Nigel Mansell’s World Championship Racing (Super Nintendo)

Continuando pelas rapidinhas a jogos de corrida, hoje temos aqui o Nigel Mansell’s World Championship Racing para a Super Nintendo. Desenvolvido pelos britânicos da Gremlin, não deve ser confundido com o Newman Haas Indycar Feat Nigel Mansell pois esse acabou por ser o seu sucessor. É que ambos os jogos possuem nomes diferentes entre regiões, o que poderá acabar por confundir um pouco. Este primeiro jogo aborda o desporto da Fórmula 1, onde poderemos competir numa temporada algures no início da década de 90, com piloto britânico Nigel Mansell com destaque especial, embora os restantes pilotos e fabricantes disponíveis no jogo me pareçam fiéis aos da época também. O meu exemplar foi comprado na cash converters algures durante o passado mês de Julho por 6€.

Cartucho solto

Aqui temos vários modos de jogo para optar. Desde as corridas amigáveis num circuito à nossa escolha, passando pela temporada completa. Para nos habituarmos às mecânicas de jogo, no entanto, temos também o modo de jogo “Nigel Mansell’s Advice”, que é practicamente um modo de treino, onde competimos contra o piloto britânico, que por sua vez nos vai dando algumas dicas de como abordar certas curvas nos circuitos. Mas claro, é no modo temporada onde vamos gastar mais tempo e aqui poderemos competir com o Nigel, ou com um outro piloto que quisermos criar, mas que terá sempre semelhanças com o Nigel. Antes de cada corrida poderemos optar por correr as voltas de qualificação mas, caso não o fizermos, começamos a corrida em si na última posição. Antes disso também poderemos optar por mudar alguns parâmetros do carro, como a caixa de velocidades automática ou manual, a transmissão, pneus e os ailerons traseiros. O tipo de pneus é particularmente importante pois temos também a previsão metereológica e caso esteja a chover, convém escolher pneus de piso molhado. Durante as corridas em si temos também de ter em atenção ao desgaste dos pneus, que é denotado na forma de 4 ícones negros do lado direito do ecrã, abaixo do indicador de velocidade. Caso os pneus estejam prestes a desgastar-se somos convidados a passar pelas boxes para os trocar. De resto, não temos de nos preocupar com combustíveis e afins, as boxes servem apenas para trocar pneus.

Antes de cada corrida poderemos customizar alguns aspectos do nosso carro

A nível gráfico é um jogo até que bem competente, com gráficos bastante coloridos e uma série de menus bem apelativos visualmente. Durante as corridas, temos gráficos coloridos, com os backgrounds a mudarem de acordo com a pista em questão, com vários painéis publicitários de patrocinadores habituais da Fórmula 1, mas todos os gráficos em si são completamente em 2D e a versão SNES não me parece usar o mode 7 de todo. É similar à versão Mega Drive, mas com gráficos mais coloridos! De notar que o seu sucessor, o Newman Haas Indycar Racing, pelo menos na Mega Drive, já incluía alguns gráficos poligonais, o que acabou por ser um salto gráfico muito interessante. As músicas, estas só ocorrem nos menus, pelo que nas corridas apenas ouvimos o ruído dos motores e pouco mais. E sim, os efeitos sonoros são competentes, assim como as músicas.

O jogo é todo em 2D, mas os gráficos possuem um bom detalhe.

Portanto este Nigel Mansell’s World Championship Racing acaba por ser um jogo de corridas bem competente para quem gostar de jogos de fórmula 1. A Super Nintendo recebeu uns quantos, principalmente no Japão, e em breve planeio trazer ainda outro jogo deste género para este blogue.

Tarzan: Lord of the Jungle (Sega Game Gear)

Continuando pelas rapidinhas, ficamos agora com um dos lançamentos europeus da Game Gear que são mais difíceis de encontrar. Na verdade, algures em 2010, tinha encontrado na extinta PressPlay no Porto uma cópia completa que tinha comprado pela módica quantia de 9.5€. Na altura já sabia que era um jogo raro e que rendia um bom dinheiro se o vendesse lá fora. E sendo eu um aluno universitário sem dinheiro nenhum, foi o que acabei por fazer, sabendo que mais tarde ou mais cedo me iria arrepender. E adivinhem, arrependi-me mesmo. Anos mais tarde, mais concretamente em Dezembro de 2016, acabei por encontrar um cartucho solto numa das minhas idas à feira da Vandoma no Porto, tendo-me custado 5€. Curiosamente um reseller tinha passado pelos mesmos jogos minutos antes e levou os títulos mais sonantes, certamente não conhecia este jogo. É a vida.

Apenas cartucho

Este Tarzan, desenvolvido pela Gametek, é um simples jogo de plataformas com o famoso herói das selvas como protagonista, anos antes do filme de animação da Disney ter saído nos cinema. Em cada nível temos objectivos diferentes, por exemplo no primeiro nível temos de curar um gorila agressivo. Para isso temos de coleccionar uma série de flores, levá-las ao curandeiro na outra ponta do nível para nos fazer uma poção mágica, voltar ao início do nível onde temos de defrontar o gorila como um boss, mas usando a poção como arma. Já no segundo nível temos de coleccionar uma série de moedas e depois defrontar um crocodilo que comeu outras tantas moedas. No terceiro nível temos uma selva em chamas onde temos de salvar uma série de animais e no fim defrontar um leão. E por aí fora… como podem ver os níveis seguem sempre um padrão de coleccionar objectos e quando os juntarmos todos, temos de nos dirigir ao boss e derrotá-lo.

Antes de cada nível temos uma pequena cutscene que serve de introdução ao mesmo

A jogabilidade é simples, com um botão para saltar e outro para atacar. Vamos tendo no entanto é diferentes armas, algumas com munição infinita mas que dão pouco dano, outras com munição limitada, com mais dano, porém teremos de ir procurando mais munições ao defrontar inimigos. Estes vão deixando também outros power ups como peças de fruta que nos regeneram a barra de vida, continues, vidas extra ou tempo extra! Este é capaz de ser o power up mais valioso pois muitas vezes o tempo que nos dão para completar um nível não é suficiente. Felizmente costumamos ter sempre pelo menos um checkpoint a meio de cada nível que nos facilita um pouco a tarefa.

A nível audiovisual é um jogo simples, com sprites pequenas e pouco detalhadas. Os níveis no entanto até que vão tendo detalhe quanto baste. As músicas são agradáveis mas nada particularmente memorável.

Ocasionalmente lá teremos de nos balancear entre lianas

Este Tarzan não é nada de especial portanto, mas também não acho um jogo tão mau quanto isso. Tem alguns pontos a melhorar claro, como o facto de o tempo que temos disponível para completar um nível ser escasso, o facto de ficarmos momentaneamente paralizados sempre que sofremos dano, ou o facto de alguns bosses serem umas autênticas esponjas. Se vale as centenas de euros que pedem no mercado? Certamente que não. Existe também uma versão para a Gameboy que me parece em tudo idêntica, excepto na questão de ser inteiramente a preto-e-branco.

Race Days (Nintendo Gameboy)

Race DaysVoltando às rapidinhas, para mais um jogo da Gameboy clássica. Race Days na verdade não é um jogo apenas, mas sim uma compilação de 2 jogos de corrida das mãos da Gremlin Interactive / Gametek. Os 2 jogos em questão chamam-se Jeep Jamboree/4 Wheel Drive e Dirty Racing e possuem jogabilidades distintas. Este jogo também me veio entrar na colecção após ter-me sido oferecido por um colega de trabalho, num bundle Gameboy.

Race Days - Nintendo Gameboy
Jogo, apenas cartucho

Falando do jogo mais antigo desta compilação, o Jeep Jamboree/4 Wheel Drive de 1992 é um jogo onde tal como o título o refere, conduzimos um jipe. É um jogo jogado na primeira pessoa, onde conduzimos um jipe por terrenos acidentados, mediante as capacidades do hardware da Gameboy, claro está. É um jogo em que tanto podemos jogar sozinhos como contra um amigo, mediante a utilização do link cable. Jogando sozinho, podemos jogar uma practice race para, tal como o nome indica, jogar uma partida sem implicações, ou podemos enveredar pelo modo “Season” que, mediante o grau de dificuldade escolhido, terá de concorrer em diferentes circuitos e diferentes números no total (5, 7 ou 10 na dificuldade máxima). A jogabilidade é simples, e no quesito gráfico este parece-me ser o melhor dos dois, pois tal como referi anteriormente, é um jogo que decorre na primeira pessoa, com os interiores do jipe à vista e toda a pista a ser gerada à nossa volta, com os seus altos e baixos. Só a questão do framerate é que é lentinho. A nível de som e música, nada a apontar, não é algo que fique na memória.

screenshot
Jeep Jamboree / 4 Wheel Drive

Passando para o outro jogo, Dirty Racing, lançado originalmente em 1993, já é um jogo diferente, onde em vez de jipes, temos buggies. E onde o jogo anterior nos deixava correr na primeira pessoa, aqui joga-se numa perspectiva aérea, tal como nos Micromachines. E as coisas continuam ainda diferentes, pois em vez de termos uns campeonatos “fixos”, aqui podemos avançar de corrida em corrida, ou mais concretamente, de desafio em desafio num world map, tal como se o Super Mario World se tratasse. Em cada ponto do World Map é que teremos o desafio pela frente, que tanto pode ser uma só corrida num circuito, ou várias em seguida. Cada “desafio” exige que terminemos as corridas em pelo menos num determinado lugar, para podermos avançar para o “nível” seguinte. Também entre cada “nível” teremos acesso a uma oficina onde podemos comprar novas peças para melhorar o nosso veículo com o dinheiro que fazemos nas corridas.

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Dirty Driving

Graficamente é um jogo mais simples e, algo que eu não sabia, é que a edição original deste Dirty Racing saiu apenas no japão. E isso reflecte-se bem nas várias imagens de meninas em trajes e poses mais sugestivas. De resto, tal como o jogo anterior, os efeitos sonoros e músicas não são nada de memorável. No fim de contas esta é uma compilação que não contém nenhum jogo propriamente brilhante, mas para os fãs de jogos de corrida, certamente que dará para entreter um pouco.

Jeopardy! Sports Edition (Nintendo Gameboy)

Jeopardy Sports EditionBora lá para mais uma rapidinha, para uma breve overview a um jogo que não interessa nem ao menino Jesus. Jeopardy é um conhecido concurso norte-americano onde testam os conhecimentos de cultura geral dos participantes, e já é transmitido desde os anos 60. Naturalmente, com um programa televisivo de tanto sucesso, seria de esperar que mais tarde ou mais cedo surgissem algumas adaptações para videojogos. Este Jeopardy! Sports Edition para a Gameboy é uma dessas adaptações, com esta versão a focar-se exclusivamente no desporto. O jogo foi-me oferecido por um colega de trabalho, vindo junto do seu bundle Gameboy.

Jeopardy Sports Edition - Nintendo Gameboy
Apenas o cartucho na sua versão norte-americana

Infelizmente sendo a versão americana, o jogo está repleto de perguntas de desportos americanos e para um europeu, por muito aficcionado que seja em múltiplos desportos, terá a vida complicada neste jogo. Até porque muitas das perguntas referem-se a eventos da segunda metade da década de 80/ inícios de 90, já que este jogo é de 1994. Dentro das várias categorias de perguntas temos o hockey, basketball, baseball, futebol americano, jockey, boxe, bowling, desportos motorizados, jogos olímpicos, entre muitas outras pequenas categorias. São mais de 1000 perguntas ao todo que nos poderão sair. Existem 3 modos de jogo distintos. Um singleplayer onde concorremos contra o CPU e dois multiplayers para 2 jogadores. Um local, onde cada jogador vai alternando entre si as respostas e por fim um outro que utiliza o cabo para ligar uma Gameboy à outra.

screenshot

Graficamente o jogo não é nada de especial, afinal é um jogo de perguntas e respostas. Entre cada pergunta vamos vendo animações entre o apresentador e os concorrentes, mas mesmo essas são completamente banais na minha opinião. A música também não é nada por aí além.

No fim de contas este é um dos jogos que eu apenas consigo recomendar aos mais ávidos coleccionadores de Gameboy que pretendem ter um fullset. Isso ou se realmente gostam destes quizz games e possuem um óptimo conhecimento do panorama desportivo norte americano das décadas de 80 e 90.