O artigo de hoje é uma super rapidinha pois é uma versão practicamente idêntica de um jogo que eu já cá trouxe no passado, o Alien 3. Sendo a Game Gear essencialmente uma Master System portátil (se bem que com a capacidade de ter mais cores em simultâneo no ecrã, com a penalização de uma resolução inferior), é normal que os jogos que saiam nas duas plataformas sejam muito parecidos, senão mesmo iguais. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu por 10€ algures no mês passado.
Jogo com caixa e manual
Este jogo é uma “adaptação” do filme Alien 3, mas ao contrário do filme onde teríamos só uma dessas criaturas com que nos preocuparmos, aqui temos aliens às dezenas para combater. O objectivo é, em cada nível, resgatar uma série de prisioneiros e depois disso encontrar a saída do nível, tudo dentro de um tempo limite que até pode ser algo apertado dada a natureza labiríntica dos níveis. Teremos várias armas distintas com as quais os podemos combater, desde as pulse rifles, lança chamas, granadas, entre outros, cada qual com munição limitada. Os controlos são simples, com um botão para saltar, outro para disparar a arma actualmente seleccionada. Pressionando o botão 2 em simultâneo com a direcção baixo permite-nos ir rodando entre as armas disponíveis. Para além dos níveis normais, ocasionalmente teremos também alguns bosses para derrotar.
Mesma coisa que na Master System, mas com um ecrã mais reduzido
A versão Master System deste jogo já era bastante similar à versão Mega Drive, embora esta seja superior a nível audiovisual. Entre a versão Master System e esta da Game Gear o jogo é, creio eu, exactamente igual, excepto em duas particularidades. Uma é o facto de o ecrã e resolução ser mais reduzido na Game Gear o que não é bom visto a agilidade das criaturas que nos atacam. Com maior resolução horizontal na Master System temos um pouco mais de folga para reagir atempadamente. A outra diferença está no facto de a versão Master System ter um modo que permite multiplayer para 2 jogadores (embora cada um jogue à vez), o que não fazia muito sentido estar a trazer para esta versão portátil. De resto, bons gráficos e som, para um sistema 8bit, tal como já havia referido na versão MS.
Vamos voltar à Mega Drive para uma rapidinha a um jogo que nunca tinha jogado antes e nem fazia ideia que era adaptação de um filme do mesmo nome, The Pagemaster. Esta adaptação é então um jogo de plataformas ocidental com versões para a Mega Drive e Super Nintendo e tal como se espera de um jogo de plataformas ocidental desta geração, o que não faltam são itens para apanhar e coleccionar mas já lá vamos. O meu exemplar foi comprado numa Cex há umas semanas atrás por 15€.
Jogo com caixa e manual
Nunca vi o filme mas aparentemente conta a história de um rapaz de 10 anos que após entrar numa biblioteca mágica, é transportado para o mundo de vários livros. No entanto, neste jogo em particular, vamos ser levados a três mundos distintos apenas, o de terror, aventura e fantasia. No entanto, cada mundo possui mais de uma dezena níveis e por vezes até temos caminhos alternativos que nos levam a níveis diferentes, não sendo no entanto obrigatório jogá-los a todos para alcançar o final. O objectivo de cada nível é o de encontrar a sua saída (representada na forma de um livro), existindo por vezes múltiplas saídas que nos poderão levar a níveis secretos. Existem no entanto alguns níveis com objectivos distintos, como o de coleccionar um certo número de itens ou derrotar vários inimigos específicos. Se coleccionarmos todos os cartões de biblioteca, escondidos nalguns níveis específicos, desbloquearemos o final verdadeiro, que aviso já que não é nada do outro mundo.
Em cada mundo temos um mapa com os vários níveis que vamos desbloqueando, por vezes com caminhos alternativos e níveis secretos.
Os controlos são simples, com um botão para saltar (A ou C), com o botão B a ser utilizado para atacar se tivermos algum power up em específico, podendo também ser utilizado para atirar certos objectos que podemos também apanhar recorrendo ao direccional. A maior parte dos inimigos pode também ser derrotada se simplesmente saltarmos em cima deles, Mario style. Como referi acima, o que não faltam aqui são vários itens para coleccionar. As chaves, moedas ou ovos (mediante o mundo em que estamos) servem para nos dar vidas extra a cada 100 que apanhemos, de resto temos também os tais cartões de biblioteca para coleccionar se quisermos alcançar o final verdadeiro, vidas extra, capacetes que nos dão invencibilidade temporária, estátuas que nos desbloqueiam níveis de bónus ou outros itens que nos dão habilidades adicionais. Estes incluem sapatos que nos permitem saltar mais alto ou saltar entre paredes, uma gosma verde que nos permite caminhar pelos tectos com as nossas próprias mãos ou itens que nos dão ataques adicionais, como projécteis ou uma espada. Estes itens, para além das habilidades extra que nos dão, servem também de barra de vida, pois por cada dano que sofremos, perdemos um destes itens (podendo ainda recuperar alguns se formos rápidos). Naturalmente se formos atingidos e não tivermos nenhuns destes extras na nossa posse perdemos uma vida.
Se formos atingidos e tivermos algum power up equipado, perdemos um desses power ups mas geralmente poderemos conseguir apanhá-lo de volta se formos rápidos. Ilustrado acima vemos os sapatos mágicos a fugirem de nós.
O jogo tem portanto algumas ideias interessantes e mecânicas de jogo fora do comum, no entanto os seus controlos não são os melhores, pois por vezes temos de fazer alguns saltos de plataformas bem precisos e o controlo que temos sobre os saltos não são os melhores, assim como as mecânicas de detecção de colisões, pois por vezes saltar em cima dos inimigos resulta em dano causado em nós mesmos, o que no caso de não termos nenhum power up equipado traduz-se numa vida perdida.
Ilustrado acima vemos o tal power up que nos permite caminhar pelos tectos
A nível audiovisual o jogo até que é interessante, existindo por vezes alguns backgrounds bem detalhados e que bem utilizam as limitações de cor da própria Mega Drive. As sprites são, em regra geral, bem detalhadas e animadas, mas ocasionalmente confundem-nos e nem sempre é claro o que é um inimigo, o que é um power up, ou mesmo uma plataforma. O exemplo mais gritante disso mesmo são os livros, que tanto podem ser inimigos como plataformas especiais ou até as portas de saída do nível. Os níveis bónus são jogados numa perspectiva à lá Space Harrier que também está bem representada na Mega Drive. Já no que diz respeito ao som, sinceramente não achei nada de especial, nem a banda sonora, nem os efeitos de som.
Cada mundo tem uma temática diferente e o da aventura leva-nos ao tempo dos piratas
Portanto este Pagemaster é um jogo que até tem algumas ideias interessantes e no que diz respeito a adaptações de filmes para consolas, este nem é um mau jogo de todo. Mas também confesso que há ali algumas coisas que me deixaram um pouco irritado, pelo menos no início, até me habituar às suas peculiaridades. Existe também uma versão para a Super Nintendo que é muito idêntica a esta, com os níveis de bónus a utilizarem no entanto o mode 7.
Vamos a mais um breve artigo que infelizmente o tempo para jogar não tem sido muito nos últimos dias. Este The Flash é um jogo baseado no super herói mais rápido da DC Comics, o Flash. Confesso que conheço muito pouco da personagem nem sei quanta fama tinha nos anos 90, mas teve fama suficiente para a Probe ter desenvolvido um videojogo seu para a já velhinha Sega Master System, algures em 1993. Infelizmente não é um jogo tão bom quanto isso. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Maio por 10€.
Jogo com caixa e manual
Este é um jogo de acção/plataformas em 2D onde controlamos um super herói que como já referi acima é bem conhecido pela sua velocidade. Infelizmente os níveis que a Probe aqui colocou não são lá muito propícios a velocidade, pois o perigo espreita em cada esquina, sejam com inimigos, sejam com espinhos ou outros obstáculos que nos causam dano se lhes tocarmos. Infelizmente os saltos também são bastante escorregadios, o que também não ajuda muito. Os controlos são relativamente simples com o d-pad a movimentar a personagem e os botões faciais para atacar ou saltar. O ataque normal, caso não pressionemos nenhuma direcção em simultâneo, faz com que o Flash active um dos seus super poderes capaz de causar dano a inimigos que estejam muito próximos de nós. Pressionando o botão de ataque enquanto nos movemos faz com que Flash rodopie bastante rápido e assim possa também causar dano aos inimigos, embora não seja invulnerável perante outro tipo de dano, como os já referidos espinhos.
O jogo até que começa de uma maneira bem promissora, com uma óptima cutscene que apresenta o símbolo da Sega. Pena que estejam apenas a reaproveitar os cenários das lutas contra os bosses
O objectivo de cada nível é simples: o de encontrar a sua saída. Mas antes disso temos ainda de encontrar um interruptor que a desbloqueie e o facto de os níveis serem tendencialmente labirínticos, juntamente com os controlos demasiado escorregadios, resultam numa experiência um quanto frustrante. Durante a exploração poderemos também encontrar várias caixas que, após destruídas, nos permitem encontrar uma série de power ups (ou armadilhas!) como fatias de pizza que nos regenerem parcialmente a barra de vida, escudos temporários, mais tempo para terminar o nível, vidas extra ou simplesmente itens que nos aumentam a pontuação, tal como os inúmeros ícones do The Flash que iremos encontrar ao longo de todos os níveis. De resto, o jogo está dividido em 6 episódios, cada um com vários níveis sendo que no último temos sempre um confronto contra um boss, o The Trickster, que há-de ser um vilão conhecido dentro do universo do The Flash. Infelizmente, no entanto, os bosses são todos idênticos, mudando apenas os seus padrões de ataque de episódio para episódio!
Os primeiros níveis ainda vão tendo um design mais aberto e um bom nível de detalhe, mas rapidamente as coisas mudam para níveis bem labirínticos
Graficamente o jogo até que começa de uma forma promissora, com uma pequena cutscene que apresenta o emblema da Sega. Claro que isso perde todo o encanto pois é a mesma sequência de estrada que jogamos sempre que enfrentamos um boss, que por sua vez é sempre idêntico, tal como já referi acima. O jogo começa (e termina) com uma cutscene animada para um sistema 8bit e entre níveis temos também uma série de pequenas cutscenes muito idênticas entre si, mudando apenas o texto e pouco mais. Os níveis até que têm algum detalhe, mas poderiam ser bem melhores, não fosse a Probe querer impingir aquele design labiríntico à força. Por outro lado as músicas são excelentes, tendo muito daquele charme próprio da cena europeia dos micro computadores dos anos 80 e 90.
Porque é que o vilão é um presidente de câmara sinceramente não faço ideia
Portanto este The Flash é um jogo que acaba por desiludir bastante. Os controlos são maus e os níveis ganhariam muito mais se tivessem um design mais aberto e menos labiríntico, até porque a nossa personagem consegue ser bastante rápida. No entanto, com os níveis mais fechados, repletos de inimigos, obstáculos e uns controlos que deixam muito a desejar deixam a experiência bastante frustrante. A falta de variedade dos bosses é também um ponto bem negativo a meu ver.
Tempo de voltar a uma rapidinha e também de voltar à Sega 32X, o último e malfadado add-on que a Sega trouxe para a Mega Drive, na esperança de extender um pouco mais a sua vida comercial. A 32X acabou por se revelar num fracasso comercial e sinceramente a Mega Drive ainda recebeu uns quantos bons jogos entre 1994 e 1997, pelo que o acessório não foi tão fundamental assim. Um dos jogos lançados neste sistema foi uma versão do Mortal Kombat II, cuja conversão ficou também a cargo da Probe, que já haviam convertido a versão Mega Drive anteriormente. O meu exemplar veio cá parar através de uma troca que fiz com um amigo no passado mês de Maio.
Jogo com caixa e manual
Ora a razão pela qual este artigo é uma rapidinha é precisamente porque já cá trouxe várias vezes este jogo em múltiplas plataformas, a começar pela sua conversão Mega Drive que deverá certamente ter sido a mais popular em Portugal nos anos 90. O que traz esta versão da 32X de diferente? Bom a começar, é uma versão graficamente mais próxima do original arcade e inclui diverso conteúdo que havia sido cortado na versão da Mega Drive. Logo no início, temos direito a um ecrã que conta a história do jogo, bem como acesso às biografias de todos os lutadores, algo que ficou de fora na versão da Mega Drive. A nível de jogabilidade é uma versão idêntica, onde o uso de um comando de 6 botões é fortemente recomendado.
Uma das adições desta versão 32X são os ecrãs que contam a história do jogo, assim como as biografias dos lutadores
As maiores diferenças vão no entanto para os gráficos como já havia mencionado acima, mas também para o som. Por um lado as sprites dos lutadores estão agora mais detalhadas e mais coloridas, as suas sombras são mais realistas ao invés de meros círculos negros, assim como as arenas têm mais cor e detalhe. No entanto é curioso, porque aparentemente o hardware da 32X renderiza apenas os lutadores, suas sombras, golpes e eventualmente alguns detalhes adicionais das arenas. Já as arenas em si são aparentemente processadas pela Mega Drive que possui um hardware muito mais limitativo ao número de cores diferentes apresentadas em simultâneo no ecrã. A razão pelas arenas terem muito melhor aspecto nesta versão, recairá portanto no facto de ao a 32X renderizar os lutadores, liberta algum “espaço” para mais cores ficarem disponíveis para serem apresentadas nos cenários, assim como mais detalhes também. O som é outra das grandes diferenças, como já referi anteriormente. Não na banda sonora, que se mantém idêntica à da Mega Drive (que por sua vez era diferente da versão arcade), mas sim em todos os clipes de voz digitalizada, que para além de serem de muito melhor qualidade, muitos desses clipes de voz ou outros efeitos sonoros que foram cortados na versão Mega Drive estão aqui presentes, o que ajuda bastante na apresentação do jogo como um todo.
Graficamente é também uma versão superior, com os lutadores e arenas melhor detalhados
Portanto esta versão do Mortal Kombat II é sem dúvida superior à sua incarnação original na Mega Drive. Agora se em 1995 valeria a pena comprar uma 32X de propósito para jogar esta versão? Seguramente que não. No entanto o facto de ser uma versão superior faz aumentar a sua procura no seio dos coleccionadores e, não tendo sido produzidas lá muitas unidades, o seu preço infelizmente também está longe de ser atractivo.
Vamos a mais uma super rapidinha, desta vez na Mega Drive e uma nova abordagem ao Primal Rage, que já cá trouxe a versão SNES no passado. E apesar do jogo não ter sido propriamente um grande clássico, foi um daqueles títulos lançados no seguimento do Mortal Kombat, sendo um jogo de luta bastante violento e desenvolvido originalmente com sprites pré-renderizadas. A sua versão arcade era então um jogo bem bonito e violento, cujas adaptações para as consolas da época vieram sempre com algumas limitações, particularmente as versões 8 e 16bit. O meu exemplar foi comprado em Novembro numa CeX, tendo-me custado 10€.
Jogo com caixa e manuais
A versão Mega Drive, apesar de não possuir a censura de uma das fatalities que existe na versão Super Nintendo, acaba por ser uma conversão que fica muito aquém das expectativas. Graficamente, tanto as personagens como os cenários não possuem tanto detalhe visual devido às limitações impostas pelo hardware da Mega Drive. Os lutadores perderam muitos frames de animação, sendo esta versão também menos fluída que a da SNES. Para além disso, aparentemente esta conversão foi baseada numa versão mais antiga do original, faltando-lhe alguns combos e fatalities. De resto, tirando estes inconvenientes, é practicamente a mesma coisa que a versão SNES, pelo que recomendo a leitura desse artigo para mais detalhes.