Super Monaco G.P. II (Sega Mega Drive)

Super Monaco GP IITal como referi há algum tempo atrás na minha pequena análise à versão Sega Master System deste jogo, este Super Monaco G.P. teve uma supervisão do já falecido piloto de Fórmula-1 Ayrton Senna. Apesar de ainda estar longe do realismo de simuladores já existentes para PC, a sua participação na produção deste videojogo não deixa de ser um facto relevante. E este cartucho deu entrada na minha colecção algures durante o ano passado, tendo sido comprado em conjunto com uma Mega Drive, modelo 1. Não me recordo ao certo quanto custou mas foi barato. Update: Recentemente comprei um bundle na feira da Vandoma no Porto onde vieram 8 jogos de Mega Drive em caixa. Este Super Monaco G.P. II foi um deles.

Jogo com caixa
Jogo com caixa

Infelizmente, tal como as versões Master System e Game Gear (e isto eu não sabia quando escrevi esse artigo) esta versão 16-bit também não tem qualquer modo multiplayer, o que realmente não se percebe como a Sega foi capaz de não incluir nada do género num jogo de corridas que se previa ser um sucesso. Resta-nos então correr sozinhos em 3 diferentes modos de jogo. Tradicionalmente temos o campeonato do mundo de fórmula 1, onde corremos ao longo dos circuitos da temporada de 1991, contra construtores e pilotos inspirados em marcas e pessoas reais, como Firenze representar Ferrari e Madonna, McLaren, por exemplo. Aqui temos na mesma de fazer a qualificação para determinar a nossa posição no circuito e para além disso dispomos de 2 vertentes neste campeonato: o Beginner e Master. O primeiro tem uma dificuldade reduzida e permite-nos dar quantas voltas de aquecimento desejemos antes de cada corrida em si, já o Master coloca-nos no fundo da cadeia alimentar e vamos poder ir subindo na hierarquia de pilotos e construtores consoante a nossa performance ao longo do jogo.

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Os 3 modos de jogo existentes

Outro modo de jogo é o Senna GP. Aqui competimos directamente contra Ayrton Senna em 3 circuitos, um inspirado no seu circuito privado de São Paulo, os outros 2 em circuitos fictícios que foram desenhados pelo famoso piloto. Por fim temos o Practice que como o nome indica nos permite practicar livremente cada circuito. De resto, apesar de não ser um jogo tão realista como outros simuladores da época no PC, para mim o que interessa é a diversão e Super Monaco GP II é um jogo divertido e com boa jogabilidade. Ou era, visto já ser bastante desfasado.

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O jogo em si é bastante colorido e bem detalhado

Graficamente é um jogo bastante colorido e detalhado, dentro das possibilidades que um jogo 2D num sistema de 16bit possa apresentar. O HUD (Heads Up Display) está bastante detalhado, apresentando um gigante mostrador das rotações do motor, ideal para quem jogue com mudanças manuais, bem como um espelho retrovisor na parte de cima do ecrã, para além das habituais informações dos tempos e o mapa do circuito. As músicas sinceramente passaram-me um pouco ao lado, mas os efeitos sonoros parecem-me bons tendo em conta a capacidade da Mega Drive, e temos também clips de voz do Ayrton Senna para ir ouvindo.

Resumindo, Super Monaco G.P. II é mais um bom jogo de corridas de Fórmula 1 vindo por parte da Sega. O facto de ter tido o endorsment de Ayrton Senna terá certamente contribuído para o seu sucesso, mas não deixa de ser pena não existir qualquer vertente multiplayer.

Super Mario Kart Double Dash (Nintendo Gamecube)

MK DDApós uma breve análise a um clone foleiro de Mario Kart, é tempo de irmos para o real deal. Mario Kart Double Dash, lançado originalmente em 2003 para a Nintendo Gamecube é o único jogo da série nessa consola e apresenta um pormenor diferente de todos os outros: o facto de se partilhar um kart com 2 personagens ao mesmo tempo. Esta minha cópia do jogo foi adquirida algures no verão de 2013 na Cash Converters de Alfragide, custando-me 5€. É uma edição especial que traz o The Legend of Zelda Collector’s Edition, uma compilação dos Zeldas de NES e Nintendo 64, que saiu num bundle específico da Gamecube com o Mario Kart e essa compilação. Visto eu já ter a compilação Zelda em standalone, posso desde já afirmar que estou disposto a trocar esta minha versão deste jogo pelo Mario Kart DD normal mais um outro jogo de Gamecube incomum que me falte na colecção, como o Viewtiful Joe 2 ou o Pikmin 2, por exemplo. Claro que se preferirem incluir um Fire Emblem ou Paper Mario 2 também não me oponho!! Fico aberto a propostas.

Mario Kart Double Dash - Nintendo Gamecube
Jogo com caixa, manual, papelada e a compilação Zelda CE de bónus.

A ideia de ter 2 personagens por Kart consiste em ter uma a conduzir e a outra simplesmente a usar os items que vamos apanhando ao longo do circuito. Sinceramente não vejo grande vantagem nisso a não ser permitr jogar cooperativamente (2 jogadores por kart) em diversos modos de jogo. Talvez por isso tal ideia não tenha sido aproveitada novamente. De qualquer das formas, os modos de jogo são os típicos de um Mario Kart. Temos o Grand Prix, dividido em 3 classes de motores (50cc, 100cc e 150cc) que representam os níveis de dificuldade easy, normal e hard. Dentro de cada categoria temos vários tipos de campeonato com diferentes circuitos e dificuldade, a Mushroom Cup, Flower Cup e Star Cup. Posteriormente, à medida em que vamos vencendo os campeonatos nas diferentes modalidades, mais conteúdo será desbloqueado, desde novos karts, personagens, circuitos extra para outros modos de jogo, bem como a Special Cup, onde a mítica Rainbow Road se insere e um nível de dificuldade acrescido, o Mirror Mode, permitindo jogar todas as Cups com os circuitos espelhados. E ainda conseguimos ter a All-Cup Tour, que consiste em jogar os 16 circuitos de todas as Cups de uma só assentada. Conteúdo desbloqueável é o que não falta neste jogo.

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Mais uma vez os power slides a serem a chave para as curvas apertadas

Para além do Grand Prix, temos ainda o Time Trial, um modo de jogo exclusivo para single player, que como o próprio nome indica consiste em obter o melhor tempo possível num determinado circuito. Depois temos os Versus e Battle, que são mais focados na jogatana multiplayer, algo que a Nintendo sempre fez muito bem com esta série. O versus dispensa apresentações, é um modo de jogo em que podemos correr competitivamente e/ou cooperativamente (usando 2 jogadores por kart) até 4 jogadores e o objectivo é chegar ao final em primeiro lugar. Claro que aqui o uso de itens como as shells torna-se cada vez mais caótico ao ponto de até destruir amizades ou partir para a porrada (ok isto foi exagerado). O modo Battle divide-se em 3 vertentes: Shine Thief, Balloon Battle e Bob-omb Blast. Os dois últimos são uma espécie de deathmatch sobre rodas, deathmatch à Nintendo, diga-se. No dos balões, cada Kart possui vários balões acoplados e o objectivo é rebentar (ou roubar) os balões dos adversários, já no outro, o objectivo é mesmo destruir os adversários atirando-lhes com bombas. O Shine Thief é uma espécie de Capture the flag sem bases, o objectivo é apanhar uma estrela e mantê-la na sua posse o máximo possível. Neste modo os circuitos são pensados como arenas e um deles até é uma Gamecube gigante! De resto contem com circuitos bem doidos como de costume, com vários obstáculos pela frente como buracos, outros abismos nas bermas do circuito, bolas de fogo a voarem por todo o lado, blocos de gelo que nos congelam por uns segundos e por aí fora. A jogabilidade no geral é óptima e se perdemos uma corrida apenas nos podemos culpar a nós próprios (e o #%$#& que usou uma blue shell nos últimos instantes).

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Como é de esperar, os gráficos são bastante coloridos e os circuitos bem diversificados

Convém também referir que este é dos poucos jogos da Nintendo que dão uso de forma oficial ao Broadband Adaptor, permitindo jogar multiplayer em LAN, para um total de até 8 jogadores em simultâneo, sendo para isso necessário ligar as Gamecube a um HUB, ou 2 gamecubes com 4 jogadores cada simplesmente ligadas com um cabo RJ-45 cruzado. Este é um dos pouquíssimos jogos da Nintendo que o permitem nesta consola, a par do Kirby Air Ride e 1080º Avalanche. É uma pena que apesar de a Nintendo ter lançado oficialmente junto com a consola um modem e um adaptador BBA, não tenha dado a mínima atenção ao online, enquanto que na Dreamcast já tinha sido uma grande aposta, a Xbox também apostou em força e a Sony não se deixou ficar propriamente parada. Os típicos jogos da Nintendo sempre tiveram um multiplayer muito forte e teriam tudo para dar certo com o online, mas a Nintendo ainda hoje não acertou bem a coisa. É verdade que existe software que emula uma ligação LAN pela internet, permitindo jogar estes jogos de uma forma verdadeiramente online, mas teria sido muito melhor se fosse algo oficial.

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Existem aqui alguns items especiais que apenas podem ser utilizados por certos pares, como Mario e Luigi neste caso

Mas entrando nos detalhes do audiovisual, devo dizer que este é um jogo bastante colorido como habitual, e bem detalhado dentro do que a consola é capaz de fazer. Contem com vários circuitos temáticos, muitas vezes alusivos às personagens do jogo. Coisas como vários locais familiares do Mushroom Kingdom ou as selvas do Donkey Kong estão aqui presentes. As músicas são também bastante variadas nos seus géneros musicais e agradáveis ao ouvido, como seria de esperar. Os efeitos sonoros são OK, nada de especial e esperem pelas típicas vozes fininhas das personagens da Nintendo.

Mario Kart Double Dash, apesar de possuir esta estranha mecânica de jogo com 2 personagens a partilharem o mesmo Kart, não deixa de ser um jogo muito divertido de se jogar e com uma vertente multiplayer muito forte, algo que é imagem de marca da série logo desde o primeiro jogo na Super Nintendo.

Halloween Racer (Nintendo Gameboy Color)

Halloween RacerIndo agora para mais uma rapidinha que infelizmente o tempo também não dá para muito mais. Long story short, este é um budget title que tenta imitar o Mario Kart, mas com a temática de Halloween, onde cada personagem/corredor é um monstro/bruxa/etc e os circuitos e música são igualmente obscuros. Infelizmente o resultado final não é o melhor. E este jogo entrou na minha colecção há alguns anos atrás, na verdade era um jogo da minha irmã que foi trocado por uns livros meus.

Halloween Racer - Nintendo Gameboy Color
Jogo completo com caixa, manual e papelada

Tal como referi acima, a jogabilidade vai notoriamente buscar influências aos Super Mario Karts, mas infelizmente a sua execução não é a melhor.  Dispomos de 2 modos de jogo, um campeonato, cujo pode ser jogado em vários graus de dificuldade e um outro “Practice” para conhecer e treinar os circuitos. Inicialmente dispomos de 3 personagens a escolher e depois partimos para as corridas. Ao longo dos circuitos vamos vendo vários objectos. Uns como os raios dão-nos um boost extra de velocidade, se bem que apenas temporariamente, outros servem apenas para nos atrapalhar, como pequenos tornados que nos atiram fora dos circuitos ou teias de aranha que nos abrandam. Já outros itens dão-nos apenas mais pontos. Essencialmente Halloween Racer é isto, com outros circuitos a serem desbloqueados se conseguirmos chegar em primeiro lugar no circuito actual.

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Temos também um countdown ao longo da corrida. Se chegar a zero, as consequências são previsíveis.

Graficamente não há muito a apontar, a não ser dizer que é um jogo medíocre. Para ser sincero, nunca fui um grande fã da Gameboy Color, acho mesmo que as suas capacidades a nível gráfico sempre ficaram um pouco atrás da própria Game Gear que tinha saído no início da década de 90. É óbvio que há excepções, mas no geral sempre achei os jogos de GG mais coloridos. E estes são bastante deprimentes devido a serem bastante escuros, mas afinal este é um jogo de Halloween. As músicas também têm melodias mais “spooky” alusivas a essa quadra festiva, mas são dispensáveis e os efeitos sonoros também não são nada por aí além. Em suma este é um low-budget title, e apesar de não ser o pior jogo de sempre também não é nada de memorável. Daqueles que só recomendo mesmo aos mais ávidos coleccionadores de Gameboy, ou caso venha junto em algum bundle com algo melhor. Ah, e o jogo tem também a língua portuguesa como seleccionável, para quem se puder interessar por isso.

Soldier of Fortune II Double Helix (PC)

SoF IIContinuando com os jogos de PC, a análise que trarei cá hoje será sobre o segundo jogo da série Soldier of Fortune, nomeadamente o Soldier of Fortune II: Double Helix. Mantendo a violência extrema do primeiro jogo, na medida em que podemos disparar sob várias partes do corpo, com diferentes reacções e consequências, mediante a distância e arma escolhida, mas a jogabilidade passou a ser um pouco mais séria e táctica. Onde antes poderíamos ter uma jogabilidade à “Rambo” em certos momentos, aqui teremos de ter muito mais cuidado com cada passo dado. E este jogo entrou na minha colecção algures durante este ano, após ter sido comprado por 1€ na feira da Ladra em Lisboa.

Soldier of Fortune II - PC
Jogo completo com 2 discos, caixa e manual

Mais uma vez tomamos o papel de John Mullins, um veterano de guerra do Vietname que posteriormente virou mercenário, trabalhando para a misteriosa organização “The Shop” cujo objectivo consiste em combater organizações terroristas espalhadas pelo mundo. Uma das coisas que eu não sabia é que John Mullins é uma personagem real, tendo sido militar no Vietname e posteriormente ter fundado a sua própria organização de mercenários, bem como ter servido de conselheiro nestes dois jogos da série. Mas voltando ao mundo fantasioso, aqui começamos a aventura (após um flashback na europa de leste em tempo de guerra fria, com um John Mullins sem bigode) em plena selva colombiana, onde uma remota aldeia foi misteriosamente erradicada com um surto viral. Depressa vamos chegar à conclusão que isso não foi um mero acaso, mas sim obra de mais um grupo terrorista, desta vez chamado de Prometheus e que se encontra a desenvolver um poderoso vírus, com o qual desejam posteriormente utilizá-lo em actos terroristas de forma a angariar muito dinheiro por parte dos governos. A história não se fica só por aí, vamos ter algumas reviravoltas e muitas conspirações à mistura, mas deixo isso para quem for jogar.

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Desde o velhinho Shadow Warrior que não me divertia tanto a disparar com duas Uzis

A primeira coisa que nos deparamos é que neste jogo os tiroteios são bem mais fatais, exigindo da nossa parte uma jogabilidade mais furtiva e cuidada. Isto porque apesar de todo o “realismo” do primeiro jogo, ainda nos podíamos dar ao luxo, pelo menos em certas partes, de ter uma abordagem bem mais à “rambo”, disparando para tudo o que se mexa enquanto corremos que nem uns doidos. Aqui isso não é possível, pois os inimigos para além de serem bem numerosos por vezes, não se importam nada de nos mandarem com granadas ou de nos rodearem. Por outro lado, os NPCs inocentes que no primeiro jogo eram abundantes e teríamos cuidados adicionais para não os matar, caso contrário era um game over, aqui existem na mesma, mas num número muito menor. Outra diferença considerável face ao primeiro jogo está nas armas. Onde antes chegavamos a ter algumas armas high-tech completamente fictícias, aqui todas elas são inspiradas em modelos reais, incluindo a arma high-tech e multifunções OICW. Também como o anterior podemos ir escolhendo o nosso load-out de armas e items a levar, e enquanto o arsenal é vasto, mais uma vez não podemos carregar com tudo. Ainda assim pareceu-me ser um limite mais generoso.

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Vamos tendo um arsenal bastante vasto à nossa disposição

Em relação ao foco maior numa jogabilidade furtiva, existem de facto missões em que a mesma jogabilidade é fortemente encorajada, ou mesmo obrigatória, tal como numa das primeiras missões em que jogamos. Infelizmente essa implementação não é a melhor, pois uma vez soado o alarme (e basta para isso um dos inimigos nos ver, mesmo que uns micro-segundos depois lhe enfiemos uma bala na testa), é impossível desligá-lo, deitando abaixo por completo a nossa abordagem furtiva e em alguns casos até se torna muito difícil progredir no jogo. De resto, para além da campanha single player que é maiorzinha que a do primeiro jogo, temos um”random mission generator” que sinceramente não experimentei e várias vertentes de multiplayer. Destas temos, para além do Capture the Flag e variantes de Deathmatch (como a Elimination onde as mortes são permanentes por round), temos também o modo Infiltration, onde uma equipa tem de proteger uma pasta a todo o custo e a outra terá de a roubar e levar a um determinado extraction point no mapa. A versão Gold deste jogo trouxe ainda o Demolition, mas como a minha versão é a normal, não me alongo nesse assunto.

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As cutscenes utilizam o próprio motor gráfico do jogo.

Graficamente o jogo é francamente superior ao anterior, quanto mais não seja por utilizar a engine id Tech3 do Quake III Arena – mais uma vez a Raven a utilizar os motores gráficos de John Carmack. No entanto, também não é o melhor dos jogos para se correr em computadores modernos. Pelo menos no meu caso, não reconhecia resoluções widescreen, nem 4:3 maiores que 1400×1200, pelo que tive de o jogar com uma resolução algo baixa. De resto, os modelos dos inimigos estão bem detalhados e apesar de não ter visto tripas de fora desta vez, o gore continua presente e desmembramentos com shotguns continuam a ser possíveis. Os cenários são mais uma vez bastante variados, com níveis em selvas, pequenas aldeias, outros urbanos como os mercados de Hong Kong, ou as típicas bases militares espalhadas por vários locais no mundo. A música sinceramente passou-me despercebida, mas o voice acting pareceu-me convincente, assim como os efeitos sonoros no geral.

Para fechar o artigo, Soldier of Fortune II parece-me um jogo superior ao seu antecessor a todos os níveis, apesar de continuar a não ser perfeito. As secções de infiltração poderiam ser melhor trabalhadas e os controlos por defeito não me agradam de todo, mas esses podem ser livremente customizados, tal como qualquer jogo de PC digno dessa categoria. Se gostam de FPS com temas militares, certamente irão apreciar este Soldier of Fortune.

Battlestations: Midway (PC)

De volta para os jogos com a temática da Segunda Guerra Mundial para mais uma rapidinha no PC. Battlestations Midway é um misto de shooter/estratégia em tempo real, na medida em que tanto podemos controlar um veículo directamente, bem como comandar outros que estejam à nossa disposição para atacarem ou se moverem para locais específicos, um pouco como é feito no Battallion Wars, mas para além de ser com um tom mais sério, as batalhas são todas em pleno Oceano Pacífico. E este jogo entrou na minha conta steam após ter sido comprado num recente Humble Bundle com jogos da Eidos, digo, Square-Enix, a um preço muito convidativo.

Battlestations MidwayO jogo coloca-nos principalmente no papel de Henry Walker, um marinheiro com aspirações a subir tanto na carreira militar como o seu pai, bem como com o seu amigo Donald Locklear, um piloto exímio. E tal como deve dar para adivinhar pelo nome, as batalhas que vamos travando decorrem no teatro de guerra do Oceano Pacífico, começando pela batalha de Pearl Harbour e culminando na de Midway, que serviu como ponto de viragem para os Norte-Americanos e o seu confronto com as forças Imperiais Japonesas.

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Inicialmente começamos o jogo com um barquinho de brincar destes

Inicialmente controlamos apenas um pequeno PT Boat para defender Pearl Harbour dos aviões nipónicos, mas à medida que vamos progredindo no jogo e também subindo na carreira militar, acabamos por ter ao nosso dispor um enorme batalhão naval, incluindo um porta-aviões com os seus caças e bombardeiros. Nessas batalhas maiores, o ideal é mesmo ir ao mapa e comandar directamente as rotas o os alvos a abater de todas as nossas unidades, mas como isso para mim sempre foi algo chato, nada nos impede de assumir o controlo de um submarino e disparar torpedos para cruzeiros inimigos, usar a artilharia antiaérea dos nossos navios, ou porque não controlar mesmo os nossos aviões para abater outros aviões inimigos, ou fazer os míticos voos picados sobre os navios inimigos e deixar-lhes um presente explosivo? Essa é a vertente do jogo que gostei, já o resto, não é mesmo a minha praia. Para além da campanha single player com as suas 11 missões, o jogo possui ainda uma vertente multiplayer que sinceramente nem testei, bem como os “Challenges”. Estes são uma série de desafios, pequenas missões com um grau de dificuldade mais elevado e que se dividem em missões de navios, submarinos ou aviões.

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Highway to the Danger Zone…

Graficamente é um jogo competente, com gráficos detalhados e um look muito clean, se calhar até demais para o meu gosto. Isto porque por vezes não parece que estamos num cenário de guerra, mas talvez seja a calma dos oceanos e céus azuis que nos trazem essa ilusão. Entre cada missão vamos vendo algumas cutscenes que estão bem feitas, mas o voice acting é um bocadinho mau e os diálogos são para esquecer. Mas isso é um mal menor. Os efeitos sonoros são bons e a música é o tradicional em jogos deste género: épica e orquestral.

No fim de contas este Battlestations Midway para mim não foi um jogo que me encheu as medidas, muito por causa de toda a componente estratégica que é algo que eu nunca fui grande fã, mas também por o foco do jogo serem as batalhas navais, algo que também nunca me encheu as medidas. Mas não posso dizer que seja um mau jogo e certamente terá algo que agrade tanto a entusiastas de jogos da Segunda Guerra Mundial como a fãs de estratégia em tempo real.