Vamos lá a mais uma rapidinha para a Neo Geo MVS que aqui o tasco ficou um pouco desgovernado nos últimos dias. O jogo que trago hoje é um daqueles shmups com a fórmula clássica e eficaz, produzido pela Video System. Aero Fighters, ou Sonic Winds como ficou conhecido no Japão é uma série de vários jogos com origens na Arcade e posteriormente com várias conversões para consolas caseiras. O segundo Aero Fighters (e posteriormente o terceiro também) surgiram primeiramente nos sistemas arcade da Neo Geo e este foi um dos cartuchos MVS que tive a felicidade de encontrar a um preço muito reduzido na feira da Vandoma no Porto.

Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.
Como sempre, o jogo coloca-nos como uma espécie de piloto solitário na luta contra um poderoso exército opressor. Mas não somos tão solitários assim pois é possível jogar o Aero Fighters 2 de forma cooperativa. De qualquer das formas teremos um piloto de várias nacionalidades para jogar e o resto já sabem, é disparar para tudo o que mexa e fugir a sete pés de todos os projécteis inimigos. A jogabilidade é mesmo o back to the basics pois temos apenas um botão para disparar e um outro para a artilharia pesada capaz de danificar todas as naves no ecrã. Cada avião/piloto é diferente e por conseguinte possuem armas diferentes entre si, o que permite várias abordagens distinas aos inimigos que nos vão surgindo pela frente. E claro, temos vários power ups para apanhar, mas não são propriamente armas alternativas pois essas residem nos outros aviões que podemos pilotar. Aqui são essencialmente power ups que nos fortalecem o nosso poder de fogo e claro, poderemos adquirir munições para o nosso ataque especial. De resto é mesmo a fórmula de sempre, com combates contra bosses no final de cada nível. A única diferença é que quando chegamos ao “fim” do jogo, somos levados para o completar uma vez mais, desta vez com um grau de dificuldade bem superior. Uma espécie de Master Quest como se fazia no The Legend of Zelda. E sim, o jogo é bem difícil e exige de nós a máxima concentração e destreza pois apesar de não ser propriamente um bullet hell como muitos outros, os inimigos e os seus projécteis acabam por ser bastante rápidos e muitas vezes com diferentes padrões de fogo em simultâneo, obrigando-nos mesmo a passar um mau bocado para não levar com um projéctil em cima. É que aqui não há escudos e as vidas são limitadas… Mas claro que se tivessem outra moedinha lá podiam continuar a jogar.

Como não poderia deixar de ser, estas personagens malucas acabam por ser um ícone de uma era de jogos arcade que não volta mais
Graficamente é um jogo bem competente. O sistema arcade da Neo Geo era um colosso no 2D, principalmente se tivermos em conta que utiliza tecnologia do início da década de 90 e foi-se aguentando relativamente bem por mais de 10 anos! Aqui as naves são todas muito bem detalhadas e os cenários até que vão variando um pouco do tradicional dos shmups, pois representam várias localizações da Terra e poderemos ver pormenores interessantes como a Estátua da Liberdade, por exemplo. Acabam por ser bastante detalhados se bem que por vezes nem temos assim muito tempo para os apreciar! A música e efeitos sonoros não me deixaram grandes memórias, mas pareceram-me bem adequados para o género do jogo em si.
Um bom shmup, digo eu!
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