulto.

Outra das coisas que esta versão tem que a Master System não tem são os bosses no final de cada nível, que por sua vez também dispõem de uma barra de energia e é fácil perceber se falta muito para os derrotar ou não. Mas não respirem de alívio quando os derrotarem pois geralmente há umas armadilhas no fim. E falando em fim, o último nível é mais uma vez passado nas catacumbas em busca do Santo Graal (no final do jogo temos mesmo de escolher o cálice certo) e teremos de ter em conta o famoso puzzle do IEHOVA.

screenshot
O último nível não tem qualquer boss, e só quem viu o filme é que sabe o que fazer. Este é de facto um nível mais inteligente!

Tal como referi acima, no que diz respeito aos audiovisuais então sim, este jogo é muito bem detalhado – embora continue a achar estúpido que a sprite do Indiana Jones no primeiro nível seja a dele adulto e não a de adolescente – mas no geral os gráficos são bem competentes. As músicas também vão buscar muitas melodias ao filme mas acho que têm aquele som mais arranhado como a Mega Drive infelizmente ficou bem conhecida, mesmo tendo no seu catálogo jogos com som excelente, como os Streets of Rage, claro está. No fim de contas, e infelizmente digo isto, não acho que este seja propriamente um jogo bom. É possível que esta seja a melhor versão das várias existentes no mercado, mas para mim ainda deixa muito a desejar na jogabilidade.

Rambo III (Sega Master System)

Rambo IIIA rapidinha de hoje é sobre uma de várias adaptações que fizeram ao clássico filme de Sylvester Stallone, o Rambo III. Só a Sega desenvolveu duas versões adaptadas do mesmo filme, uma para a Master System e uma outra para a Mega Drive. A versão Mega Drive é um shooter que faz lembrar jogos como Commando ou Ikari Warriors, já a versão 8bit é um pequeno lightgun shooter na mesma veia de um Operation Wolf… que por sua vez é notoriamente inspirado nestes mesmos filmes. O meu exemplar foi comprado algures durnate o mês passado por 3€ a um particular.

Rambo III - Sega Master System
Jogo com caixa e manuais

Sendo um jogo de lightgun para um sistema 8bit, não esperem por algo que seja de um outro mundo, mas sim um jogo simples e na verdade é o que este Rambo III é. Aqui temos de disparar contra tudo o que mexa, excepto alguns reféns que lá vão surgindo num ou noutro nível e que devemos libertar. Os inimigos vão aparecendo aos montes no ecrã e é fácil ver a nossa barra de vida a descer vertiginosamente caso não sejamos suficientemente rápidos a combatê-los. Os inimigos que aparecem mais próximo de nós são mais letais que os que aparecem no fundo, mas de qualquer das formas existem granadas que podemos lançar para causar dano a vários inimigos em simultâneo… esses powerups bem como munições extra podem ir sendo capturados ao longo do jogo também.

screenshot
O jogo até que é bem detalhado e tenta retratar dentro dos possíveis os acontecimentos no filme. Se bem que não me lembro de ter visto estes uniformes…

De resto este Rambo III é muito curto. Muito curto mesmo. Se formos bons é daqueles jogos que conseguimos acabar em cerca de 10 minutos, o que é pena pois pelo menos até parece fazer justiça ao filme, com os vários níveis a representarem diferentes momentos do filme, como o resgate ao Trautman ou a perseguição final do helicóptero soviético. Graficamente é, portanto um jogo bem competente para a Master System, até porque entre cada nível temos sempre uma nova imagem bem detalhada do próprio Rambo. Já as músicas é que não são lá grande espingarda.

screenshot
O último confronto não é em scrolling horizontal como nos outros níveis, mas em pseudo-3D

É um jogo interessante de se ter meramente a nível de coleccionismo ou se forem fãs do Rambo/Stallone, pois a sua curtíssima duração acaba por o prejudicar.

Call of Duty Roads to Victory (Sony Playstation Portable)

Call of Duty Roads to VictoryApesar de não ser a melhor plataforma para jogos deste género devido à falta de um segundo analógico, a PSP ainda recebeu uns quantos first person shooters. E como não poderia deixar de ser, a série Call of Duty foi mais uma delas a marcar presença nesta portátil da Sony. E claro que teria de ser um jogo mais simples do que os lançamentos principais ou outros secundários nas consolas pois a falta de botões assim o exigia. E se encararmos este Call of Duty com essas simplicidades forçadas pelo hardware, até acaba por ser um jogo que entretém. Este meu exemplar foi comprado algures numa cash, já não me recordo bem quando nem onde, mas certamente me terá custado menos de 5€.

Call of Duty Roads to Victory - Sony Playstation Portable
Jogo com caixa, manual e papelada

Neste Roads to Victory iremos participar em várias missões que decorrem em diferentes teatros de guerra na Europa ao longo da década de 40, algumas operações bem conhecidas como a Market Garden entre várias outras, sob o ponto de vista de tropas americanas, canadianas ou britânicas, cada nação aliada com a sua respectiva campanha no jogo. Infelizmente por algum motivo deram um foco bem maior aos norte-americanos do que aos restantes, pois os norte-americanos têm o mesmo número de missões (ou mais) que os canadianos e britânicos juntos. Não é muito difícil de adivinhar o porquê pois este é um produto norte-americano, mas gostava que tivesse havido um maior balanço neste campo.

screenshot
Enfrentar tanques apenas com armas leves? Sim, também teremos de o fazer

A jogabilidade tenta aproveitar o melhor possível dos botões disponíveis na PSP, ficando o analógico para movimentar e os botões faciais principais para mover a câmara, um pouco como os Medal of Honor Heroes também o fizeram. O D-Pad fica com as funções de mudar a posição para em pé/agachado/deitado, recarregar a arma, atirar granadas e alterar entre armas (uma vez mais apenas podemos carregar com 2 em simultâneo, mas temos imensas armas para utilizar ao longo da campanha, tanto aliadas como nazis). Os botões de cabeceira servem para disparar e utilizar o aiming down the sights. De resto só tenho pena que as personagens se movam muito lentamente e o analógico da PSP não é de todo o melhor para jogos deste género. De qualquer das formas há um mecanismo de auto-aim que nos ajuda bastante. Para o combate à distância a ideia é equipar uma rifle, deixar o auto-aim “pré-apontar” para os inimigos e fazer o aiming down the sights nessa posição para um tiro certeiro. Para os combates próximos de metralhadora, por vezes o melhor é mesmo deixar o dedo no gatilho… As missões em si vão tentando mimicar as mesmas dos jogos principais, com objectivos como atacar (e defender) posições estratégicas, limpar zonas de snipers, proteger companheiros, destruir tanques, entre outros.

screenshot
Felizmente que as MG42 aqui não sobreaquecem e têm munição ilimitada

De resto, o jogo mesmo sendo simples tenta aliciar-nos a jogar mais através de conteúdo bónus. Existem vários graus de dificuldade e no final de cada nível a nossa performance é avaliada. Com isso vamos desbloqueando conteúdo “enciclopédico” de armas, veículos e artilharia pesada da 2a Guerra Mundial, bem como wallpapers e no caso de chegarmos ao fim da campanha pelo menos uma vez, também desbloqueamos alguns cheats como munição infinita ou invencibilidade. Para além disso o jogo tem naturalmente uma vertente multiplayer mas como em tudo ou quase tudo o que jogo na PSP nem sequer cheguei a testar. De qualquer das formas a única maneira que temos para jogar com amigos é mesmo por redes ad-hoc, nada de infrastrutura com servidores, ou seja temos mesmo de ter alguns amigos por perto para o fazer. Pelo que vi os modos de jogo são variantes de deathmatch, capture the flag e king of the hill.

A nível gráfico é um jogo comptente, com uns níveis minimamente bem detalhados dentro das limitações da PSP. Sendo na europa, e quase sempre em zonas urbanas, não há assim uma grande variedade de cenários. O framerate de vez em quando lá sofre uns solavancos nas situações de maior aperto e apercebi-me de um ou outro bug como ver através de paredes ou alguns inimigos serem invencíveis até alguém nos ordenar atacá-los. As músicas são épicas como sempre e não tenho nada a apontar da narrativa ou efeitos sonoros. Para uma portátil estão mais que bons!

screenshot
A falta de um botão apenas para “acção” tem as suas desvantagens. A primeira vez que tive de destruir uma Flak 88 fiquei montes de tempo preso sem saber o que fazer, tudo porque não tinha eliminado um Nazi que estava encostado a um canto…

No fundo este Call of Duty é um jogo minimamente sólido para a PSP e serve bem para entreter. Ainda assim, de todos os first person shooters com a temática da 2a guerra mundal existentes para a PSP acho que o Medal of Honor Heroes 2 leva a taça pois pareceu-me um jogo muito melhor em practicamente todos os aspectos, principalmente na jogabilidade que me pareceu mais fluída.

Aero Fighters 2 (Neo Geo MVS)

Aero Fighters 2Vamos lá a mais uma rapidinha para a Neo Geo MVS que aqui o tasco ficou um pouco desgovernado nos últimos dias. O jogo que trago hoje é um daqueles shmups com a fórmula clássica e eficaz, produzido pela Video System. Aero Fighters, ou Sonic Winds como ficou conhecido no Japão é uma série de vários jogos com origens na Arcade e posteriormente com várias conversões para consolas caseiras. O segundo Aero Fighters (e posteriormente o terceiro também) surgiram primeiramente nos sistemas arcade da Neo Geo e este foi um dos cartuchos MVS que tive a felicidade de encontrar a um preço muito reduzido na feira da Vandoma no Porto.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Como sempre, o jogo coloca-nos como uma espécie de piloto solitário na luta contra um poderoso exército opressor. Mas não somos tão solitários assim pois é possível jogar o Aero Fighters 2 de forma cooperativa. De qualquer das formas teremos um piloto de várias nacionalidades para jogar e o resto já sabem, é disparar para tudo o que mexa e fugir a sete pés de todos os projécteis inimigos. A jogabilidade é mesmo o back to the basics pois temos apenas um botão para disparar e um outro para a artilharia pesada capaz de danificar todas as naves no ecrã. Cada avião/piloto é diferente e por conseguinte possuem armas diferentes entre si, o que permite várias abordagens distinas aos inimigos que nos vão surgindo pela frente. E claro, temos vários power ups para apanhar, mas não são propriamente armas alternativas pois essas residem nos outros aviões que podemos pilotar. Aqui são essencialmente power ups que nos fortalecem o nosso poder de fogo e claro, poderemos adquirir munições para o nosso ataque especial. De resto é mesmo a fórmula de sempre, com combates contra bosses no final de cada nível. A única diferença é que quando chegamos ao “fim” do jogo, somos levados para o completar uma vez mais, desta vez com um grau de dificuldade bem superior. Uma espécie de Master Quest como se fazia no The Legend of Zelda. E sim, o jogo é bem difícil e exige de nós a máxima concentração e destreza pois apesar de não ser propriamente um bullet hell como muitos outros, os inimigos e os seus projécteis acabam por ser bastante rápidos e muitas vezes com diferentes padrões de fogo em simultâneo, obrigando-nos mesmo a passar um mau bocado para não levar com um projéctil em cima. É que aqui não há escudos e as vidas são limitadas… Mas claro que se tivessem outra moedinha lá podiam continuar a jogar.

screenshot
Como não poderia deixar de ser, estas personagens malucas acabam por ser um ícone de uma era de jogos arcade que não volta mais

Graficamente é um jogo bem competente. O sistema arcade da Neo Geo era um colosso no 2D, principalmente se tivermos em conta que utiliza tecnologia do início da década de 90 e foi-se aguentando relativamente bem por mais de 10 anos! Aqui as naves são todas muito bem detalhadas e os cenários até que vão variando um pouco do tradicional dos shmups, pois representam várias localizações da Terra e poderemos ver pormenores interessantes como a Estátua da Liberdade, por exemplo. Acabam por ser bastante detalhados se bem que por vezes nem temos assim muito tempo para os apreciar! A música e efeitos sonoros não me deixaram grandes memórias, mas pareceram-me bem adequados para o género do jogo em si.

screenshot
Os bosses também vão sendo bastante diferentes entre si, felizmente

Um bom shmup, digo eu!

The Story of Thor (Sega Mega Drive)

The Story of Thor

Bom, este é dos poucos exemplos em que quando nos Estados Unidos mudam o nome de um jogo até acaba por ser uma boa decisão. Isto porque este jogo na Europa e Japão chama-se The Story of Thor, nas américas alguém lhe decidiu chamar Beyond Oasis e eu acho que faz muito mais sentido. Isto porque não vi nenhuma menção a qualquer deus nórdico, quanto mais o Thor e todo o jogo tem uma ambiência árabe… mas picuinhices à parte, sempre adorei este jogo e o meu exemplar foi comprado por cerca de 10€ na Feira da Vandoma no porto há coisa de 2 meses atrás.

Jogo com caixa e manuais. O manual português é de uma outra distribuidora que não a Ecofilmes e não vinha com o jogo que comprei originalmente.

Aqui o nosso herói é o príncipe Ali, que numa das suas explorações descobre uma braçadeira dourada com poderes mágicos. Era a Gold Armlet, outrora pertencente a um poderoso feiticeiro benevolente. Tinha sido criada para combater a Silver Armlet, pertencente a um outro feiticeiro com más intenções – o Agito. E ao que parece esse feiticeiro está de volta, os seus monstros invadiram o país e atacaram também os restantes membros da família real! A nossa missão é simples: para derrotar Agito teremos primeiro de encontrar 4 espíritos para nos auxiliar nessa demanda.

screenshot
Visualmente é um jogo muito bonito, bem detalhado e animado!

E é aí que entra uma jogabilidade que pega em conceitos algo mascarados de action RPGs com a exploração, puzzle e combate de jogos como os The Legend of Zelda tradicionais em 2D. Sim, temos um overworld considerável para explorar, com uma aldeia, palácio, várias paisagens repletas de perigos e muitas dungeons pela frente, com os seus puzzles e bosses como seria de esperar. O combate é bastante fluído e é possível executar alguns golpes especiais e combos como se um beat ‘em up se tratasse. Começamos com um pequeno punhal, que apesar de ser relativamente fraco permite-nos desencadear uma série de golpes bem ágeis. Iremos encontrar muitas outras armas ao longo do jogo como espadas, arco-e-flecha ou vários tipos de explosivos. O nosso inventário para as armas (e outros itens) é limitado, mas também a maioria das armas têm um determinado número de utilizações antes de partirem, pelo que devemos sempre ter o cuidado de deixar as melhores para bosses ou outros inimigos mais chatos.

screenshot
Efreet é certamente o espírito mais poderoso!

Mas também temos os tais espíritos que nos ajudam assim que os encontremos. Temos Dryad, espírito da água, Efreet do fogo, Shade da sombra e Bow, espírito da terra que é na verdade uma planta gigante. Todos estes possuem vários poderes, muitos deles mesmo necessários ao nosso progresso. Dryad consegue apagar fogos que nos impedem a passagem, curar-nos, Bow pode comer umas portas verdes especiais, Shade protege-nos das quedas em abismos sem fim ou transporta-nos entre pequenos abismos. Mas todos eles têm ataques especiais que nos poderão ser bastante úteis, o Efreet então nem se fala! Mas para não tornar o jogo demasiado fácil, existe uma barrinha de energia que está constantemente a ser consumida enquanto algum dos espíritos esteja activo. Geralmente a mesma pode ser regenerada naturalmente ao andar de um lado para o outro (embora existam alguns locais em que isso não acontece) mas existem alguns itens que nos restauram essa energia, como vários tipos de comida que também nos poderão restaurar a nossa própria vida. A maneira como chamamos esses espíritos também é interessante. Ao pressionar no botão A, soltamos uma bola de energia que se tocar nalguma superfície com água chama Dryad, fogo para Efreet e por aí fora. Até a sombra dos nossos inimigos serve para shamar o Shade, por exemplo. São detalhes muito interessantes!

screenshot
Como não poderia deixar de ser, temos também vários bosses para enfrentar

Os elementos de RPG é que estão algo mascarados, pois não são assim tão visíveis. Tanto nós quanto os nossos espíritos podem ficar mais fortes, bastando para isso apanhar uma série de itens especiais. No caso dos espíritos esses itens são cristais coloridos, muitas vezes bem escondidos nas dungeons ou outras áreas e daí que a exploração e backtracking sejam encorajados sempre que encontremos um novo espírito e por conseguinte com novos poderes à disposição. Para fazer “level up” do Ali já é algo mais rebuscado. Para isso temos de estar com a nossa barra de vida quase no mínimo, levar uma pancada de algum inimigo e depois matá-lo, fazendo com que o mesmo deixe cair um coração. Esses corações são os que nos vão deixar mais fortes, mas no fim irá afectar negativamente a nossa pontuação final caso os apanhemos, o que sinceramente a mim isso não me provoca nenhum dilema.

screenshot
A menção ao Yuzo Koshiro logo no ecrã título serve bem para mostrar o peso que o nome dele tinha na indústria.

Graficamente é um jogo excelente. Os cenários, inimigos e restantes personagens estão muito coloridos, bem detalhados e os movimentos de Ali são também muito bem animados. Um dos melhores jogos da Mega Drive neste campo, na minha modesta opinião. As músicas, da autoria de Yuzo Koshiro, apresentam um registo muito mais calmo que a música electrónica de Streets of Rage, mas também seria de esperar que fosse algo mais adequado a um jogo de fantasia. São músicas mais calmas, por vezes algo sombrias, mas a qualidade do som em si deixa-me um pouco a desejar tendo em conta que o mestre Koshiro já fez muito melhor.

Story of Thor, ou Beyond Oasis como lhe prefiro chamar, é um excelente jogo da Mega Drive, óptimo para quem gosta de RPGs de acção ou mesmo clones de Zelda, esta é certamente uma das melhores apostas nesse ramo para a Mega Drive. Existe um outro jogo desta série para a Saturn, mas por acaso esse nunca acabei por o jogar. Quem sabe um dia…