Continuando pelas rapidinhas, trago cá agora a versão da Nintendo GameBoy da adaptação do filme Batman Forever e, tal como a versão Mega Drive, é bastante decepcionante. O meu exemplar veio da feira da Vandoma no Porto, algures em Maio, vindo no meio de um bundle que me trouxe 22 cartuchos por 20€.
Apenas cartucho
Sumarizando bastante, esta versão é mázinha. O layout dos níveis está mais simplificado e não temos aquele elemento de puzzle ocasional que víamos na versões de 16bit, mas a jogabilidade em si ainda me parece desnecessariamente complicada, até porque temos apenas 2 botões faciais, para tantos movimentos diferentes. E não haver um manual online deste jogo também me dificultou a vida!
Gráficos digitalizados e portáteis 8bit monocromáticas não combinam.
A nível gráfico, como podem adivinhar é um jogo extremamente simples. Os níveis parecem também ser digitalizados, mas numa consola como a Gameboy isso não faz muito sentido! Os Donkey Kong Lands chegam lá perto, mas continuo a achar que esta não é uma consola para gráficos digitalizados. Assim sendo, temos cenários muito vazios e desprovidos de vida! Já as músicas gostei mais do que na versão Mega Drive.
Continuando pelas rapidinhas, o jogo que cá trago hoje é mais uma adaptação de filme para videojogos que acabou por não correr lá muito bem. Estou a falar então da adaptação do Batman Forever, desenvolvida pela Probe Entertainment, os mesmos que converteram Mortal Kombat para as consolas da Sega. E tal como Mortal Kombat, entraram numa de digitalização de cenários e personagens do próprio filme, o que no caso da Mega Drive não correu lá muito bem. O meu exemplar é apenas um cartucho, tendo sido comprado na feira da Vandoma no Porto por 2.5€ algures em Julho. Edit: Em Agosto ofereceram-me uma caixa e manual PT.
Jogo com caixa e manual PT
O jogo segue a história do filme, onde Batman vê-se a lutar contra os vilões Two-Face e Riddler (no filme interpretado por Jim Carrey) de forma a salvar a cidade de Gotham de mais um plano maquiavélico. Aqui temos 2 modos de jogo distintos, e cada um permite multiplayer para 2 jogadores. Um deles é o Training Mode, que consiste basicamente num simulador de um jogo de luta de 1 contra 1. O outro é o modo principal que também pode ser jogado com um amigo, quer de forma cooperativa, quer competitiva (embora a única diferença seja mesmo o friendly fire e a separação de pools de créditos de cada jogador).
Infelizmente a qualidade dos cenários na Mega Drive fica muito aquém das expectativas, devido à reduzida paleta de cores do sistema.
O maior problema deste jogo é a sua jogbilidade. A jogabilidade de Mortal Kombat é a que tenta ser emulada, com o jogo a permitir a utilização de comandos de 6 botões para simplficiar a distinção entre socos altos e baixos, pontapés altos e baixos, entre outros. Infelizmente a implementação dos controlos é que deixa bastante a desejar, pois controlar o Batman é desnecessariamente complicado. Antes de cada nível temos o direito de escolher quais os gadjets opcionais queremos carregar, e apesar de existir uma grande variedade de gadgets, na verdade muitos deles acabam por fazer a mesma coisa. E cada gadjet tem uma combinação própria de botões para ser usado, parece que temos de fazer um hadouken cada vez que temos de usar um batarang, por exemplo. Não faz sentido, muito menos num híbrido de beat ‘em up e plataformas. Depois também temos uma série de blueprints escondidas em salas secretas ao longo dos 8 níveis, que poderão desbloquear Gadgets diferentes, quer para Batman, quer para Robin.
Antes de começar cada nível temos uma breve introdução ao que é esperado que façamos
No que diz respeito ao grafismo, a Acclaim apostou em sprites e cenários digitalizados para dar um look mais realista vindo do filme. Mas infelizmente o resultado final também deixa muito a desejar, com os cenários a serem demasiado simples, pouco detalhados e sinceramente, muitas vezes são apenas um aglomerado de cores escuras, sem vida. As sprites também poderiam ter mais detalhe, mas os inimigos também variam muito pouco, nem sequer existem palette swaps. Nesse campo, a versão SNES é superior. As músicas também não ficam na memória.
Portanto o Batman Forever na Mega Drive é um jogo que deixa muito a desejar. Apesar de ter tido algumas boas ideias, a sua execução como um todo acaba por não satisfazer. A versão SNES e PC parecem pelo menos serem melhores graficamente, mas tenho sérias dúvidas que a nível de mecânicas de jogo sejam também superiores.
Continuando pelas rapidinhas de jogos desportivos na Game Boy, o jogo que cá trago agora é a primeira iteração da série FIFA da Electronic Arts. Tal como no jogo anterior, este também veio num bundle de 22 cartuchos de Gameboy comprado no mês anterior na Feira da Vandoma do Porto por 20€. Mas ao contrário do Baseball, este já é um desporto que conheço bem!
Apenas cartucho
Ao contrário dos outros jogos de futebol que existiam na Gameboy até ao lançamento deste primeiro FIFA, este é um jogo que preza mais pelo realismo do que numa jogabilidade puramente arcade. Mas numa portátil bastante restrita como a Gameboy isso pode não ser uma boa ideia. Mas já lá vamos. Aqui vamos tendo vários modos de jogo, desde as partidas amigáveis, passando por campeonatos, torneios como a taça do mundo ou outros meramente por playoffs. Existem várias opções que poderemos customizar, como activar a fatiga dos jogadores, que nos obriga a ter uma maior atenção às substituições que poderemos fazer ao longo das partidas. Ou então decidir as condições meteorológicas ou se queremos um relvado natural ou sintético. Supostamente terá influência na jogabilidade, mas não notei grandes diferenças assim.
Surpreendentemente é um jogo bem colorido na Super Game Boy
Apesar de ser um jogo com uma grande variedade e leque de opções, como tem sido habitual nos jogos desportivos da Electronic Arts, o problema está na jogabilidade. Para além da acção ser lenta e as sprites apresentarem muito flickering (já o Soccer sofria desse mal!), os controlos também não são os melhores, nem a inteligência artificial. Os passes saem ao lado e correr com a bola é uma miragem, pois este é daqueles jogos que nos obrigam a correr em linha com a bola, caso contrário ela fica para trás, muito provavelmente para ser recuperada por algum jogador da equipa adversária, porque os jogadores da nossa equipa também parece que não se sabem posicionar…
Graficamente os FIFAs clássicos foram jogos que ficaram conhecidos também pela adopção de uma perspectiva isométrica que melhor simulava o 3D e aqui na Game Boy a mesma é também usada. No entanto o preço é alto, com bastante sprite flickering e pouco detalhe nos jogadores, bem como a bola que é minúscula. É também um jogo com suporte ao acessório da Super Game Boy, ganhando logo muito mais cor e uma nova vida. A nível de audio não tenho nada de relevante a comentar. As músicas são minimamente competentes, podendo ser configuradas para se ouvirem apenas durante os menus ou também durante as partidas, e os efeitos sonoros infelizmente também ficam muito aquém das minhas expectativas. É uma pena! E ainda faltaram um aninhos até o ISS sair na Gameboy…
O próximo dos artigos super-rápidos por serem sobre conversões idênticas a jogos que já tenha analisado, desta vez trouxe a versão Game Gear do primeiro Mortal Kombat. Como estariam à espera, esta versão é muito idêntica à da Master System, o que por si só não é muito abonatório ao seu favor. Tal como a versão SMS, aqui também faltam lutadores, nomeadamente o Kano e o Reptile. Algumas das arenas também foram cortadas e a jogabilidade não é tão boa. A grande diferença está uma vez mais na menor resolução do ecrã da Game Gear.
Apenas cartucho
O meu exemplar veio também da Feira da Vandoma no Porto, num bundle em que comprei a consola mais uns quantos jogos por 10€. Para mais informações sobre esta adaptação do primeiro Mortal Kombat, recomendo passar pelo artigo da Master System.
Daffy Duck in Hollywood foi um jogo de plataformas que eu joguei bastante quando era mais novo, mas para a Mega Drive. Apesar de saber que existia também uma versão 8bit para a Master System e Game Gear, nunca me tinha dado ao trabalho de a experimentar. Mas eventualmente lá me apareceu a oportunidade de comprar este cartucho baratinho para a Game Gear, numa cash converters há uns meses atrás, e cá estamos para mais uma rapidinha.
Apenas cartucho
Centrado no pobre pato dos Looney Tunes, aqui o objectivo é o de cumprir uma missão que Yosemite Sam, o pistoleiro, nos pede: que encontremos os seus 12 Golden Cartoon Awards, espalhados algures nos sets de “filmagens” de várias das animações de Daffy Duck que foram lançadas ao longo dos anos. Pensem numa espécie de Mickey Mania, mas com uma história um pouco mais idiota. E então lá teremos de tentar encontrar as 12 estátuas, que geralmente ficam escondidas atrás de passagens secretas não muito visíveis… se não as apanharmos todas lá teremos o mau final. Aliás, mesmo que as encontremos todas podemos ter ainda outro mau final, caso não tenhamos o jogo em Hard. Sim, este é um dos que nos obriga a terminar o jogo em Hard se quisermos ver o verdadeiro final.
Existem 6 zonas com 3 níveis cada. A ordem pela qual os jogamos é quase totalmente livre
De resto, é um jogo de plataformas normal para os padrões da época, pelo menos para uma conversão 8bit. Um botão para saltar e o outro para disparar a arma de bolas de sabão letais que Daffy Duck transporta. Ao longo dos níveis iremos descobrir uma série de power-ups que vão surgindo na forma de balões. Muitos dos itens apenas servem para aumentar a pontuação, mas há outros que nos aumentam o fire rate da arma, ou mesmo torná-la mais poderosa, ao inclusivamente disparar em 3 direcções em simultâneo. Existem também uns power ups que nos deixam com uma fada protectora a servir de escudo, permitindo assim sofrer dano 1 vez sem perdermos uma vida. Sem esse escudo andamos indefesos e a única que realmente me chateou neste jogo foram os projécteis vindos “do nada” que muitas vezes nos apanham completamente despercebidos.
Graficamente é um jogo normal, a versão Mega Drive é bastante superior neste aspecto, como seria de esperar. Ainda assim, apesar de ter alguns níveis interessantes como o mundo assombrado de Duxorcist, os ninjas de Assault and Peppered ou o mundo futurista de Duck Dodgers, acho que poderiam ser melhor detalhados, em especial os inimigos. As músicas não me deixam grandes recordações também.
Existem vários power ups para a noss arma que podemos encontrar
Em suma, Daffy Duck in Hollywood é um jogo de plataformas algo banal. Não é perfeito, tem algumas falhas, mas também não acho que seja propriamente um mau jogo. Mas com a possibilidade de jogar a versão Mega Drive, tecnicamente superior em todos os níveis, o apelo desta versão mais modesta não é muito.