Broken Sword: Shadow of the Templars Director’s Cut (PC)

Nunca perdi muito tempo com aventuras gráficas, apesar de achar que geralmente possuem histórias bastante interessantes e com personagens bem carismáticas. Uma das recordações que tenho deste Broken Sword é de ver o saudoso Templo dos Jogos a mostrar a cutscene onde um indivíduo vestido de palhaço explode um pequeno café em Paris onde o protagonista do jogo se encontrava. Lembro-me de ficar bastante impressionado com as animações do jogo na altura. Fiquei então com o bichinho atrás da orelha em um dia jogar este jogo, até que vi o conjunto dos 3 primeiros jogos à venda numa mega promoção da Steam, com um preço menor que 2€. Não me arrependo nada da pechincha.

Broken Sword Shadow of the DragonEsta versão é uma Director’s Cut, que tinha sido lançada originalmente para Wii e DS em 2009, tendo saído para PC no ano seguinte. Inclui alguns segmentos novos, precisamente uma sub-aventura protagonizada por Nicole Collard antes e durante os acontecimentos do jogo original. O jogo começa então com a jovem jornalista Nicole prestes a entrevistar uma importante personalidade francesa que teve algumas ligações misteriosas com o seu pai. Um pouco antes de a entrevista em si começar essa pessoa é assassinada por alguém mascarado, e Nicole começa então a investigar o motivo do assassinato. Algum tempo depois a narrativa passa para a personagem principal George Stobbart, um detective americano que se encontrava a passar férias tranquilamente em Paris, refastelado num cafézinho a apreciar uma empregada jeitosa. Até que surge alguém mascarado de palhaço com uma concertina, deixa a concertina no café, vai-se embora e o café explode, matando um idoso que por lá andava. Havendo ligação entre os 2 assassinatos, a George e Nicole juntam-se para resolverem o mistério por detrás da coisa. Como já devem ter adivinhado pelo subtítulo, a história envolve o misticismo dos Templários.

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ODEIO profundamente puzzles deste tipo

A jogabilidade é a normal de um jogo de aventura point and click. Com o rato vamos clicando em vários pontos do cenário, movendo a personagem e interagir com outros objectos e pessoas. Existem vários puzzles pelo meio que exigem alguma interação entre objectos específicos e o cenário, conversar com pessoas chave da maneira correcta, ou mesmo resolvendo puzzles literalmente. Nos primeiros momentos do jogo temos de resolver um duplo puzzle daqueles de arrastar painéis dentro de um quadrado, coisa que eu sempre abominei. Infelizmente neste Director’s Cut é impossível George morrer ao interagir com o cenário ou outras personagens. As “death scenes” eram bastante comuns nos jogos de aventura e isso foi removido neste Director’s Cut.

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Esta é a interface de diálogo. Em cima são os assuntos sobre os quais podemos falar, em baixo o inventário que temos disponível no momento.

Nota-se uma dualidade na apresentação audiovisual. Nas partes novas do jogo com a Nicole como protagonista, os gráficos estão muito bem definidos, com os desenhos a assumir um estilo mais moderno de banda desenhada europeia. No resto do jogo o artwork original e respectivas cutscenes foram mantidos, notando-se uma diferença notável no estilo do desenho. O Director’s Cut possui também uns quadradinhos com o retrato das personagens que vão falando, e embora os retratos sejam estáticos, vão alterando ligeiramente as expressões faciais mediante o discurso. E isto leva-me ao que mais gostei neste Broken Sword, o voice acting. Apesar de Nicole ter  sido gravada por duas actrizes diferentes, o voice acting no geral é soberbo, assim como os diálogos. Nota-se bem que o jogo foi produzido por um estúdio de origem britânica pelo humor que empregam. Os diferentes sotaques das personagens que vamos encontrando nos diferentes países que visitamos está fantástico, assim como a maneira que representaram diversos esteriótipos. As personagens possuem imenso carisma, e eu bem que perdi todo o tempo do mundo a experimentar todas as opções de diálogo, mesmo as mais estapafúrdias só para ver a reacção que obtinha. Infelizmente é também bastante notória a diferença de qualidade entre o material áudio novo e o antigo. A música é no geral também é de elevada qualidade, com uma toada bem mais ambiental, de acordo com os diferentes locais em que estejamos.

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George e Nicole, juntos pela primeira vez. Os retratos na parte superior do ecrã são algo novo neste Director’s Cut, a arte é mais moderna.

Tendo em conta que neste momento o jogo está para venda no Steam por cerca de 80 cêntimos, e os 3 primeiros jogos por 1 euro e pico, acho que são preços excelentes para jogar uma dos mais bem conceituados jogos de aventura europeus.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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2 respostas a Broken Sword: Shadow of the Templars Director’s Cut (PC)

  1. Aahh, por acaso também ando a jogá-lo pela primeira vez (e também odiei esse puzzle, claro :P).
    Já ouviste falar do Broken Sword 2.5?

    Ah, e, claro, boas festas 😛 e que venham muitos mais jogos, especialmente a esse preço.

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