Die Hard Vendetta (Nintendo Gamecube)

Die Hard VendettaVoltando à consola cúbica da Nintendo, para um jogo que passou despercebido a muita gente (e com razão), apesar de ter saído originalmente como exclusivo para a plataforma da Nintendo. Die Hard Vendetta é mais um jogo que pega na conhecida franchise do cinema de John McClane e o seu temperamento difícil. Desenvolvido pela malta da Bits Studious, Die Hard Vendetta é um FPS pouco polido, algo normal no início de vida de uma plataforma, principalmente em produtos de third parties. No entanto ainda tinham alguns elementos de jogabilidade interessantes, como irei referir em seguida. Sinceramente já não me recordo ao certo quando este jogo veio parar à minha colecção. Sei que foi comprado a um particular através de um fórum, e custou-me 5€. O jogo está em óptimo estado, o único senão é o mesmo vir numa caixa normal de DVD ao invés de uma caixa própria da Gamecube.

Die Hard Vendetta - Nintendo Gamecube

Jogo completo com caixa, manual e papelada

Die Hard Vendetta decorre alguns anos após os acontecimentos do terceiro filme. John Mc Clane decide reformar-se e mudar-se novamente para Los Angeles, onde vê a sua filha tornar-se polícia e seguir as pisadas do pai. A história começa com John McClane sentado confortavelmente no seu sofá a ver o noticiário, mais precisamente uma reportagem de uma importante exposição de arte no museu Townsend, onde a sua filha Lucy estava também presente em serviço. Ora essa mesma exposição acabou por ser tomada de assalto por Piet Gruber, filho de Hans Gruber, o mau da fita no primeiro filme. O resto não é muito difícil de adivinhar, John McClane entra mais uma vez em acção para limpar o sebo a uns quantos bandidos e salvar a sua filha, pois Piet Gruber engendrou um esquema para se vingar de McClane e espalhar o caos na cidade.

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O jogo tem uma espécie de “iron sights” com maior precisão

Os controlos são os típicos de um FPS algo primitivo naquela geração de consolas. Infelizmente os mesmos não são os melhores para se movimentar e disparar, devido à sensibilidade do C-stick. Porém existe uma opção de utilizar um auto-aim que ajuda nos momentos mais caóticos, embora torne o jogo muito mais fácil. Um aspecto interessante é o facto de McClane ser esquerdino e isso se reflectir no jogo, onde podemos mudar as armas da mão direita para a esquerda. Ainda assim é possível utilizar 2 armas em conjunto, como 2 revólveres ou 2 Uzis. Devo dizer que acho piada à animação que implementaram sempre que se recarregam os revólveres, mas para poupar tempo basta trocar de arma que elas se recarregam automaticamente (isto não funciona com todas as armas, como o lança rockets, por exemplo). Uns aspectos muito interessantes que implementaram na jogabilidade são os elementos stealth e de situações com reféns. É possível surpreender os inimigos pelas suas costas, apontando-lhes uma arma à cabeça, onde os podemos matar silenciosamente, ou fazer com que se rendam. Por vezes existem situações com reféns que devem ser ultrapassadas desta forma, ao utilizar um inimigo como refém e obrigar os restantes inimigos a se desarmarem e renderem-se. Isto nem sempre resulta, convém sempre utilizar um inimigo com alguma importância, se for um “soldado raso”, não temos sorte. O jogo também emprega um mecanismo de cenas em slow-motion, algo como era feito no Max Payne e que estava na “moda” por aquelas alturas. Infelizmente não está incluido nenhum modo multiplayer, como muitos FPS de então introduziam.

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Exemplo de como utilizar um inimigo como refém

Graficamente é um jogo muito pouco polido, o que infelizmente era relativamente normal em jogos de third parties para a Gamecube, nos tempos de 2002. Os níveis são simples, pouco detalhados e com texturas igualmente pobres. As personagens principais ainda estão relativamente bem modeladas, já os inimigos nem por isso e o facto de se repetirem constantemente não ajuda nada. O jogo tem o detalhe de marcar as paredes crivadas por balas, mas o Duke Nukem 3D fazia isso em 1996 da mesma forma. A música passou-me completamente ao lado (detalhe musical interessante nas cenas em slow-motion – Beethoven FTW), mas o voice acting não está mau de todo. Apesar de não ser o Bruce Willis a dar a voz de John McClane, o seu carácter sarcástico e vernáculo repleto de profanidades está lá, bem como o actor Reggie VelJohnson volta a dar a voz do Al Powell. Infelizmente as restantes personagens já têm um voice acting mais pobre, mas não se pode pedir tudo…

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Graficamente o jogo não é nada de especial

Este é um jogo que recomendo apenas aos fãs acérrimos de FPS e dos filmes Die Hard (apesar de existir também o jogo para PC – Nakatomi Plaza), pois é ainda um jogo pouco polido e com alguns problemas nos controlos. Contudo há que dar o mérito aos desenvolvedores por terem implementado um interessante sistema de stealth e negociação de reféns. Ainda assim, para quem for mais exigente, a Gamecube possui FPS melhores.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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