Mario Party (Nintendo 64)

Depois de cá ter trazido o Mario Party 4 para a Nintendo Gamecube, é um bocado ingrato ter de escrever para os primeiros jogos da série, mas vamos lá. Desenvolvido pela Hudson, os mesmos por detrás da série Bomberman, Mario Party não só simula a experiência de participar numa série de jogos de tabuleiro, bem como inclui vários minijogos bastante divertidos. Tudo junto, e principalmente se jogado com mais pessoas, temos todos os ingredientes para uma tarde bem passada em família ou amigos. O meu exemplar foi comprado algures em Abril de 2016 a um particular e creio que me custou menos de 20€.

Jogo com caixa e manual

Neste primeiro jogo dispomos de seis personagens jogáveis: Mario, Luigi, Wario, Peach, Donkey Kong e Yoshi, cada uma com tabuleiros de temáticas distintas. O modo de jogo principal consiste em jogar precisamente nesses tabuleiros onde, mediante o valor obtido após lançar os dados, poderemos avançar esse mesmo número de casas. As casas azuis, mais comuns, dão-nos 3 moedas extra, enquanto as vermelhas retiram-nos o mesmo montante de moedas. Temos outras casas especiais que podem activar alguns eventos no tabuleiro, mini jogos a solo onde poderemos amealhar mais moedas ou, no caso da casa do Bowser, os resultados que tiramos dali são geralmente negativos, às vezes afectando todos os jogadores. O objectivo é o de coleccionar o máximo número de estrelas que estão espalhadas pelos tabuleiros, por vezes por detrás de alguns obstáculos que teremos também de ultrapassar, tendo em conta que teremos também um número pré-definido de turnos para completar. No final de cada turno somos também levados a participar num mini-jogo aleatório que pode ser de todos contra todos, dois contra dois ou três contra um. Ocasionalmente também poderemos cair nas casas de “reversal of fortune” onde através de um sorteio 2 personagens aleatórias podem ter de trocar moedas ou estrelas. Estas podem mesmo ser as blue shells do jogo pois podem mudar a maré muito rapidamente! Ou as casas com os boos que podemos pagar para roubar estrelas a adversários… Sim, isto jogado com amigos pode mesmo desfazer amizades.

Os mini jogos em que vamos participando podem ser jogados a solo, todos contra todos, em equipas de 2 ou 3 contra 1

À medida que vamos jogando vamos também amealhando as moedas e estrelas que juntamos no final de cada partida. As moedas podem ser usadas para comprar itens ou mesmo um novo tabuleiro de jogo, alusivo ao Bowser. Quando conseguirmos amealhar 100 estrelas (acreditem que dá trabalho), desbloqueamos também um último tabuleiro no espaço – pensem na Star Road, mas no Mario Party. De resto, uma boa maneira de treinar os mais de 50 mini-jogos que teremos disponíveis é explorar a Mini-Game Island. Aqui temos um mapa à lá Super Mario World para explorar, onde cada nível é um mini jogo diferente e sempre que o completarmos ganhamos uma vida extra. Pelo contrário se perdermos o mini-jogo em questão, perdemos uma vida também. Outra maneira de treinar os minijogos, mas agora com amigos, é através da Mini-Game House. Os mini jogos por si só são bastante variados e todos eles possuem instruções nos seus controlos, que são tipicamente simples. Embora aqueles mini jogos que nos obrigam a rodar o analógico o mais rápido possível foram sem dúvida responsáveis pela morte de muitos comandos.

O objectivo é chegar ao fim de cada partida com mais estrelas que os oponentes, mas como podem ver as moedas também fazem falta

A nível audiovisual, bom, estamos perante um jogo da Nintendo 64 visualmente muito simples. Os tabuleiros em si são imagens estáticas pré-renderizadas e as personagens estão minimamente bem trabalhadas, embora se nota que é um jogo que não foi produzido pela Nintendo. Isto porque personagens como Bowser, Donkey Kong, Wario ou mesmo o Luigi possuem modelos poligonais que ficaram um pouco diferentes do que estava à espera. No caso do Bowser, prefiro o modelo usado no Mario 64! Nada de especial a apontar aos efeitos sonoros, a não ser que as vozes de algumas destas personagens são também diferentes do que estaríamos à espera. As músicas são agradáveis, embora não propriamente memoráveis.

Alguns mini jogos exigem também a colaboração de todos!

Portanto, estamos perante um jogo interessante, sem dúvida muito mais agradável de ser jogado com amigos do que sozinhos contra o CPU. No caso do single player, que é necessário para desbloquear todo o seu conteúdo, teremos mesmo muitas horas de jogo à espera para coleccionar as 100 estrelas ou as 1000 moedas necessárias para desbloquear os tabuleiros finais.

Robowarrior (Nintendo Entertainment System)

Voltando à NES, o jogo que cá trago hoje é um interessante jogo de acção publicado pela Jaleco, mas desenvolvido pela Hudson. E a mãozinha da Hudson é bem notória pois à primeira vista este jogo parece muito inspirado pelos Bomberman, até porque temos de atravessar níveis repletos de obstáculos que têm de ser destruidos ao plantar bombas, mas na verdade é muito mais que isso. O meu exemplar foi comprado algures no mês de Maio numa Cash Converters, creio que por 6€.

Apenas cartucho

O jogo decorre no futuro e a história envolve algo como aliens que invadem um planeta colonizado por humanos, e a nossa única defesa é lançar um Robo Warrior para combater essa ameaça, até porque o planeta terra está inabitável e a colónia também não ficou em muito bom estado após os aliens terem destruído uma central que controlava o seu clima.

Logo no primeiro nível vemos que temos muito para destruir até encontrar uma saída

Como referi algures acima, o jogo possui algumas similaridades com a série Bomberman, até porque teremos de plantar bombas e rebentar com partes do cenário para desbravar caminho. Mas ao contrário da mascote da Hudson, que pode plantar um número ilimitado de bombas, aqui temos um número limitado das mesmas, pelo que deveremos estar atentos aos itens que os inimigos vão largando para repor o nosso stock. Para além das bombas, o cyborg também pode disparar uma arma com munição ilimitada, mas esta serve apenas para combater os inimigos, não para destruir os blocos destrutíveis do cenário. Já lá vamos para o resto dos power ups!

Entretanto, o objectivo de cada nível é o de encontrar a sua saída, sendo que para isso teremos de abrir caminho com bombas e, no meio de muitos itens e power ups que podemos encontrar, um deles é uma chave que destranca a saída do nível em questão. Para além disso poderemos encontrar várias passagens para salas secretas repletas de power ups, ou cavernas escuras cheias de inimigos e muitos power ups também. De resto, o cyborg precisa de energia para se movimentar, pelo que a nossa barra de vida vai decrescendo com o tempo, para além diminuir com o dano que recebemos. Os power ups que vamos encontrando podem ser pilhas que nos restabelecem parte da nossa vida, ou mesmo energy tanks que podem ser armazenados no sistema de inventário e nos restauram a nossa vida por completo quando os seleccionarmos. Outros itens e/ou power ups que podemos encontrar consistem em upgrades para a nossa arma, escudos que nos dão invencibilidade temporária ou pontos extra. Outros itens que podem ser armazenados em inventário e seleccionados quando nos der jeito, consistem em velas ou lanternas que iluminam as cavernas escuras, botas que nos deixam andar mais rápido, bóias que nos deixam andar sobre a água, mísseis e super bombas que causam bem mais destruição que as bombas e armas normais.

O problema é que ao fim de algum tempo as coisas começam a ficar repetitivas

Graficamente é um jogo competente, dado às limitações de hardware da NES. Os níveis em si possuem detalhe quanto baste, mas os inimigos parecem-me mais bem diversificados e detalhados. As músicas, bom, não há muitas e durante os níveis “principais” vamos ouvindo sempre as mesmas duas músicas vezes sem conta. Felizmente que são boa músicas e com melodias viciantes que rapidamente nos ficam na memória. Fora estas músicas, temos mais algumas que tocam apenas no confronto contra bosses ou quando exploramos uma sala bónus ou caverna. Um outro detalhe que achei interessante é o de quando estamos com pouca vida, a música pára por completo, sendo substituída por um ruído alarmante que nos e que recorda que estamos prestes a morrer. Assim que recuperarmos vida suficiente ao recorrer a algum power up, a música volta a tocar a partir do mesmo segundo em que tinha sido interrompida antes.

Alguns dos bosses deste jogo até que estão muito bem detalhados

Portanto este Robo Warrior até que se revelou um jogo interessante, com diferentes mecânicas de jogo, itens e power ups que poderemos encontrar. O maior problema é que temos 27 níveis pela frente com muita coisa para destruir, inimigos em respawn constante, pelo que as coisas acabam por ficar um bocado repetitivas ao fim de alguns níveis.

Bomberman 64 (Nintendo 64)

Lançado no Japão como Baku Bomberman (não confundir com o Bomberman 64 lançado exclusivamente no Japão em 2001), este “nosso” Bomberman 64 é o primeiro jogo da conhecida franchise da Hudson completamente em 3D e também acaba por divergir um pouco (bastante até) das mecânicas clássicas. O meu exemplar foi comprado algures em 2016 na Cash Converters em Alfragide, creio que foi dos últimos jogos que comprei lá antes de voltar a viver no Porto e acho que me custou uns 5€.

Apenas cartucho

A história é muito simplista como é habitual na série, consistindo no mundo de Bomberman ter sido invadido por uns aliens, cabendo-nos a nós expulsá-los do planeta. O problema é que a nave mãe, onde está o líder da ameaça, é inacessível, a menos que se destruam umas âncoras das naves secundárias que acompanham a nave principal. Estas naves secundárias funcionam como os diferentes “mundos” que temos de explorar, com uma delas a serem uma espécie de microplanetas com diferentes temáticas. O primeiro mundo é um mundo cheio de ruínas que se assemelham a templos antigos, o segundo é uma fortaleza repleta de água, o terceiro um vulcão gigante e o quarto é um mundo gelado, cheio de neve e gelo. Assim que completarmos estes quatro mundos é que poderemos avançar para o final. Em cada um dos mundos temos tipicamente 4 níveis, intercalando níveis de exploração, com confrontos com bosses.

Pela primeira vez na série Bomberman vamos poder explorar mundos inteiramente em 3D!

Com a introdução do 3D, as jogabilidades básicas do Bomberman foram adaptadas. Os mundos são mais abertos, permitindo-nos movimentar livremente em mais direcções que as quatro dos jogos clássicos. Com os mundos abertos, as explosões em cruz típicas desta série deixam de fazer sentido, passando agora a ter um padrão esférico, cujo raio da explosão pode aumentar consoante os power ups que apanhamos. Muitas dos power ups e habilidades clássicas estão aqui presentes, como a possibilidade de plantar mais que uma bomba em simultâneo, pontapeá-las, pegar nelas e atirá-las ou os “aumentos de potência explosiva” já referidos. Bombas controladas remotamente também marcam o seu regresso, bem como a habilidade de “carregar” uma bomba normal durante alguns segundos, tornando-a bem mais poderosa. Os níveis de exploração obrigam-nos a explorar o cenário e resolver alguns pequenos puzzles para que possamos descobrir a sua saída. As bombas mantêm o seu papel fulcral na resolução destes pequenos puzzles, consistindo em demulir estruturas que nos bloqueiam o caminho, activar ou desactivar alavancas e interruptores, o mesmo fazendo de plataformas, pois o bomberman neste jogo não consegue nem saltar nem nadar.

Com diferentes power ups podemos ter bombas com diferentes funcionalidades

De resto, ainda no modo história, e de forma a alcançarmos o melhor final, somos convidados pelo jogo a encontrar 5 medalhões de ouro em cada nível, sendo que três deles estão escondidos, os outros são alcançados mediante a nossa performance. Um deles é-nos atribuido sempre que derrotamos um número mínimo de 30 inimigos no nível em questão, outro se o completarmos abaixo de um tempo limite, pelo que teremos de jogar cada um dos níveis mais que uma vez para apanhar todas estas medalhas douradas. Nos níveis em que defrontamos bosses temos 4 medalhas que nos são atribuidas normalmente à medida que vamos causando dano, sendo a quinta atribuida uma vez mais se formos rápidos o suficiente. Para além do modo história como devem calcular temos também várias vertentes multiplayer que acredito que estejam viciantes como sempre e o facto da Nintendo 64 suportar nativamente 4 jogadores em simultâneo, estão reunidas todas as condições para uma experiência multiplayer Bomberman excelente. Digo “acredito que sim” pois infelizmente não cheguei a experimentar.

Temos alguns bosses pela frente, alguns deles bem grandinhos

A nível audiovisual este Bomberman 64 é um jogo competente nesse aspecto. Os mundos são variados e estão detalhados quanto baste, e tendo em conta as limitações  impostas pelo hardware da consola da Nintendo. A minha única queixa seria talvez para o sistema de câmara, que por um lado é simples e intuitivo, ao usar os botões C para movimentar a câmara em ângulos de 45º, mas por vezes a nossa visão fica completamente tapada em ângulos mortos. No que diz respeito ao som, não tenho nada a apontar, pois o jogo aí cumpre bem o seu papel, os efeitos sonoros são competentes e as músicas bastante agradáveis e com melodias memoráveis.

Portanto este Bomberman 64 acaba por ser um jogo interessante não só por ser o primeiro em 3D, mas também por ser um dos primeiros jogos principais da série a enveredar por mecânicas de jogo mais típicas de jogos de acção/plataformas.

Super Bomberman (Super Nintendo)

Nos anos 90, poucas séries eram mais divertidas no multiplayer que Bomberman. A sua jogabilidade muito particular, aliada aos power ups que podemos encontrar, resultam em épicas batalhas capazes de destruir amizades em minutos (ok, também não precisamos de ser assim tão dramáticos). Isso ou, se não tivermos cuidado suficiente, também podemos cair nas nossas próprias armadilhas que podemos montar. Super Bomberman é o primeiro jogo da série a sair na Super Nintendo, e também o primeiro jogo da plataforma a suportar multiplayer até 4 jogadores, algo que infelizmente eu não experimentei devido a não ter ainda o multitap. O meu exemplar foi comprado algures em Novembro do ano passado, veio de um bundle de vários jogos e consolas de Nintendo que comprei em conjunto com uns amigos.

Apenas cartucho

Não surpreendendo, este Super Bomberman mantém a mesma jogabilidade básica dos seus antecessores, ou seja, somos largados numa grelha com paredes indestrutíveis e outras mais frágeis que podem ser destruidas com as nossas bombas. Para além disso temos inimigos para destruir em cada nível. A disposição das paredes indestrutíveis, faz com que apenas possamos navegar na horizontal e vertical e o mesmo pode ser dito do raio das explosões, que resulta sempre numa cruz. À medida que vamos destruindo as paredes frágeis, poderemos encontrar vários power ups que têm vindo a ser recorrentes na série Bomberman. Inicialmente apenas podemos plantar uma bomba de cada vez e com um curto alcance de fogo, mas rapidamente poderemos encontrar power ups que aumentam o alcance das chamas, ou nos permitem plantar mais que uma bomba em simultâneo. Esses power ups básicos existem desde o primeiro Bomberman mas podemos também encontrar muitos outros como a capacidade de chutar bombas, avançar paredes, invencibilidade temporária, bombas com detonação controlada, entre muitas outras. Isto em partidas multiplayer é um mimo, mas no modo principal também nos dá muito jeito, até porque temos vários inimigos que vão sendo cada vez mais resilientes ao fogo e outros obstáculos nos cenários.

Como sempre, podemos encontrar alguns power ups para apimentar ainda mais as coisas

O modo história centra-se em 6 conjuntos de níveis temáticos, cada qual com 8 subníveis, onde o no último temos sempre um boss para defrontar. Nos anteriores o objectivo é sempre o de derrotar todos os inimigos presentes no ecrã e encontrar posteriormente a saida para o nível seguinte. A grande excepção a esta regra está no “mundo” 5, que só possui um subnível. Este é uma arena gigante onde somos levados a confrontar uma série de outros bomberman cyborgs de forma sequencial. Estes naturalmente que são mais agressivos que inimigos normais, pois podem também usar as mesmas habilidades que nós. Fora isto, sobra o modo multiplayer que  tal como já referi pode ser jogado com até quatro jogadores em simultâneo, algo que infelizmente não cheguei a testar. Mas testei com dois jogadores e é divertido na mesma!!!

A nível de audiovisuais este é um jogo competente. Não há níveis que exigem scrolling do ecrã, cabe tudo num ecrã único e os níveis possuem gráficos simples, mas funcionais e bastante coloridos. Os bosses é que já são grandinhos e alguns deles até que estão muito bem detalhados. As músicas são excelentes, com melodias bem orelhudas e agradáveis.

As batalhas podem-se tornar bastante caóticas num piscar de olhos

Portanto, se gostam de jogos da saga Bomberman, esta é mais uma entrada sólida na série, seja se quiserem jogar sozinhos, seja em multiplayer. É verdade que não há muita coisa a mudar na fórmula do jogo, nestas entradas da série principal, mas em equipa que ganha, não se mexe.

Wario Blast (Nintendo Gameboy)

Wario Blast, com o nome completo de Wario Blast Featuring Bomberman é na verdade um reskin de um Bomberman puro e duro, lançado originalmente no Japão sob o nome de Bomberman GB. A Nintendo e a Hudson lá acharam que seria mais apelativo incluir o Wario no jogo, daí o mesmo ter sofrido algumas alterações no seu lançamento ocidental. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias algures em Dezembro passado, tendo-me custado 2€.

Apenas cartucho

Este crossover de Wario e Bomberman é na verdade uma espécie de simulador dos modos multiplayer do Bomberman. Inicialmente escolhemos se queremos jogar com Wario e Bomberman e a partir daí as mecânicas de jogo são similares para ambas as personagens, que por sua vez são as mesmas mecânicas base de um jogo Bomberman. Passando a detalhar melhor, o jogo está dividido em vários mundos, sendo que em cada mundo temos 3 níveis de dificuldade crescente e um nível de confronto com um boss. Em cada um dos níveis “normais” temos um duelo entre o Wario e Bomberman que se tentam explodir um ao outro. O vencedor de cada um desses níveis é decidido “à melhor de três” partidas. A dificuldade vai crescendo à medida que vamos avançando nos níveis pois vamos tendo um, dois ou três oponentes para derrotar de cada vez.

À medida que vamos avançando no jogo, novas mecânicas vão sendo introduzidas

Inicialmente apenas dispomos das mecânicas básicas dos Bomberman, onde podemos plantar bombas cujo número que podemos plantar em simultâneo e o seu alcance vai aumentando consoante os power ups que vamos apanhando para esse efeito. À medida que vamos progredindo no jogo e derrotar bosses, vamos ganhando algumas habilidades novas, como a possibilidade de correr, pontapear bombas, atordoar os inimigos, entre outros. Os níveis também vão se tornando mais complexos, com portais que nos permitem (e aos oponentes também) teleportar entre vários pontos da arena, ou setas no chão que, quando pontapeamos bombas, fazem-nas encaminhar por onde as setas apontarem. Estas novas mecânicas vão tornando os nossos confrontos cada vez mais caóticos e divertidos, especialmente quando as nossas bombas já possuirem um alcance considerável.

Também vamos tendo alguns bosses para enfrentar

De resto, e ao contrário do que seria expectável, não temos um modo multiplayer nativo com recurso ao cabo de ligação entre duas Gameboys. Para usufruir de um modo multiplayer temos de ter uma Super Nintendo e um Super Gameboy. Para além de podermos jogar o jogo a cores e com alguns efeitos de som melhorados, podemos também jogar multiplayer dessa forma, mas sinceramente nunca cheguei a testar. É uma funcionalidade interessante, mas o multiplayer clássico entre 2 Gameboys é uma omissão desnecessária a meu ver.

A nível técnico, é um jogo competente tendo em conta que corre numa Gameboy e não há muito por onde inventar num Bomberman em 2D. Os cenários não são nada do outro mundo, mas vão sendo algo variados entre si. As músicas por outro lado já são bastante agradáveis!

Se o jogarmos numa Super Game Boy o jogo sempre ganha mais vida

Portanto este é um joguinho de Gameboy que diverte bastante e dá para passar o tempo. E dado à sua natureza de “duelos”, é mesmo uma pena que não tenha um multiplayer a sério entre Gameboy. É claro que hoje em dia seria muito difícil encontrar alguém com o mesmo jogo e com vontade de o jogar em multiplayer, mas não deixa de ser um ponto menos positivo.