Pokémon Trading Card Game (Nintendo Gameboy Color)

Pokemon TCGO artigo que trarei cá hoje é mais uma rapidinha de Gameboy Color, nomeadamente o Pokémon Trading Card Game que tal como o nome indica, é uma adaptação do famoso jogo de cartas baseado na franchise. Que por acaso joguei quando era mais novo e ainda tenho lá por casa umas cartas perdidas. E este cartucho, tal como muitos outros das Gameboys, acabou por ser comprado na cash converters de Alfragide, por um valor entre os 3 e os 4€. Edit: Recentemente arranjei uma versão em caixa num bundle grande que comprei.

Jogo com caixa

Tal como nos jogos principais da série Pokémon, aqui o nosso protagonista também é um jovem apreciador dos bichinhos, mais precisamente as suas cartas e também parte com a missão de derrotar os 8 líderes de diversos clubes de cartas Pokémon e por fim defrontar os “Elite 4” que guardam as cartas lendárias de Zapdos, Moltres, Dragonite e o outro que agora não me estou a lembrar do nome. Inicialmente também temos uma espécie de “Professor Oak” que nos lança neste mundo e nos dá o nosso deck inicial, que pode ser baseado quer no Bulbasaur, Charmander, ou Squirtle. E claro, também teremos um rival que escolhe o deck forte contra o nosso. Ou seja, se escolhermos o deck do Bulbasaur que é um Pokémon de elemento erva, ele escolhe o do elemento fogo e por aí fora.

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Os danos elementais são tidos em conta também no jogo de cartas

E este jogo acaba por ser uma boa maneira de se aprender a jogar o trading card game de Pokémon, pois parece-me ter um grande número de cartas relativas a esta primeira geração e os combates seguem as regras direitinhas. Podemos colocar vários pokémons em jogo, embora apenas um activo, e em cada turno podemos alocar uma carta de magia num dos nossos bichos, para permitir que consigamos atacar com as suas habilidades. Temos também as cartas de “treinador” com acções como ir buscar outras cartas ao baralho, curar os nossos Pokémons, retirar energia dos pokémons dos nossos oponentes, entre outras acções mais estratégicas. Podemos utilizar todas as cartas desse tipo em cada um dos nossos turnos, o que na minha opinião retira alguma piada de gestão estratégica de cartas desse tipo. Bom, não é Magic the Gathering…

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No fim dos duelos recebemos sempre um ou outro booster com mais cartas aleatórias

No que diz respeito aos audiovisuais, é um jogo competente. Para quem jogou os Pokémons de primeira geração já sabe mais ou menos com o que contar aqui, e todas as cartas têm algum detalhe dentro do possível das Gameboys clássicas (sim este jogo também é 100% compatível com as GBs a preto-e-branco). As músicas são bastante animadas, e algumas melodias acabam mesmo por nos ficar gravadas na memória, o que é bom.

Posto isto, acho este um jogo sólido, para quem já jogou Pokémon TCG no passado e gostaria de reviver essas memórias, ou mesmo para quem nunca o fez mas até aprecia card games. Sinceramente não faço a mínima ideia se hoje em dia o TCG de Pokémon continua activo, mas caso esteja, não se compreende como é que a Nintendo nunca mais lançou nenhum jogo destes para os seus sistemas mais recentes. Existe uma outra sequela deste jogo também para a Gameboy Color, mas ficou-se apenas pelo Japão. A DS, ou actualmente a 3DS seria uma plataforma excelente para receber um novo jogo deste género.

Alien 3 (Sega Master System)

Alien 3Hoje é tempo para mais uma rapidinha até porque este Alien 3 é uma conversão do mesmo jogo para a Mega Drive, que já tinha sido aqui analisado anteriormente. E na verdade até é uma conversão surpreendente, mantendo as mesmas mecânicas de jogo, níveis bem detalhados dentro dos possíveis da Master System e também uma excelente banda sonora. Este meu exemplar foi comprado na Feira da Ladra em Lisboa algures durante o passado mês de Fevereiro, e custou-me menos de 5€ pois veio num pequeno bundle.

Alien 3 - Sega Master System
Jogo com caixa

O jogo tenta seguir minimamente os acontecimentos do filme. Minimamente. É passado no planeta Fiorina “Fury” 161, um planeta que serve de prisão pseudo-abandonada, onde Ripley “naufragou” devido à sua nave trazer um outro passageiro indesejado, mas ao contrário do filme onde só temos um alien com que nos preocupar, aqui são carradas deles. E o objectivo do jogo consiste em  encontrar e libertar todos os prisioneiros em cada nível, tudo dentro de um tempo limite e com imensos aliens a surgirem de todos os lados. Felizmente o armamento que podemos encontrar está à altura com as habituais pulse rifles e lança-chamas, entre outros, a darem o ar de sua graça. O problema está é nos níveis serem por vezes bastante labirínticos e o tempo pode ser bem curto para libertarmos todos os prisioneiros e encontrar a saída. Ocasionalmente temos também combates de bosses.

secreenshot
As mecânicas de jogo são idênticasÀ versão Mega Drive

A nível técnico esta é uma boa conversão. Os níveis são semelhantes aos da Mega Drive, embora naturalmente sejam muito menos detalhados, o que é perfeitamente normal. Ainda assim para as capacidades da Master System o resultado final não ficou nada mau. Os efeitos sonoros também são OK, nada a apontar, mas já a música…. bom, a música é excelente,bastante groovy e com as melhores linhas de baixo que alguma vez ouvi numa Master System. Mesmo com o adaptador FM! Só que por mais boa que a música seja, infelizmente acho-a desajustada ao jogo que é. Aqui deveria ser algo mais tenso, na onda do que foi feito no Metroid, por exemplo.

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Esta animação na intro até está engraçadinha

Alien 3 para a Master System continua a ser um jogo difícil tal como o da Mega Drive. Mas não deixa de ser um trabalho de conversão louvável por parte da Probe/Arena, só por isso já vale a pena irem espreitar. Mas para quem já tiver a versão Mega Drive não ganha muito. Numa outra nota, mas ainda sobre o Alien 3, fico bastante curioso com o mesmo jogo para a SNES, que é completamente diferente. Espero ter a sorte de o encontrar um dia destes.

Streets of Rage (Sega Mega Drive)

Streets of RageO jogo que hoje aqui trago é muito especial, apesar de já ter escrito uma opinião sobre a sua conversão para a Master System há uns anos atrás. É especial porque foi um dos jogos que joguei muito antes de eu ter a minha primeira consola em 1996, e tal como outros como o primeiro Sonic, ou os restantes jogos das compilações Mega Games como Revenge of Shinobi ou Golden Axe, sempre me fascinaram e foram os principais responsáveis por eu sempre ter querido uma “Sega” back in the day. Streets of Rage é daqueles jogos que transpiram Mega Drive por todos os poros. E apesar de eu já o ter na compilação Mega Games II, é daqueles que fazia questão de o ter completo em standalone. E o meu exemplar é uma mixórdia, a caixa e capa foi oferecida por um particular a quem eu agradeço bastante, o cartucho e manuais na foto foram comprados por 7€ a um outro particular, com a curiosidade do manual português ser a versão brasileira da Tec Toy e ainda tenho um outro manual PT-PT com capa a cores de reserva que irei adicionar a esta caixa em breve.

Streets of Rage - Sega Mega Drive
Jogo completo com caixa, e manuais, incluindo um manual brasileiro da Tectoy. O que é que aquele selo da Accolade está ali a fazer? Não sei.

Tal como referi no artigo da Master System, a história deste jogo é simples: um poderoso sindicato do crime controla uma grande metrópole norte-americana, corrompendo vários políticos e forças policiais que deixam a situação andar. Mas nem todos ficam impávidos e serenos e 3 jovens ex-polícias de nome Adam, Blaze e Axel juntam forças tentam resolver a questão à moda antiga, ou seja, porrada neles! A influência de jogos como Double Dragon e em especial Final Fight é notória e apesar deste primeiro Streets of Rage não ser tão bom quanto o Final Fight original nas arcades, não deixa de ser um óptimo jogo.

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Os 3 heróis deste jogo

A jogabilidade é simples, com um botão para saltar, outro para distribuir lenha e ainda mais um para activar um golpe especial, que descreverei mais à frente. Mas mesmo só com um botão de pancada é possível desencadear uma série de combos e diferentes golpes, como agarrar nos inimigos e mandá-los pelo ar (muito útil em alguns níveis como na ponte em obras ou no elevador). Cada uma das 3 personagens tem as suas vantagens e desvantagens, com Adam a ser o mais forte, mas também o menos ágil, a Blaze pelo contrário, bem mais ágil mas mais fraca. O Axel nem é peixe nem carne, é uma boa personagem para quem não quer fazer grandes escolhas. Mas voltando aos controlos, o botão A serve para o golpe especial, que tipicamente apenas o podemos fazer 1x em cada nível. Este consiste em chamar um colega da polícia que sai do seu carro de patrulha e manda um tiro de bazooka, causando sérios danos a todos os que tiverem à nossa volta. E agora lanço a pergunta, a quantos de vocês não aconteceu carregarem nesse botão por engano logo ao começar o jogo?

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Aqui dá um jeitaço atirar os adversários borda fora

No que diz respeito aos gráficos, bom, sinceramente para a altura em que o jogo foi lançado, sempre o achei muito bom. No entanto se o metermos lado a lado com qualquer uma das suas sequelas então vemos o quão melhor poderia ser. As sprites aqui são pequenas e relativamente pouco detalhadas, mas lá está, continuo a achar um bom jogo neste campo, e até hoje deve ser dos poucos daquela época em que me continuo a lembrar perfeitamente como é que era cada nível, e sinceramente isso não acontece com o SoR2 ou 3. Mas enquanto os gráficos são no mínimo competentes, as músicas são algo de outro mundo. Não é à toa que o trabalho de Yuzo Koshiro em vários videojogos seja venerado, o que ele conseguiu fazer aqui foi brilhante. Arrisco mesmo a dizer que não estou a ver outra pessoa a ter sacado um som tão bom na Mega Drive quanto este homem. As músicas são mesmo boas, e mesmo eu não sendo um grande fã de musica electrónica, não consigo deixar de gostar do que ouço aqui. Infelizmente por outro lado as vozes é que já não são nada boas, os samples são demasiado arranhados. É pena, mas não se pode ter tudo.

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O poder especial convém ser guardado para os bosses

Apesar de estar uns furinhos abaixo do Streets of Rage 2, este primeiro jogo não deixa de ser um dos grandes clássicos da Mega Drive. Sim, pode ser um clone de Final Fight, mas ao menos é o “nosso clone” de Final Fight. E com multiplayer cooperativo. E três personagens jogáveis. Tau!

Edna & Harvey: Harvey’s New Eyes (PC)

Há pouco tempo atrás joguei e terminei o Deponia, o primeiro de uma série de 3 jogos de aventura point and click da Daedalic que acabei por gostar bastante da sua história no geral, do bom humor e do carisma das personangens. Fiquei cheio de vontade de experimentar o Chaos in Deponia mas lembrei-me que tinha um outro jogo da mesma empresa há espera há mais tempo e acabei por me virar para este Harvey’s New Eyes, sequela directa do Edna & Harvey the Breakout. A minha cópia digital, se a memória não me falha foi comprada num dos Humble Bundles dedicados à Daedalic, tendo-me ficado por uma ninharia como é habitual.

Edna & Harvey

O jogo original contava a história de Edna, uma jovem rapariga “aprisionada” num manicómio e que tentava escapar de lá a todo o custo. Era um jogo com uma boa dose de humor negro e sinceramente a história até teve alguns plot twists surpreendentes, mas a nível visual era muito limitado, até porque era nada mais nada menos que o projecto de final de curso de um dos fundadores da Daedalic. Este segue o mesmo estilo visual, mas já lá vamos a esse campo mais tarde. Aqui é passado numa escolal de um convento e apesar de Edna aparecer várias vezes na história, a personagem principal é a sua melhor amiga, a menina Lilli, que é simplesmente a rapariga de mais bom coração, ingénua e submissa que alguma vez conheceram.

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Edna (à direita) acaba por ter um papel secundário neste jogo

A Madre Superiora é extremamente autoritária e detesta crianças, a cozinheira é uma ex-presidiária que também detesta crianças, e já estão a ver onde isto vai dar. A história está dividida por vários capítulos, onde no primeiro serve mais para conhecer o convento, os colegas de Lilli e Edna e também para introduzir o Dr. Marcel, vilão do primeiro jogo e que irá visitar o convento para por à prova as suas novas e controversas terapias de disciplina infantil. Edna não gosta disso e pede a ajuda de Lilli para se esconderem ou eventualmente escaparem. Até aí lá chegarmos ainda muita coisa acontece, como as coisas que inadvertidamente vamos causando aos colegas de Lilli. Mas eventualmente o Dr. Marcel lá acaba por colocar em prática as suas terapias, com base no hipnotismo através boneco do coelho Harvey, colocando-nos inibidores mentais de comportamento como “não brincar com o fogo”, “não mentir”, “não mexer em objectos afiados”, ou “não desobedecer a adultos”. É a partir desse segundo capítulo que entram essas novas mecânicas de jogo e que sinceramente achei muito interessantes.

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Esta cena em particular está repleta de pormenores interessantes que irão certamente passar despercebidos, pelo menos até ao final do jogo

Isto porque para avançar na história vamos mesmo ter de fazer todas essas coisas e a única maneira de o fazer é Lilli se auto-hipnotizar e no seu subconsiente visitar uma versão diferente da realidade, onde temos de contradizer um “demónio Harvey” e provar-lhe que afinal atear fogo até é porreiro e beber uns copos também nunca fez mal a ninguém. No entanto, apesar de podermos desbloquear um desses inibidores mentais apenas podemos usar um de cada vez, obrigando-nos a clicar no inibidor que queremos activar. De resto as mecânicas de jogo são as básicas de um jogo de aventura deste género, com os diálogos, exploração e interactividade de itens habituais. Por vezes também teremos alguns puzzles “a sério” para resolver, mas esses podem ser avançados à frente para os mais impacientes. O último até é bem original, uma batalha no estilo RPG que não estava mesmo nada à espera.

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Este boneco de neve representa o bloqueio mental de não brincar com o fogo. Temos de o convencer do contrário

Indo agora para os audiovisuais, bom comecemos pelo mais fácil, o voice acting. É certo que a Daedalic é uma empresa alemã e apesar de haver a opção de ouvir o audio em alemão e usar legendas em inglês, sinceramente sempre joguei estes títulos da Daedalic com tudo em inglês, o que contraria a minha posição habitual: ouvir o jogo tal e qual os developers assim o queriam. Bom, em vários outros jogos da Daedalic, em especial os mais recentes, o voice acting em inglês tem sido bom, mas tanto no primeiro Edna & Harvey (o que se compreende visto ser um school project) como neste o voice acting inglês é muito inconstante. Algumas personagens até ficaram bem representadas, já outras (a infeliz maioria) ficaram horríveis. A música é agradável, tocando quase sempre de fundo e transmite bem as diferentes atmosferas. A narrativa no geral até que tem a sua graça, com um narrador intrometido e sempre a mandar piadolas, o jogo está cheio de humor negro e se tivesse sido lançado por um qualquer estúdio norte-americano mais conhecido certamente iriam ter alguns problemas, mas por mim está aprovadíssimo!

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Estas manchas roxas a serem pintadas por batatas gigantes são pormenores deliciosos.

A nível gráfico é uma história um pouco diferente. Este jogo segue a mesma identidade visual da sua prequela, com os cenários e personagens caracterizados de uma forma bastante bizarra, quase como se um cartoon marado da Nickelodeon se tratasse. Sinceramente não gostei assim muito desta estética, apesar de se adequar bem a todas as bizarrices que vemos no ecrã. Ainda assim, tudo o resto como a qualidade dos desenhos em si ou as suas animações estão muito melhores que na prequela.

Edna & Harvey: Harvey’s New Eyes pode não ser o melhor jogo de aventura do já extenso catálogo da Daedalic neste género, mas não posso dizer que não me tenha surpreendido em vários aspectos. A história está muito mais arrojada no humor negro, algumas pessoas podem-se sentir ofendidas em especial com o que Lilli faz “sem querer” aos colegas ao longo do primeiro capítulo, os plot twists finais dão novamente um ar da sua graça e todas as mecânicas dos bloqueios comportamentais por hipnose acho que foram ideias bem conseguidas. Só por isso, e se são fãs deste género de videojogos em particular, recomendo que dêm uma espreitadela a este.

Deep Duck Trouble (Sega Game Gear)

Deep Duck TroubleMais uma rapidinha, desta vez a um jogo clássico de plataformas da Disney que eu faço questão em um dia destes arranjá-lo para a Sega Master System. Deep Duck Trouble é mais um jogo de plataformas do Pato Donald produzido pela Sega, sendo um sucessor espiritual do também clássico Lucky Dime Caper, indo também buscar uma perninha aos DuckTales da NES, na minha opinião e mais à frente explico o porquê. Este cartucho foi comprado algures durante o mês de Janeiro de 2015 na Feira da Ladra em Lisboa, levei-o num bundle juntamente com outros jogos de GG incluindo o Tempo Jr e o Spider-Man já aqui analisados. Edit: Recentemente arranjei uma versão completa (embora em mau estado) por 10€.

Jogo com caixa e manual

A história deste jogo é simples, mais uma vez a ganância do Tio Patinhas meteu-o em trabalhos, pois na sua procura de mais tesouros para aumentar a sua já incalculável fortuna, encontrou um tesouro que o amaldiçoou, inchando-o de ar como um balão se tratasse. A solução? Encontrar as restantes peças do tesouro amaldiçoado e quebrar assim a maldição. Essa tarefa ficou invariavelmente para o pato do costume, o Donald, que nos levará através de vários cenários completamente distintos.

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Comer um pimento vermelho neste jogo tem as suas vantagens

A primeira semelhança com Ducktales está no facto de inicialmente podermos escolher a ordem pela qual queremos jogar cada nível, que por sua vez está dividido em diferentes actos. Donald pode atacar os inimigos de duas maneiras, ao saltar-lhes para cima como em 90% dos jogos de plataforma da época, ou dando pontapés em várias rochas quadradas espalhadas pelos níveis, que se forem pontapés certeiros, pode derrotar os inimigos que são atingidos. Em Ducktales o Patinhas faz o mesmo, embora com a sua bengala. Donald possui uma “barra de vida” composta por 3 hit-points, que pode ser regenerada ao encontrar comida em cestos que podem ser partidos pelos mesmos pontapés de Donald. Também podemos encontrar e comer pimentos picantes que fazem Donald correr que nem um maluco, derrotando qualquer inimigo e destruindo todas as pedras que lhe apareçam à frente, um pouco como acontece no Quackshot da Mega Drive.

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Debaixo d’água não conseguimos saltar em cima dos inimigos, mas dar pontapés nas caixas é OK!

Os níveis são variados entre si, tendo as habituais florestas, níveis sub-aquáticos onde a nossa mobilidade é um pouco mais limitada, mas ainda assim são níveis agradáveis, outros de gelo onde que faz com que estejamos constantemente a escorregar e claro, ruínas abandonadas para explorar. Os últimos níveis em particular são os mais difíceis, contrastando com o resto do jogo que é bem acessível. Aqui temos várias armadilhas que irão certamente apanhar os mais desprevenidos na primeira vez. Depois só cai quem quiser, mas mesmo assim é sempre bom termos um stock de vidas extra que podem com alguam facilidade ser acumuladas nos níveis anteriores. O último acto de cada nível coloca-nos sempre contra um boss, mas à excepção do último, que é um combate mais tradicional deste estilo de jogos, os restantes são apenas perseguições onde temos de fugir deles a todo o custo, até que chega uma altura em que eles se espetam contra alguma coisa e é aí que angariamos a peça do tesouro dessa área.

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De vez em quando lá temos uma pequena cutscene que nos conta a história

Graficamente é um jogo bastante colorido e com sprites bem detalhadas e animadas, especialmente a versão Master System com a sua resolução maior. A versão Game Gear peca como habitual na maior limitação do ecrã, mas mesmo assim está muito boa. As músicas são agradáveis e fazem o chip PSG de 1981 da herança da SG-100 safar-se muito bem, o que muitas vezes não acontece. Mas vindo da Aspect, o mesmo estúdio que nos trouxe boas versões 8bit de jogos do Sonic ou os Land/Legend of Illusion, afinal não me surpreende nada.

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As animações deste jogo estão óptimas!

Por estas razões acho este um jogo clássico de plataformas do hardware de 8bit da Sega, que apesar da sua simplicidade no level design, acaba por ser bastante agradável de se jogar, e no campo dos audiovisuais também se safa muito bem. Ainda assim, tal como referi no primeiro parágrafo deste texto, faço questão em um dia comprar este jogo na sua versão Master System em caixa, pois é um sistema que estimo mais do que a sua versão portátil.